Saint Seiya não me pertence, pertence à Masami Kurumada, Bandai e o povo de lá, se fosse meu, seria completamente yaoi/lemon 8DD
Essa fanfict contém situações maduras e homossexualismo, se não gosta, não leia falows? XD
Para quem leu santuário de sangue e Love&blood, essa fict ficaria mais ou menos no período entre as duas histórias.
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Santuário de Sangue Ia.
Camus e Milo haviam se encontrado pela primeira vez quando crianças, em uma carroça de venda de escravos. Milo, um grego de uma pequena vila que venerava Àrtemis fora vendido à um bordel e Camus, de uma nobre família francesa, vendido à uma bondoza família em Roma. Ambos se reencontraram após muitos anos, diferentes, mas apaixonados, fugiram juntos para antiga terra de Camus, fizeram fortunas, viveram como reis até a fatídica doença que pouco a pouco levava a vida de Milo.
Então, foram atacados por Kardia e Degel, monstros bebedores de sangue buscando humanos para substitui-los para finalmente poderem descansar.
Moraram em um santuário com muitos outros vampiros, aprenderam suas regras, obedecer à deusa, a criadora de todos que no passado foi venerada como uma Deusa.
Camus sempre caçava com Milo quando tinha oportunidade. Era interessante o modo como ele era tão calmo sempre, tão sorridente, e no fundo, frio e cruel com suas escolhas.
E, antes de queimá-los ele arrancava-lhes os olhos para encará-los pela última vez.
-Veja, Camus, esses olhos de mortos- dizia antes de enterrar seus dedos neles- olhos de mortos são vazios, parecem um pouco com os nossos. Não gosto deles-ele dizia com rancor, franzia um pouco a testa e baixava a sombracelha, e por fim, se enfurecia e puxava-os para fora. Deitava seus corpos inanimados no chão, e no lugar de seus olhos, depositava duas moedas. Para o barqueiro, dizia ele. velhos costumes não se perdem...
Camus era frio por fora, falava pouco e não sorria com facilidade, mas ele sempre teve certeza, era Milo quem era mais solitário. Milo sorria, mas não com sua alma, ele sorria porque sua mãe mandara ele sorrir quando era criança.
Não, Camus não era quem mais sofria. Deixar mostrar suas emoções talvez fosse seu ponto mais forte, seus olhos gélidos contrastavam com suas atitudes carinhosas com os vivos. Milo sofria em silêncio, em seu isolamento. Camus jamais o vira chorar, mostrar-se magoado ou triste. Mas Camus sabia que Milo era nada mais que dor.
Todas as vezes que bebia dos vivos até secarem, Camus se aproximava e o abraçava, dava um beijo carinhoso em seu rosto. Ele retribuía com um sorriso doloroso que fazia Camus chorar por dentro.
-Porque não chora, Milo? Porque sofre sozinho?
Era algo que fascinava Camus em Milo. Ele sorria sempre e acenava com a cabeça, mas jamais negou ou confirmou seu sofrimento. Apenas abraçava Camus de volta, muitas vezes dizia que o amava mais que tudo nesse mundo e que lhe daria os céus em troca de sua própria alma ir para o inferno se precisasse.
Mas não, não era isso que Camus queria, não era ser protegido por Milo como sempre foi, não, ele queria apenas uma coisa.
"Milo, Milo, Milo, preciso do seu sorriso, preciso de seus sinceros sorriso. À séculos eu não o vejo. Não, Milo, não esse sorriso silencioso, não esse sorriso doloroso que você mostra a todos, mas sim como naquele dia, à muitos e muitos anos, quando saímos do bordel e você estava comigo, quando seríamos felizes e livres juntos e você me abraçou, quase chorando. É disso que eu preciso, por favor não sofra mais..
Perdoe-me Milo...perdoe-me não conseguir te proteger...
A eternidade é um fardo, e pouco a pouco os vampiros deixavam seu templo sagrado no subsolo para buscarem suas próprias histórias, voltando em períodos variáveis para seus fiéis.
Milo deixou Camus em busca de si mesmo, não suportava viver com mais ninguém além de Camus, e Camus não suportava a solidão. E Camus permaneceu lá por cerca de duzentos anos, assistindo apenas através de seus poderes vampíricos a evolução do mundo. De tempos em tempos, Milo voltava à sua casa. Cumpria seu dever de guardião, conversava com os antigos, passava noites e noites no quarto de Camus até partir novamente.
