Título: Between Heaven and Hell
Autora: Isabelle Delacour / Angel Lee
Beta: Batgirl
Seriado: Supernatural
Casal: Dean Winchester / Angel Templar
Classificação: NC-17
Gênero: Romance, Aventura, Mistério, Terror
Resumo: Vestígios de uma noite apagados da memória para proteger uma pequena esperança.
Um amor que caminha em algum lugar entre o céu e o inferno.
Aventura, terror, amor...
Disclaimer: Esses personagens são de propriedade de Erik Kripke.
N/A:
Pra quem acompanha o seriado, cronologicamente, eu inseri meu cap.
dias antes de Dean ir pro inferno. Episódio 16 3ª Temporada.
Espero que gostem!!!!
Capitulo I –
Without Memories
- Dean a garota se fechou em copas, não vai falar com ninguém. Esquece ela.
- Vai vendo como se faz maninho.
Dean saiu do carro e foi direto para o supermercado atravessando a avenida movimentada. Ele sabia que a garota entrou ali não tinha mais que dez minutos. Em sua cabeça nada além de cantadas baratas. Contudo, ele não fazia idéia que ele seria mais uma vez envolvido pelo destino que ultimamente cobrava um preço alto pela sua cabeça. Em cinco dias ele estaria no inferno e isso o assustava mais que tudo. Virando um corredor dentro do supermercado ele esbarrou por acidente na garota a qual ele procurava. Ele ficou desconcertado por instantes, mas, a garota o trouxe de volta a realidade.
- Não vê por onde anda não, seu desastrado? – disse a garota após receber um esbarrão de Dean.
Dean olhou para ela e para o chão. Ovos quebrados. Ele olhou para cima como que dizendo, "é alguma piada?" Sua abordagem já era.
- Eu... Sinto muito. Não... Vi você. – gagueja sem saber o que dizer pela primeira vez.
- É... Deu pra notar! – diz a garota levantando uma sobrancelha.
Ele ficou mais desconcertado ainda passando as mãos pela nuca em sinal de nervosismo. Pela primeira vez não sabia o que fazer.
A garota a sua frente, não seria considerada bonita. Tinha os olhos cor de outono, cabelos longos presos a um rabo de cavalo, um batom leve, um crucifixo de prata no pescoço. Vestia jeans e uma camiseta baby look com a estampa dos Ramones. Nada que chamasse atenção do caçador.
- Olha, eu realmente não... – diz ao tentar concertar seu erro.
- Eu sei. Tá tudo bem. Eu peço pra alguém limpar. – diz a garota sorrindo de lado.
E virando-se desapareceu com seu carrinho por um dos corredores do grande supermercado. Dean por sua vez voltou para seu carro.
- Não pergunte! – diz ao bater a porta do carro.
- Eu não...
- Não diga nada Sam. – diz ao ligar o carro.
Sam entendeu, mas, ficou quieto. Apenas sorriu, aquilo significava que seu irmão havia levado um fora daqueles. Ele sabia bem o que significava aquele mau humor todo.
Dean tentava convencer Sam que ali havia uma caçada. Um ano antes uma garota havia sido morta em circunstâncias estranhas. Sempre na lua cheia, sempre em maio. A estatística de morte naquela pequena cidade subia naquele mês. Era temporada de caça de algum monstro. A garota a quem eles vigiavam havia presenciado a morte da amiga, escapou com vida, mas seu depoimento foi desconsiderado devido ao forte stress, ninguém acreditou nela. Depois disso ela não tocou mais no assunto. Recusava-se a falar com quer que fosse a respeito.
Mas, ainda naquela noite o universo conspiraria, só não se sabia a favor de quem, ou diria contra quem, ela foi atacada por um simples ladrão quando voltava para casa à noite. Ganhou um olho roxo, mas, Sam conseguiu recuperar sua bolsa. Dean é claro ficou com ela. Assim conseguiram entrar na vida da garota. Na casa dela Dean cuidou do olho roxo.
- Hummm isso dói! – a garota recuou um pouco quando Dean colocou gelo sobre o ferimento.
- Acredite você se acostuma. – ele disse a ela meio sem pensar, claro ele estava bem acostumado àquilo tudo.
- O quê? – diz a garota assustada.
