Aviso: A história a seguir é fictícia e envolve violência, morte e homossexualidade, personagens e acontecimentos semelhantes são pura coincidência. Os personagens aqui representados não são de autoria de Atomic Cupcake1023 mas sim de Masashi Kurumada e seus patrocinadores. Esta fanfic não tem fins lucrativos.
A leitura é de opção do internauta.
Comentários e críticas construtivas sempre serão incentivados e bem-vindos.
Tenha uma boa leitura.
Eles eram quentes.
Eles eram contrastantes.
Eles eram apaixonantes.
Eles eram apaixonados...
Eram... Eram... Eram...
"Eram", por já não serem mais.
Mortos não são nada além de mortos.
Um matou ao outro.
Mas o verdadeiro assassino, caso alguém realmente preocupe-se em perguntar...
A resposta é mais que óbvia.
É o amor que um sentia pelo outro.
Tudo começou quando aquele belo e agitado loiro conheceu aquele, igualmente belo, pacífico ruivo.
Foi um amor que brotou tão rápido quanto um piscar de olhos.
Tão rápido quanto um tiro.
Os dois amaram-se. Os dois odiaram-se.
Mas além um ao outro, amavam a arte.
Artes contrastantes que os levaram a um fim.
O amor à arte matou-os. Ou levou a matarem-se... De qualquer forma, o resultado de nossa sangrenta equação será sempre a mesma.
A arte perpétua, esculturas firmes e fortes que perdurarão por milênios a fio... E a arte momentânea, o desabrochar de uma flor que logo em seguida morrerá e ficará apenas na memória como algo perfeito.
O ruivo desejava unir seus dois amores.
Talvez fossem um casal realmente perfeito, o ruivo e o loiro...
Pois o loiro tivera a mesma ideia.
Como fazê-lo...Co-mo-fa-zê-lo?
Há, caros amigos... Depois de muito e muito pensar. A luz lhes veio! Uma bênção maldita.
Marcaram para acamparem próximo à cidade.
Com uma arma bem carregada, explosivos de vários tipos. Completava aquela macabra compra ilegal, uma insignificante caixa de fósforos. E o loiro sorriu e chegou mais cedo, armando o cenário.
Com muito formol, cordas e facas. Agulha e linha também não faltaram. Serragem e olhos de vidro para completar, escolhidos especialmente naquele lindo tom azul dos olhos do loiro. E o ruivo sorriu, chegando um pouco atrasado, depois de manter tudo bem organizado - e escondido - em seu carro.
Algo em comum, além do doentio amor bifurcado, foi a ideia de levar muitas garrafas de bebidas. Embebedar o parceiro para cumprir o plano.
E uma, duas, três... Cinco... Tantas e tantas garrafas rolaram distantes do apaixonado casal.
Mas que tristeza, mas que alegria... Chegava a hora. A hora chegava.
E num primeiro movimento do ruivo, na distração do loiro, atracaram-se não como amantes, mas em uma dura luta.
E num golpe desajeitado, um corte sobre o olhos esquerdo do loiro, fazendo-o escorregar e cair. Mas o ruivo parou, em tristeza, por ferir a face de seu amado...
Aquilo não ficaria muito bonito quando tivesse terminado de empalhá-lo.
E tais pensamentos que ocupavam a mente do ruivo não o deixaram notar que o loiro riscava um fósforo até chamas darem presença, e derrubou...
Simplesmente derrubou o fósforo aceso, que caiu sobre uma linha de pólvora, rápida como um raio, circulou e incendiou todo o mato ao redor. As folhas secas daquele abafado verão.
Mas entre as folhagens, mais que simples mato, havia sacos e sacos de explosivos.
E o ruivo, sem importar-se ao fogo, ajoelhava-se e desferia fortes e incessantes facadas sobre o corpo que tanto amou... Que tanto amava... E que tanto desejava amar mais e mais.
E mais.
Mas o loiro já não gritava, nem sentia dor... Sorria largamente, mesmo com os fios de sangue que manchava sua face, ou os respingos cobrindo o ruivo.
Sorriam mutuamente.
Pareciam, naquele momento, amarem-se mais que nunca.
Talvez por ser o último momento de suas vidas.
Quem sabe, aquele fosse a primeira vez que sentiam aquilo, aquele forte e assassino sentimento, tão profundamente. O amor verdadeiro, finalmente suas duas paixões fundidas em algo PERFEITO.
AQUILO ERA ARTE!
E o fogo, tão forte e assassino quanto aquele sentimento, fez as explosões começarem, uma a uma.
E queimaram, sorrindo, o ruivo e o loiro...
Vermelho no azul.
Amaram-se.
E depois, quando os bombeiros encontraram os corpos carbonizados. Quando os médicos identificaram-nos. Quanto seus pais puxaram as cobertas brancas para um último adeus...
Eles foram apenas aquilo...
Cadáveres... Corpos... Nem mais "o ruivo" e "o loiro"...
Foram Sasori e Deidara.
Mas só isso não bastaria.
Aqueles eram um par de amantes, um casal apaixonado.
Aqui encerro esta narração...E agrego um talvez útil conselho:
Se você ama, tens sorte; se é correspondido, meus parabéns; caso seu amor seja dividido... Você deseja ser o próximo corpo carbonizado na primeira página do jornal?
Nota de rodapé: Espero ter dado um conselho valioso a todos meus companheiros internautas, da mesma forma que espero ter-lhes entretido com esta fanfic. Um fato interessante: O arquivo original desta fanfic foi nomeado "Killer Love" e por algum tempo considerei o título "A Arte de Amar" antes de chegar ao nome atual. Comentários e críticas construtivas serão bem vindos.