Alguns anos depois, Kanon, um dos antigos, enlouquecera de vez. Queria que seu irmão gêmeo, Saga, se tornasse o novo Deus do Santuário. Que as ordens da Deusa fossem esquecidas, que a existência dos antigos fosse esquecida, que os tempos antigos fossem esquecidos.
Sua vontade era dominar o Santuário, exigir obediência dos doze e expandir o Santuário por toda a Europa.
Nessa ocasião, Milo e os outros antigos que haviam abandonado seus postos voltaram, e Saga, com suas próprias mãos selara seu gêmeo em uma prisão que não poderia se soltar.
Novamente, Milo deixou o Santuário, assim como uns outros e Camus permaneceu com alguns.
Finalmente, após quase quatrocentos anos servindo à uma Deusa que jamais vira, Camus deixou o Santuário. Viajou pelo mundo, fez uma pequena fortuna, comprou residências espalhadas por alguns países e se instalou na Sibéria, longe de tudo que conhecera.
Camus isolou seu próprio coração nas temperaturas mais baixas da face da Terra, não deixava mais ninguém se aproximar além de Milo.
Porém, um incidente fizera Camus mudar. Uma criança pequena com um pai cruel amolecera seu coração, e, pela primeira vez em quinhentos anos, sentiu que ainda havia uma parte de si que era humana.
Isaac, o pequeno abandonado.
Logo, repetira o ato com Hyoga, um órfão cuja mãe amorosa morrera em um acidente de barco.
Camus recolheu ambos e os criou como filhos em sua casa.
Para surpresa de Camus, em uma noite dos rigorosos invernos da Sibéria, recebeu a visita inesperada de seu amante, Milo.
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Santuário de Sangue II
-Por que a Sibéria? Porque um lugar tão frio e estéril? Porque um lugar que judiaria de seres humanos, Camus? Porque os trouxe aqui?- Milo não tinha intensão nenhuma de ser rude com as suas perguntas, olhava de um lado para o outro analisando sua casa.
-Gosto da Sibéria, gosto do isolamento, gosto do frio cortante que machuca minha pele imortal, me faz me sentir vivo. Criando-os em um lugar como esse podem aprender que a vida não é como queremos a não ser que lutemos por ele. Ensina-os a serem fortes o suficiente para enfrentar as tempestades. Ensina-os a respeitar a vontade da natureza. Não há luz sem escuridão.
-Não compreendo. Essas crianças já não sofreram o suficiente em suas vidas?
-Esse é o ponto, não podem achar que suas dificuldades terminaram assim que foram recolhidos, não, Milo, irei ensiná-los a viver como homens.
-Mas este não é uma era de lutas físicas, seus conceitos estão antiquados, essa é uma época em que a consciência é mais importante que a força física. Os inteligentes são valorizados, os guerreiros dos pensamentos filosóficos não são válidos. Seus valores tem que mudar, ou vai ficar obsoleto.
-Sou antiquado e obsoleto?-deu uma risada que Milo tanto adorava. Os dentes à mostra significavam que era sincero- talvez seja isso mesmo, mas não posso evitar. Nasci em uma época de guerras, você sabe, talvez seja assim que eu acredite que a vida seja.
Milo gargalhou alto, era hipnotizante vê-lo fazer com tanta expontanedade, uma risada tão real que só Camus a via.
-Todos nós, Camus. Leve-os daqui, deixe-os conviver com os seus e você poderá se tranquilizar mais um pouco.
-Tem mais um detalhe, Milo, Hyoga nasceu aqui e eu encontrei Isaac aqui, é o lugar deles. Talvez eu os leve daqui quando forem maiores, mas agora não, ainda não.
-Não suporto humanos, Camus, não posso ficar por perto por um grande período enquanto eles estiverem aqui, para mim a dor é insuportável. Eu o amo, você sabe não? Mais do que tudo no mundo mas eu não consigo ficar perto deles, simplesmente é difícil de mais.
-Entendo- Camus levou as mãos para o rosto masculino e bonito em sua frente, tocou a pele fria e dura, como estava pálido. Parecia uma estátua. Parecia mais magro que antes, seus músculos e carne se atrofiavam um pouco com a fome.
-Faz quanto tempo desde rejeitou a fome?
-Meses, talvez um ano, não me lembro mais.
-Não é doloroso?
-Muitas vezes a sede é insuportável, sinto vontade de desaparecer-Milo segurou sua mão e beijou seu pulso.-sinto que minhas entranhas gritam com o sabor e o cheiro dos humanos, da vida. Raramente, um ou outro chega perto dos lugares em que eu estou, e sinto que posso atacá-los inconcientemente, acho que eu faço isso as vezes.