- Quer dizer... É que isso sara rápido. É isso. – Dean consertou rápido o comentário e ela o olhou estranhamente, pensando o quanto aquilo tudo parecia sem sentido.
- Ah ta! Você é sempre assim desajeitado? E fica seguindo pessoas? – falou tomando o guardanapo com o gelo.
Dean parecia muito desconcertado, começou a odiar a garota a sua frente. Ela não facilitava a sua vida. Mas, o trabalho era mais importante.
- Não que eu não seja grata a vocês, mas, é no mínimo estranho vocês estarem por perto justo na hora em que eu mais precisava de ajuda, não acha? – diz agora segurando o guardanapo com o gelo no olho.
- Bem Angel, está na hora de irmos. É tarde e você precisa descansar. – diz Sam levantando do sofá, percebendo que a garota queria mais explicações que eles não poderiam dar no momento. Sam lançou um olhar de poucos amigos para o irmão que ia insistir para ficar.
- É você tem razão. - e voltando-se a garota. - Se está tudo bem com você, nós já vamos. – disse Dean se levantando do chão.
Eles saíram meio a contragosto de Dean. Mas, Sam lhe disse que seria melhor ele tentar uma abordagem no dia seguinte, pois ela havia passado uma noite muito conturbada.
A noite foi longa e cheia de pesadelos para os três. Nada fazia sentido. Era um monte de lacunas a serem preenchidas. E tudo ficou ainda pior no café da manhã.
- Angel não é nenhuma beldade, mas dá pra encarar. Ela está no papo Sam! – Dean percebe o olhar de reprovação do irmão. - Você não entende, é só dizer as palavras certas e ela diz até a cor de sua calcinha! – diz Dean encaminhando-se para a porta do quarto que eles ocupavam.
- Isso não é legal Dean e você sabe disso! Não gosto de ver você usar a garota assim. – diz Sam desaprovando as atitudes do irmão.
- Prefere que amanhã, com o inicio do mês de maio, as mortes comecem? – diz Dean arqueando uma sobrancelha.
- Não. Claro que não! – disse Sam sem muitos argumentos para se contrapor ao irmão.
- Então!? – diz ao tocar a maçaneta.
Dean abre a porta do quarto e se depara com Angel que havia escutado o bastante para mandar Dean para o inferno.
- Então, você poderia ter tido a decência de me dizer o que queria, ou você acha que eu sou tão burra assim cara!? Você me dá nojo! – disse Angel assim que Dean abriu a porta do quarto.
Dean não respondeu. Ele não saberia o que dizer.
- Pode ir para o inferno por alguns minutos? – disse Angel com um olhar assassino para Dean - Eu vou dizer tudo o que sei para o Sam, que parece ser a parte descente da família. Não posso continuar olhando pra você.
- Talvez eu fique por lá definitivamente! - Dean disse com uma ironia triste na voz, fato percebido pelo irmão.
O garoto sai com uma raiva do tamanho do mundo.
Angel se senta na cama e conta tudo o que se passou naquela noite. Rituais pagãos. Com sacrifício humano. Angel conta com detalhes tudo que viveu naquela noite. Tudo que sua mente permitiu lembrar. Ela havia sobrevivido por puro milagre. A policia chegara no momento em que iria ser sacrificada.
As lembranças daquela noite eram turvas e mal acabadas. Mas, tentou não se esquecer de nada para ajudar Sam. Logo depois, ela decidiu que já era hora de voltar para casa.
Naquela mesma noite, literalmente "o feitiço virou contra o feiticeiro". Quando tudo parecia acabado, Dean dirige até a casa de Angel. Ele não soube o que o levou até lá, mas era de uma urgência ímpar estar com Angel. Sam não entendeu por que Dean estacionou o carro na frente da casa da garota.
- Dean, qual é? A garota não quer te ver nem morto! - Sam ainda tentou argumentar.
- Me deixa Sam... – disse ao sair do carro.
Sam apenas balançou a cabeça e ligou o rádio enquanto o irmão batia a porta do carro. Ele imaginava que tudo aquilo não duraria mais que alguns segundos. Mas algo bizarro aconteceu. Dean apertou a campanhia, a porta se abriu e ele entrou.
