OBSERVAÇÕES NÃO MUITO IMPORTANTES:
"Para que servem as fanfics se não para inventar mirabolantes histórias extremamente improváveis de acontecer com aqueles personagens que tanto amamos?"
Eu já li várias histórias que não só seriam impossíveis, mas que também não fazem sentido algum no universo em que vivemos, e mesmo assim são incrivelmente boas! Fanfics fora do normal existem de maneira abundante, e esta é uma delas. Lide com isso! (Eu... só estou brincando. Não estou querendo ser rude nem nada. Desculpe... Não me mate!)
Como eu havia dito na minha última (e primeira) fanfic, com o nome mais ridículo que um ser humano poderia pensar: "Resident Evil: missão Cleon", eu tenho várias histórias para o casal mais lindo do mundo, e a maioria delas não se passam em um universo habitado por criaturas comedoras de gente. Podemos dizer então, que esta é uma sequência de missão Cleon... Que ocorre logo após a volta dos dois no Chile. Ou seja, se quiser entender direitinho o que está acontecendo nesta história, leia a que escrevi anteriormente!... Ou não, tanto faz, você quem sabe.
E lá vamos nós...
RECordações - Capítulo 1
— Amanda, pela milésima vez, eu já entendi! — Claire reclamou para a amiga, enquanto carregava uma pequena mala e caminhava até o carro estacionado na rua. — Agora cala essa boca e me ajuda aqui — pediu apontando para o veículo.
— Sua grossa! — repreendeu rindo, na medida que abria o porta malas. — Eu te conheço Claire, sei muito bem que você é uma lesada e vai se perder no caminho. Então só estou dizendo que você precisa prestar atenção no mapa e...
— Mas eu já te disse quinhentas vezes que quem vai dirigir é o Leon, sua idiota! — interrompeu agressiva, enquanto caminhava de volta para a calçada para pegar uma outra mala. — Vai encher o saco dele!
Se passaram seis meses após a bem sucedida missão no Chile. Já experiente como agente do governo americano, Leon foi gratificado podendo ficar fora de campo por algum tempo. A boa recomendação de Chris para que Claire fosse chamada para a operação rendeu bons comentários sobre a moça. O que acabou resultando em sua contratação para trabalhar no governo americano.
Sendo agora oficialmente uma parceira de trabalho de Leon, o homem acabou entrosando Claire a seus colegas de trabalho: Jessica, Michael, David e Amanda. E agora, querendo aproveitar um recente feriado, os seis decidiram passar a semana de folga em uma casa de campo alugada por eles.
Nesse dia, o clima estava, definitivamente, agradável. Uma leve brisa, céu azul e sem nenhum indício de tempestades.
— Amanda, nós já entendemos! — Claire gritou para a amiga de dentro do carro após esperar ela explicar o caminho para Leon pela terceira vez.
— Ela ainda não calou a boca? — um homem de cabelos castanhos colocou a cabeça para fora do carro, estacionado logo a frente do de Leon.
— Não! — Claire respondeu aos berros. — Está vendo, Amanda? Até o David está reclamando da sua chatice!
— Calem a boca todos vocês! — ordenou a loira. — Então, pela última vez, quando você chegar em uma estrada de terra...
— Vou virar à primeira esquerda, subir a colina, virar à terceira direita e seguir por uns 3 quilômetros. Eu já entendi — entediado, Leon terminou as ordens de Amanda.
— Isso — confirmou com paciência. — Mas não se esqueça de subir até a meta...
— Entra logo no carro, Leon. — Claire pediu afobada, enquanto esticava o braço para fora da janela do automóvel, na tentativa de afastar Amanda como se a mulher fosse um pássaro.
- - 6 MESES ATRÁS
Leon e Claire passaram horas cochilando em um avião na viagem de volta para a capital dos Estados Unidos. Chegando em Washington, D.C., eles pegaram um táxi para a agência do governo americano e, chegando lá, foram enviados para diferentes andares do prédio. Leon pediu alguns comprimidos para dor de cabeça, na ala de emergência, e Claire foi levada para o escritório de seu superior.
A pequena amostra do vírus, que Claire havia coletado anteriormente na missão do Chile, foi entregue nas mãos do diretor da agência, que agradeceu exaltadamente pelo presente. Os futuros resultados dos testes feitos em laboratório com aquele líquido dentro do pequeno frasco interessavam a mulher, mas ela preferiu deixar isso de lado. "Não é meu trabalho.", afirmou mentalmente, proibindo-se de correr atrás dos resultados que poderiam estar prontos na próxima semana.
