Por problemas na minha outra conta criei essa nova.

HISTÓRIA NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE 18 ANOS

Você irá encontrar na fic:

Ação, Drama, Tragédia, Família, Ficção Adolescente, Hentai, Lemon, LGBT, Magia, Romance e Novela, Slash, Violência, Yaoi, Yuri, Álcool, Bissexualidade, Estupro, Gravidez Masculina(MPreg) Heterossexualidade, Homossexualidade, Insinuação de sexo, Linguagem Imprópria, Nudez, Pansexualidade, Sexo, Transsexualidade, Violência

Aviso legal

Os personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem e são de propriedade intelectual de sua respectiva autora. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos criada de fã e para fã sem comprometer a obra original.

Sinopse:

*Mpreg - Drarry - Harry trans*

Harry escondeu um segredo por cinco anos, que talvez apenas Dumbledore e Sirius tenham conhecimento, por medo da reação de seus amigos. Mas acaba tendo que contar para eles e isso faz sua vida mudar completamente quando todos em Hogwarts ficam sabendo.


Capítulo 1: Segredo revelado

Harry estava acordado há horas, não conseguiu dormir direito naquela noite. Estava com uma sensação estranha e sabia que quando isso acontecia a semana seria péssima e sua vida já não era das melhores. Ainda faltava duas horas para dar o horário que todos acordavam, mas não aguentava mais ficar na cama. Levantou e ao abrir as cortinas de sua cama se certificou que os outros ainda dormiam. Pegou o uniforme e tudo que ia usar e seguiu para o banheiro, ao entrar trancou a porta para não ter perigo de qualquer um dos meninos entrar ali e o ver nu. Com um movimento da varinha cobriu todos os espelhos só para depois tirar o pijama e entrar em um dos box, ligou o chuveiro e estremeceu ao sentir a água gelada contra seu corpo, mas não recuou, ficou sob o jato d'água sentindo-a esquentar aos poucos. Pegou o sabonete e passou a esfregar o corpo, os braços foram os primeiros, depois as pernas e os pés, passou para a barriga e as costas. Até lavou os cabelos antes de lavar sua região íntima de forma rápida, não se sentia bem tocando aquela área de seu corpo, o próximo foram os seios, e finalmente deixou a água tirar a espuma, os braços caídos ao lado de seu corpo, olhos fixos na porta do box. Deixou o sabonete escorregar para o chão e sem pensar no que fazia passou a se arranhar, primeiro de leve, mas logo suas unhas deixavam vergões por onde passavam e chegou até a tirar sangue de certos lugares. Fechou os olhos deixando o sentimento preso em seu peito se transformar em lágrimas que desciam por seu rosto misturadas a água.

Quando saiu não sabia dizer por quanto tempo ficou lá, sob a água, pegou a toalha secando-se e depois parado na frente de um dos espelhos, admirou os vergões e arranhões que fez em si mesmo, principalmente nos seios, de onde tirou sangue e também tinha os machucados que o uso da faixa causava. Seus olhos e nariz estavam vermelhos, assim como suas bochechas ainda mostrava lugares molhados, o que denunciava que minutos antes ele estava chorando ainda, mas no momento não permitia que mais nenhuma lágrima caísse. Tinha que fingir que estava tudo bem, que tudo estava perfeito. Ele era o escolhido. O menino-que-sobreviveu. Mas ninguém sabia que ele odiava se ver no espelho, ver seu próprio reflexo. Odiava olhar para sua imagem e ver um corpo que não condizia no que ele realmente era. Odiava ter todas aquelas curvas e feições femininas, odiava ter peitos. Aquela que aparecia no espelho não era ele, era uma desconhecida... Não, desconhecida não. Aquela era Harriet. Era por causa dela que seu corpo estava machucado. Ele só queria ser Harry, um menino. Uma lágrima escorreu por seu rosto e Harry se viu rendendo-se outra vez às lágrimas. Agachou em frente a pia, escondeu o rosto com as mãos.

— Harry? — a voz de Rony o assustou. — É você aí dentro?

Harry sobresaltou-se e ergueu a cabeça pegando a toalha para cobrir seu corpo ao levantar.

— S-sim. — respondeu e limpou o rosto rapidamente. — Já estou saindo.

Harry puxou a faixa de sobre a cadeira e usou um feitiço simples para passa-la em torno do peito e apertar bem. Machucava, mas ele suportaria qualquer dor para que ninguém descobrisse seu segredo.

