Nota: Eu estou meio hesitante em começar essa fic. Bem, eu ia esperar eu terminar alguma longfic antes para postar essa, mas eu quero saber o nível de aceitação primeiro antes de continuar escrevendo '-'~
Eu só posso garantir que vai ter MUITA confusão, mano. MUITA MEEEESMO. E quem leu uma fic minha de Inuyasha intitulada 'Amor ou Paixonite?' sabe que quando eu quero fazer uma comédia eu faço x)
Esse é só o prólogo, bem, espero que gostem.
'A' Pensão.
Por: Juju ou Juh ou Juliana ou Kagome Juh. Como preferirem :D
Prólogo.
Bella's POV.
Existem somente três - supostas - soluções para nossa atual situação:
1 - Conseguir dinheiro e pagar nossas contas, dívidas, e meios de sobrevivência;
2 - Recorrer aos meus avós que odeiam Renée (e a mim também);
3 - Ou ser despejada e viver na rua da amargura.
Nem preciso comentar que a segunda e a terceira opção são simplesmente impossíveis. Os pais do meu pai simplesmente nos odeiam, aparentemente, porque minha mãe 'tirou' ele de casa – ou seja, meus avós são estranhos e estão meio caducos -. O pior é que sobrou até para mim, a única neta deles. Supostamente eles deveriam me amar e me mimar sendo a netinha querida, mas a minha vida aparentemente lembra algumas novelas – melodramáticas - mexicanas, e não filmes fantasiosos da Disney ou qualquer outro filme bonitinho.
A terceira opção não tem muito que explicar. Viver na rua ou debaixo da ponte nunca foi uma vontade ou ultimo pedido de Renée.
Muito menos meu.
Então 'conseguir dinheiro' seria a coisa mais viável, e a mais difícil. Minha mãe conseguiu ser despedida – nem me perguntem o que ela fez, acho que é vergonhoso falar sobre as loucuras dessa mulher que diz que não me adotou – e meus pequenos shows em bares da região não conseguem muito lucro. Então, estamos – vou dizer de forma muito singela – DESESPERADAS.
"Bella, eu nunca pensei que diria isso..." Ela começou enquanto batia a ponta da caneta no jornal todo rabiscado. "Mas acho que teremos que nos meter na prostituição."
Nem preciso dizer que ignorei.
"Tem um emprego de vendedora aqui." Comentei enquanto circulava o anúncio. Ela suspirou.
"Você sabe que não vai dar certo." Ela disse desgostosa. E eu revirei os olhos. Renée é do tipo 'sou-ambiciosa-e-preguiçosa-então-me-deem-um-emprego-fácil-e-com-uma-boa-remuneração'. É difícil, muito difícil.
"Renée-"
"Mãe. Não me chame pelo primeiro nome Bella." Ela me repreendeu largando o jornal. Era totalmente perceptível como ela estava arranjando qualquer desculpa para não procurar emprego. Por mais que isso definitivamente não fosse funcionar, ela ia procurar por algum.
"Mãe, você tem que tentar." Eu disse chamando-a pelo nome maternal, e ela suspirou desistente com a minha frase. "Você realmente prefere que eu entre na prostituição só para você não trabalhar de vendedora?" Eu perguntei séria.
Ela ainda teve a maior cara-de-pau de me encarar duvidosa.
"Qual é!" Eu disse indignada. Voltei a encarar aquele jornal rabiscado na minha frente, e circulei mais algumas chances. "Se você não arranjar um emprego, eu sumo no mundo somente com uma trouxa e o resto das suas economias." Eu disse ameaçadora, vendo-a arregalar os olhos.
"Minhas economias?" Ela perguntou surpresa.
"Claro, você realmente acha que eu tenho alguma economia para gastar com um 'sumiço no mundo'?" Respondi me divertindo por dentro.
Renée era cara-de-pau mesmo. Foi só falar do dinheiro dela que ela pareceu acordar para o fato desesperador em que nos metemos.
"Ok." Ela disse determinada. "Vamos lá New York Times! É melhor você ter um emprego para mim!" Ela encarou as folhas de forma muito feroz. Como se o jornal pudesse fugir dela.
É, realmente estamos desesperadas.
"Isso aí, vai procurando..." Comentei vendo-a compenetrada na procura. E voltei a encarar aquelas folhas, tentando procurar por uma solução. Era realmente estranha essa situação toda, não era? Pode dizer que achou minha mãe uma louca varrida, ou algo parecido.
Ela merece.
