PPTH.
Lá estava ele perdido nos pensamento, aquilo era a visão do paraíso. Estava alisando um tempinho, mas ficou tão vidrado que esqueceu o que devia fazer. Calcinha preta? Hm... De que cor seria o sutiã? Nesse momento ele queria poder ver por cima das roupas dela... Não conseguia se concentrar direito... Eram duas vezes ao dia mesmo ou era só a imaginação dele?
"Ô bunda!" pensou ele" Tenho que fazer isso mais vezes."
- Vai lá você consegue. – ele foi acordado pela voz dela.
"Só mais uns minutinhos, por favor..." A mente dele implorava.
- Os micróbios são espertos. – falou ele e espetou a agulha na bunda dela
- Ai!
- Duas vezes ao dia? Vai ser divertido! – falou ele entregando os objetos para ela que estava corada.
"Se vai! Uhú!" um lado empolgado de sua mente estava animado.
Algumas Horas depois
-... E rezem para ser aspergilos. – Falando isso House seguiu para a Clínica.
Clínica.
Estava sentado, balançando a agulha esperando de repente, ouviu a porta ser aberta, olhou para lá e viu Cuddy entrar com um sorriso lindo.
- O processo é confidencial você violou a privacidade dele como foi que você... – House a interrompeu, enquanto preparava a zona para a injeção.
- Eu procurei um doador fracassado... Não passaria a 1500 km daquele cara, mas queria um bebe dele.
- Não quero um namorado tá? Cansei de procurar... Ai!
- Não me importa se namorar o cara, casar com ele ou revirar o lixo dele... Mas fique sabendo eu os genes importam o que ele é importa, ache alguém de confiança.
"Sabe que a primeira parte desta frase é mentira, né?" a consciência dele questionava
- Alguém como você? – perguntou Cuddy
"SIM!" a cabeça dele já falava por si própria
- Alguém de quem goste. – respondeu ele e saiu de lá.
"Alguém de quem goste" a frase ecoava em sua mente. Ficou pensativa. Pensou no Wilson, mas algo dizia que não, tentou achar mais alguém, mas só um nome ecoava era o primeiro da lista.
Gregory House.
Por que ele? E por que não ele?
Mas e os genes? Imagine só...
"E o prêmio de bebe mais sarcástico do ano vai para..."
Cuddy não conseguiu prender o riso.
Por que não?
No dia seguinte.
Cuddy mal conseguiu dormir.
Depois de muito pensar ela foi ate a sala dele.
Cuddy entrou estava com um brilho nos olhos ficou calada por um tempo e quando ele a olhou em questionamento quase não conseguia falar.
- Eu... Queria saber se... Podia ser o doador de esperma. – Ela estava corada e por puro pânico falou o mais rápido que podia a próxima frase. – Não precisa assumir a criança, posso cuidar dela sozinha, só preciso da doação.
Ela calou-se e esperou a resposta.
Ele não acreditava no que estava ouvindo, não sabia se ria, não fazia menor idéia de como reagir... House? Pai?... Mas segundos depois ele olhou pelo outro lado da coisa e abriu um sorriso malicioso.
- Estou com medo de perguntar. Esse sorriso é um sim? – perguntou Cuddy
House não respondeu apenas fechou as persianas e trancou todas as portas.
- Só preciso de uma revista. – falou ele sentando-se na cadeira. – Ou se preferir pode fazer um strip o resultado vai ser o mesmo.
Cuddy colocou uma das mãos no rosto e corou.
- Ei, você não pensou que...? – perguntou ele – Que mente maldosa Dra. Cuddy.
Ela corou ainda mais.
- Mas se você quiser... – continuou ele e então se levantou, posicionou-se atrás dela e deu suaves beijos em seu pescoço. Cuddy tremeu. House a sentiu amolecer. O contato com ele fez com que ela fosse perdendo o controle lentamente. Ele passou os braços envolta da cintura dela.
- Então? – sussurrou ele ao pé do ouvido dela.
Ela quase num sussurro respondeu:
- Sim.
Algumas horas depois
Wilson estava no refeitório, almoçando, quando viu House sentar-se na frente dele.
- Tá atrasado para o almoço. – falou Wilson meio desconfiado.
- Sentiu minha falta? – perguntou House que já havia chegado com um sorriso no rosto.
- O que você fez? – perguntou Wilson
- Nada. – mentiu House e pegou as batatas fritas do amigo. – Obrigado.
- Então que sorriso é esse? – perguntou Wilson
House já estava implorando que alguém aparecesse para "Salvá-lo", mas sabia que Cuddy não ia aparecer assim tão cedo e estava sem caso, e pelo jeito sem saída também. Então passou, por baixo da mesa uma mensagem para Cuddy:
"Me bipa rápido... Ou o Wilson descobre o que aprontamos na minha sala."
Ele guardou o celular discretamente.
- O que você fez? – repetiu Wilson
De repente o bip de House toca.
- Tenho que ir. – falou ele e saiu do refeitório com as batatas fritas do Wilson.
"Obrigado, Cuddy." Pensou ele.
Alguns meses depois.
Sala do Wilson.
Nem House, nem Cuddy haviam contado nada do ocorrido para Wilson. Até que um dia House estava na sala de Wilson, quando de repente a porta abre e ele vê Cuddy entrar. Wilson olha para ela e vê que ela estava com um sorriso lindo, os olhos brilhando e olhando fixamente para os olhos de House e como se Wilson não estivesse lá apenas sai falando:
- House, deu certo.
House olhou para ela sem entender por alguns segundos logo depois percebeu do que ela estava falando e se levantou.
- Tá dizendo que...? – ele não terminou de falar e ela balançou positivamente a cabeça. Wilson já estava percebendo que estava sendo ignorado, mas teve certeza quando House puxou Cuddy pela cintura e lhe deu um beijo. Wilson ficou boquiaberto com a cena. Quando separaram os lábios, continuaram com testas encostadas se olhando ambos ofegantes, e ainda sem ligar para o Wilson.
- O que está acontecendo aqui? – questionou Wilson
Os dois olharam para ele sem saber o que dizer, House ignorou o amigo.
- Há quanto tempo? – perguntou House a Cuddy
- Há quanto tempo o que? – perguntou Wilson
- Vai fazer três meses amanhã. – respondeu Cuddy, ignorando Wilson que havia começado a juntar as peças.
- AH MEU DEUS! Vocês...? – falou Wilson colocando as mãos no cabelo chamando a atenção do casal.
Os dois riram.
- Algum problema, Jimmy Boy? – perguntou House
- Não, por que não me contaram nada? – perguntou Wilson
- Contar o que? – House se fazia de desentendido.
- Não se faça de doido.
- Porque o filho não é seu.
- Eu sabia! O filho é seu. Quando? Ah! Daquela vez que você chegou feliz na cantina?
House que estava abraçado a Cuddy, apenas fez que sim.
Wilson ficou mudo.
House voltou sua atenção para Cuddy e começou a beijá-la na bochecha.
- E meu filhote, você já escolheu o nome? – perguntou ele sem soltá-la
Cuddy o encarou nos olhos surpresa.
- Você vai...? – perguntou ela
- É claro que sim, acha que vou deixar você cuidar dessa criança sozinha... Na-não, o filho também e meu esqueceu?
Cuddy apenas o abraçou mais forte.