— Por que trancou a porta? — o ruivo questionou mexendo no trinco.

— Devo ter trancado sem perceber. — deu a primeira desculpa que pensou.

Se vestiu o mais rápido que conseguiu e abriu a porta, apenas Ron estava acordado e os outros ainda dormiam. O ruivo o olhou questionador.

— Já está de uniforme? — ergueu uma das sobrancelhas ruivas. — Ainda é cedo Harry.

— Não consegui dormir. — deu de ombros. — Vou dar uma volta antes das aulas começarem.

O moreno passou por Rony indo até sua cama ficando de costas para o ruivo.

— Se você esperar eu posso ir com você e...

O ruivo começou a falar enquanto se aproximava do amigo.

— Não precisa. — se virou. — Eu quero ficar sozinho Ron. Preciso pensar em umas coisas.

— Hm... — Rony avaliou o amigo procurando o que tinha de errado com ele, mas não descobriu o que era. Hermione com certeza saberia. — Okay.

Harry saiu do dormitório. O salão comunal estava vazio e silencioso naquela hora da manhã, mas não ficou por ali. Saiu e seguiu pelos corredores indo para os jardins, caminhou um pouco mais até umas árvores perto do lago e sentou-se ali. A água do lago estava calma e tranquila.

— Olá, Harry.

Harry virou a cabeça, olhando para a garota loira que tinha um sorriso no rosto.

— Oi, Luna.

— Posso me sentar ou está esperando alguém? — perguntou fazendo Harry franzir as sobrancelhas. Quem ele estaria esperando?

— Pode sentar, Luna. Não estou esperando ninguém.

A garota sentou ao seu lado.

— Eu também gosto de vim aqui. — comentou olhando para o lago. — É calmo e silencioso, bom lugar para por os pensamentos em ordem.

— Sim, é.

O moreno tinha que concordar com ela, abraçou as pernas apoiando o queixo sobre os joelhos olhando as pequenas ondulações que começaram a surgir na água. O silêncio caiu entre os dois por breves minutos. Harry gostava da companhia de Luna, ela podia ser uma garota meio maluquinha, falar coisas sem sentido na maioria das vezes, mas era uma boa pessoa, uma boa amiga.

— Você deveria parar de se ferir. — disse de repente.

— O quê? — olhou para a garota ao seu lado. Será que ela sabia?

Luna sorriu e inclinou a cabeça.

— Seu segredo está seguro. — disse.

Harry estava assustado.

— Como você...?

— Na enfermaria. — explicou. — Fizeram uma brincadeira comigo e eu tive que ficar lá por uns dias. E você apareceu na enfermaria e eu ouvi a conversa entre você e Madame Pomfrey e… também vi você tirando a faixa.

Harry arregalou os olhos. Como podia ter sido tão descuidado assim? E se outra pessoa tivesse visto? Abaixou a cabeça querendo se bater por ter sido tão descuidado. Sentiu Luna tocar seus cabelos.

— Não vou contar à ninguém. — assegurou. — Contar para todos ou não é uma decisão que só você pode tomar.

— Obrigado. — ergueu a cabeça olhando para a garota.

— Mas deveria contar para seus amigos. — aconselhou, levantou-se. — Até mais, Harry.

A garota saiu saltitando em direção ao castelo. Harry acompanhou-a com o olhar até ela entrar. Ele só voltou para dentro quando percebeu que era hora do café da manhã. Hermione e Rony não fizeram nenhuma pergunta enquanto comiam. Depois os três seguiram para a primeira aula do dia, que para o azar do trio, era aula dupla com Snape.


Harry passou correndo entre os alunos que se amontoavam nos corredores indo para suas salas com Rony e Hermione atrás de si. A garota parou quando viu onde o amigo entrou, não podia entrar no banheiro masculino, olhou para Rony ao seu lado e depois para os que passavam por eles e por fim resolveu o que fazer. Mexeu dentro da mochila e tirou dali um pequeno embrulho que estendeu para o ruivo.

— Entrega isso ao Harry. — pediu. Desde o segundo ano ela vinha reparando em pequenos detalhes sobre Harry e hoje suas suspeitas acabaram se confirmando.

— O que é isso? — o ruivo questionou, revirando o embrulho que estava muito bem fechado. — Mione?

— Uma coisa que Harry precisa nesse instante. — a garota disse empurrando o ruivo para o banheiro. — Vai logo!

Rony entrou no banheiro e não viu ninguém.

