Disclaimer: Inuyasha pertence à Takahashi Rumiko.

-x-x-x

Quebrando o Protocolo

Quebra de protocolo: "Quando a etiqueta é quebrada ou o cerimonial sai fora da ordem dada."

-x-x-x

Prólogo

Ele desligou o chuveiro e suspirou, calmamente. Saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura, exibindo um tronco harmônico, no qual os músculos se desenhavam na pele clara de forma quase artística, distribuídos pelo abdômen definido e pelos braços notavelmente fortes. Ou talvez fossem os pingos de água escorrendo por toda extensão do corpo masculino, que francamente era por si só uma bela visão.

Ela também tinha desligado o chuveiro naquele exato momento, no outro lado da cidade. Diferente dele, entretanto, saiu enrolada num roupão deveras grande para seu tamanho, e não se sabia dizer o que diabos estava tentando fazer com o cabelo, que enrolado em outra toalha, parecia ter se enroscado no tecido felpudo.

Ele, minutos depois, já abotoava os pulsos da camisa tranquilamente, olhando-se no espelho vez ou outra. Os olhos dourados transmitiam muitas coisas, mas entre elas a mais notável era divertimento com o que viria a ocorrer aquela noite – em todas, na realidade.

Ela, agora já livre do roupão, estava diante do espelho, respirando fundo. Tinha conseguido livrar o cabelo da toalha e ele agora caía pelas costas num manto ainda úmido. Estava trajada num vestido preto e simples, mas que moldava as curvas suaves do corpo feminino com precisão – os ombros delicados, os seios proporcionais, a cintura delgada e os quadris arredondados, terminando nas pernas torneadas. Uma bela espécie, mas que parecia totalmente insegura, alisando várias vezes a barra do vestido preto rodado.

Ele já estava pronto, ajeitando o blazer preto sistematicamente, a expressão impassível refletida no espelho. Os cabelos eram longos e prateados, o rosto dotado de uma simetria desconcertante e ele encarou-se uma última vez no espelho, revelando uma confiança explícita justamente por saber quem era e as qualidades que possuía. Antes de sair, apagou as luzes e colocou as mãos nos bolsos, sendo cumprimentado por um vizinho que o olhou com algum respeito ao entrar no elevador. (Boa noite, Sesshoumaru-sama.)

Ela, depois de muitas trocas de roupa e xingamentos de toda espécie e tipo, por fim saiu apressada trajando o mesmo vestido preto de antes. Agora estava maquiada, os olhos castanhos em destaque pelo rímel e delineador, o rosto delicado e simétrico numa expressão um pouco mais animada, embora ainda se sentisse desconfiada e desconfortável (Por que tinha que ser tão baixa e usar aqueles saltos demoníacos? Devia estar parecendo uma dragqueen com dor de barriga). Mas como qualquer mulher que saia a noite com as amigas, tratou de colocar um belo sorriso nos lábios rosados, pintados por um delicado batom rosa. Quem a visse antes de trancar a porta não desconfiaria que Rin Nakayama quase tinha caído ao atender a campainha.

Os destinos se cruzam. Umas vezes por necessidade, outras por razões inexplicáveis, e outras, ainda, simplesmente porque tinham de se cruzar.

No presente caso, os destinos tinham de se cruzar porque Rin Nakayama tinha perguntas e Sesshoumaru Inokuma, as respostas.

-x-x-x

N.A: Ooooi personas! Olha eu aqui de novo, muahaha! História nova, cuja inspiração veio de "Hitch – O conselheiro amoroso", filme que amo e acho muito foda. É bem arriscado, ao menos do meu ponto de vista, usar Rin e Sesshoumaru num contexto similar, mas vou correr o risco. Espero que vocês gostem e comentem, ok?

Beijooos!