Após uma longa e satisfatória conversa sobre negócios, ela pegou o elevador e desceu até o andar em que Leon se encontrava. Não delongou muito o diálogo entre os dois; disse que estava indo para casa e se despediu dele com um rápido aperto de mão.
"Como assim um aperto de mão?", Leon pensou consigo mesmo, mais tarde naquela noite, enquanto comia alguns salgadinhos no sofá de seu apartamento. "Porra! Será que tudo aquilo não significou nada para ela?". Pela terceira vez no dia, Leon se amaldiçoou por ficar pensando em Claire. Essa atitude "irritante" o fazia se sentir como uma garota de colegial apaixonada.
Dois dias de ócio depois, Leon estava sentado em seu pequeno escritório, analisando inúmeros papéis e assinando alguns documentos jogados em sua mesa. Ao fundo escutava telefones tocando no andar da agência. Ele esperava terminar um quarto do relatório da missão do Chile antes do entardecer, em seguida, pretendia ir para casa, prolongar seu merecido descanso.
Enquanto fazia algumas anotações em seu notebook e marcava com caneta certos papéis, ele escutou um bater na porta.
— Entre — pediu, sem perder a atenção no que estava fazendo.
— Então... — começou uma voz familiar — Acho que vamos ter que continuar enchendo o saco um do outro.
— Claire? — falou surpreso vendo-a entrar. Se arrependeu depois de ter demonstrado tanta felicidade ao vê-la. Parecia uma criança ganhando um brinquedo no natal.
— Adivinha só quem foi contratada pelo governo por ter incríveis habilidades? — ela falou com um sorriso bem-humorado no rosto.
— O quê?! — exclamou sorridente. — Isso é ótimo!
— Pois é, acho que agora seremos parceiros de verdade, agente Kennedy.
— Como isso aconteceu?
— Bem, parece que os chefões aqui ficaram sabendo de algumas vezes em que eu salvei sua pele.
— Hm... Vejo então que mentiras foram espalhadas. — gracejou aos sorrisos, na medida em que se levantava da cadeira e ia até ela.
— Pois é! Agora tudo que eu preciso é achar um lugar para ficar. E eu estava contando com sua ajuda com isso... O quão caros são os apartamentos em D.C.?
— Bem... — começou, um pouco acanhado. — Você pode ficar comigo.
— Como assim?
— Eu tenho um apartamento grande. Tem três quartos e...
— Não. Espera. — ela interrompeu levantando as mãos. — Você está me convidando para morar com você, Leon Kennedy?
— Bem... Não é uma mudança permanente. Só até você encontrar algum lugar legal para morar.
— Aah, que fofo de sua parte.
— Não fique muito animada com a ideia, Redfield, se fizer alguma gracinha eu chuto você de lá.
— Aah sim, claro. Porque sou eu quem faço gracinhas aqui.
- - PRESENTE
— Leon, eu não acredito! — Claire berrou impaciente enquanto se remexia no banco e encarava bravamente o homem sentado ao seu lado.
— A culpa não é minha! — ele retrucou esticando os braços no volante.
— Mas é claro que a culpa é sua. Você está dirigindo!
— Mas é você quem tem o mapa nas mãos — gritou enquanto batia no volante do carro parado. — O seu objetivo aqui é justamente me mandar seguir o mapa. E eu fiz exatamente o que a senhorita me mandou fazer!
— SE tivesse feito nós não estaríamos perdidos! — disse tampando o rosto de ódio com as mãos.
— Essa merda desse lugar não deve existir! — ele reclamou pegando o mapa do colo dela. — GPS que é bom, nada! Tem que usar a porcaria de um mapa.
Após 3 horas de frustração e agonia na estrada, Leon e Claire chegaram enfim à conclusão de que estavam perdidos. Ela revirou o mapa, inúmeras vezes tentando encontrar aonde estavam. Ele passou pelo mesmo lugar 5 vezes antes de começar a perder a paciência.
Ele a encarou por um segundo e, por mais nervoso que estivesse, não pode evitar de sorrir da situação.
— Liga para ela, vai... — pediu devolvendo o mapa para Claire.