Sam não acreditou quando viu o irmão entrar tão facilmente. Quando Sam viu as luzes da casa se apagar uma a uma, primeiro não entendeu, mas depois de algum tempo vendo que o irmão não saía lá de dentro não acreditou. Deu partida no carro e voltou para o motel. Sorrindo. Esse era seu irmão. Mesmo às portas do inferno não perdia a classe. Imediatamente voltou o foco do seu pensamento para o perigo eminente, não havia conseguido ainda um modo de livrar seu irmão do inferno. Naquela noite dormiu sobre suas pesquisas por umas duas horas, exausto.
oOo
Nada foi dito. Dean a tomou em seus braços com delicadeza, seus lábios se encontraram, nada parecia real para ambos. Eles apenas precisam fazer aquilo. Uma a uma, Dean retirou as peças que cobriam o corpo da garota e ela repetia o que ele fazia numa sincronia de movimentos, como se ambos conhecessem os limites a serem explorados ali.
Ele a colocou na cama com delicadeza. Apagou a luz. Dean nunca se viu sendo tão intenso como naquele momento.
Ele explorava o corpo em suas mãos em caricias lentas e torturantes. Sem pressa. Ele podia sentir o coração dela batendo descompassadamente como o seu próprio. Ele experimentava sensações que ela provocava com sua boca. O encontro dos lábios da garota com a pele dele o fazia se perder em um mar de sonhos. Nunca havia sentido nada assim, tão intensamente.
Ele procurou a curva do pescoço de Angel e marcou o caminho até seus seios com delicados beijos que a faziam arrepiar-se e gemer baixinho, incentivando-o a continuar.
Seus lábios pararam demoradamente em seus seios mordiscando-os delicadamente fazendo-a contorcer-se de prazer. Enquanto suas mãos desciam perigosamente pelas suas pernas, buscando o interior de suas coxas. Provocando mais ainda a garota que se derretia ao seu toque. Seus lábios deixaram os seios intumescidos e encontraram os lábios da garota numa doçura que consumia a ambos, aprofundou o beijo enquanto sua mão ainda passeava atrevidamente por seu sexo. Angel fechava os olhos enquanto era assaltada por ondas de puro prazer.
- Abre os olhos pra mim meu anjo... – sussurrou próximo ao seu ouvido.
Dean olhava para os olhos de Angel num pedido mudo de consentimento. E os olhos cor de outono gritaram o que sua voz não pode. Ele então a penetrou com cuidado, deixando que ela se acostumasse com ele. Então começou com movimentos lentos e compassados. Não quebraram o contato que havia entre seus olhos. Eles denunciavam o fogo que os consumiam por dentro. Os movimentos passaram a ser mais intensos.
Por vezes seus lábios se buscavam numa sede louca, que não passava. Angel teve forças apenas para sussurrar seu nome em meio a uma explosão de prazer que ambos compartilharam. "Dean..."
Ambos estavam com a respiração descompassada. Seus olhos ainda se mantiam unidos. Nenhum dos dois ousou dizer ou pensar nada a respeito do que acabara de acontecer ali naquele quarto. Ele apenas a aconchegou a ele por um tempo que mais pareceu uma eternidade. A garota ainda silenciosa apenas o puxou para o banheiro e entre caricias e espuma, se amaram novamente...
oOo
No dia seguinte...
- Sam pode me dar uma carona?
- Claro Dean. Já estou a caminho.
Dean estava na porta e beijava a garota. Sam podia imaginar os comentários do irmão. Surpreendeu-se quando esse entrou no carro e não disse nada. Não sorriu, não havia nada em seu rosto. Apenas um vazio. Um grande vazio. Nunca tocaram no assunto, aquela noite para todos os efeitos nunca havia existido.
oOo
Angel viu o garoto desaparecer na esquina, sabia que não o veria novamente. Sentiu um vazio grande dentro de si. Mas, limpou uma lágrima teimosa e jurou nunca mais derramar nenhuma. Estranhamente os vestígios daquela noite se tornaram apenas um sonho bom. Em sua mente ela havia sonhado. Assim que Dean desaparecera dos seus olhos aquilo havia se transformado em sonho. Claro alguma coisa havia manipulado a mente de ambos. Intimamente sabia que algo grande estava para acontecer e que não estaria segura nunca mais. Mas era só. Só a sensação de insegurança. Esqueceu-se dos irmãos Winchesters com uma facilidade incrível.
