Disclaimer: Sakura & Cia não me pertencem.


SNOW WHITE

Prólogo
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- Como todo e bom conto de fadas, começarei nossa história da seguinte maneira:

"Era uma vez, em um reino, muito, muito distante - onde a paz e a ordem reinavam - um rei bom e generoso que era amado e adorado por todos seus súditos".

Seu nome era Masaki, era viúvo e pai de duas garotas. A mais nova se chamava Nadeshiko e a mais velha Sonomi.

Seu reino era próspero e extenso, e poderia ser visto com clareza do gigantesco castelo, todo sustentado por imponentes pilastras. Os habitantes também viviam felizes e trabalhavam felizes nos extensos campos em culturas para a própria existência. A paz entre todos habitantes também era notável, não haviam furtos ou desentendimentos, todos habitantes - assim como o rei - prezavam pela ordem adquirida através dos anos.

Mas os problemas pequenos das herdeiras eram constantemente ignorados pelo rei, e as garotas passaram a viver alheias a tudo e todos, tomadas por pequenas intrigas e provocações.

Em uma das suas brigas, a menor decidiu fugir do castelo, e passou a tarde inteira preparando seus pertences. Estava decidida, e não haveria volta. As arrumadeiras ao perceberem, correram para avisar ao rei, que ao ficar sabendo das intenções da filha mandou de imediato que fechassem todas as portas do palácio, de modo que a pequena não mais pudesse fugir.

O rei então ordenou a um de seus guardas - com desempenho notável - que a acompanhasse onde fosse e a qualquer momento, como uma sombra. O jovem guarda obedecendo às ordens de seu rei passou a acompanhar a princesinha por todos os lugares. Foi assim que começou a história de amor entre eles - mas esta não vem ao caso neste momento.

Sonomi - a maior - foi a primeira descobrir o romance proibido entre o jovem guarda e sua irmã. Inconformada, a inveja e o ciúme invadiram o coração da jovem, que de imediato alertou o rei sobre o romance da irmã com o guarda.

A noticia surtira o efeito esperado e no mesmo dia, o rei, irado, decidiu exilar o soldado que ousara amar sua filha. O sorriso triunfante era visivelmente notado na face de Sonomi, por outro lado, Nadeshiko chorou muito, emanando tristeza por todo o reino.

E desde então as coisas mudaram por todo o reino, as manhãs pareciam mais cinzentas e as flores mais pálidas, os habitantes então, tentavam - em vão - ignorar as mudanças. E daquela forma prosseguiram-se os meses, e em uma estranhamente bela manhã o rei fora avisado de que sua filha mais nova havia fugido, sem levar nenhum de seus pertences, e deixando apenas um pequeno bilhete como destinatário o pai. A pequena princesa havia ido à procura de seu amor.

Imediatamente o rei mandou que a procurassem, ocupando todo seu exército e os homens de confiança. Longos dias tenebrosos se arrastaram e nenhuma noticia sobre a jovem fora obtida. Magoada, a Família real decidiu que fossem cessadas as buscas. O rei decretou uma semana de luto pela morte da herdeira caçula e que seu nome nunca mais fosse dito ou relembrado pelos próximos cem anos.

Decidido a não cometer o mesmo erro novamente, jamais permitiria que sua agora então única filha nutrisse qualquer tipo de sentimento por alguém sem o devido valor, o rei então escolheu o príncipe mais novo de terras distantes para desposar sua filha, esta mesmo contrariada aceitou.

Quatro meses depois, o reino entrou em festa. Seria o dia do casamento da Princesa. A alegria havia incrivelmente se restabelecido entre todos os habitantes. Apenas Sonomi não parecia estar feliz, mesmo em seu longo vestido de seda pura e branca, mesmo com suas belas pérolas raras, ou com seu anel cravado de diamantes, ainda sim chorava escondida pelas gigantescas pilastras.

O casamento ocorreu como o esperado e foi festejado por dias. O rei morreu sete dias depois, por causas inexplicáveis. O então príncipe, por direito, assumiu o trono, decretando leis intoleráveis e cobrando impostos abusivos sobre o povo. O reino então caiu em desgraça e nuvens escuras então encobriram toda sua extensão, o cercando de sentimentos ruis. A situação só piorou nos anos que se arrastaram, pessoas inocentes morriam ora por doenças causadas - principalmente - pela fome, ora por ataques inesperados de reinos vizinhos.

Guerras foram travadas, territórios conquistados. A rainha adoecera enquanto o rei continuava a derramar o sangue inocente. Rebeldes decididos a tirar o tirano do poder reuniram-se e travaram uma grande batalha contra o rei. A reação foi dura, os rebeldes eram inevitavelmente mais fracos, assim com também em número muito menor; quando a derrota já estava quase certa, um dos generais ainda com seu exercito quase que intocado, juntou-se inesperadamente aos revolucionários, fazendo com que o restante do exercito real desistisse da batalha. O rei não teve forças contra o povo e o exército, e foi cruelmente assassinado em seu precioso trono. Aqueles haviam sido seis longos anos que os habitantes tentariam - inutilmente - esquecer.