— Harry. — chamou e a resposta veio da última porta dos reservados. Se aproximou da porta e passou o embrulho por baixo. — Mione pediu para te entregar.

— O que é isso? — ouviu-o perguntar.

— Não sei. Ela só mandou entregar e disse que era uma coisa que você estava precisando nesse momento.

Rony não sabia o que estava acontecendo com o amigo, que saiu correndo da aula dupla do professor Snape. Ele podia não demonstrar, mas estava atento com o que acontecia ao seu redor e notou que Harry estava diferente desde os 14 anos. Todos os meses, em alguns dias, ele acordava no meio da noite ouvindo o amigo chorar e gemer baixinho ou com ele tomando banho, na primeira vez até perguntou o que estava acontecendo, mas Harry não quis contar, por isso agora fingia não perceber. Chegou até a contar para Hermione sobre isso na intenção de, talvez, entender o que estava acontecendo com o amigo e ajudar de alguma forma, mas a garota se negou a dividir suas suspeitas com ele. Tinha dias que Harry mudava de humor em um piscar de olhos e nesses dias era melhor não falar com ele, e às vezes notava que ele saia no meio de uma aula para ir ao banheiro e passou a visitar a enfermaria sem estar machucado. Ele queria muito saber o que estava acontecendo com o amigo para o ajudar.

Ouviu quando Harry murmurou um feitiço de limpeza e o papel do embrulho sendo rasgado e depois barulho de plástico e não demorou muito para Harry sair indo até a pia lavar as mãos. O moreno jogou um pouco de água no rosto e se apoiou na pia olhando para seu reflexo. Harry pensava nas palavras de Luna. Será que deveria contar?

— O que aconteceu? — perguntou o ruivo curioso e viu os olhos verdes de Harry focarem em si através do espelho. — Você está bem?

— Sim. Eu estou bem, Rony. — respondeu. — Não aconteceu nada demais, só um erro nas minhas contas.

Rony não entendeu o que o amigo quis dizer com aquilo. Erro nas contas? Que contas?

— O que era aquilo que Mione me mandou te entregar?

Harry virou a cabeça e olhou para o ruivo por sobre o ombro, pensando em contar a verdade, mas qual seria a reação do amigo? Hermione certamente já sabia, pois esconder alguma coisa da garota era meio impossível. Mas e Rony?

— Pode chamar a Mione. — pediu.

— Ela não pode entrar aqui. Banheiro masculino, lembra? — o ruivo o lembrou, ele fez um gesto com as mãos, indicando o espaço ao seu redor.

— Só a traga aqui, por favor, Rony. Eu tenho que contar uma coisa para os dois. — revelou.

— Certo. — Rony saiu do banheiro e logo voltou com a garota que falava alguma coisa sobre regras. O ruivo já tinha visto o que acontecia quando os alunos quebravam regras, mas não aconteceu nada com Hermione ao entrar no banheiro masculino. Achou estranho.

Harry se encostou contra a pia e cruzou os braços sem saber como começar. Não era fácil para ele falar sobre aquilo. O medo de ser rejeitado pelos amigos estava presente. Hermione vendo o medo estampado no rosto de Harry se aproximou e o abraçou.

— Somos seus amigos Harry. — disse a garota segurando o rosto do moreno. — Não vamos julgá-lo e sempre estaremos ao seu lado. Não é Rony?

— Lógico! Qual o problema cara? — chegou um pouco mais perto. Ele concordou com Hermione mesmo sem entender do que ela estava falando.

— Eu… sou… eu… — Harry não sabia como dizer e também não conseguia olhar para os amigos.

Como aquilo era difícil!

— Harry é um garoto trans. — Hermione resolveu o ajudar e voltou a abraçá-lo, sendo filha de pais troxas e convivendo com trouxas sabia qual era o medo de Harry e o entendia. — Sabe o que significa Rony?

— Sei. — disse, e olhando para Harry finalmente ligou alguns pontos depois daquela pergunta. — Harry, você é uma…

— Homem, Rony. Eu sou homem. — Harry apertou mais os braços em volta do próprio corpo. — Eu sou homem. — repetiu.

— Rony! — Hermione olhou feio para o ruivo. Só não deu um tapa nele por estar longe. Abraçou Harry.

— Desculpa. — pediu corando e olhando para os lados sem saber o que fazer. — Alguém mais sabe? — Harry finalmente olhou para Rony achando estranho ele não estar fazendo um escândalo.

