Discleimer: Inuyasha e Cia. não me pertencem, ainda porque um dia pelo menos o Kouga será meu!

Mente vazia oficina do capeta.

É só comigo.

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O aluno novo.

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Era uma manha ensolarada na cidade de Tókio, e no templo Higurashi todos já estavam acordados tomando o café da manha na cozinha, com exceção de Higurashi Kagome.

Kagome estava dormindo esparramada em sua cama, a perna direita pendia ao lado da cama, fazendo a ponta de seus dedos, encostarem-se ao chão frio, a cabeça estava virada para o lado com a boca aberta, os cabelos cor do céu a meia-noite, estava espalhados por todo o travesseiro, e ambos os braços estavam um de cada lado da cabeça sobre os fios de cabelo, a camisola azul transparente havia subido até a altura dos seios, o cobertor cor-de-rosa não lhe cobria muito, apenas os quadris a até o joelho da perna esquerda que ainda estava sobre a cama.

O som alto e estridente do despertador ecoava por todo o quarto mais Kagome não fazia menção de que iria acordar então o despertador calou-se, o silencio reinou no cômodo.

Passaram-se dois minutos até que de uma só vez Kagome abriu ambos os olhos, e da mesma forma sentou-se sobre a cama, e olhou para o criado mudo, seus olhos se arregalaram quando viu a hora: 07h32min da manha.

*.*.*.*

_ESTOU ATRASADA! – o grito vindo do andar de cima, ecoou na cozinha.

_Parece que a Kagome acordou. – o avô comentou sem dar muita importância ainda lendo seu jornal.

Logo barulhos de coisas caindo e passos pesados e apressados, correrem por todo lado, como se quisessem derrubar a casa, começaram a ser ouvidos.

_É parece que sim. – falou Souta olhando para o teto como se pudesse ver a irmã correndo de um lado para o outro, no andar de cima, em seu quarto, e sem desviar a atenção do teto levou uma garfada de omelete a boca.

_Pobrezinha vai se atrasar para a escola de novo. – comentou a senhora Higurashi colocando duas torradas na torradeira.

_A culpa é dela por só acordar tarde. – falou o avô.

_Mais por que será que ela só acorda, quando o despertador para de "berrar"? – perguntou Souta ainda olhando para o teto como se pudesse ver a irmã.

_Isso é por que um espírito maligno se apossa do corpo de sua irmã, enquanto ela dorme! – o avô falou com tom sério olhando para a filha por cima do jornal.

Ele acreditava em tal coisa desde que viu Kagome dormindo no sofá de modo totalmente esparramada, e murmurando coisas incompreensíveis.

_Papai. Pare de dizer bobagens. – A senhora Higurashi repreendeu colocando um prato com omelete em um espaço vazio na mesa.

_Não é bobagem, aquela menina esta possuída! – ele falou voltando a ler seu jornal. – Ouça só todo esse barulho, eu não me surpreenderia se entrássemos lá agora e ela estivesse levitando sobre a cama e com coisas sendo atiradas para todos os lados! – completou.

Então os barulhos pararam, e novamente o silencio reinou, nem sequer um ruído se era ouvido. Souta levou uma garfada de sua omelete à boca, e olhando novamente para o teto perguntou:

_Ela morreu?

_Não. – a senhora Higurashi respondeu simplesmente, pegando as torradas que haviam acabado de ficar prontas.

_Se ela tiver morrido, posso ficar com a omelete dela? – perguntou tomando um gole de seu suco de laranja em seguida.

_Sua irmã não morreu, Souta querido. – respondeu novamente colocando o prato com duas torradas, ao lado do prato com a omelete.

_Tem certeza? – voltou a perguntar, voltando mais uma vez sua atenção ao teto, já imaginando o corpo da irmã jogado no quarto.

Antes que a senhora Higurashi responde-se, o barulho do chuveiro sendo ligado se foi ouvido, e logo em seguida mais um grito de Kagome, esse mais curto e agudo como uma reclamação.

_Pobrezinha, a água do chuveiro deve estar tão fria... – falou a senhora Higurashi, com a mão direita sobre a boca, olhando com uma expressão de pena para o teto, quase podendo ver Kagome azul e tremendo de frio debaixo do chuveiro.

_Talvez isso sirva para exorcizar o espírito maligno que... – o vovô Higurashi começou a falar.

_Papai!

