Nome: Seguindo em Frente Parte II
Autor: Debby Bacellar
Censura: +18
Gênero: Romance, Angst, Dark Fic, Spoilers, UA
Personagens: Hermione Granger, Tom Marvolo Riddle, Abraxas Malfoy, Minerva McGonagall, Alvo Dumbledore e outros.
Avisos ou Alertas: Heterossexualidade, homossexualidade em segunda temporada, sexo, tortura, morte e violência.
Notas: Para seguir em frente... As vezes é preciso retroceder.
Resumo: Novos incidentes. Novas Batalhas. Será que eles continuarão Seguindo em Frente? (Continuação de Seguindo em Frente Parte I)
Disclaimer: Harry Potter e todos os outros personagens pertencem a J.K. Rowling, Warner Brothers e outras editoras. Essa autora não é responsável por acesso de menores a essa fic, que como está no aviso, tem cenas explícitas de sexo. Por favor, verifique os avisos e alertas contidos no cabeçalho, bem como as restrições legais de idade de seu país. As fics têm restrição de idade por motivos muito claros. Não aceitarei contas de despesas médicas com psicólogos, psiquiatras, hospícios ou manicômios judiciais por causa de nenhuma das minhas fics. (Disclaimer inspirado nas sábias palavras de minha autora favorita magalud ou mais conhecida aqui como entlzab.
Seguindo em Frente Parte II
Capítulo I – Ameaças Veladas
Era meia noite. Hermione estava sentada ao piano que havia encontrado em uma das salas do quarto piso. Lembrou-se de uma melodia que havia aprendido a tocar com seu pai. Saudosamente correu seus dedos pelas teclas. Estava sozinha naquele momento. Começou os primeiros acordes, recordando-se do momento em que ensinava Ron a tocar alguma coisa no piano que havia na mansão dos Blacks enquanto eles procuravam pelas horcruxes... E lembrou-se de Harry, de sua alegria e teimosia. E uma melodia começou a surgir. E era uma melodia nostálgica. Enquanto seus dedos corriam e formavam a canção, ela fechou os olhos, tocando com a alma em uma despedida do que estaria agora somente em suas lembranças. Porque ela não poderia mais voltar ao seu tempo, não deveria. Ela havia mudado o passado de uma forma tão complexa e extensa... E agora algo a preocupava. Começava-se a esquecer, mas definitivamente ela não queria que isso acontecesse. Ela se lembrava dos rostos, mas começava a esquecer-se dos nomes e não tinha como avaliar se isso era normal, se por causa dela aquele tempo de onde ela havia vindo tinha simplesmente deixado de existir, dando continuidade e predileção à esse tempo, por realmente ter acontecido fatos significativos. De qualquer forma ela sabia, aquele era o seu tempo agora, mesmo que não pertencesse a ele.
Dumbledore, o único que poderia esclarecer-lhe alguma coisa, contar-lhe como realmente havia feito para trazê-la para o passado, o homem que admirava de tantas maneiras havia simplesmente lhe faltado.
Naquele mesmo dia, o dia em que tudo mudara tão absolutamente em sua vida, ela e Tom foram ao encontro do professor de transfiguração, só para descobrirem que ele havia pedido uma licença por motivos pessoais. De qualquer forma, não era uma situação que se resolveria ao enviar uma mensagem por coruja. Então fizeram o que podiam fazer. Limitaram-se a esperar o seu retorno.
E essa era mais uma questão que assombrava Hermione. Ela sabia o que Tom pretendia fazer. Ele queria assumi-la publicamente, mas uma parte reservada de sua consciência queria protege-lo das agruras que viriam desse ato, embora seu ego inflasse por ver mais uma vez a intensidade do amor que o moreno lhe tinha. Ela sorriu em meio as lembranças, ainda tocando seus dedos finos nas notas do piano, enquanto a melodia continuava a encher a sala vazia, a música sendo ampliada pelo eco natural do ambiente.
Voltou a sorrir quando lembrou-se de como chegaram ao castelo. As mãos dadas. Nenhuma lágrima evidenciando o desespero anterior. Somente o sorriso cúmplice nos lábios dos apaixonados.
