Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens pertencem à JJ Abrams e a ABC television. Esta fanfiction é desprovida de fins lucrativos.

Categoria: Romance/ Humor.

Censura: M (SMUT).

Sinopse: Ana-Lucia precisa de uma arma, mas a moeda de troca imposta por Sawyer pode tornar as coisas bem complicadas e levá-los a um delicioso caminho sem volta.

Nota: Esta é minha segunda fic Smut, gostei do resultado da outra "The Other 3 Days" e resolvi escrever esta. Espero que também gostem desta!

Give me what I want

Capítulo 1

Um passo atrás

- E agora, o que vai fazer, muchacha?

O tom de voz baixo e sedutor, acompanhado de um ligeiro divertimento na voz masculina marcada pelo sotaque sulista rendeu Ana-Lucia antes mesmo que ela desse conta disso.Um ligeiro tremor de ansiedade perspassou a cintura esguia da mulher latina de sangue quente e negros olhos que fitaram o azul oceano das íris dele. Sim, estavam em total sintonia naquele momento. Coisa impensável há apenas algumas semanas atrás.

A pergunta tinha sido simples, o que ela faria sobre o fato dele estar montado nela no meio da selva, subjugando-a na relva, enquanto pressionava seu corpo atraente contra o dela? Por alguns segundos, Ana não teve nenhuma resposta. Precisava de uma arma e fora com esse intuito que o procurara.

Sawyer estava na floresta, colhendo mangas das árvores com a ajuda de uma vara, naquele calor escaldante de uma tarde tropical. Ela não queria ter que pedir nada a ele, especialmente porque não eram exatamente amigos. Ana-Lucia fora muito má com ele desde o princípio e esperava que ele não fosse se mostrar alegre em querer ajudá-la em coisa alguma.

No entanto, não existia outro a quem pudesse pedir uma arma para aplacar sua sede de vingança contra o homem que estava preso na escotilha e a agredira sem nenhuma misericórdia. Se não fosse por John Locke seria uma mulher morta. Portanto, precisava engolir seu orgulho e pedir uma arma ao sujeito mais chato e encrenqueiro do acampamento, infelizmente o portador de toda a artilharia pesada da praia. Conseguira as armas dando um golpe bem feito em Jack e Locke e agora possuía todas, quem quisesse uma tinha que pedir e com jeitinho.

Aproximou-se dele e fez o pedido com o máximo de educação que conseguiu, mas o homem era intratável. Mandou-a embora, não quis escutá-la. Mas Ana não desistiu e na primeira oportunidade pediu a arma outra vez, fez até ameaças, mas o cowboy do Teneesee estava com vontade de brigar e no final das contas foram parar naquela estranha situação.

Ele estava claramente esperando por uma resposta e não dava sinal de querer sair de cima dela, por isso, Ana-Lucia fez a primeira coisa que lhe veio à mente e que sabia o desarmaria por completo. Beijou-o. Não um beijinho inocente, um leve roçar de lábios, nada disso. O beijo foi quente, ousado, Ana tomou-lhe a boca para si e colocou sua língua para dentro sem nenhuma cerimônia.

Sawyer ficou extremamente surpreso com a atitude dela. Isso era artilharia pesada. Que Deus tivesse piedade de sua pobre alma. Uma mulher linda como aquela não tinha o direito de provocar uma reação daquelas num homem. Aquele beijo fez surgir algo de muito selvagem dentro dele e a posição em que estavam era extremamente favorável à diversão, mesmo assim, ele esperou o próximo passo dela para saber se não estava enganado.

Fitou-a com olhos arregalados e para o seu delírio, recebeu outro beijo, ainda mais intenso que o anterior, a garota realmente sabia beijar. Dali para a evolução das coisas foi um passo. Rolaram na relva, beijando como se dependessem disso pra viver.

Sawyer esperava alcançar o nirvana naquela tarde, não podia deixar escapar aquele momento precioso de prazer com uma bela mulher, pois há muito tempo não sabia o que era um bom sexo. Ana-Lucia por sua vez, seguia seus instintos e a vontade louca que se apoderara dela de fazer sexo com Sawyer e de repente, em meio ao "rala e rola" ela poderia conseguir a arma que tinha visto presa nas calças dele, uniria o útil ao agradável.