O barulho de água parou e os barulhos de coisas caindo e quebrando, juntamente ao de passos apressados e pesados, correndo por todo lugar, voltou a ser ouvido, e se seguiu por quarenta e cinco segundos, até serem substituído por sons de passos descendo as escadas as pressas.

Logo Kagome apareceu na cozinha, vestida com uma saia azul céu rodada com pregas que ia até a altura de seu joelho, com um laço azul na parte de trás do mesmo tom e tecido da saia, um sutiã rosa de rendinhas, uma escova de dentes na boca repleta de espuma, um pé estava calçado com uma pequena meia branca, que lhe ia até quatro dedos acima do tornozelo com a borda dobrada, e o outro estava descalço enquanto ela dava pulinhos por toda a cozinha tentando colocar a meia nele sendo seguida pelos olhares de seu avô e irmão, e uma camisa branca pendurada no ombro esquerdo e que milagrosamente não caia, enquanto ela pulava por toda a cozinha, seus cabelos encharcados, e despenteados lhe estavam grudados nas costas enquanto respingavam molhando toda a cozinha e a ela mesma.

_Mamãe por que não me acordou? T.T – Kagome perguntou em uma voz não mais alta que um murmúrio, mais a escova de dentes na boca e os pulinhos fizeram a frase se tornar incompreensível

_O que disse querida? – a senhora Higurashi perguntou colocando suco de laranja em um copo.

Kagome finalmente conseguiu colocar a meia, então parou de pular e pegou a camisa de seu ombro a vestindo logo e seguida.

A camisa era branca, nem colada nem larga com mangas compridas, tinha a gola semelhante ao de um uniforme de marinheiro, azul céu, com duas finas listras brancas, nas bordas das mangas também eram azul céu com duas finas listras brancas em cada, e um grande laço vermelho, mais que levantava a te acima de seu umbigo se ela levantasse os braços. Era um típico seifuku* japonês.

*seifuku: uniforme escolar japonês.

_Perguntei por que não me acordou? T.T – voltou a perguntar com uma voz que parecia que ia chorar, enquanto movimentava a escova dentro da boca escovando os dentes.

_Oh, mais eu tentei querida – a senhora Higurashi falou, colocando um pote de geléia de uva próximo ao prato de torradas – Eu a chamei, até gritei por você e a sacudi mais você não deu sinal de vida. – terminou de falar colocando um pote com geléia de morango ao lado do pote com geléia de uva.

Kagome ainda escovando os dentes correu pela cozinha, balançando os cabelos para fora da camisa, molhando ainda mais tudo ao redor, foi até o armário e com a mão que antes sacudia o cabelo pegou um copo de vidro dali de dentro, depois foi até a geladeira e o encheu de água.

Ao invés de beber a água Kagome a usou para enxaguar a boca, e fazer um gargarejo logo em seguida, correu até a pia da cozinha e cuspiu a água lá, logo em seguida limpando a espuma da boca e lavando a escova, deixando-a junto com o copo de vidro na pia.

_Mana, é nojento escovar os dentes na pia da cozinha! – Souta reclamou.

Como resposta Kagome lhe mostrou a língua e saiu correndo da cozinha dizendo um "até logo", mais antes que pudesse chegar á porta sua mãe a chamou:

_Higurashi Kagome, você não vai sair para a escola sem tomar café da manha de novo.

Kagome voltou correndo para a cozinha feito um relâmpago, escorregou no chão, em uma possa de água que havia sido criada por seus cabelos, e levantou-se pegando o copo de suco com certo desespero, bebeu todo o conteúdo do copo na velocidade da luz, e chegou a se engasgar dando pequenas tapas no próprio tórax, e com uma torrada na boca voltou a sair da cozinha.

Parou próxima a porta para calçar seus sapatos: um par de pequenos bem engraxados e brilhantes sapatos pretos sem salto, que formavam um "X" no peito do pé.

_Mana espera. – ouviu Souta a chamar.

_Não posso Souta estou atrasada! – falou de boca cheia, tirando a torrada da boca, já com a marca de uma mordida e saiu correndo, voltando a colocar a torrada na boca.

_Mana espera! – Souta voltou à chama - lá, parado na porta de casa enquanto ela chegava ao topo das escadas do templo que dariam para a rua.

_Nos falamos a noite Souta! – ela gritou de boca cheia em resposta, tirando a torrada da boca mais uma vez, já com a marca de uma segunda mordida, acenando sem nem ao menos se virar para olhar para o irmão, já descendo as escadas com extrema pressa.