— Dumbledore, Pomfrey, e, com certeza, Sirius. E… Luna. — respondeu, ainda olhando desconfiado para o ruivo e esperando pelos insultos. Hermione também estava estranhando. — E agora vocês.

— O que foi? — indagou Rony ao perceber o olhar dos dois sobre si. — Vocês não acham que eu vou ser um babaca e xingá-lo ou agredi-lo, acham? — cruzou os braços indignado. — Os bruxos não são como os trouxas que gostam de ver problemas em tudo, Harry. Bom, tem algumas raras exceções, mas é um número bem pequeno de bruxos. — ele olhou para Hermione que entendeu do que ele estava falando, os nascidos-trouxas que eram o problema. — Somos amigos desde os onze anos e você duvida da minha amizade?

— Não é isso, Ron. É só que... — olhou para o ruivo. — Ser diferente não é bem aceito, sabe? E aprendi à ser discreto.

— Mas somos seus amigos Harry. Você pode ser você mesmo com a gente. Não precisa ter medo de nada. — assegurou a castanha.

— Então eu ser trans... transsexual não é um problema? — questionou.

— Não. — Rony foi rápido em responder.

Os dois olharam para Hermione que abriu um sorriso.

— Claro que não, Harry. Minha família nunca teve esse tipo de preconceito ou eu não teria te ajudado hoje. — respondeu.

— Obrigado. — falou com os olhos marejados.

— Bom, se era só isso temos que voltar para a aula de poções agora. Só espero que Snape nos deixe entrar. — Rony os lembrou.

Perder uma aula de poções não era nada bom. Os três saíram do banheiro sem perceber que outro dos reservados estava ocupado e a pessoa ouviu toda a conversa deles. O garoto saiu do banheiro logo depois deles e olhou com nojo para as costas de Harry.

— Mas o que era aquilo que você me mandou entregar ao Harry, Mione? — já no corredor Rony perguntou. Ele estava curioso.

— Absorventes. — Hermione respondeu sentindo o rosto quente e Harry corou assim como Rony ao perceber o que significava.

— Entendi. — disse sem jeito.

— Vou te ensinar um feitiço Harry, para esses dias. — prometeu a garota.

— Obrigado, Mione.


No dia seguinte, enquanto Harry andava pelos corredores indo para o café da manhã com os amigos sentiu que alguma coisa estava diferente. Não eram os olhares que recebia, com isso já estava acostumado, e sim os comentários e cochichos que ouvia nos grupinhos por qual passavam. As poucas palavras que conseguiu ouvir o deixaram incomodado. Rony e Hermione trocaram de lugar para assim Harry ficar no meio dos dois. Eles não iam deixar ninguém tocar em Harry.

"Isso não é normal"

Harry estremeceu ao ouvir esse comentário e abaixou a cabeça. Nunca pensou que ouviria esse tipo de coisa em Hogwarts. Especialmente depois do que Rony disse.

"Como o diretor pode permitir esse tipo de pessoa em Hogwarts."

"Isso é nojento!"

"É homem ou mulher?" alguém perguntou para a pessoa ao seu lado.

"É uma aberração! Isso sim." Outro respondeu. "Umbridge não vai permitir uma coisa dessas em Hogwarts."

— Não liga para o que eles dizem Harry. — Hermione passou o braço por cima dos ombros dele e assim o conduziu até o salão principal. Rony olhava feio para qualquer um que ousava falar mal do seu amigo.

— Só podia ter mais alguém no banheiro. — Rony falou assim que sentaram na mesa da Grifinória. Ali eram poucos que olhavam diferente para Harry, talvez por o conhecerem melhor que os outros. — Eu vou azarar o maldito que fez isso!

— Mas quem estava lá? — Hermione olhou ao redor tentando achar o responsável. Ela mesma ia azarar quem fez isso. — Não tem como saber.

Logo a atenção de todos se voltou para a entrada do salão principal onde Draco Malfoy estava parado com um sorriso satisfeito no rosto. Seus olhos claros estavam sobre Harry que corou fortemente e desviou o olhar. Muitos acharam que como sempre o loiro ia implicar com Harry, mas ele simplesmente andou até a mesa da Sonserina e sentou para tomar seu café da manhã, sem falar nada.

— Foi o Malfoy... — Rony começou, mas foi interrompido por Hermione.

— Eu acho que não foi ele, Ron.

— Mas...

