Like Shakespeare
Era incrível como a chuva estava forte, a lua nem ao menos era vista, apenas a silhueta da cidade de Londres ao longo dos prédios e edifícios. Havia um pequeno jardim, com flores exóticas e silvestres, havia uma mulher parada, sem nada que a protegesse do frio e da chuva, só esperava alguém chegar. Não se podia saber se ela estava chorando, seus olhos estavam apenas vermelhos.
-Estou aqui, Sirius, eu vim.
Se pode ver uma sombra em meio a escuridão se aproximando.
-Não pensei que viria.
A mulher suspirou levando as mãos ao bolso da calça jeans encharcada.
-Mas vim.
Ela abriu o papel molhado que tinha nas mãos, olhando fixamente para ele.
-Você vai se casar, Marlene.
Ela assentiu e olhou para a mancha de tinta no papel.
-Você citou Shakespeare.
Um meio sorriso apareceu no rosto de Marlene.
- "Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você querque ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso." A sua frase preferida.
Sirius afirmou se aproximando.
-Queria lhe ver uma ultima vez, Sirius.
Ele olhou para a escuridão sem rumo infinita.
-Odeio despedidas.
O sorriso desapareceu do rosto de Marlene.
-Eu sei.
Ela abaixou-se pegando uma das flores do jardim, já não chovia mais.
-É amanhã, Sirius, estou tão...
-Feliz?
Marlene sorriu apertando mais ainda a flor que tinha nas mãos.
-Acho que ansiosa seria a palavra certa.
Sirius se aproximou da garota, tirando a flor das mãos dela e pondo nos cabelos sedosos de Marlene.
-Se quer tanto se casar com o Prewett, por que veio então?
As mãos quentes de Sirius escorreram pelos cabelos úmidos dela.
-Você é e sempre vai ser meu primeiro amor, Sirius.
Os olhos dos dois se encontraram, formando sorrisos nos lábios de Sirius e Marlene.
-Como Shakespeare?
-Como Shakespeare.
Então ela podia voltar para casa.