Ela estava por cima dele quando as coisas esquentaram de vez. Seus cabelos tinham se soltado do elástico encardido que os prendiam e as mãos meladas de manga dele erguiam seu top preto.

"Obrigado, senhor"- Sawyer agradeceu mentalmente quando os seios dela se revelaram para ele. Estavam tão inchados e túmidos que pareciam dizer: Venha Sawyer! Venha se saciar!

Ana também abriu os botões da camisa dele, ansiosa por sentir pele com pele e quando o peito forte e sarado se desnudou diante de seus olhos, não perdeu tempo em aproveitar a sensação e esfregou-se no corpo dele.

Rolaram mais uma vez, beijando e mordiscando os lábios um do outro, mas Sawyer estava com pressa, poderiam ir com mais calma da próxima vez.

- Gatinha selvagem... – ele gemeu no ouvido dela enquanto sentia-a lambendo seu pescoço, as mãos dele firmes em seus seios, segurando-os e apalpando-os com força. – Você me deixou louco de tesão! Então, por que a gente não vai logo ao que interessa?

Os dedos dele foram parar em sua calça jeans e soltaram o botão descendo o zíper.

- Calcinha vermelha é a minha favorita.- ele comentou, lascivo ao ver um pedaço da lingerie dela. – Principalmente se for pequenininha.

Nesse momento, um estalo em sua mente fez com que Ana-Lucia acordasse do torpor que as carícias dele lhe provocavam. Empurrou-o na relva e levantou de cima dele, puxando rapidamente o zíper da calça e fechando o botão.

- Não!- disse, virando de costas para ele, pegando seu tope e o vestindo.

- Como assim não?- ele indagou um pouco arfante, o membro apertado de excitação dentro das calças.

- Simples, não!- ela repetiu.

- Ah, entendi.- disse ele. – Você quer fazer isso só no segundo encontro não é?- ele perguntou, irônico. – Por mim tudo bem. Eu posso esperar até a noite pra ter você nua na minha barraca, aconchegada comigo. E trate de usar essa calcinha vermelha que está usando agora.

Ela voltou-se para ele, completamente vestida e disse:

- Uma arma não vale tanto assim. Você é um caipira idiota! Acha que eu me deito com caipiras idiotas?

Sawyer deu de ombros e procurou sua camisa para vestir-se. Tinha um sorriso irritante no rosto e Ana-Lucia estava com vontade de socá-lo.

- Tudo bem, docinho. Não precisa ficar fazendo jogo duro não, eu sei que você estava gostando, afinal foi você quem começou isso não foi? Mas vai ser ainda melhor quando acontecer a próxima vez.

- Não vai ter uma próxima vez!

Sawyer riu e Ana-Lucia sentiu seu corpo inteiro responder àquela calorosa gargalhada.

- Ora vamos, Lucy? O que foi que te deu pra ter me beijado? Fez isso só por causa da arma? Achou que eu fosse cair nesse truque? Você não me conhece. Sou esperto demais pra cair na sua lábia, doçura.- ele se aproximou dela e tentou envolvê-la pela cintura, mas Ana-Lucia o empurrou com raiva.

- Fica longe de mim!

Mas Sawyer não se afastou e a agarrou com firmeza, imprensando-a contra uma árvore.

- Confessa que você me queria dentro de você agora! Te possuindo sem parar até fazer você gritar!

- Me solta!

- Eu sei que você está excitada agora! Não adianta me enganar.

- Isso é uma coisa que você nunca vai ter certeza!- respondeu ela, se livrando dos braços dele e caminhando para longe.

- Vou esperar você me procurar, muchacha e não vai demorar muito!- disse ele com ar de deboche, rindo.

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Dois dias se passaram e Ana-Lucia não desistira de seu intento de pegar uma arma e se vingar de Benjamin Linus. Porém, a possibilidade de conseguir uma boa pistola era praticamente nula, a não ser que fosse falar com Sawyer de novo.

- Não, isso está fora de cogitação!- resmungou ela em sua barraca, tarde da noite. Fazia frio e ela se encolhia embaixo de um cobertor improvisado, abraçando os próprios joelhos. Se ao menos tivesse um corpo quente para aquecê-la, um corpo masculino musculoso, mãos grandes que lhe fariam deliciosos carinhos até que ela adormecesse.

