When the darkness comes
Autora: Juliana Alves
Categoria: Shandy, Romance, Angst, Violence, Drama, Comfort
Advertências: Descrição ao sexo, Violência Sexual.
Classificação: NC-17
Capítulos: ?
Completa:[ ] Yes [x] No
Resumo: Mesmo em seus momentos mais difíceis, Sharon conseguia ver a luz no fim do túnel, mas dessa vez não só ela não conseguia ver a luz como a escuridão a ameaçava envolve-la completamente.
Disclaimer: Major Crimes não me pertence e sim a TNT e a James Duff.
Atenção: Essa fanfiction tem um tema muito tocante e delicado, espero dar a devida consideração e não ultrapassar limites. Para quem é sensível a esse tipo de tema não ultrapasse essa linha.
TRIGGER WARNING - RAPE THEME
Capítulo 1
Andy sentou ao lado de Provenza com seu refrigerante de Cranberry e suspirou feliz, depois de dias tentando fechar o caso, a equipe de Brenda finalmente havia conseguido prender o assassino. Não foi fácil, mas eles estavam satisfeitos com o resultado.
Brenda e Fritz estavam conversando com Gabriel sobre o próximo campeonato de basebol que a LAPD estava organizando e esse seria o primeiro ano que a equipe participaria ativamente. Provenza, Sanchez e Tao discutiam sobre o novo equipamento que Buzz conseguiu em sua sala de eletrônicos, Buzz apenas ria de tudo isso.
Entretanto, mesmo feliz Andy queria ir para casa, ele estava cansado e tudo que precisava era um bom banho e sua cama. Mesmo que ele gostasse de passar tempo com eles, o Tenente não via a hora de se afastar um pouco. Esses pensamentos estavam girando em sua cabeça quando sentiu o celular tocar em seu bolso. Ele quis saber quem ligava a essa hora, não era tão tarde, mas ele não tinha ninguém que precisasse dele nesse horário. Talvez fosse Nicole... Ele pegou o celular e atendeu sem ver quem era.
"Flynn". A voz dele foi firme e um pouco curiosa.
"Tenente Flynn, aqui é a Capitã Raydor. Acho que hoje é seu dia de sorte". A voz dela estava ofegante e um pouco abafada. Andy ficou em alerta imediatamente, ele podia dizer que ela estava em dor. "Preciso que você me ajude em um pequeno problema".
"Claro". Ele respondeu e se levantou da mesa rapidamente e se afastou da equipe.
Provenza o encarou intrigado assim como os outros, mas não disse nada. Ele tentou entender a linguagem corporal do amigo, mas assim que chegou em uma parte mais tranquila, Andy virou as costas para falar ao telefone.
Andy sentiu o corpo se arrepiar com um mau pressentimento, da última vez que eles se encontraram depois dessa frase ser dita, ele acabou com mais ponto do que conseguia contar e dias preso a uma mesa do escritório.
"Capitã, o que houve?"
"Eu não sei se conseguiria explicar agora". Ele podia dizer que ela estava nervosa e um pouco dispersa.
"Tudo bem, só me diga onde você está". Retirando a chave do carro do bolso ele passou pela mesa cutucou o parceiro e sussurrou que precisava ir. Ele praticamente correu até a saída.
Toda a equipe silenciou sem saber o que estava acontecendo, mas se fosse algo realmente grave ele teria dito a eles. Sem qualquer outra coisa para fazer, eles voltaram para as conversas e bebidas.
Andy já estava ligando o carro quando perguntou novamente a Sharon onde ela estava. Isso o deixou ainda mais preocupado, a Capitã era uma mulher coerente e firme, mas parecia perdida durante a ligação.
"Eu estou..." Ele podia imaginar ela se esforçando para ver o nome em algum lugar. "5th com a 7th na Amazon".
"Certo, estou a caminho".
"Por favor, não desligue". A súplica dela o pegou desprevenido, ele ficou numa perda de palavras.
Andy ficou sem saber o que falar com ela, eles não eram amigos. Ele não sabia nada da vida dela, o que ele deveria dizer?
O tenente podia ouvir a respiração dela se acelerar um pouco, como se o medo a estivesse consumindo e isso o deixou ainda mais apreensivo. Ele não tinha certeza se queria saber o que encontraria lá.