Souta contrariado correu até o topo da escada pegando uma pedra no caminho, fez mira e... A pedra atingiu a cabeça de Kagome, que acabou rolando os quinze degraus restantes, perdendo a torrada durante a queda, e caiu estirada no chão com as pernas e os braços abertos, e a cara afundada no cimento.

As pessoas que por ali passavam nem ligaram, pois todos já conheciam a fama da menina Kagome.

"Essas coisas só acontecem comigo!"– Kagome pensou sem desgrudar sua face do cimento da calçada.

Souta veio descendo calmamente, com uma pequena mochila azul escura jogada por cima do ombro esquerdo, e parou no terceiro degrau, contando debaixo para cima.

Kagome ergueu a parte da frente do corpo usando os braços, e furiosa olhou para Souta, enquanto um grosso filete de sangue lhe escorria pela testa.

_Que é?

_Você esqueceu sua mochila. – falou calmamente dando de ombros, em seguida jogou a pequena mochila azul escura na cabeça de Kagome.

Com a pancada da mochila o rosto de Kagome voltou a afundar no cimento da calçada.

_E aliais sua testa esta sangrando. – falou e depois voltou a subir as escadas, enquanto Kagome resmungava coisas que possivelmente nem ela estendia, Souta olhou para ela por cima do ombro e disse – você não falou que estava atrasada?

_AH É MESMO! – Kagome gritou erguendo a cabeça do chão.

De forma desengonçada Kagome se levantou rapidamente, e saiu correndo pela rua, segurando firmemente com as mãos nas alças da mochila em suas costas.

Souta ficou olhando sua irmã se afastar cada vez mais, correndo de forma desengonçada e desesperada, atropelando e esbarrando em pessoas, até sumir de suas vistas, então com as mãos juntas nas costas voltou a subir a escada do templo calmamente.

_E ela esqueceu o lanche. – comentou para si mesmo.

*.*.*.*

Kagome corria pela rua atropelando todo e qualquer um que cruzasse seu caminho, a certo ponto deu um pulo olímpico sobre a cabeça de uma criancinha pouco menor que Souta, que assustada começou a chorar, ela olhou para traz e gritou um "desculpa" sem deixar de correr, e não percebeu quando correu sobre uma possa de lama, manchando seus sapatos e meias, ambos antes empencáveis.

Deu um salto mortal ao dobrar a esquina, para se desviar de um cão perseguindo um gato que cruzou o seu caminho, uma velhinha que regava suas flores na frente de casa acabou molhando a blusa de Kagome sem querer, a tornando transparente, mais Kagome não deixou de correr.

Depois de mais vinte minutos de corrida ela chegou ofegante a frente do colégio, com as mãos apoiadas nos joelhos, o suor lhe escorria pelo rosto, e pingava no chão, assim como o sangue que não deixara de escorrer da testa, e ambos se misturavam no chão.

O cabelo de Kagome havia secado na corrida, mais por não ter sido penteado se assemelhava a uma esponja, e tinha algumas folhas secas presas a ele.

Ela praguejou baixo quando notou que o pátio da escola estava vazio, e retomou sua corrida, seguindo para dentro do colégio por seus corredores desertos, subiu as escadas logo em seguida e continuou por outro longo corredor, bem iluminado por várias grandes janelas, então se lembrou que sua sala era para o outro lado e deu meia volta,

Abriu a porta da sala com força estrema mais ninguém deu atenção, para Kagome chegar atrasada e naquele estado à sala de aula, era tão comum quanto ela tirar notas vermelhas, ou respirar.

_Higurashi para a enfermaria agora! – o professor que estava sentado em sua mesa falou sem nem ao menos desviar sua atenção de um livro que lia.

Kagome suspirou, e fechou a porta, saindo caminhando desanimada pelo corredor, apesar de todo o esforço não havia chegado a tempo para a primeira aula... Olhou em seu pulso e viu que havia esquecido o relógio, mais uma vez praguejou baixinho, subiu as escadas que davam para o terceiro andar tranquilamente, passou pela diretoria, pela vice-diretoria e pela secretaria, até que parou em frente à quarta porta, onde havia uma pequena cruz vermelha e logo a baixo escrito na mesma cor a palavra "enfermaria".

Suspirou cansada e levantou a mão em punho para bater na porta, mais antes que o fizesse, ouviu a voz de uma idosa senhora dizer:

_Entre menina Higurashi.