A rainha recebeu cuidados, e recebeu pedidos de seu povo para que restaurasse a paz e a ordem no lugar, e para a surpresa de todos ela estava grávida. Mesmo assim ela tomou o lugar de seus falecidos pai e marido e assumiu o controle do reino, cinco meses depois, com a ajuda de todos o reino estava aos poucos sendo reerguido.

Chegara o dia do nascimento da criança que Sonomi estivera esperando. Sonomi lembrando-se de sua amada irmã pediu que fosse uma menina, e que esta tivesse cabelos negros feito o ébano, pele alva como a neve e lábios púrpuros como o sangue - assim como a também falecida irmã. Ao nascer tais qualidades tão desejadas pela mãe foram notadas pelas parteiras. Era definitivamente uma criança bela.

Sonomi a chamou de Tomoyo. A população entrou em festa com o nascimento da menina. Prósperos anos se passaram, e os céus voltavam a uma tonalidade de azul que a muito fora perdida. A princesinha era amada e adorada por todos.

Em um vilarejo proximo, moravam dois irmãos, a mais velha era uma fada, e o mais novo nascera mortal. A irmã cuidara sempre dele - por considerá-lo fraco em demasia, e de aniversário lhe dera um pequeno espelho. Perguntou-lhe qual era seu maior desejo, e ele lhe respondeu que seria ser rei. O espelho então brilhara em sua mão, sorrindo ela lhe disse que seu desejo em breve se realizaria.

A princesinha a cada dia tornava-se mais bela e encantadora, no seu terceiro aniversário vestiram-lhe com os mais belos trajes, todos em cores vivas e vibrantes. Foi quando uma praga se espalhou pelo reino. Uma praga que só atingiu uma pessoa, atingiu a pequena princesinha.

A rainha procurou por doutores e alquimistas, mas nenhum deles conseguia curar a pequenina. Desolada, a rainha pediu para que um mago a curasse, ao escutar que o mago não poderia fazer nada, procurou por uma fada que morava nas redondezas do reino. A fada disse que poderia curar a princesinha, mas pediria algo em troca. Em troca a rainha teria que se casar com seu irmão e torna-lo rei, a rainha exasperada aceitou o acordo, por sua filha.

Na manhã seguinte, o a rainha de imediato se casou com o irmão da fada, numa cerimônia simples, no mesmo momento a princesinha - inexplicavelmente - se curou. E para a surpresa de todos a rainha não respondia a mais nenhum sentido, não via ou ouvia, e a agora muito pouco falava. O novo rei mandou que a levassem para o quarto e que ali a deixassem.

O reino novamente caiu em desgraça, graças a vaidade e egoísmo demasiados do rei. Sonomi quase não era mais vista, e as aias ficaram encarregadas do crescimento de Tomoyo.

A menina regularmente visitava a mãe, e esta carinhosamente lhe apenas chamava de Branca de Neve enquanto entoava cantos tristes sobre uma beleza distante, a princesa se tornou, como o esperado, a mais bela de todo o reino. A pequena princesa não percebeu a maneira que o rei passara a lhe olhar, fato que realmente passou despercebido por muitos moradores.

Os anos novamente se arrastaram lentamente, no décimo sexto aniversário da princesa o rei mandou que lhe preparasse uma enorme festa no palácio. Ordenou que todos os nobres do reino fossem convidados, mandou as costureiras vestissem Tomoyo como uma rainha, que os artesãos confeccionassem as mais belas jóias, e que as aias lhe arrumassem devidamente. Tudo foi feito como o ordenado. O salão principal do castelo estava perfeitamente decorado, o mais belo vestido, as mais belas jóias e sapatos haviam sido preparados para a princesa.

Tomoyo estava perfeita, assim como uma deveria estar. Durante a festa o rei pediu silencio, e anunciou que se casaria novamente, murmúrios foram ouvidos por todo o salão. Horrorizados os convidados perguntaram quem seria a nova rainha. O rei sorriu triunfantemente, e disse que Tomoyo seria a nova rainha, já que Sonomi não havia lhe dado filhos, e que a sucessão do trono seria por herança. Tomoyo era a herdeira, e seria sua, e logicamente o trono seria seu..."

- Aqui acaba o prólogo e temos o início da história.


Espero sinceramente que vocês não tenham achado o prólogo muitíssimo entediante. Já antecipando, a história não vai ser exatamente como a criada pelos irmãos Grimm, ela no máximo lembrará a original. Aqui a madrasta má e invejosa foi substituída por um padrasto "em termos" parecido, os anões também serão substituídos. Outros personagens também serão substituídos, para que se encaixem no contexto. O casal "principal" vai ser "Eriol e Tomoyo", mas também haverá outros.

A intenção era que o prólogo parecesse uma história contada, como as que contam para as crianças dormirem. Fiquem tranqüilos, os próximos capítulos serão -pretendo que sejam- mais elaborados...

Não levem a mal se algum personagem que você gosta virar mau. É difícil encontrar um "vilão" adequado em SCC para o papel. Espero que vocês também levem em consideração que é o meu primeiro fic e que não sou muito boa em gramática, e que gostem -pelo menos um pouquinho- dele...

Bom... Acho que é só... Até o próximo capítulo... o/

XD