"O motivo para, mas uma vez eu estar sendo levada para a solitária? Porque eu matei a minha colega de cela."
Caminhando calmamente pelo corredor da prisão as algemas em minhas mãos não passam de meras pulseiras, elas gritam enquanto eu passo pelo corredor, cospem e falam mal, que se danem todas elas, somos todas criminosas, todas prisioneiras, elas não são melhores do que eu.
O motivo para, mas uma vez eu estar sendo levada para a solitária? Porque eu matei a minha colega de cela. Parece que ela era muito querida, uma pobre coitada que dia após dia dizia "Deus vai me ajudar" eu não aguentava mais toda aquela frescura, foi quando ela me disse "Você nunca vai sair daqui porque não reza, nem acredita em deus" .
Eu sorri para ela e lhe disse "Pois bem vou rezar para você" Eu lhe dei um soco e segurei seus cabelos "Que os guardiões dos portões lhe guardem a passagem" A empurrei contra as grades da cela sua cabeça estava presa entre as barras "Que o anjo negro venha em sua carruagem de fogo para ceifar a sua vida" Ela gritou se debatendo. "Hinata, por favor, me tira daqui, não brinque com isso", Ela estava chorando, eu continuei da mesma forma fria "Que pela eternidade a sua alma se perca na escuridão" , ela estava desesperada implorou e rogou pelo seu deus eu sorri e lhe disse as ultimas palavras que ela ouviria. "Deus? O deus que você acredita não existe o único deus e aquele ser cruel que pode lhe roubar a vida e neste momento quem pode lhe tirar a vida, sou eu!" Com um chute reto sobre suas costas eu a matei os travessões das grades junto com minha força serviram como uma guilhotina, foi hilário ver a cara das guardas quando vieram ver o motivo da confusão.
Agora aqui estou eu na minha querida solitária, paredes lisas e porta de metal com apenas uma passagem moveu pela qual entra luz apenas quando me trazem alimento, um sanitário e uma pia, uma cama fria de cimento, eu sou bonita ainda jovem com meus vinte e poucos anos, cabelos longos e azulados, pele branca e macia, olhos cor de lavanda, mas meu olhar não é o que costumava ser, um dia eu amei, uma dia eu senti que toda a minha vida podia se resumir a uma única pessoa, mas sempre tem alguém que destrói a vida da gente, no meu caso foi o meu primo.
Ele sempre foi obcecado por mim, mas tudo se tornou pior quando ele me viu com o Uchiha, as perseguições, ameaças, as surras. Porque eu permitia que ele fizesse isso? Meu pai estava morto a muito tempo, meu tio havia assumido o seu lugar como se fosse ele, para que não perdesse a empresa, meu tio era um homem bom sem ganância, mas Neji sempre usou a verdade que nossa família guardava para me chantagear.
Eu amava Sasuke, mas Neji em sua obsessão forjou a minha morte, após ter me incriminado pelo assassinato de seu pai. Eu estava presa, mas graças ao Naruto fui liberta, pois ele havia gravado coisas que eu e Sasuke fazíamos na noite da morte do meu tio, parecia que tudo estaria bem, mas foi apenas uma grande ilusão um ataque e a morte, pensei que tinha mesmo morrido pela dor que senti, mas ao acordar estava presa apenas Neji sabia onde eu estava, quantos meses ele me torturou e tudo piorou aos o terceiro mês, eu estava grávida, foi quando o verdadeiro sofrimento começou, Ele me torturava fazendo passar fome e implorar a ele por comida, água por minha vida.
Eu tive minha filha sozinha num quarto frio e escuro, não tinha mas forças para me mover quando ela estava chorando, ele apareceu e a embrulhou em seu casaco, eu lhe perguntei "O que é?" ele a olhou e respondeu " Uma morta, vou matá-la apenas porque você a ama, ERA PARA SER A NOSSA FILHA"
"Neji eu faço qualquer coisa, não a mate eu fico com você nunca olho pra ninguém, só não a mate"
Ele andou de um lado para outro "A CULPA É SUA, me fez te matar agora não pode viver" me deixou lá, mas tarde alguns homens apareceram e me machucaram muito, acordei no país da chuva, dois anos depois, tinha ficado em coma num hospital, não tinha nada a perder foi assim que me meti nesta vida.
A porta foi aberta e ele entrou cabelos negros presos num rabo de cavalo, olhos castanhos, jogou perto de mim uma pasta.
"Leia" Peguei a pasta e comecei a folhear, congelei ao ver aquilo. "Faço o que você quiser, não importa o que"
Ele sorriu, e saiu da cela deixando a porta aberta, eu o segui, faria o que fosse preciso, pois agora eu tinha um bom motivo.