Kagome olhou confusa para a porta, e entrou, a idosa e sorridente enfermeira Kaede já estava à espera de Kagome, sentada em uma cadeira branca ao lado de uma maca com uma maleta de primeiros socorros em mãos.

_Ola Kaede obaa-san – falou com um sorriso amarelo já se sentando na maca.

_Ola menina higurashi – Kaede cumprimentou, e pegando um algodão umedecido começou a limpar o ferimento na testa de Kagome – o que aconteceu desta vez?

_Souta me acertou uma pedra na cabeça.

Kaede não pode evitar de começar a rir.

*.*.*.*

Ao toque da campainha do segundo horário Kagome entrou na sala, ao lado da professora, estava soada, molhada suja de lama, descabelada, e com um enorme curativo em sua testa mais isso já não era surpresa para ninguém em sua sala, seria surpresa se não acontecesse algum acidente com ela durante o dia todo.

Ela se dirigiu ao lugar em que costumava sentar: a terceira cadeira contando de trás para frente, próxima à janela, atrás de sua amiga Rin e ao lado de sua amiga Sango. Pois lá seriam poucos os que vissem suas trapalhadas.

Sentou-se na cadeira passando as mãos no cabelo tentando ajeita-los mais só piorou a situação, pois os estava deixando grudentos com o suor em suas mãos.

"Essas coisas só acontecem comigo!" – pensou pela segunda vez ao dia, desistindo de vez de seus cabelos.

_Muito bem, quero que todos deixem suas pesquisas sobre a era feudal, que eu pedi na semana passada aqui na minha mesa sobre ordem de chamada. – a professora falou.

Kagome gelou havia feito a pesquisa... Mais a pergunta era: havia trazido?

Abriu sua mochila as pressas tirando muitas coisas de lá de dentro: capa de chuva, mentas, lanterna, agenda com números de telefones importantes como do corpo de bombeiros ou da emergência, cartão de telefone, escova de cabelos, borrifado de água, caixa de grampos, pequeno travesseiro, cobertor, amuleto, garrafa de água, lenço, toalha de rosto, carteira, um par de havaianas pretas, um caderno, um estojo e dois livros.

Com desespero ela assumiu: o trabalho de história não estava ali.

Ela podia ouvir o riso abafado de Sango ao seu lado.

"Como ela pode rir do meu desespero?" – Kagome se perguntou chocada, mais isso não era novidade, Sango ria por qualquer coisa.

_Higurashi Kagome. – a professora chamou Kagome nem havia notado que ela já havia chegado à letra "H" – traga sua pesquisa.

Kagome sorriu amarelo, e olhou para a torre de tralhas ao lado de sua cadeira, esperando que como por milagre o trabalho fosse aparecer ali.

_Higurashi?

_Sabe o que é professora... – ela começou a falar mais foi interrompida.

_Esta aqui professora! – Rin ergueu a mão balançando o trabalho de Kagome.

_Muito bem... Traga aqui Srta. Nakayama

Rin foi saltitando até a professora e entregou o trabalho de Kagome, depois voltou a sua cadeira, e Kagome logo começou a cutucá-la com um lápis.

_Hei Rin. – ela chamou baixo.

_Que é? – Rin perguntou virando-se "discretamente".

_Como meu trabalho foi parar com você? õ.ô – Kagome perguntou desconfiada Rin lhe sorriu amarelo e voltou a sentar-se de frente.

Kagome continuou a cutucá-la durante alguns minutos até que recebeu uma bolinha de papel, no olho por parte de Sango, coisa desnecessária já que a dita cuja estava sentada ao seu lado.

Kagome abriu o bilhete e lá estava escrito o seguinte:

"Kah.

Eu e a Rin sabíamos que algo ia acontecer com você, já que tudo acontece com você mesmo, e para mantermos seu trabalho a salva nós passamos lá, a caminho do colégio e o pegamos.

Ass. Sango.

PS: Você esta perdendo dois quilos por minuto."

Kagome arrancou uma folha de seu caderno e respondeu o bilhete:

"EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS PASSARAM LÁ E NÃO ME ACORDARAM!

Mais valeu por ter trazido meu trabalho, vocês são as melhores amigas do mundo. *.*

Ass. Kagome.

PS: por quê?".

Ela dobrou o papel em quatro partes e entregou a Sango, minutos depois veio à resposta: um aviãozinho preso no seu cabelo.