Ficamos horas procurando. Empregos que eu nunca tinha ouvido falar como: limpadores de privada, caçadores de ratos, entregadores de vidros de palmito e outras coisas; apareciam e eu simplesmente fazia um X bem grande para eliminá-los até mesmo no desespero. Eles seriam as últimas coisas que eu iria deixar a minha mãe fazer. Imagino minha mãe correndo atrás de ratos em casas de estranhos, ou limpando a privada de vários desconhecidos... Da até pena.
Pena dos estranhos e desconhecidos.
Não seria um serviço muito eficiente, sabe?
E então, quando terminamos de eliminar aqueles que nem gastaríamos nosso tempo tentando uma entrevista, não sobrou nada. Nada. Nenhum emprego.
Claro que vindo da minha mãe eu tive que dar uma segunda olhada, mas como eu já não estava lá com meu estopim muito extenso, deixei vagas como 'vendedora da Victória's secrets' e 'atendente do Burger King' passarem.
E depois de tanto tempo gasto para nada, eu larguei aqueles jornais terrivelmente rabiscados, e me joguei no sofá. Minha mãe parecia satisfeita, aparentemente, gostou do fato de não ter nenhum emprego.
Eu realmente não sei como ela conseguiu nos sustentar por tanto tempo.
Já que depois que meu pai morreu, há uns seis anos, ela teve que nos sustentar. Mesmo que tenha rodado em vários empregos por culpa de certas loucuras incompreensíveis. Ela já chegou a explodir uma cozinha de lanchonete quando tentou cozinhar por lá.
Nem queiram saber o resto.
E então, nesse atual momento, estamos – definitivamente – ferradas. Sem emprego, com dívidas, e todo o resto sem meios de pagamento. Não tínhamos nada, e não adianta minha mãe insistir, eu não vou entrar no ramo de prostituição.
Então olhei por toda a nossa sala tomando nota de que ela era até bonitinha e espaçosa. Também passei meus olhos pela escada que levava para o segundo andar com uns cinco quartos – meu pai era meio rico, então, não pensem que isso tudo conseguimos ganhando na loteria, ou na mesma proporção de realidade, minha mãe trabalhando duro – até que espaçosos. A cozinha era média, mas com uma mesa para uns oito lugares – eu nunca descobri o porquê de tantos lugares, já que, mesmo quando meu pai era vivo só havia três pessoas nessa casa -, e ainda tínhamos um quintal agradável.
E depois dessa minha observação toda, uma idéia bem divertida passou pela minha cabeça.
Ok, divertida não é uma boa palavra para definição. É uma idéia do tipo 'nossa-última-saída', já que minha mãe realmente não quer continuar procurando trabalho.
"Renée-"
"Mãe. Eu já te disse para não me chamar pelo meu nome!" Ela me interrompeu de novo.
"Mãe..." Consertei revirando meus olhos. Qual era a santa importância daquilo? "Eu acabei de ter uma idéia." E completei, vendo-a me encarando naturalmente, enquanto se sentava com o pote de sorvete sabor flocos indo todo para dentro daquele corpinho de vinte anos que ela tinha.
Uma das coisas que eu tenho que descobrir o segredo, porque, COMO ELA CONSEGUE?
"E então?" Ela perguntou enquanto ao redor da boca ela ficava completamente suja.
Minha mãe parecia uma criança de cinco anos.
"Porque não montamos uma pensão?" Perguntei animada, já imaginando os pensionistas e tudo mais. Eu não me importava de cuidar deles, mesmo que, seria difícil cuidar deles, fazer meus shows, e ir para a escola.
Eu me virava.
Ela me encarou meio em branco - com aquela cara que a gente morre de vontade de dar um tapão na testa pra ver se a pessoa acorda – e depois piscou pausadamente.
"Você.é.brilhante!" Ela disse se animando mais a cada palavra. Seria caro manter nos primeiros meses, mas eu tenho certeza que se fizermos as contas, conseguiremos algum lucro disso tudo.
Bem, mãos à obra!
-
Edward's POV.
Irina parecia animada com a idéia de nos mandar embora de Wildwood, e Carlisle parecia estar se contagiando com aquele ânimo todo. Eu a compreendia perfeitamente. Casar-se com um solteirão que nem Carlisle, e de pacote conseguir dois filhos e um adotado, parecia se resultar em ficar com o homem e a mansão e mandar as crianças pastarem na maior cidade longínqua.
Era completamente compreensível que ela queria se livrar das 'crianças', e eu estava pouco me fodendo para o que eles fariam conosco.
Alice e Emmett pareciam animados com a idéia de saírem dessa cidade horrível e irem morar longe do pai e da madrasta. Eu também os compreendo, já que, não era fácil morar na mesma casa que Irina e ainda por cima, em Wildwood (com a beleza de cinco mil habitantes, aproximadamente).
