Disclaimer: D. Gray-Man não me pertence. Se me pertencesse a Lenalee nem teria sido criada.
Fic betada por Lady Murder.
Opostos
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Porque tudo tem seu oposto. No caso deles, o sempre virou nunca.
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Primeiro vinham as palavras.
E elas eram doces. Elas acalmavam, curavam, davam esperança.
Elas reconfortavam, elas eram tudo o que ela precisava.
Ele sempre dizia tudo o que ela queria escutar.
Ele sabia as palavras certas. Como um encantamento.
E ele repetiria as palavras quantas vezes ela precisasse.
De novo. E de novo. E de novo.
Sempre.
Depois vinham os gestos.
E eles eram calmos. Eles exaltavam, assustavam, faziam-na sorrir.
Eles eram plácidos, eles eram tudo o que ela via.
Ele sempre agia conforme a vontade dela.
Nunca o contrário. Nunca.
Mas ele não ligava, porque os gestos dele eram para ela, e somente para ela.
E ele estaria lá quantas vezes ela precisasse.
E de novo. E de novo. E de novo.
Sempre.
E depois vinham os toques.
E eles eram rápidos. Eles assustavam, surpreendiam, excitavam.
Eles eram intensos, eles eram tudo o que ela desejava.
Ele sempre a tocava como ela achava que deveria ser.
Mesmo sabendo que era errado ele continuava a tocá-la.
E ela continuava a incitá-lo a tocá-la mais e mais.
Porque ela gostava dos toques dele.
Mas ele não se sentia bem com os dela.
E quanto mais ela pedia, mais ele tocava-a.
E de novo. E de novo. E de novo.
Sempre.
Até o dia em que as palavras cessaram.
E ele não podia mais dizê-las.
Não era mais reconfortante. Não para ele, muito menos para ela.
Não existiam mais motivos para as palavras.
E ele nunca mais diria.
Nunca. Nunca.
E os gestos não eram mais necessários.
Porque ela não riria mais.
E aquela foi a única vez que ela agiu conforme a vontade dele.
Para não voltar mais.
Ele ainda estava lá, esperando por ela, para servir as vontades dela.
E ele nunca mais agiria da mesma maneira. Ele era somente dela.
E se ela não estava lá, ele não precisava agir.
Nunca. Nunca.
E os toques eram a parte que mais fazia faltava.
Ele não sentiria mais a textura da pele dela.
Ela não desejaria mais.
Ela não estava lá para pedir que ele a tocasse.
Ele podia abdicar da culpa, porque se ela não estava mais lá a culpa também não estaria.
Porque ele sabia que a culpa estava morta, assim como ela.
Morta. Morta. Morta.
E ela não voltaria mais.
Não, nunca mais. Nunca.
N/A: Escrita em tempo record. E sim, eu gosto de Leecest, mesmo odiando a Lenalee. Eu não sei o que aconteceu na minha mente insana para criar essa fic, mas a Murder achou foda, então eu postei. E um muito obrigada para a minha amiga Mari Podavin que me ajudou com o nome e com a frase do começo. E EU MATEI A LENALEE! (se sentindo realizada).
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