— Ele teria falado aqui, no salão principal, na frente de todos e não espalhado por ai da forma que aconteceu. — explicou. — Ele gosta de platéia.

— É, você tem razão. — o ruivo concordou.

Não demorou muito para chegar aos três a notícia que um garoto da lufa-lufa estava na enfermaria vítima de um feitiço que o fez ficar cheio de bolhas pelo corpo, bolhas que estouravam e abriam feridas no lugar que quando saravam deixavam cicatrizes horríveis. Madame Pomfrey estava irritada com isso. O garoto era filho de pais trouxas.

— Vocês não acham que esse garoto…? — Rony sugeriu em tom baixo.

— Quem fez isso com ele? — Hermione questionou.

— Eu não sei, mas vou agradecer a essa pessoa e pedir que me ensine esse feitiço. — Rony sorriu. — Queria ver a cara do garoto quando se olhar no espelho.

Hermione deu um pequeno sorriso e pela primeira vez concordava com o que aconteceu com o garoto. Harry apenas ouvia o que os amigos diziam em silêncio, mas tinha uma suspeita de quem teria feito aquilo com o lufano. Mas qual o motivo do Sonserino fazer o que fez?

— Umbridge quer falar com você, Potter. Apenas você. — um garoto primeiranista da Grifinória deu o recado antes de correr e ir se sentar com seus amigos na outra ponta da mesa.

— O que ela quer com você agora? — Rony indagou preocupado.

— Não sei, mas coisa boa não é. — levantou pegando sua mochila. — Encontro com vocês na sala.

Rony e Hermione assentiram e acompanharam o amigo com o olhar até ele sair do salão principal. Estavam preocupados com o que poderia acontecer com Harry.

A passos lentos Harry seguiu até a sala de Umbridge. Bateu na porta.

— Entre.

Harry entrou, Umbridge estava sentada atrás de sua mesa onde uma xícara rosa repousava. A sala tinha como som de fundo os miados dos gatos nos retratos. O garoto ficou parado na frente da mesa tentando não olhar para os lados. Aquela sala era rosa demais.

— Sente-se. — ela indicou a cadeira. Harry continuou em pé. Só queria sair logo dali. Percebendo que Potter não ia fazer o que mandou, Umbridge entrelaçou os dedos das mãos sobre a mesa e deu um sorrisinho irritante. — Chegou ao meu conhecimento uma história interessante sobre a senhorita. — começou a falar. Harry estremeceu, odiava a voz daquela mulher e ouvi-la chamá-lo de senhorita só contribuiu para sua raiva da mulher aumentar. — E quero saber se é verdade.

— E o que exatamente a senhora ouviu? — retrucou, tentando manter sua voz calma.

A mulher arrumou sua postura ao não receber a resposta que queria. Aquele ser estava se mostrando um grande incômodo.

— Temos regras nessa escola, srta. Potter. — levantou dando a volta na mesa e se aproximando do garoto que recuou. — E todos os alunos devem obedecê-las. Sem exceção. Não damos tratamento especial para ninguém. — pegou a varinha o que fez Harry tremer de medo imaginando o que ela faria. Estavam em Hogwarts, mas aquela mulher não dava a mínima para isso. — Por isso começaremos com suas roupas senhorita. — agitou a varinha e as vestes de Harry viraram o uniforme feminino. — Meninas devem usar o uniforme feminino Potter, meninas não podem entrar no dormitório ou banheiro masculino, ou seja, suas coisas neste momento estão sendo levadas para o dormitório feminino.

— Você… — disse entre dentes. — Não pode fazer isso!

— Não posso? — e lá estava o sorriso superior. — Eu posso fazer o que eu quiser, senhorita.

Harry fechou as mãos com força.

— Espero que siga as regras srta. Potter, ou serei obrigada a puni-la novamente. Acho que ainda lembra… — sorriu olhando para a mão do garoto. — Agora vá antes que se atrase para sua primeira aula.

Harry saiu da sala com os olhos marejados. Se sentia humilhado por ter de usar o uniforme feminino, e seus seios estavam sem a faixa para os segurar e no lugar dela agora estava um sutiã o que deixava-os visível sob a camisa. Segurou a mochila na frente do corpo e correu para o banheiro mais próximo de onde estava.

Continua...


Primeira vez que escrevo com um personagem sendo transsexual por isso se tiver qualquer coisa errada ai no meio me avisem que vou arrumar.

Também quero saber a opinião sincera de vocês sobre o capítulo para saber se dou continuidade a história.