Ela abriu os dedos das mãos que escondiam seu rosto, mostrando parte dos olhos azuis e respirou fundo.
— Amanda vai xingar tanto — falou buscando o celular no porta luvas do carro. — Liga você! — pediu, tentando entregar o celular para ele.
Ele riu e afastou as mãos do aparelho.
— Prefiro enfrentar zumbis.
- - 6 MESES ATRÁS
— E, por último, e não menos importante: a sala de café — ele a introduziu a um canto do andar reservado para os funcionários. No pequeno espaço, havia uma mesa com biscoitos e, logo ao lado, uma máquina de café. — Neste poderoso local ocorre nossa recuperação de energia — brincou pegando um copo para si.
— Excelente tour, Leon — debochou com um sorriso. — Já pode virar guia.
Um breve passeio pelo andar da agência; foi isso que fizeram. Leon a levou por alguns cantos, brincando e puxando assunto com Claire. Ele estava, nitidamente, alegre com a presença dela. No entanto, Claire se demonstrava um pouco reservada. "Deve estar tímida", concluiu o homem.
— Ah! — exclamou com o copo de café na boca. — Tenho que te apresentar para o pessoal — falou rápido, jogando o copo descartável no lixo e, em seguida, puxando-a pelo braço.
— Pessoal? — perguntou acanhada.
— É! Não se preocupe, eles são normais... Ou quase.
Eles atravessaram todo o andar, indo para um canto onde havia um grupo de quatro pessoas. Duas mulheres e dois homens. Eles conversavam e riam juntos, na medida que Leon e Claire iam se aproximando.
— Pessoal — chamou todos enquanto ia descendo a mão pelo braço da mulher —, essa é a Claire.
Sem perder muito tempo, os quatro pararam de conversar, ainda com sorrisos no rosto, e se viraram para a acompanhante de Leon — que, nesse exato momento, puxava sua mão para longe da de Leon.
Como um grupinho de crianças na escola, eles a cumprimentaram:
— Oi, Claire.
Leon revirou os olhos impaciente e começou a explicar para Claire — que sorria timidamente:
— Esse coral aqui são os babacas dos meus colegas... — parou, fitando uma mulher com cabelos castanhos soltos que estava sentada de pernas cruzadas ao lado da mesa. — Exceto a Jess, a Jess não é babaca.
Ele piscou para a mulher, que devolveu um sorriso extremamente fofo.
— Jessica alí —apontando para a ela, Leon continuou falando com Claire — deve ser a única pessoa decente aqui...
— Decente?! — interrompeu o homem alto, de cabelos escuros, que se postava ao lado de Jessica. — Decente só para vocês, não é? Precisam ver o que ela faz quando fica bêbada! É praticamente uma...
— Esse viado — Leon começou com um tom alto de voz, cortando o rapaz —, que me atropelou na conversa aqui, é o Michael. O cara que pediu a Jessiquinha fofa ali em casamento. — Ele subiu o braço, apontando para os outros dois, logo ao seu lado. — Esse é o David e essa aqui é a peste da Amanda. Agora vamos embora antes que ocorram perguntas...
Leon levou suas mãos as costas de Claire e começou a empurrar a moça para longe do grupinho.
— Não, espera. — Claire pediu desvencilhando da arrancada de Leon. — Eu te conheço de algum lugar? — perguntou para a loira de olhos azuis que a encarava curiosa.
— É... — Amanda começou a responder enquanto forçava a memória. — Eu estou lembrada de você.
As duas se encararam por alguns instantes, no meio do silêncio que o resto do grupo fazia.
— Você estudou na Universidade da Chicago, não foi? — Claire perguntou, lembrando do rosto familiar.
— Isso! Eu cursei lá dois ou três períodos, mas acabei me mudando pra D.C.
— Amanda... — proferiu o nome dela tentando se lembrar de algo. — Foi você quem arranjou briga com um coordenador, não foi?
— Briga? — interrompeu David, o homem de cabelos castanhos claros, e muito bem penteados, que estava sentado em cima da mesa. — Com certeza foi a Amanda. Brigar é o que ela mais sabe fazer. Você precisa ver o que ela fez semana pass...
Claire riu do comentário de David e gargalhou quando Amanda empurrou a cabeça do rapaz para traz, fazendo-o ficar em silêncio.
— Claire! — a loira pronunciou. — Você era a garota daquele clube maluco de motos, não era?