E as cabeças viravam no castelo para olharem o novo casal, mas o impacto fora fortuitamente diminuído, por que naquele mesmo dia, um pouco antes, Abraxas e Minerva arrancaram verdadeira surpresa de todos, inclusive do professor Slughorn, que ficara imensamente satisfeito com o arranjo. Como não ficaria? Abraxas Malfoy, rico, influente, juntando-se a uma aluna de sangue puro vinda de uma família relativamente afortunada, e embora o choque de casas estivesse presente, era um prazer para o velho que faria questão de indicar-lhes cargos promissores no ministério assim que ambos os alunos se formassem no último ano.
E em relação a Hermione e Tom, os olhares eram um tanto mais tortos. É claro que se não fosse o intimidante e assassino brilho no olhar de Tom, alguns sonserinos teriam jogado-se entre o corpo dos dois somente com a intenção de separá-los, mas ninguém se atreveu. Não até a noite e o vazio do castelo cair sobre eles.
As notas da música que Hermione tocava ficaram mais intensas, uma melodia mais forte, mais vívida, enquanto ela lembrava-se do que havia acontecido na primeira noite.
Estava em sua ronda, separada dos outros três monitores que agora formavam um grupo estranhamente seleto de amigos, que compartilhavam segredos impostos pela vida. Havia uma promessa muda em cada olhar, um apoio seguro, e os quatro improváveis chegados sabiam que teriam sempre um ao outro, e que eventualmente precisariam desse apoio.
A castanha continuava a andar, buscando por alunos que fossem suficientemente ousados para estarem fora de seu dormitório naquela hora, quando ela se deparou com quatro sonserinos. Nott, Lisbeth, Cedrella e Avery. Todos comensais. Ela sabia. Por instinto, a castanha pressionou mais a sua mão direita contra a sua varinha e segurou em seu colar – o qual tinha reforçado as proteções e que guardavam armas extremamente poderosas.
Eles sorriram para Hermione, que parou abruptamente diante da barreira imposta pelos alunos que a desafiavam naquele instante.
— Granger... — Lisbeth foi a primeira a falar. — A sua amortencia realmente foi poderosa o suficiente para seduzir o Lor— ela se interrompeu — para seduzir Tom, mas saiba que ninguém se mete conosco. Você e a sua amiga grifa vão definitivamente pagar por ter enfeitiçado os nossos.
Hermione soltou um riso quase histérico. — Eu não enfeiticei ninguém. — ela falou com divertimento. — Eu tenho certeza Lisbeth, que os meus métodos de encanto diferem drasticamente do seu. Talvez por isso... O lorde não tenha se interessado mais por você... Talvez ele esteja cansado de brincar de menino malvado e tenha crescido. — Hermione enfatizou a palavra Lorde, para que eles soubessem que ela tinha conhecimento a respeito de tudo da vida de Tom e que ela, dentro do possível, não se importava com o seu passado. Agora vislumbravam um futuro diferente para os dois, um futuro onde não cabia arte das trevas, Voldemort, mortes, comensais e desgraças.
Nott e Cedrella trocaram um olhar significativo, mas passou despercebido pelos outros presentes.
— Eu não vou deixar você ficar com ele. — Lisbeth falou mais desesperada, dando um passo para frente e apontando a varinha para o rosto de Hermione. Surpresa, Hermione não havia tido tempo de erguer a sua varinha e sabia que muito provavelmente algum feitiço doloroso lhe atingiria o rosto. Ela não teve sequer tempo de fechar os olhos quando visualizou Lisbeth ceder em seus joelhos, contorcendo-se no chão. Estava sendo cruciada.
Não precisou olhar para trás para ver quem era. Sentiu o seu perfume assim que os passos decididos se fizeram audíveis.
Como a sonserina que era, Lisbeth recusava-se por puro orgulho a gritar.
Tom não sorria enquanto cruciava a ex amante. Apenas queria mostrar que era o que ele faria a qualquer um que ousasse aproximar-se de Hermione com a intenção de machuca-la. Avery interferiu tentando desamar Tom, mas o moreno rapidamente lançou um feitiço não verbal nele que fez o garoto contorcer-se e agonizar no chão. Ele estava sentindo dores lastimosas, mas também, não conseguia e nem queria gritar.