-Não preciso de sangue para sobreviver. Temos mais de quinhentos anos, mas bebi dos antigos, antigos cujo poder desconhecemos, os filhos dos milênios*, o que me fez duro como o mármore, frio como o gelo e inóspito. Porém, por mais que eu relute, eu preciso é da morte, da sintonia dos nossos corações antes de provar do delicioso calor que ele me propõe, fazendo a minha pele voltar a cor viva. A morte é um mal viciante. Preciso dela para sobreviver e não me entregar de vez à loucura. Minha carne não desaparece totalmente mais, apenas empalidece com a falta de sangue, meus olhos não se saltam e eu não ganho essa aparência grotesca de cadáveres que os novos criados ganham ao passar dias em jejum.
-Mas mesmo assim, reluta, a dor te perturba noite após noite. Não é tão antigo assim para não sentir sede, pode ser poderoso como um filho dos milênios, mas assim como eu precisa disso.
-Gosto da dor que sinto em jejum, as vezes é apavorante saber que preciso matar para inquietar meu coração, mas a sede me faz sentir mais humano.
-Como pode isso?
-Faz me sentir como se ainda lutasse contra meus instintos. Irei matar eventualmente, é a minha natureza, não posso negar, provavelmente irei com você para me tornar mais apresentável à sua família, mas quando posso ficar sozinho, longe de todos prefiro assim.
-Tenho medo que se entregue à loucura da fome e me deixe- Camus abaixou o rosto, sinceridade era raro em si, mesmo assim ver Milo desistindo de sua vida imortal era doloroso demais para se calar.
Milo segurava a mão de Camus em seu rosto, era verdade, encarava os olhos castanhos à sua frente, preocupados consigo e colocou a mão na face dele também, desceu até o pescoço e o puxou para beijá-lo nos lábios docemente e buscou a língua de Camus.
-Posso beber de seu sangue-disse entre um beijo e outro.
Camus gemia e mordeu a própria língua. Milo sentiu sua boca se encher do sangue de Camus e sugou com força , quando a ferida cicatrizou ele mesmo puxou sua língua para sua boca e a mordeu com suas presas afiadas, sugou novamente. Os dois corações podiam ser ouvidos por eles, batendo juntos, e Camus e Milo se viram em um jardim puro, belo. Tudo era luz e tinham apenas os dois naquele mundo. Gemiam enquanto trocavam o sangue precioso, seu bem mais precioso.
-Uma vez, no passado, quando saí do santuário, prometi a você que não te deixaria- sua voz rouca o excitava- vou cumprir essa promessa, não vou me matar, meu amor.
Camus gemeu novamente, era assim que Milo matava as conversas difíceis, todas as vezes com êxito.
-No final, é você quem mais ama os humanos -sussurrou Camus em seu ouvido. Ele, como sempre, apenas sorriu.
Ele os amava, de fato, não queria matá-los, a princípio Camus achava que ele fazia isso, evitava os humanos por medo ou ódio por causa de seu passado humano, mas com o passar do tempo entendeu, ele não queria condenar ninguém, nenhum humano a morte. Foi quando percebeu que jamais existiria alguém como Milo, que sofreu durante toda sua existência e até hoje, até o presente não conseguia matar com a consciência limpa. Com sua alma pura ele sofria ao beber, e a sede o deixava mais perigoso, então ele se isolava.
Milo passou duas noites trancado com Camus em sua câmara no subterrâneo sem que Hyoga, Isaac ou a pequena Sell, a velha senhora que tomava conta da casa quando o mestre não estava e era incubida de criar os órfãos, soubessem que ele estava ali.
-As noites aqui são intermináveis no inverno, não é verdade?- Milo olhou para fora e viu a escuridão na neve. Com seus olhos vampíricos, viu como era a época onde até os animais e as plantas se escondiam, em volta da aquecida residência isolada, não haviam sinais de vida alguma além da que tinha dentro da própria casa.
-São boas para refletir. Tenho bastante livros para me distrair, sabe, como eu fazia no Santuário, as crianças tem estudos a fazer, e, de tempos em tempos chamo vários professores, quando eles não podem vir, eu mesmo os ensino o que há de ser ensinado.
O som das crianças dormindo e da velha senhora assistindo televisão na sala eram muito fácil de serem ouvidas por seus ouvidos vampíricos.