"Desculpa, mais você dorme feito pedra!

Sua mãe te sacudiu tanto que quase que a cama quebrou mais você não acordou.

Não foi nada sei que sou demais.

Ass. Sango.

PS: por que o aluno novo esta te secando."

Kagome olhou confusa para Sango, que rindo um pouco apontou sem nem uma descrição para o garoto atrás de si, Kagome nunca o havia visto mais ele era bonito sem duvida.

Tinha cabelos prateados e olhos dourados, com uma mochila de estampa do exército jogada sobre um dos ombros.

Apenas de se olhar poderia saber-se que ele era rebelde, a camisa social branca estava para fora da calça, azul escura e também social, ao invés de usar um par de sapatos sociais pretos como o resto dos garotos, ele usava um tênis branco da Nike, não usava o casaco azul escuro obrigatório do colégio e usava um boné preto e vermelho virado para trás na cabeça.

Encarava Kagome como se ela fosse um copo de água no deserto, e ela acabou corando com isso.

"Será que sou muito feia?" – se perguntou – "ai é constrangedor ele ficar me olhando assim eu já sei que sou feia!" – ela deu mais uma olhada para trás e viu que o garoto continuava a encará-la – "a já sei!" – ela pensou – "ele é novato então ainda esta me estranhando." – olhou para a janela vendo seu próprio reflexo e constatando que mais parecia um alienígena do que um ser humano.

A segunda e a terceira aula passaram lenta e tediosamente até que o sinal do intervalo tocou, e Sango juntamente com Rin saíram arrastando a pobre Kagome e sua mochila em direção ao banheiro.

_Qual a História de hoje? – Sango perguntou contendo o riso enquanto pegava a escova de cabelos destro da mochila de Kagome.

_Foi o cachorro do vizinho de novo? – Rin perguntou, pegando uma caixa de grampos de cabelo na mochila e o borrifado de Kagome, já rindo ao se lembrar do dia em que Kagome chegou à escola sem os fundos da saia.

_Ou quem sabe, dois garotos estavam fazendo uma competição de cuspi a distancia, e na tentativa de tentar se desviar você bateu em um poste? – Sango perguntou lembrando-se do dia em que tal fato aconteceu.

_Souta me acertou uma pedrada na cabeça. – ela falou com cara de tédio sentando-se em um banquinho ali perto.

As duas não agüentaram mais e caíram na gargalhada.

Ainda rindo as duas se aproximaram de Kagome, tiraram-lhe todas as folhas do cabelo, em seguida Rin o molhou com o borrifado, enquanto Sango o escovava, passaram-se quinze minutos e elas o prenderam em um penteado que Kagome sempre usava: Duas bolinhas no alto da cabeça, deixando o resto do cabelo cair até a altura de seus ombros com as pontas enroladas.

_Bom ainda temos treze minutos de intervalo – Kagome falou já saindo do banheiro.

_Certo nós vamos ficar aqui mais um pouco. – Sango falou a ponto de rir e Rin lhe deu uma cotovelada nas costelas.

Kagome arqueou uma sobrancelha e colocou a mochila nas costas.

E ao sair do banheiro deu de cara com o garoto novo, estava comendo um sanduíche de qualquer coisa fazendo Kagome lembrar-se que havia esquecido seu lanche.

_Hei você! – ele a chamou.

Ela olhou para os dois lados e depois para trás, então voltou a olhar para ele e apontou para si mesma com cara de retardada, como se perguntasse: "quem eu?".

_É você mesma!

Kagome deu um passo à frente mais acabou tropeçando no ar (N/A: acontece muito comigo) e caindo de cara no chão, com o bumbum levantado.

_Feh, você é uma bruxa desastrada! – ele comentou levantando-se para ajudá-la a levantar.

_Não me chame assim! – ela falou levantando o rosto para vê-lo, porém sem sair da posição em que se encontrava.

Ele arqueou uma sobrancelha, e lhe estendeu a mão, fazendo Kagome lhe olhar confusa.

_Você não vai levantar?

Kagome corou imediatamente ao se lembrar da posição em que se encontrava, e ao tentar se levantar acabou torcendo o pé, e caiu para frente mais foi amparada por fortes braços.

_Mais que droga! – ela resmungou.

Kagome sentiu-se levitando no ar, olhou para baixo e viu que o chão realmente estava afastado de seus pés "Santa Maria mãe de Jesus eu empacotei!" pensou quase chorando.