— Que fique bem claro... — Tom falou entre os dentes apontando a varinha nos rostos assustados de Nott e de Credrella. — Que qualquer um que ousar encostar um dedo em Hermione vai ter algo bem pior do que um simples crucio. Tenham certeza que vou adorar acabar com a vida patética de vocês. — ele ameaçou novamente e por instinto os dois ouvintes da ameaça deram passos largos para trás. O brilho homicida no olhar de Tom parecia piorar quando eram coisas relacionadas a Hermione. Ele simplesmente não poderia conceber a ideia de alguém machucando-a.
Sentiu as mãos pequenas e frias da castanha tocar os seus ombros e por reflexo com a mão livre ele tocou carinhosamente os dedos que afagavam seu ombro numa tentativa de deter o seu ódio. Surtiu o efeito desejado. Bastou o toque amado para que parte do seu ódio fosse refreado e devidamente amenizado.
Depois daquele dia um mês havia se passado e a castanha não fora mais importunada por nenhum comensal egocêntrico e revoltado.
— Não sabia que além de ser uma pequena leoa, a srtª era uma excelente pianista. — ouviu a voz melodiosa do moreno falar atrás de si. Rapidamente os seus dedos vacilaram na tecla errando a nota, deixando o som dissonante e estranho. Ela riu e parou abruptamente.
— Você me deixa nervosa. — ela confessou parando de tocar.
— Não devia parar. Gosto de te ouvir tocar. — ele falou aproximando-se e sentando ao seu lado no banco do piano velho.
Ela olhou para ele. Notou a beleza do seu perfil, a forma como o nariz anguloso dava-lhe um ar imponente, os cabelos negros e sedosos caindo aos olhos ébanos enquanto a pele alva dava um contraste perfeito ao conjunto harmonioso.
— Está aí há quanto tempo? — ela perguntou curiosa.
Ele sorriu torto sem mostrar os dentes. — Desde que você entrou aqui. Eu a segui... Queria saber o que a minha namorada está fazendo depois da meia noite sozinha pelos corredores do castelo.
Ela riu e rolou os olhos.
— Não sabia desse seu lado obsessivo e possessivo. Um perseguidor Tom... Que atitude infantil. — ela ralhou de brincadeira.
Ele somente riu mais amplamente. — Eu sou infantil quando se trata de você. Sou ciumento quando se trata de você... Sou possessivo, obsessivo e perseguidor, em suma, um réu confesso. É errado querer ter sempre por perto a mulher que amo? — ele falou galante e teve o vislumbre do rosto adorável da garota corando.
Depois de mais um tempo em silêncio ela se aconchegou a ele e ele passou os braços ao seu redor, abraçando-a gentilmente.
— Foi mais fácil do que eu pensei. — a castanha comentou entretida com uma tecla aguda do piano.
— Não sei se foi mais fácil. — ele falou num murmúrio baixo. — Eu ainda espero as retaliações e te peço que fique atenta Hermione. Eu não os trenei para deixar "passar". Se eles não fizeram alguma coisa até agora é porque sabem que eu os mataria sem pestanejar, por isso tenho certeza que só agirão quando tiverem um plano bem elaborado, e consideravelmente infalível.
Hermione engoliu em seco.
— Prevê tempestades? — ela perguntou procurando os olhos que tanto amava.
Ele balançou a cabeça numa negativa suave.
— Seria pouco pequena... Um dilúvio certamente classificaria melhor...
Ela não podia deixar o pânico invadi-la. Apenas sorriu de algo que achou engraçado. — Eu lutei contra os netos deles Tom que eram consideravelmente mais loucos e infinitamente mais fortes. Deixe que venham. — ela falou empinando o nariz numa aceitação prepotente do desafio fazendo-o desatar a rir.
— Essa é minha leoa corajosa. — ele falou e logo em seguida apossou-se dos lábios doces e convidativos da castanha fazendo-a suspirar em gemer.
— Eu quero você na nossa cama, amor... — ele falou com os olhos em brasa. Seus olhos eram como uma noite escura sem estrelas, mas ainda assim possuíam um brilho febril de desejo ardente. Os olhos de Hermione não estavam diferentes. Eram duas brasas âmbares, evidenciando o que o corpo desejava naquele instante. E desejava ser dele novamente, como fizeram em todas as noites na cama dele, na qual compartilharam momentos de carícias e carinhos desde que se assumiram.
Se a diretoria soubesse do que acontecia no quarto dos monitores, certamente eles seriam expulsos. Abraxas e Minerva dormiam no quarto da grifinória também e os dois quartos transformaram-se no ninho particular dos dois casais.