"Mas o que eu estou pensando?"- reprovou a si mesma.

Tentou fechar os olhos e dormir. Mas imagens de Sawyer e ela na floresta fazendo amor vieram com força total. Era assim desde do que acontecera quando ela fora pedir-lhe uma arma. Em suas fantasias, ela não o interrompia quando ele abria o zíper de sua calça jeans. Ela deixava que ele seguisse em frente, tocando-a devagar primeiro com as mãos, depois com lábios e língua.

- Ai, meu Deus! Tenho que esquecer isso.

De repente, teve uma idéia brilhante. Àquela hora, todos estariam dormindo, inclusive o maldito caipira dos infernos. Quem sabe poderia surrupiar-lhe a arma sem que ele percebesse enquanto dormia. Resolveria seu problema e não pensaria mais no que acontecera na floresta.

Levantou-se de sua cama no chão e procurou pela calça jeans, vestiu-a e calçou os sapatos. Esgueirou-se pela praia semi-iluminada até a barraca de Sawyer. Era a última da praia e possuía janelas do avião na lateral.

Puxou a cortina que recobria a porta e entrou pisando devagar, seus passos abafados pela areia branca e fofa. Viu que Sawyer estava completamente adormecido com um livro aberto no colo. Assim dormindo, ele parecia uma criatura inofensiva e Ana sentiu uma certa ternura por ele.

Mas logo afastou esse pensamento lembrando-se da verdadeira razão de estar ali. Tinha que achar a arma. Revirou um pouco nas coisas dele, mas nada encontrou até que viu a pistola repousada perto da cama dele. O homem era um insano, não deveria dormir com uma arma à cabeceira da cama.

Ana-Lucia precisava pegá-la, mas tinha que ter muito cuidado, qualquer movimento em falso e ele acordaria. Ficou de quatro e começou a engatinhar pela areia devagar até a arma, não contava que Sawyer estivesse acordado, fingindo estar dormindo apenas para dar o bote na intrusa.

Com um movimento preciso, ele a agarrou com suas pernas fortes e longas, prendendo-a junto a si com firmeza.

- Boa noite, chica. Está um pouco tarde pra uma visita agora não acha?

Ana se debateu e ele rolou no chão, ficando por cima dela.

- Está usando calcinha vermelha de novo?

- Ah, cala a boca e me solta!- disse ela.

Ana vestia uma camiseta azul clara e Sawyer pôde notar o movimento de sua respiração e os bicos arrepiados dos seios de encontro ao tecido.

- Eu podia lamber você todinha agora...começando pelos seus seios lindos. Eles não me saem da cabeça desde aquela tarde.

Ela fez um movimento com o joelho, se preparando para acertá-lo em cheio na virilha, mas Sawyer foi mais rápido e rolou para o lado.

- Está bem, rambina. Eu não vou forçar a barra. Diga-me o que veio procurar na minha barraca essa noite.

- Eu quero uma arma!- ela respondeu diretamente. – E você vai me dar!

- Querida, as coisas não são tão simples assim. Quer uma arma? Eu te dou, se você me der o que eu quero.

- E o que você quer?- ela indagou, como se não fosse óbvio.

- Sexo.- ele respondeu. – Uma noite para desfrutar desse seu corpo sensual e eu te dou a arma.

- Não!

- Ok, moça, sem sexo, sem arma. Ficamos na mesma!

- Por que você quer fazer sexo comigo? Pode fazer com outra nessa ilha! Aquela tal de Nikki abriria as pernas pra você na primeira oportunidade.

- Quem diabos é Nikki?- retrucou ele. – Não sei nem quem é, mas também não importa porque eu quero você. Foi você quem começou o incêndio Lulu, agora trate de apagá-lo.

Ele começou a brincar com a alça da camiseta dela e Ana o afastou.

- Eu vou pensar.

- Tem até amanhã à tarde.

- Está me dando um prazo?- ela questionou, incrédula.

- Exatamente. Por que se você demorar muito pra decidir ou não quiser, eu acho que vou dar uma volta com essa tal de Nikki.

Ana-Lucia saiu da barraca dele bufando de ódio. Quem ele pensava que era pra fazer uma proposta dessas? Agora precisava decidir. O que faria?

Continua...