"Vamos conversar então". Respirando fundo ele tentou se acalmar e focar nela. "Eu ouvir dizer que você é fã dos Dodgers".
"Sério Andy? Vamos falar de basebol agora?"
"Você tem outra sugestão?" Ele se irritou, mas percebeu que ela também se irritou e pareceu está voltando a si.
"Olhe.. só fique na linha, ok?" Sharon tentava manter a voz firme, mas Andy sabia que ela estava aterrorizada.
"Não se preocupe, estou chegando". Ele tentou tranquiliza-la, entretanto, seu coração batia enlouquecidamente.
Andy pisou fundo no acelerador chegando ao limite de quebrar todas as leis de trânsito, mas ele podia sentir que o que encontraria não seria bonito. Contudo, não era isso que o distraia e sim o motivo dela ter ligado para ele. Eles estavam tentado ser amigáveis, já que parecia que a FID e a Crimes Graves estavam trabalhando mais lado a lado ultimamente. Porém, ainda era estranho ela telefonar para ele.
"Andy, você ainda está aí?"
"Estou".
"Eu gosto dos Dodgers, mas não tenho ninguém para ir comigo até o estádio. Ir sozinha não é tão divertido". O sussurro dela chegava a ser infantil e Andy sentiu uma onda de ternura passar por ele.
"Que tal a gente ir um dia?"
"Você quer levar a bruxa má para um jogo?" O tom brincalhão dela o acalmou. "Você gosta de viver perigosamente, não é Tenente?"
"O que posso dizer, faz parte do meu charme". O sorriso charmoso encheu sua face e ele lamentou por ela não ter visto e isso o surpreendeu.
O silêncio se instalou novamente e Andy finalmente viu as placas do local que ela falou, ele diminuiu a velocidade para tentar ver qualquer movimento suspeito ou tentar encontrá-la, mas nada lhe chamou atenção.
"Sharon, estou aqui. Você pode me dizer onde exatamente está?"
"No beco". A voz dela era tão baixa que ele quase perdeu a informação.
Estacionando o carro ele olhou novamente ao redor e sentiu o corpo se arrepiar, a área era comercial e todas as lojas estavam fechadas, de onde estava ele podia ver um supermercado aberto, mas era distante. Ele tentou encontrar o local, mas estava muito escuro.
Tirando a lanterna ele começou a apontar e seguir em frente, o celular estava na orelha e ele podia ouvir a respiração dela, ela estava nervosa e se não tivesse cuidado perderia o controle antes dele chegar lá.
"Ei, Sharon, você pode me guiar? Eu não consigo encontrar". Chamar a atenção dela para essa pequena tarefa talvez a ajudasse a se manter firme.
"Eu consigo ver um poste e uma placa vermelha".
"Ok.. e o outro lado?"
"Eu acho que é sem saída, não consigo ver".
"Certo, não se preocupe vou chegar em breve, só preciso..." Ele não terminou a frase pois finalmente conseguiu avistar a placa que ela falou. "Encontrei, estou chegando".
Andy se apressou e quase tropeçou numa lata de sopa no começo do beco, ele engoliu a maldição que diria e iluminou local. Foi aí que todo o ar saiu de seu corpo.
Provenza estava rindo da piada que Tao contou, assim como todos da mesa. Ele assistia todos os seus companheiros e imaginava que se eles tomassem mais algumas doses com certeza ficariam embriagados logo. O que era uma porcaria, seu motorista particular havia saído sem qualquer explicação 30 minutos antes e ele teria que ir para casa dirigindo.
Brenda estava em pleno debate sobre o melhor modo de interrogatório quando o telefone de Provenza tocou, todos pararam de falar e observaram o tenente mais velho, ninguém se importou em esconder a curiosidade.
"O que você quer Flynn?" O tom exasperado dele e ao mesmo tempo brincalhão se transformou em uma carranca irritada. "E você não pode dizer o motivo? Que diabos, Flynn... claro que vou, mas o que houve?"
Demorou um pouco para Andy explicar que havia acontecido sem realmente esclarecer as coisas. Provenza não sabia como convenceria os outros, mas desligou com um gruído e falou que estariam lá.
"Foi Andy, ele pediu que fossemos em um endereço e falou que tinha um caso em mãos, mas pediu discrição e que explicaria quando chegássemos. E sem sirenes".