Hermione apenas levantou-se, pegando-o pela mão e foram calmamente até o quarto deles.
A castanha amava-o mais naquele instante. Amava-o por ter enfrentado tudo e abandonado tudo por ela.
Meu amor... Negue-se a si mesmo. Pulse dentro de mim... Torne-se cego...
Como resistir aos beijos intensos? As mãos de Tom passeavam deixando um rastro de fogo onde tocavam, fazendo o corpo da castanha arquear-se na cama enquanto ela tentava conter os gemidos crescentes em sua garganta e o sorriso que se espalhava em seu rosto quando as mãos do moreno tiravam-lhe as roupas de forma gentil. A urgência havia diminuído deixando espaço pro carinho, pro amor.
E enquanto Tom depositava beijos suaves no pescoço da castanha, ela respondia a altura lhe acariciando as costas largas.
Meu amor, você encontrou a paz... Você estava procurando por ajuda...
Tom estava extremamente feliz de poder repetir aquilo todas as noites. De poder sentir o corpo amado reagindo ao seu toque, de poder sentir o sabor de sua pele... Com a sua varinha fez o resto das roupas desaparecer e beijou cada parte do corpo da castanha, venerando-a, acarinhando-a e agradecendo em preces silenciosas ao dia em que se deixou envolver por ela. Ao dia que disse sim ao amor e deixou todo o ódio sair do seu coração.
Você me deu tudo... Cedeu ao apelo... Você se arriscou e você caiu por nós... Você chegou atenciosamente, me amou fielmente... Você me ensinou a honra. Você fez isto por mim...
Tom posicionou-se na entrada encharcada da castanha e lentamente a penetrou, sentindo suas paredes envolvendo-o o seu corpo ereto e dolorosamente duro. A cada vez que faziam isso, era como se fosse a primeira vez, como se nunca fossem se cansar daquilo. Mágico. Era simplesmente mágico. Amaram-se, movendo-se lentamente no corpo um do outro, de forma doce, porém intensa, trazendo para os dois um gozo violento e louco, enquanto ambos arfavam e Tom liberava-se dentro do corpo adorado da jovem.
Hoje você vai fugir... Você irá esperar por mim meu amor. Agora eu sou forte. Você me deu tudo... Você deu tudo o que você tinha. E agora eu estou inteira...
Hermione sentia-se estranhamente intacta enquanto arfava de forma luxuriante e sentia a satisfação pós-coito lhe invadir junto com a letargia que era comum após praticarem o ato. Tom a trouxe para o seu peito. O lugar preferido de Hermione. O lugar onde ela podia ouvir as batidas do seu coração e o lugar onde renovava as suas forças. Queria isso, queria que aquele mesmo coração continuasse batendo, quente, forte, cheio de amor e de vida.
Meu amor, deixe-se para trás... Pulse dentro de mim... Isso deixou você cego... Meu amor, veja o que você pode fazer. Eu estou melhorando. Eu estarei com você...
Ambos fecharam os olhos enquanto Tom passava o lençol por cima do corpo dos dois, aconchegando-os nos cobertores fofos e os protegendo do frio que começava a cair em Hogwarts. O inverno estava próximo.
Você pegou minha mão. Adicionou um plano... Você me deu seu coração... Eu pedi para você dançar comigo. Você amou honestamente. Fez o que você podia para se libertar.
— Eu amo você Tom. — a castanha falou antes que o sono a tragasse completamente.
— Também a amo minha pequena... — ele falou enquanto apertou mais ainda o corpo da castanha contra si lutando contra a sensação de que aqueles momentos calmos estariam se esvaindo em breve. Resolveu apenas ignorar a premonição irritante e arrefeceu a sensação ruim ao cheirar os cabelos castanhos e cheirosos. Aquele toque íntimo certamente lhe trazia um pouco mais de tranquilidade.
Inferiu que não havia nada que pudesse fazer naquele instante e simplesmente deixou-se ser levado pela sensação gostosa de sono que o invadia.
E mais uma noite se passou assim, calma e tranquilamente e Tom desejou que aquele momento se estendesse por toda a sua vida, porque não havia sensação melhor no mundo do que a de ter a sua castanha nua e entregue em seus braços. Um último sorriso sereno invadiu o seu rosto, antes que o sono o levasse completamente a um lugar calmo e indefinidamente tranquilo.
(...)