"Oh não senhor eu sou muito jovem, e, além disso, eu já sofri coisas piores que uma quedinha, por favor, não..." T.T ela pensava ainda olhando para o chão – "a minha vida foi tão curta e azarada mais não quero que ela acabe agora, não, não, não!" – olhou para o céu pela janela e sua vista foi ofuscada pelo sol, que iluminava os corredores ficando momentaneamente cega.

Logo depois que a cegueira passou e ainda com a vista embaçada ela pode ver uma cabeça flutuante, olhou para todos os lados em desespero, se mexendo freneticamente não querendo "parti dessa para melhor".

_Fique quieta ou você vai cair!

"Nossa Deus tem uma voz bonita." – ela pensou, então deu mais uma olhada e viu que não era Deus e sim o aluno novo. – Me largue agora!

Ele a largou mais em vez de encontrar o chão, ela foi de encontro à tão conhecida maca da enfermaria.

_O que aconteceu dessa vez? – Kaede perguntou sempre sorridente.

_Acho que eu torci o pé – Kagome respondeu com um sorriso amarelo.

_Ah ola menino Inuyasha, vejo que já conheceu a menina Higurashi. – Kaede sorriu para o garoto.

_Você o conhece Kaede obaa-san? – Kagome perguntou.

_Ah claro nós moramos na mesma rua.

_Hei bruxa! – ela olhou brava para ele. – Eu encontro com você na saída! – e saiu.

Kaede riu da cara que Kagome fez: ficou ali parada com a boca aberta como se fosse falar alguma coisa, imóvel feito uma estatua.

Aproximou-se de Kagome e lhe examinou o pé, no final ela apenas precisou passar um gel para mau jeito, e enfaixar o tornozelo, Kagome sorriu agradecida e saiu da enfermaria, com um pé normal e o outro enfaixado e com uma havaiana.

_Vejo você mais tarde. – Kaede disse.

_Sem duvida. – Kagome respondeu e logo saiu mancando pelos corredores, não havia duvidas que volte a enfermaria ainda aquele dia.

Chegou à escada e engoliu em seco "é agora que a vaca vai pro brejo!" pensou desesperada, olhou para ambos os lados no corredor e não viu ninguém que pudesse ajudá-la "virgem Maria me proteja!" deu o primeiro passo em direção a escada, quando sentiu alguém lhe segurar o braço.

_Você é louca? – antes que pudesse responder a "gentil" pergunta foi erguida no ar e colocada no ombro do estranho como se fosse um saco de batatas – Você já é desastrada por si só, com o pé quebrado vai rolar essas escadas.

_Eu rolaria as escadas de um jeito ou de outro – ela respondeu com tédio, já tendo reconhecido a voz, era do aluno novo – Hum... Como disse que se chama?

_Feh eu não disse! – eles acabaram de descer o lance de escadas e seguiram pelo corredor, porem ele não a colocou no chão.

Ela revirou os olhos e disse:

_Então diga agora oras.

_Taisho Inuyasha!

_Hum... Eu sou Higurashi Kagome.

_Feh eu sei bruxa desastrada!

_Então pare de me chamar assim!

_Feh!

_E bote-me no chão!

Ele ficou calado, mais não a colocou no chão ao invés disso começou a descer as escadas em direção ao primeiro andar, Kagome olhou para cima e depois para baixo, então começou a se mexer freneticamente.

_Mais que droga bruxa, você se mexe igual um peixe na cueca!

_A sala é lá no segundo andar!

_Feh, eu sei disso!

_Então para onde esta indo? – ela continuava a se mexer.

_Você não pode assistir aula assim! – ele saiu no pátio do colégio e a luz do sol ofuscou os olhos de Kagome.

_Eu posso sim! – ele nada falou deu um salto pulando o muro do colégio e saiu andando pela calçada – você nem sabe onde eu moro!

Ele parou.

_Er... Onde você mora?

_Não digo!

_Certo eu descubro sozinho!

E saiu andando a passos pesados com um Kagome-saco-de-batas, jogada em um ombro e a mochila no outro, pelas ruas da grande Tókio.

"É só comigo!" T.T – foi o ultimo pensamento de Kagome antes de ambos virarem a esquina.

*.*.*.*

Não tenho foco para humor, minha prima mesmo já disse que esta uma porcaria, mais eu só de birra postei assim mesmo.