"E ele não disse o que foi?" Brenda questionou intrigada.
"Só que era urgente". O resto da equipe encarou Brenda esperando que ela desse o primeiro passo, ninguém sabia ao certo o que encontrariam. Andy tinha a tendência de entrar em problemas sem motivo aparente.
Brenda encarou Fritz e ele deu de ombros, sem muita opção ela se levantou e pegou o casaco. Os outros seguiram seu exemplo.
Andy adentrou o beco cautelosamente, ele passou por alguns sacos com comida, como se alguém tivesse deixado derrubar. Seu coração se acelerou quando ele começou a seguir uma trilha de sangue, na verdade eram um rastro de gotas como se alguém sangrasse pelo nariz.
Ele só percebeu a pequena oração que fazia para o bem-estar de Sharon quando ele parou ao avistar os óculos dela. Com mãos trêmulas ele apontou a luz na direção de umas lixeiras e seu coração se afundou quando a viu.
Encolhida entre o depósito de lixo imundo e a parede, Sharon Raydor segurava firmemente o celular como se sua vida dependesse disso. Andy guardou o próprio aparelho e caminho em direção a ela, mas ao vê-la se encolher ainda mais ele parou novamente.
"Ei, Sharon, sou eu, Andy". Ele sussurrou e abaixou a luz para não a assustar ainda mais.
"Andy?" Ela parecia surpresa em vê-lo ali e isso o deixou confuso. "Andy! Você está aqui."
"Sim, como eu disse que estaria". Ele sorriu e levantou a lanterna lentamente.
Contudo ele lamentou o pequeno gesto, ele se encolheu quando finalmente conseguiu ver a extensão da situação. Sharon estava longe de ser a mulher firme e estoica da FID, ela estava sem óculos e tinha um machucado feio na têmpora, como se alguém tivesse batido nela com alguma coisa muito dura. Ela estava faltando um sapato e seu pé descalço estava num ângulo meio esquisito, ela respirava com dificuldade e não conseguia focar em lugar nenhum, mesmo sem exame ele sabia que ela tinha uma concussão.
Entretanto não foi isso que fez o sangue de Andy ferver, mas o que ele descobriu em seguida. Suas roupas estavam em farrapos, ela tinha arranhões e sangue pelos braços, mas era suas pernas as mais machucadas. A realidade do que realmente tinha acontecido com ela o atingiu com força e ele sentiu o almoço de horas atrás querer sair de seu estômago.
De repente o instinto protetor de Andy entrou com força total, ele fechou a distância entre eles e se aproximou dela. Sharon choramingou de medo e tentou se afastar, mesmo já estando no limite da parede.
"Tudo bem, Sharon, sou eu. Eu não vou te machucar, eu prometo. Eu não deixarei ninguém te machucar".
Sharon parecia completamente confusa, como se sua mente estivesse em dois lugares ao mesmo tempo. Ela não o reconhecia por um instante, mas logo em seguida o encarava aliviado por reconhece-lo e isso o deixou confuso também.
"Andy.. eu.. tentei lutar". Ela tentou se explicar. "Eu tentei, eu juro".
"Eu acredito em você, querida. Eu acredito em você". Ele falou e a puxou em seus braços.
Sharon se agarrou a ele e começou a chorar, finalmente a realidade de tudo a atingindo com força, Andy podia sentir os seios nus dela em seu peito e sua raiva aumentou ao perceber a barbárie que tinha acontecido ali. E ele prometeu que quando encontrasse quem tinha feito isso com ela pagaria caro.
Andy sentiu que ela falava alguma coisa, mas era tão baixo que ele não conseguia ouvir. Ele a afastou e a encarou, ela tinha um corte no supercilio e um hematoma se formando na bochecha e se encolheu ao imaginar o quanto dolorida ela estaria na manhã seguinte.
"Você pode repetir, Sharon? Eu não entendi".
"Não chame crimes violentos". Ela suplicou com os olhos cheios de lágrimas. "Por favor, eles irão se divertir e caçoar da minha fraqueza".
Andy a encarou confuso por um momento e depois entendeu o que ela queria dizer, ela sabia que o que aconteceu hoje era um crime, mas não queria que a divisão responsável por esse tipo de crime assumisse. O Tenente sabia o que fazer, ele precisava ligar para sua equipe e chamar para processar a cena, esse podia ser um crime violento, mas aconteceu com uma policial que automaticamente se torna um crime grave.