-O que são essas roupas?- Camus sempre deixava estoques de vestimentas de qualidades para trocar Milo pois sabia que ele não se importava em parecer apresentável para as pessoas, ele não se importava muito com coisas corriqueiras como essas, mas Camus gostava de vesti-lo bem, sempre fora assim. E, mesmo que não soubesse quando o veria novamente, as roupas estariam sempre lá para eles, indicando que sempre seria mais que bem-vindo. Mas naquela vez, havia trazido uma mala repleta de roupas limpas e novas.
-Irei caçar essa noite- disse Milo- pretendo ficar aqui por alguns dias, não poderei me apresentar à seus filhinhos com essa aparência.
Camus sorriu inconscientemente. Não poderia desejar nada além de estar em sua casa com seus filhos, a pequena Sell e Milo. Todos juntos.
-Irá ficar?
-Sim, preciso de um tempo com você, senti sua falta durante o tempo em que permaneci nos campados da Europa. Os castelos antigos me lembram nosso próprio castelo- disse um pouco baixo.
De repente as lembranças de seu passado surgiram na mente de Camus como flashs de filmes. Milo dançando à luz fraca das fogueiras com os servos de cor cantando para eles. Vestindo sua roupa de linho fino e botas altas, cantarolava e girava como um bailarino. Época de ouro.
-Camus, está sorrindo meu amor- e se aproximou, beijando-o novamente- venha, conversaremos depois, vamos caçar, preciso que você esteja comigo quando eu matar. Não, não quero a bebida breve, quero estar com você agora, irei precisar matar.
Não havia tempestades naquela noite, mas a vila mais próxima ficava muito longe. Camus sabia que para Milo chegar deveria ter sido um esforço enorme atravessar todo o campo vazio, guiado apenas pelo som das risadas das crianças que moravam consigo.
Um vilarejo à quase três horas de viagem com a velocidade máxima que ambos conseguiam correr parecia sem vida. Mas ao olhar de perto poderia-se notar as janelas iluminadas e chaminés fumegantes. Por toda a parte as casas estavam trancadas com medo do frio. Haviam poucos habitantes, os muito velhos para deixar o local, os muito novos e os problemáticos.
Camus sempre sentira dificuldades de caçar na Sibéria, geralmente atacava pequenas quadrilhas que saqueavam as casas e acampamentos dos nativos. Mas no escuro inverno era difícil acha-los andantes.
Porém, ambos acharam uma pequena casa com apenas um morador. Não era um assassino de natureza, era um pobre coitado que matara uma família apenas por querer um lugar aquecido para ficar. Seus corpos haviam sido incinerados, e ele tentava desfrutar ao máximo o aquecimento interno da cabana.
Milo foi rápido em seu golpe, com uma mão segurou sua nuca e com a outra, eu braço, um beijo em seu pescoço foi o suficiente para sugar direto de seu coração bombeante.
As mensagens de arrependimento foram rápidas, o pobre senhor procurava a morte, mas não tinha coragem para fazê-lo.
-Preciso de mais- Milo disse antes de arrancar os olhos do cadáver que parecia em paz.
Seu rosto melhorara consideravelmente com o sangue que acabara de beber, mas ainda parecia uma criatura de mármore.
Camus o acompanhou por mais algumas casas. Uma mulher abandonada pelo marido que matara seus filhos à pancadas, um velho decrépito à beira da morte e um casal de loucos, pequenos assaltantes.
Milo já parecia como um humano com as bochechas coradas e os lábios vermelhos, seus olhos já tinham um brilho e seus cabelos cacheados e dourados pareciam explêndidos.
Em sua roupa de lã e peles, parecia a criatura mais perfeita do mundo aos olhos de Camus.
Entraram em uma estação de pesquisas de uma universisade americana com a desculpa de procurar abrigo apenas por uma noite. Milo era ainda imensamente encantador, não havia alma nesse mundo que lhe negasse algum favor.
Com sua mente sedutora, ele conduziu o chefe à lhe aceitar em sua confortável estalagem. Logo ele e Camus estavam entre os pesquisadores e pesquisadoras, que bebiam e comemoravam alguma nova descoberta.
Lá, esbaldaram-se com a bebida breve** em beijos que roubavam sangue sem o dono saber. Milo entrou no quarto com o chefe, e logo o estrangeiro estava dormecido, não morto, apenas inconsciente pelo poder de Milo.
Camus também era sedutor, belo, ruivo de cabelos vermelhos, usava seus poderes e atraira um rapaz para si, bebeu dele, e passou para uma mulher, tão bêbada que não ligaria nem se fosse morta.
À cada gole, Camus enviava mensagens embriagantes para suas vítimas se entregarem à ele. E passava de um para o outro ser esforçando para não matar ninguém. Não haviam pessoas corropindas naquele lugar.
