Autor: Rapousa
Beta: Nanda Weasley
Par/Personagem: Scorpius Malfoy/Hugo Weasley
Classificação: NC-17
Resumo: Em um acidente com uma poção ainda não testada Scorpius e Hugo são obrigados a ficarem sempre juntos. Eles só não esperavam acabar gostando da presença um do outro.
Disclaimer: JK é rica, eu sou pobre. Ela ganha dinheiro escrevendo, eu não.
Para Mandy XD
Parte I
Aquele era só mais um dia entediante como todos os outros de todos os outros meses e anos. E já faziam cinco anos que eu estava naquela escola.
Claro, no começo foi aquela expectativa, mas não precisou passar um ano inteiro e eu já estava achando um saco. Não que eu tenha algo para fazer fora daqui, porém, sempre foi meio complicado conseguir me manter muito preso a uma tarefa só. E estudar pra mim sempre foi fácil. Não que eu seja um grande "CDF" como a minha mãe ou a minha irmã, melhores notas e essas coisas. Não. Eu prefiro viver ao invés de perder todo o meu tempo com livros, ainda assim aqui estou eu, na Corvinal, e minha genial irmã na Grifinória.
Eu cheguei à conclusão que não importa o quanto você estuda. Mas a média do quanto você não estuda e a sua nota final. Bom, eu acho que não leio um livro de transfiguração desde o meio do segundo ano, quando ainda existia uma parte de mim que achava Hogwarts até divertida, da forma como meus pais, parentes e agregados costumavam contar. Mas a verdade é que não há grandes aventuras, mistérios a serem resolvidos e lordes das trevas a serem derrotados. Não agora. E apesar de realmente adorar as histórias dos meus pais e suas milhares de aventuras, eu estou distante de sair por aí correndo atrás de perigo ou coisas que façam o meu bem estar físico correr perigos à toa. O mundo bruxo estaria perdido se dependesse de mim.
A questão é, eu sei que sou inteligente o suficiente para não pegar nos livros, mesmo assim aprender a matéria e ficar com notas acima da média. Mas a média nunca é o suficiente quando se tem uma mãe que tem até hoje os recordes de melhores notas em certas matérias, uma irmã que segue os mesmos passos e um pai que acha isso lindo.
No fim, a minha inteligência desleixada é desconsiderada e ignorada, sofrendo ainda mais pressão por ser da Corvinal.
Há duas coisas que tornam o fato de eu ser Corvinal uma sina por vezes dolorosa: Primeiro, toda a minha família foi ou é da Grifinória, sou quase a ovelha negra. Se quisesse tê-los ofendido mais teria ido para a Sonserina. Segundo, ser dar Corvinal aparentemente significa para eles ser "CDF" e tirar sempre as melhores notas. O que mostra como eles são ignorantes e é por isso que eles foram para a Grifinória.
De qualquer forma, o colégio me entedia. Muito. Ainda assim jamais fui atrás de confusão, como os meus primos no geral gostam de fazer quando se sentem assim. Eu prefiro andar me arrastando pelos corredores reclamando internamente pelo castigo que é esse lugar, ou então lendo alguma coisa – o que no geral não envolve livros do colégio, quadrinhos são meus preferidos, e quando eu estou entediado ao ponto de surtar eu escrevo. Ahá. Você acaba de saber como eu me sinto nesse momento.
Bem, naquele dia eu estava me arrastando pelos corredores como sempre. Já havia recebido a advertência de três professores diferentes (e um nem ao menos me lecionava nada) para ajeitar minhas vestes, alguns alunos atrevidos passavam e comentavam que eu deveria pentear meu cabelo e um amigo chegou a perguntar durante o almoço se eu tinha acabado de acordar. Não, não era o melhor dia da minha vida.
Depois de sujar minha história em quadrinho com iogurte e ter de ouvir piadas de duplo sentido por conta disso, no almoço ter derrubado molho nas minhas vestes já deploráveis e receber um puxão de orelha virtual de Lily por ser tão desleixado, eu já estava pronto para me jogar em uma cadeira qualquer da última aula do dia e dormir até ser invariavelmente obrigado a acordar.
Eu estava andando pelo corredor absorto no meu miasma desperançoso e realmente não pretendia me importar com aquele grupinho de sonserinos mais velhos idiotas na minha frente. Sinceramente, quem liga para sonserinos além deles mesmos? Por uma coincidência fatídica aquele grupo seguia na direção do banheiro, e o que eu poderia fazer se minha bexiga estava me apertando?
A princípio não reparei nele ali no meio. E sim, tem um motivo para ser "ele" e não o nome de uma pessoa. Questão de continuidade entende? Ainda vou apresentá-lo, calma.
