Banda: Dir en Grey
Pairings: DiexKaoru,
Classificação: Yaoi, Romance
E se fosse verdade... - prólogo
O jardim era lindo. Flores, das mais variadas adornavam o local, dando um ar quase mágico. O jovem estava sentado numa cadeira de plástico com os olhos fechados, como que numa meditação. O jaleco branco cobria sua roupa da cor cinza e seus cabelos roxos adornavam o rosto sereno. Aquele era seu refúgio secreto.
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- Hey, Kaoru!!
- Uhn...hai? – disse um sonolento jovem de vinte e cinco anos, abrindo os olhos e espreguiçando-se.
- Você dormiu sentado. – disse Toshiya, um jovem de cabelos azulados e curtos, rindo baixo – Vem, o Dr. Yoshiki está te procurando.
Assim que ouviu o nome do seu mentor sendo pronunciado, Kaoru levantou-se rapidamente e arrumou o jaleco, meio amassado, seguindo para fora do refeitório. Ele já estava no hospital há mais de 25 horas, e o sono estava quase derrubando-o. Quase. Ele não podia desistir enquanto não fosse efetivado.
Aquele dia, como todos os outros nos últimos meses, passaram num borrão. Pacientes, cirurgias, atendimento do pronto-socorro, tomar café para se manter acordado, mais pacientes, uma velhinha simpática querendo casar com ele, um jantar rápido, mais café, e logo as sete horas da noite se aproximavam. Kaoru andava apressado para a sala de raios-x quando seu celular tocou.
- Moshi moshi?
- Já saiu do hospital? Você prometeu que viria!
O jovem médico franziu o cenho diante do tom da sua irmã.
- Hikame, eu disse que iria, não disse? Chego aí por volta das sete.
- Já são sete Niikura Kaoru.
- Ta...sete e meia. Está bom assim?
- Acho muito bom! Você tem que conhecer o encontro que eu arranjei pra você!
O jovem sorriu de leve. Sua irmã, uma das poucas que sabiam sobre sua preferência, vivia querendo arranjar-lhe um namorado.
- Ele já está aí?
- Ainda não...mas virá.
- Niikura Hikame, você não me arranjou um encontro as cegas novamente não é?
- Não se preocupe, ele é amigo de um amigo meu.
- E provavelmente é velho, gordo e careca! – rebateu torcendo o nariz.
- Venha e descubra por si mesmo. – ela fez uma pausa, gritando com suas duas filhas – Eu estou presa no inferno. Prometa que não vai se atrasar.
- Prometo, agora eu preciso ir. – e sem esperar por resposta, desligou o celular, vendo que Sakurai Atsushi, o diretor geral do hospital, se encontrava na mesa de recepção esperando por ele e pelo outro estagiário.
Kaoru soube naquele exato momento que aquela era a sua hora. Receberia a notícia mais triste ou mais feliz da sua vida. Ele se aproximou do diretor, acenando e logo viu a pasta que ele carregava. Assim que o outro estagiário, de nome Mako, se aproximou, Atsushi se pronunciou.
- Há quantas horas está aqui Mako?
- Treze horas.
- Uhn. – ponderou o homem de cabelos negros – E você Niikura?
- Um pouco mais que isso. – disse o jovem de cabelos roxos, franzindo o cenho.
- Mako, cuide da operação da sala 7.
- Entendido.
Assim que o outro se afastou, Atsushi virou-se para o outro, sorrindo.
- E quanto a você...parabéns, nós vamos efetiva-lo.
Kaoru não conseguiu conter o sorriso que adornou seu rosto diante da notícia e simplesmente sussurrou.
- Sério mesmo?
- Sério. – Atsushi dispensou-o com a mão – Vá para a casa e tire esse dia de folga.
- Mas...
- Você está há mais de vinte e seis horas aqui. Vá descansar, isso é uma ordem.
- Como você...
- Uma coisa que você tem que entender é que eu sei tudo que acontece no meu hospital. – disse o moreno sorrindo largamente – Agora anda, vá embora.
Não esperando nem mais um segundo, ele se curvou em agradecimento e foi caminhando pelo corredor até o vestiário. Chegando lá, retirou sua roupa de trabalho, colocou um traje mais arrumado, calça social preta, camisa roxa escura, e saiu, indo para o estacionamento. No meio do trajeto para a casa da irmã uma chuva torrencial começou a cair. O jovem de cabelos roxos suspirou, mas nem aquele tempo lhe tiraria o bom humor. Ele aumentou o volume do rádio, que tocava sua música preferida e voltou seu olhar para frente.
Uma luz branca, do farol do caminhão, cegou-lhe os olhos, e essa foi a última coisa que Niikura Kaoru viu.
Continua...