— É — confirmou em meio a risadas, se lembrando do passado —, era eu.
- - PRESENTE
— Eu avisei, não foi!? — pelo celular, Amanda gritava pela segunda vez no ouvido de Claire . — Mas não, vocês insistiram em ir sem saber a porcaria do caminho, não é mesmo?
— Tá, tá! — Claire reclamou — Nós já estamos na estrada de terra, Amanda, para que lado temos que ir?
— Excelente ponto de referência, Claire, "estrada de terra". — discutiu irritada. — Me diga o que vocês estão vendo.
— Bom, ao nosso lado direito tem árvores e do lado esquerdo tem... — ela fez uma pausa e suspirou fundo — mais árvores.
Uma interrupção na conversa das duas surgiu. Claire pode ouvir a respiração de Amanda do outro lado da linha, ela parecia muito nervosa.
— Eu te odeio, Claire!
— Eu te amo, Amanda. Por favor, nos diga o caminho — pediu rindo da amiga.
— Vontade de deixar vocês dois aí, perdidos para sempre — ameaçou, enquanto ouvia os risos de Claire. — Sei lá! Continuem andando aí até encontrarem alguma coisa! Eu preciso de mais informação, além de árvores, para saber onde vocês estão.
— Bem, há uns 30 minutos, nós passamos por uma casa amarela.
— Maravilha! — exclamou alto, fazendo Claire afastar o celular de seu ouvido. — Então voltem até essa casa.
As duas terminaram de combinar e, em seguida, se despediram. Claire terminou a ligação, prometendo ligar para Amanda novamente quando chegassem na tal casa amarela.
— Ok, Kennedy — enquanto guardava o celular novamente no porta-luvas, ela começou a falar com Leon, que ficara observando a estrada enquanto Claire pedia informação para Amanda. — Vamos voltar até aquela casa amarela que vimos alguns minutos atrás.
— E depois? — perguntou ligando o carro.
— Depois vamos ligar de novo para ela.
— Então tá.
- - 6 MESES ATRÁS
Após a longa conversa amigável com Amanda, David, Jessica e Michael; Leon e Claire retornaram ao escritório e, juntos, terminaram uma pequena parte do relatório da missão. Para ele, foi infinitamente agradável escrever 10 páginas com Claire ao seu lado. Puderam se alegrar, e poucas vezes se entristecer, enquanto lembravam da semana anterior, no Chile.
Algumas poucas horas depois, no crepúsculo, Leon concluiu que ambos estavam cansados o suficiente para deixarem a agência. Foram até um pequeno restaurante, próximo ao prédio, para matar a fome e, em seguida, seguiram para o apartamento de Leon.
Ela estava surpresa, não era um apartamento qualquer. A entrada do apartamento iniciava na sala, aonde havia uma varanda que apresentava D.C. em um lindo horizonte de décimo sexto andar. Ao lado havia a cozinha e um corredor, que possuía 4 portas: três quartos e um banheiro.
— E esse é o seu quarto — terminou de apresentar o apartamento para ela, abrindo a porta de um quarto de frente para o seu.
Ela olhou para sua nova cama de casal, seu novo guarda-roupas, escrivaninha e seu banheiro integrado ao quarto. Em seguida fitou Leon com uma expressão de curiosidade.
— Quanto você ganha?
Ele gargalhou alto, já esperando que ela fizesse algum tipo de piada.
— Não, eu estou falando sério — falou, sorrindo para Leon. — Você ganha mais do que eu! Isso é um absurdo, vou pedir um aumento!
— Eu trabalho lá há mais tempo que você Claire, já tive minhas "promoções". E não venha com essa cara, você já começou ganhando o dobro do que eu quando comecei em 1998. E é coisa para caralho.
— Como você sabe quanto eu ganho? — perguntou surpresa, cruzando os braços e encostando na porta de seu novo quarto.
— Ué... Não te contaram? — ele questionou, na medida que caminhava até a cozinha. — Eu sou um de seus chefes!
— O quê?
Ele riu, enquanto pegava um copo d'água. Ela o observou com um sorriso boquiaberto.
— Então me dê um aumento — brincou, falando rápido demais.
— Não sou eu que cuido do seu dinheiro, eu só dou ordens para você.
— ... Não gostei disso.
