Capítulo I

Draco trabalhava no Ministério da Magia há mais de três anos. Surpreendeu a todos quando apareceu no curso de Aurores, logo depois da derrota de Voldemort. Para muitos aquilo significou covardia, mas para ele significava a realização de um sonho, que agora poderia ser realizado com a morte de seu pai.

Depois de formado, logo arranjou emprego no Departamento dos Aurores, e isso não foi graças ao seu sobrenome, mas pelas suas ótimas notas durante o curso. Estava feliz com aquele cargo, finalmente ia começar a fazer algo que era lícito e que ele gostava.

Mas toda sua alegria foi embora quando a viu.

Nunca a notou. Em Hogwarts era uma menininha boba e cheia de sardas nojentas que sempre andava beijando os pés de Potter. Agora ela tinha se tornado uma mulher linda, ainda cheia de sardas, mas agora esse detalhe parecia ser um toque a mais em sua beleza.

Pensou que aquela história de dizer desta água não beberei fosse mentira. Arrependia-se por todos os insultos que proferiu contra ela, era um completo idiota. Agora, tinha que agüenta-la insultando-o, não respondia, simplesmente não podia porque estava perdidamente apaixonado por ela.

Chegou ao Ministério para mais um dia de trabalho. Um dia torturante, em que só podia ver Gina longe, sem poder toca-la ou simplesmente falar com ela.

Entrou no escritório e viu a garota sentada, olhando uns papéis.

"Bom Dia."- ele falou indiferente.

"O que há de bom nesse dia se tenho que ver a sua cara, Malfoy?"- ela disse irritada.

Ele nada respondeu, apenas sentou-se e começou a trabalhar.

Afundou no trabalho até ser "despertado" pelo barulho da porta se abrindo com força. Por ela passaram seis cabeças ruivas e Draco reconheceu como sendo os irmãos de Ginny.

"Ginevra Weasley, quem foi o infeliz que fez isso com você?"- dizia Ronald, nervoso.

"O quê, Rony? Enlouqueceu de vez?"

"Não se faça de santa, Ginevra. Nós sabemos muito bem que você está grávida."

Draco gelou. Quem teria sido o desgraçado?

Quis entrar na conversa, mas desistiu quando viu a cara dos ruivos.

"E como vocês sabem disso?"

"Mamãe nos contou."- disse Fred

"Mas não mude de assunto, Ginevra, fale logo quem foi e nós iremos acabar com esse desgraçado."- dizia Rony aos berros

Malfoy viu a garota empalidecer. Estava na cara que o safado ainda nem sabia que ela estava esperando um bebê. Quem sabe ele fosse até casado... Maldito...

E sem pensar muito bem nas palavras que começavam a sair da sua boca, ele falou:

"Eu. Eu sou o pai do filho dela."

Viu os rapazes olharem ele com fúria. Depois os seis Weasleys avançaram em Draco até o rapaz não ver mais nada. Apenas o escuro.

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Ginny acordou bem cedo naquela manhã. Antes de ir para o Ministério teria que passar no St.Mungus para ver o resultado dos seus exames. Sentia-se bem, mas de vez em quando, principalmente pela mãe, sentia enjôos, tomou várias poções e não vendo resultado, decidiu procurar um médico.

Pediu para a mãe acompanha-la, se fosse algo ruim queria o apoio dela. As duas chegaram ao Hospital, logo depois de Ginny colocar todo o seu café da manhã para fora. Entraram na sala do medi-bruxo, e o homem parecia muito feliz, como se tivesse ganho algum prêmio de loteria.

"Sente-se, Srta. Weasley, Sra. Weasley."

"Então, doutor, o que eu tenho é muito grave?"

"Grave? Acredito que não. Para muitos isso é uma benção."

"Como assim?"

"Ora, você, Srta. Weasley, está esperando um bebê."

Todo o sangue de seu corpo parou de correr quando ela ouviu aquela notícia.

Grávida? Como podia? Aquele exame estava errado.

"Como assim?"

"Ora, a senhorita está grávida. Depois de nove meses tudo isso vai passar. Quer dizer, depois de seis meses, a srta. está com três meses de gestação."

Merlim, como? Como poderia estar grávida?

Tudo bem, ela sabia o como, mas também sabia que tinha tomado providências para que aquilo não acontecesse.

Não queria nem pensar na cara de sua mãe e seus irmãos... eles nem mesmo sabiam que ela namorava.

E nem poderiam saber, já que seu "namorado" era um homem casado e respeitado em todo o mundo mágico.

Saiu do Hospital sem falar nada. Nem com o medi- bruxo e muito menos com a mãe. Estava com vergonha de tudo aquilo, como deixou isso acontecer?

Chegou no Ministério sem querer ver a cara de ninguém, muito menos a de Draco Malfoy, o ser mais detestável da face da Terra. Mas infelizmente, logo depois que chegou, viu o rapaz entrar e não pôde deixar de insulta-lo, assim como todos os dias.

Sabia que sua família reagiria da pior forma possível, mas não pensou que seria tão rápido. Viu os irmãos entrarem na sala e assim como o previsto, eles queriam saber quem era o pai da criança, mas não poderia dizer. O homem era casado e não ia prejudicar a vida dele, viveria sozinha, trabalharia e cuidaria da criança, sem a presença do pai, talvez dissesse que ele morrera antes dela nascer.

"Eu. Eu sou o pai do filho dela."- disse Draco

Como aquele demente tinha coragem de dizer isso?

Será que ele não conhecia o famoso Fogo Weasley?

Nem teve tempo de pensar em evitar a briga entre os irmãos e Malfoy, quando conseguiu se mexer já era tarde demais, Draco estava desmaiado no chão.

Viu os irmãos saírem prometendo que voltariam. Foi até o corpo de Draco e disse:

"Malfoy."- o chamou dando tapas no rosto pálido dele.

Nada.

"Malfoy!"- disse, um pouco mais alto, batendo nos braços dele.

Nada novamente.

"MALFOY!"- gritou sacudindo o corpo do rapaz.

Viu que ele abriu os olhos lentamente.

"Malfoy?"

"Ginny?"

"Sim, você pode se levantar?"

"Acho que sim."

Depois que ele se acomodou na cadeira, ela desferiu um tapa no rosto dele.

"Ai! Ficou louca, Weasley?"

"Eu que fiquei louca? Você diz aos meus irmãos que é o pai do meu filho e diz que eu estou louca?"

"Eu estava tentando te ajudar."

"Ajudar? Você piorou tudo. Além de grávida, meu filho agora é de um Malfoy. Teria coisa pior?"

"Claro que teria, ficar com má fama."

"E você não acha que isso já é coisa suficiente para eu ficar com a 'ficha' suja por aí?"

Viu o rapaz se levantar lentamente, pegar suas coisas e ir até a porta:

"Tudo bem, Weasley, se você acha assim, mas eu sou quis ajuda-la. Até mais."

E saiu sem mais nada dizer.

E Ginny nem sabia porque se sentia tão mal por te-lo machucado.

Nota da Autora: Mais uma fic, p/ enxer vcs...heuheueheehue Comentem, pleaseeee...

Beijocas

Manu Black :P