Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.


Fanfic feita para o projeto Love Game do fórum 6v.


A Maçã
por Chibi

Um amor a dois profana.

O conto de fadas de Pansy Parkinson não era sobre uma princesa; era sobre uma bruxa comum, de pele clara e cabelos muito negros, bochechas grandes, pouca altura e voz estridente, que gastava seu tempo com coisas fúteis e pequenas maldades.

Até que ele apareceu; não era o príncipe encantado, e seu alazão era uma Firebolt. Era magrelo, tinha cabelos espetados e mania de querer ser mártir. Ela não gostava dele, e não gostava porque ninguém na Casa dela gostava, então esse deveria ser o certo.

Mas ela passou a ignorar o certo quando tudo começou a dar tão errado, porque a pessoa certa para ela pisava em cima do amor que ela sentia, usando-a quando tinha vontade e dispensando-a quando bem queria. Ele disse a ela, em uma das várias vezes que ela gritou que nunca mais olharia em sua cara, que o amor era como se fosse um veneno para o qual somente o outro tinha a cura, e por isso ela sempre voltaria para ele. Só que ela estava cansada e machucada, não queria mais.

E foi aí que ela reparou nele, no menino magricela que às vezes ela pegava olhando em sua direção e com quem acidentalmente acabou presa no armário de vassouras. Não disseram uma palavra, mas passados os instantes de hesitação, ela o prendeu contra a parede e seus lábios beijaram, morderam e chuparam os lábios dele.

Não disseram uma palavra sobre aquilo nem nos momentos nem nos dias ou semanas seguintes, embora se olhassem cada vez mais e cada vez com mais desejo.

Ele tinha, ela reparou, lábios incrivelmente vermelhos e apetitosos que a chamavam todo o tempo. E, por isso, eles acabaram coincidentemente se encontrando em uma sala vazia e, entre bocas, mãos e gemidos, lançavam feitiços para proteger a sala de olhos alheios.

Na semana seguinte, a Torre de Astronomia. Na outra, a Casa dos Gritos (e aquele nome fazia todo o sentido). Depois, a Sala de Poções – porque a adrenalina era altamente excitante. E, finalmente, ela estava novamente envenenada.

Não sabia se aquele era seu felizes para sempre, mas, no momento, era mais do que o suficiente.