Após uma curta conversa, Claire comentou que estava cansada e perguntou se poderia tomar um banho. Ele a entregou uma toalha e decidiu checar as notícias na internet com seu notebook. Ficou tão entretido lendo os artigos que não ouviu a primeira vez que Claire o chamou.
— Leon! — ela colocou a cabeça para fora do quarto, segurando a porta com uma das mãos, tampando, assim, seu corpo. — Eu acabei de me lembrar que não trouxe roupas. Você tem alguma coisa aqui que poderia servir em mim?
— Ahm... — murmurou inicialmente, imaginando coisas relacionadas a Claire não ter roupas. — Não.
— Me empresta alguma coisa sua então, por favor? — pediu delicadamente com um sorriso inocente.
— Por que não fica assim mesmo? — ofereceu em um sussurro sugestivo, na medida em que largava seu notebook na mesa e se levantava do sofá. Ela não ouviu claramente.
— Oi?
— Você já acabou? — alternou, indo até seu quarto lentamente.
— Já sim.
— Ok, vou ver se encontro algo para você.
Abriu algumas gavetas e procurou alguma roupa de ex-namorada ou algo do tipo, mas nada encontrou. Escolheu então uma camisa azul, de manga curta e uma calça de moletom. Foi até a porta do quarto dela e bateu na madeira.
— Obrigada — agradeceu, passando a mão pela fresta da porta e agarrando as roupas.
— Olha, eu acho que vai ficar grande em você — explicou do outro lado da porta, ansioso para vê-la vestida com suas roupas. —, mas não tenho nada menor do que isso.
— Ah, não — ela alternou. — Está ótimo! De qualquer forma, minhas roupas chegam amanhã.
— Nós podemos sair para comprar também — sugeriu, tocando a maçaneta. — Há poucas ruas daqui existem algumas lojas de roupas. Se você quiser...
Ela abriu a porta e postou-se na frente de Leon, abrindo os braços, para que ele pudesse vê-la.
— É... Estão enormes — ela afirmou sorrindo. — Mas não tem problema.
Ele gargalhou vendo que sua blusa chegava quase aos joelhos de Claire. Suas pernas, entretanto estavam descobertas.
— Eu... não preciso disso — falou, devolvendo-lhe a calça. — Sua blusa já atua como uma calça, e ela não serviria de qualquer maneira.
— Deus! Você está muito fofa — ele a elogiou e tentou tocar seu rosto, mas Claire se afastou com um passo rápido para trás.
— Você está bem? — perguntou calmo, estranhando a reação dela.
— Estou — respondeu com um delicado sorriso. — Estou sim.
— Por que você está correndo de mim? — ele perguntou rindo, se divertindo com o momento. — Eu já te disse que não mordo, não é?
Ela engoliu um seco, lembrando da última vez que eles haviam conversado sobre mordidas. Se forçou a afastar dele, com um certo receio.
— Eu não estou correndo de você — mentiu dando alguns passos para trás, em direção à cozinha.
Deduzindo que ela estivesse iniciando uma brincadeira, Leon se preparou para correr atrás dela. Porém, naquele exato instante, a campainha do apartamento soou, interrompendo Leon de capturar sua "presa".
— Eu atendo! — ela virou suas costas para Leon e correu até a porta, deixando o homem com diversas dúvidas na cabeça.
Claire girou a maçaneta e abriu a porta deixando apenas uma fresta. Após ver quem era ela abriu a porta, apenas o suficiente para sair. Leon escutou os cochichos animados entre a voz de Claire e uma voz mais grave, de um homem. Curioso, ele se dirigiu até a porta com passos lentos.
— Hm... — ela murmurou, vendo Leon se aproximar. — Esse é o Leon, o cara que eu te falei que me acompanhou na missão.
Um homem de cabelos castanhos que estava abraçado com Claire levantou as sobrancelhas e balançou a cabeça, cumprimentando-o. Leon fez o mesmo.
— E Leon — acanhada, ela puxou o homem pelo braço, levando-o a encarar seu companheiro de quarto, — esse é o Brian... meu namorado.
MAIS ALGUMAS OBSERVAÇÕES NÃO MUITO IMPORTANTES... TALVEZ SÓ UM POUQUINHO IMPORTANTES:
Obrigada por acompanhar minha história até aqui, caro (a) leitor (a)!
Ainda não sei ao certo se devo ou não continuar com a fanfic... Enfim, escrevam suas reviews e sejam felizes!
Cover Image: StacyAdler (DeviantArt)