Antes de ligar para qualquer um ele retirou o casaco e enrolou ao redor dela, ela tremia de frio e ainda não estava sintonizada com tudo. Ele podia vê-la olhando ao redor assustada e preparada para atacar, mesmo que não tivesse força, ele então se sentou no chão ao lado dela e pegou o celular para ligar para Provenza, mas não antes de puxá-la para seus braços novamente.
O Tenente estava surpreendido que ela não parecia tão assustada ao lado dele, ela ainda tremia e balbuciava coisa de vez enquanto, mas não estava em alerta de defesa. Foi nesse momento, enquanto falava com o parceiro, que percebeu o quanto pequena ela era, Sharon havia se encolhido a ponto de estar quase totalmente coberta com seu casaco. Ele passava a mão suavemente por seus cabelos e se encolheu quando sentiu que algumas partes estavam pegajosas por causa do sangue.
"Eu disse não". Ela falou de repente. "Eu disse não, mas ele só falou que eu merecia. Que eu era uma megera e merecia".
Andy fechou os olhos e tentou segurar as lágrimas que brotaram, ela parecia reviver o momento uma e outra vez e isso estava quebrando seu coração.
Sharon continuou falou que disse não, ela tinha o olhar perdido e lágrimas descia por seus olhos. E por mais que Andy chamasse seu nome ela estava perdida nas memórias traumatizantes.
Duas horas antes...
Sharon gemeu de frustração ao lembrar que precisava fazer compras antes de ir para casa caso ela quisesse comer o jantar essa noite. E para piorar seu fim de dia, seus dois carros estavam na oficina em algum complô contra ela.
Desistindo de culpar a vida pelo seu mau planejamento ela pegou um táxi na porta da LAPD e foi para o mercado mais próximo de casa, ela pretendia passar pela pequena livraria que tinha na redondeza e comprar um livro.
As compras no supermercado foram rápidas, mas a fila era enorme e ela retornou as pequenas maldições e falta de plano, às vezes ela não entendia como sua vida pessoal era tão bagunçada, ela era impecável na sua carreia. Quando ela enfim saiu do local com duas sacolas em mãos a noite já aparecia e ela se apressou para pegar a livraria aberta, mas para sua infelicidade tudo ao redor estava fechado.
"Ótimo, seu dia só vai de mal a pior, Sharon" Ela falou ao vento. Com passos rápidos ela tratou de se dirigir até a avenida principal para pegar um táxi para casa.
Entretanto, ela podia sentir que algo não estava certo, seus pelos na nuca se arrepiaram quando ela sentiu que alguém a observava, ela odiava ter esse tipo de sensação. Sempre a deixava impotente.
Sharon acelerou ainda mais os passos, mesmo assim ela não foi rápida o suficiente. Assim que passou pelo beco escuro sentiu duas mãos a puxando em direção a escuridão.
A Capitã se debateu e tentou gritar, mas um braço a segurava firmemente e uma mão tampava sua boca. Ela sentiu as lágrimas se formaram nos olhos e tentou mais uma vez se soltar usando as técnicas que aprendeu, mas nada parecia fazer efeito.
Então de repente ela foi jogada contra a parede, sua cabeça bateu forte no concreto e ela sentiu os óculos partir em dois, tudo ficou escuro por um segundo e ela só percebeu que havia caído quando já estava no chão. Sharon tentou se arrastar para longe da ameaça, mas sentiu uma mão puxando seus cabelos dolorosamente e sua bochecha queimou em seguida, ela podia dizer que tinha levado um soco. Mas ela realmente não sentiu.
Quando ela foi empurrada com o rosto no chão, já sabia o que vinha a seguir, medo se apossou dela e ela tentou chutar seu agressor, mas ele era muito forte e ela podia sentir o pé doendo como o inferno. Assim como sua cabeça e rosto.
Sharon o sentiu a tocando e nojo se apoderou dela, ela tentava se afastar, mas ele a mantinha presa com seu corpo. Gritar estava fora de cogitação, ele estava novamente com a mão em sua boca. Ela ouviu o som de sua blusa rasgando e em seguida a saia, ela fechou os olhos e deixou as lágrimas correr, tudo o que veio depois era dor. Ela ficou feliz quando a escuridão a reivindicou e ela apagou.