Aparentemente, eu tenho muito senso de compreensão.
Mas não participo de nenhuma dessas emoções.
O mundo poderia estar acabando que eu não me importaria.
"Mas não podemos dar muita liberdade, meu bem..." Ouvíamos Irina persuadir Carlisle. Estávamos todos sentados naquela maravilhosa sala de estar, totalmente decorada por ela. Alice ainda ficava magoada com a facilidade que Carlisle tinha de ser manipulado e de não se preocupar com os filhos, mas Emmett chegara à conclusão que deveria agir que nem eu, e simplesmente fingir que aquela mulher era uma sapa ambulante sem moral alguma para ser levada em consideração. "Três apartamentos ficariam com um preço muito elevado."
Gastar. Imagino que era a única palavra do vocabulário daquela mulher.
Oh, não, me enganei. 'Dinheiro' também fazia parte do dicionário dela.
E nenhuma dessas duas poderia ser direcionadas aos filhos e ao adotado. Não. É claro que a única com direito a acabar com o dinheiro dele era ela. Ela era a salvação, o amor da vida dele, a esposa dedicada que só queria sua felicidade.
Seria somente eu, ou mais alguém consegue perceber a ironia nesses fatos?
Não existe esse papel de 'esposa dedicada'. Não no mundo de hoje. Não existe 'mãe dedicada', não existe nada em conjunto com 'dedicada'. Atualmente, só existe interesse e malícia nas pessoas. Ambição, deslealdade, infidelidade, todas essas porcarias que eu poderia dizer que teriam como sinônimo... Irina.
"Então o que você acha que devemos fazer?" Carlisle perguntou, enquanto sentia a mão delicada dela acariciando sua bochecha.
Oh meu deus, eu simplesmente tenho que vomitar.
"Coloca-los em uma república? Pensão? Um local em que fiquem todos juntos e não paguem o valor que pagaríamos com três apartamentos?" Ela disse satisfeita. Aparentemente, ela estava conseguindo levar o assunto no caminho 'certo'.
Estou cagando e andando para o que ela planeja.
"Uma pensão seria uma ótima idéia." Carlisle concordou sorrindo.
E pelo olhar de Alice e Emmett, eles pareciam gostar da idéia.
Imagino que não pelo fato da pensão em si. Mas sim, pelo fato de saírem de perto desse local nojento e asqueroso, que muito antigamente eles já chamaram de 'lar doce lar'. Até para mim, que toda essa porcaria de assunto era desnecessária, pareceu uma ótima idéia.
E agora, era achar uma pensão em Nova York. Quero até ver o tamanho da vontade de Irina de ser ver livre de nós três.
-
Esme's POV.
Seria muito difícil para eu deixar meus filhos irem embora. Mas, eu sempre soube que um dia teria que ficar sozinha e deixa-los viverem suas vidas sem minha ajuda.
E mesmo eu repetindo isso para mim mesma, isso parece não surtir nenhum efeito nesse meu cérebro de mãe-coruja. Eu tenho tanto medo por eles, sozinhos, em Nova York!
Rosalie e Jasper eram ótimos filhos, e eu sei que eles não terão problemas. Confiar neles, eu confio. Só não confio nas outras pessoas.
Me senti muito paranóica nesse momento.
"Mãe, supere." Rosalie disse divertida. E Jasper riu da minha expressão. "Bem, agora que decidimos que vamos para Nova York, temos que arranjar um local para ficar." Ela continuou, e meu coração até doeu de pensar nos dois sem mim naquela cidade enorme.
"Eu acho que, tinha que ser uma pensão. Ficaria mais barato do que comprarmos um apartamento." Jasper se pronunciou, sempre tão preocupado com nossa situação financeira.
Eu sei, eu sei. Eu sou uma mãe super-bajuladora, mas, o que eu posso fazer se eles são filhos tão fofinhos?
"Ok, ok. Eu tenho que me conformar e ajudar vocês." Eu disse vencida. Por mais que eu soubesse totalmente que não teria outro jeito, mesmo se eu não me conformasse. "Vamos procurar uma pensão para vocês ficarem."
Só espero que eles não passem por muitas confusões longe de mim.
Aham, só espera mesmo né tia Esme? SHAUSHUAHUSAHUS
Bem, acho que perceberam que Carlisle não está com a Esme, que Edward é um completo cético, e que Renée e Bella juntas dão muitas pérolas. Todos tem seus motivos para serem quem são, e estarem separados e talz. E eu só vou continuar se alguém ler neh '-'
Então, pessoinhas, eu devo continuar?