Eu não analisei aqueles caras aparentemente mais velhos por mais de dois segundos, porque, afinal, eu nunca prestei atenção em qualquer coisa por tempo o suficiente para apreciá-la. E pretendia ter continuado assim se não tivesse sido obrigado a reparar neles quando dois dos garotos se postaram na minha frente, impedindo a minha estrada no banheiro.
Inicialmente, nem mesmo com dois armários humanos na minha frente eu dei muita bola, apenas murmurei um "Dá licença" e fui entrando. Até que levei uma chave de pescoço e fui jogado para trás. Pela primeira vez os encarei e parei para prestar atenção. Nada excepcional. Dois caras grandes, um levemente suíno, o outro com um sorriso debilóide. A aparência e porte deles me deixou ainda menos contente do que eu já estava pelo mero fato de eles terem realizado um contato-físico-não-autorizado, descontando o fato de obstruírem o caminho entre eu e o miquitório, um fato que por si só já serviria para fazer meu sangue ferver.
"Estamos usando o banheiro."
"Legal, e eu com isso?" perguntei reajeitando a minha mochila que escorregara pelo meu ombro quando aquele idiota me puxara. Eu sei que uma pessoa engraçada poderia ter feito alguma piadinha interessante, mas eu não nasci com o humor excelente do meu pai ou o sarcasmo ofensivo e cortante que os Malfoy podem ter, então, sim, eu só disse isso e voltei a tentar entrar, dessa vez o sonserino me impediu passando um braço pela minha cintura e me empurrando com violência para longe, me desequilibrei e caí no chão. Eles riram.
"Já avisei, estamos usando o banheiro, cai fo..." mas antes que ele terminasse a frase eu já tinha sacado a minha varinha e realizado um Petrificus Totalus perfeito. Não é inteligente arranjar briga com pessoas mais velhas e fisicamente mais robustas que você. Só que eu não pretendia ter um duelo físico com ele, de qualquer forma. Estava querendo unicamente entrar no banheiro e poder me aliviar em paz. O primeiro feitiço acertou o idiota da esquerda na cara. O da direita foi esperto o suficiente e sacou a varinha desviando do meu segundo feitiço.
"Seu idiota!" ele bradou assim que se desviou. "É só usar a droga de outro banheiro!"
"Uhnf!" exclamei. O que traduzindo seria: Eu estou muito apertado para isso! Mas eu não estava no humor para me explicar muito.
E também não estava com saco para duelar, por favor, eu tinha mais o que fazer, e lancei aquele feitiço no outro porque eu não me chamo Weasley só por conta das sardas e o cabelo ruivo, cabeça quente é genético. Quando o outro idiota se abaixou ao defender um feitiço de pústulas amarelas que lancei em seguida, corri para a porta. Céus, minha bexiga ia me matar.
E foi aí que eu deveria ter percebido que aquele dia não era um dia azarado só pelo fato de ser sexta-feira 13, a professora de adivinhação ter previsto que eu ia morrer enfaticamente, ou tudo que havia acontecido anteriormente incluindo ser impedido de entrar no banheiro por veteranos de outra casa.
Tudo isso era só o prelúdio, um avizinho simpático do destino do que estaria por vir. Porque naquele momento que eu abri a porta com violência e entrei correndo, um sonserino, provavelmente um dos idiotas que estavam "ocupando" o banheiro, estava tentando sair.
Até aí tudo bem, teria sido um esbarrão como outro qualquer – mesmo sendo um desprezível contato-físico-não-autorizado é passível de perdão quando sua bexiga está no ponto de estourar -, contudo, não satisfeito em estar no meu caminho naquele momento, ele carregava cuidadosamente contra o corpo um frasco grande cheio de poção. E esse foi o problema.
Se ele tivesse segurando desleixadamente, eu cairia sobre ele, o frasco sairia voando, se espatifaria e no máximo mancharia o chão ou algo parecido.
Mas ele segurava o frasco contra o peito como quem segura um filho recém nascido, e quando eu caí no chão o frasco quebrou-se entre nós dois. E essa foi à merda.
N/A: Espero que gostem da fic e perdoem qualquer possível erro de ortografia. A fic foi meio escrita na pressa, mas com todo o meu amor para a minha gêmula mais foda: Mandy.
Se você gostou da leitura ou estiver interessado no resto da história, pode deixar um review dizendo isso que a autora aqui vai se sentir muito melhor e segura com esse trabalho.
(E o título é meio mongol mesmo, mas eu acabei indo com a cara dele :P)