..
O tempo correu devagar, ela não sabia quando o homem havia ido embora, ou se ele havia levado seus pertences, ela não sabia ao certo onde estava ou se tudo havia sido real. Mesmo que a sensação repugnante do corpo dele em suas costas, o cheiro almiscarado de bebida e uma colônia ruim a lembrava de seu pior pesadelo.
Seu pé doía assim como todo o seu corpo, ela não conseguia enxerga direito sem seus óculos e agora ela via tudo em dobro. Ao longe ela viu sua bolsa e se arrastou até lá, sua arma e identificação ainda estava lá, assim como dinheiro. Ela se encolheu ao percebeu que isso não era um assalto e sim um crime ainda pior.
Ao ligar o celular ela discou 911, mas não teve coragem de completar a ligação. Vergonha se apossou dela quando percebeu o que tinha acontecido, como ela ia explicar que uma policial experiente como ela se deixou ser dominada desse jeito? Ela deveria ter sido forte, ter lutado mais, ela havia sido treinada para isso e ainda sim, ela era tão impotente quanto qualquer outra. Ela não merecia o distintivo que carregava.
Enquanto esses pensamentos pessimistas e autocríticos enchiam sua cabeça seu subconsciente a levou a um de seus contatos. O nome Andy Flynn brilho na tela, antes que perdesse a coragem ela discou o número com dedos trêmulos e um aperto no peito.
Andy já estava se questionando onde diabos estava sua equipe quando ouviu o som de carros se aproximando. Sharon escutou também e se encolheu em seus braços, ela enterrou o rosto no seu pescoço e seu corpo se acometeu de tremores, ele podia praticamente sentir o medo dela rastejando por todo lugar.
Provenza foi o primeiro que apareceu, ele tinha uma lanterna na mão e a arma na outra, assim que ele percebeu tudo ao redor ele pediu para todos parassem e gritou para Buzz pegar uma câmera. A cada ordem dele e o pequeno alvoroço ao redor, Sharon tremia mais e ele ficou com medo que ela tivesse um colapso ali.
"Tenente Flynn, o que aconteceu aqui? Porque você queria que.." Brenda parou sua frase quando viu a mulher em seus braços, ela o encarou intrigada. "Essa é.."
"Sim". Ele falou e balançou a cabeça rapidamente. Ao longe ele ouviu o som de sirene e sabia que era a ambulância que Provenza pediu. "Essa é a Capitã Raydor".
"O que houve?"
"Eu não sei ao certo. Ela me ligou e disse que estava com problemas, quando cheguei ela estava no meio dessa.. dessa cena sangrenta".
"Alguém a espancou". Brenda sussurrou e sentiu a equipe se aproximar cautelosos.
"Não, Chefe. Eu acho que foi pior". A voz dele se embargou. Ninguém já o tinha visto tão abalado. "Alguém a espancou e talvez a.."
Todos podiam ver a luta dele com a palavras, ele não queria dizer, mas todos já sabiam. Se encarando rapidamente todos eles fizeram um juramento entre si, eles investigariam esse caso e pegariam o agressor dela. Sharon podia ser a pedra no sapato deles, mas naquele momento vendo o modo protetor de Andy em relação a ela, Sharon se tornou família.
"Alguém a abusou e eu quero pegar esse filho da mãe". A voz dele era dura e seus olhos se escureceram ainda mais. Brenda sabia que teria que ficar de olho nele, ela não duvidava de seu olhar assassino.
De algum modo Andy se levantou e puxou Sharon em seus braços, dessa vez em estilo noiva e foi em direção a ambulância. O outros ficaram para trás um pouco atordoados com a cena, mas não tão chocado com os ferimentos que ela apresentava ter. Esse caso se tornou prioridade para eles, o problema era Brenda convencer Chefe Pope que esse caso era um Crime Grave, ela queria que tudo aquilo ficasse em sigilo, como mulher ela sabia o quanto isso afetaria Sharon. E se o resto do departamento descobrisse o que tinha acontecido aqui a Capitã talvez não conseguiria sobreviver ao golpe em sua carreira.
Continua...