E Milo apareceu novamente, com o rosto levemente febril de excitação. Fazia muito tempo que não se sentia satisfeito assim e voltaram juntos para a casa de Camus.
Milo foi devidamente apresentado à Hyoga, Isaac e à pequena Sell como alguém importante para Camus, deveriam tratá-lo com o máximo de gentilezas possíveis, como se fosse o próprio mestre da casa.
A senhora sorriu com Milo, admirada por seu mestre amar tanto a. Jamais vira tamanho amor nos olhos de Camus por outra pessoa, não como ele olhava para seus filhos, mas um amor incondicional por sua alma e seu corpo.
Tanto Hyoga quanto Isaac apenas concordaram, olhando para ele com curiosidade típica de crianças. Talvez por seu porte e seus traços serem tão diferente do que estavam acostumados. Milo tinha o rosto forte como só um grego consegue ter, e os olhos muito azuis e brilhantes e cabelos douradas em cascatas majestosas enfeitando-lhe as costas largas.
Milo entrou no quarto de Camus agora pela porta da frente, e olhava para os quadros de si que Camus pintara ao longo dos anos.
Sorria para si.
-Gosta?- Camus entrara sem fazer barulho.
-Gosto, todos eles refletem seu amor por mim- olhou em uma estante- Essas fotos...
Haviam algumas fotos das pequenas crianças em quadros espalhados pelo quarto e riu.
-Parece mesmo que você se tornou um pai.
Camus também riu.
-Trouxe um presente para você.
Camus esticou a mão, havia um grande caderno com capa dura e folhas novas com o perfume do couro.
-O que é isso?
-Quero que escreva. Milo, eu fiz uma vez e ainda faço, escrevo sobre minha vida, escrevi toda a minha história e quero que você faça a mesma, se não quizer que eu leia tudo bem, pode até queimá-la, mas acho que isso irá ajudá-lo.
-Ajudar-me?
-Você nunca me contou nada sobre seu passado, sobre quando era criança, é doloroso para você, quero que escreva para tirar essa dor de dentro de seu peito.
-Camus..não sei se...
-Está tudo bem, Milo, apenas escreva, escreva sobre Hewke se não for muito doloroso, ou sobre o quê você fez quando estava longe do santuário. Mas escreva, é importante para nós que entendemos nosso próprio passado.
Milo olhou em suas mãos o caderno, havia uma escrivaninha no quarto de Camus, havia pena e tinta também, o quarto era repleto de pergaminhos, cadernos e livro. Havia um notebook também que Camus usava.
-Se quizer usar o computador, esteje à vontade, eu mesmo prefiro usar minhas mãos e ler a minha própria letra. Uso o computador apenas para outras coisas, Isaac me ensinou a usá-lo, ele pode o ensinar se quizer.
-Deixe-me pensar, está bem, não posso garantir agora.
Camus beijou-lhe e agradeceu. Desceu para despedir-se dos filhos, não havia dia nem noite naquela época da Sibéria, era tudo escuro durante meses. Então, Milo se jogou entre os lençóis e deixou-se descançar na cama macia como não fazia à anos.
*Filho dos milênios, usado nas obras de Anne Rice se referindo à vampiros com mais de mil anos.
**Também de Anne rice, quando um vampiro bebe apenas o suficiente para deixar suas vítimas tontas, sem matá-las.
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Olá lindas, como vão?
Faz muito tempo que eu não posto nada, não tive tempo pois minha vida está levemente corrida, sabem como é não? mudanças radicais em minha família.
Anyway, essa fict eu comecei a escrever à pouco tempo e já me empolguei, está quase terminada _. Vou fazer o que se sou apaixonada por esse escorpiniano fofo e o emotivo Camus *-*
Não sei se minhas leitoras de Santuário já leram o "love&Blood", mas gosto dela também, apesar da participação de Camus ser pequena e do Milo ser apenas mencionado...
Enfim, essa fict aqui ficaria entre as duas, e irei fazer eventualmente outra contando outras histórias dos outros personagens que, de início eu não era fan, mas agora, sei que tem sua importância.
Eu fiquei surpresa com o quão profundo o Milo pode ficar, por ele não ter tido voz na primeira parte, resolvi trabalhar um pouco mais nele nessa fict e, realmente gostei. Espero MUITO que vocês gostem pois eu me empolguei legal dessa vez XD
Espero que continuem acompanhando essa fict e reviews seriam mto bem-vindos *-*.
Feliz natal atrasado, feliz ano-novo meninas e meninos e boas festas.
Bjauns
