Pra você, minha nova amiga (por que já te considero assim), que adora a época dos Marotos, que escreve como ninguém as histórias mais emocionantes e que não posso deixar de ler...
Pra você, que sabe equilibrar humor com amor e emoção.
Pra você, Souhait. Especialmente.
E vocês, leitores, espero que gostem... Escrever esta fic vai me dar trabalho (ah, se vai!)
E me desculpem pelos eventuais erros de português... Eu sou uruguaia!
CINDERELA
– Droga, Sirius!
James nunca entendeu como seu amigo conseguia entrar no quarto das garotas com tanta facilidade, e agora não acreditou que ele conseguira pegar alguma coisa dali, daquele lugar proibido para todo ser masculino. Sirius mostrou-lhe o livro que tinha pegado, de capa azul céu com desenhos de flores, com o título gravado na cor prateada: "Clássicos infantis". Sorria ele, claro, orgulhoso da sua habilidade especial: se infiltrar no campo inimigo. Sirius sempre conseguia tudo o que queria, principalmente se o assunto se tratava de garotas.
– Viu só? Diz que sou um gênio, diz – sorriu Sirius.
– Não fica se gabando, viu?
James segurou o livro. Não pesava muito, mas era cheio de desenhos em preto e branco e com uma escrita de letra grande. Trouxa, pensou logo James, percebendo que aquilo não tinha nada a ver com os contos de Beedle, o Bardo que ele ouvira quando criança. Lily anda lia isso com quinze anos? Pareceu-lhe bobo, mas gostou do jeito meigo com que ela o conservara: algumas páginas estavam coladas com fita adesiva e a maioria dos desenhos estavam pintados à mão por alguém que não podia ter mais de cinco anos. Imaginou uma menina de cabelos ruivos brincando com giz de cera e com o livro nas mãos.
E pensou no pateta que estava se transformando por ter sempre Lily Evans na sua cabeça.
– Oh, não! – exclamou Sirius olhando por cima do ombro de James, com uma expressão brincalhona. – Vou indo... Já! – E, rindo, correu em direção à porta de saída da Sala Comunal da Grifinória. Cinco segundos depois, James se encontrava frente a frente com Matilde, a loira que tanto infernizava a vida do seu melhor amigo.
– Cadê aquele canalha do Black? – berrou ela colocando as mãos na cintura e inclinando-se ameaçadoramente, encarando o garoto. James deu-lhe um sorriso torto que faria suspirar a qualquer garota, exceto ela e Lily.
– Desde quando você o chama de Black? O que foi que Sirius fez agora? –perguntou ele sem deixar de rir, escondendo a mão que segurava o livro na suas costas.
– Ouvi a voz dele agorinha, e ele esteve no meu quarto faz um minuto.
– Que legal! Fizeram o quê no quarto?
– Cadê ele?
– Não o vi – disse então James com a maior convicção.
– Ótimo, então avisa ele que tô procurando-o.
– O.k., mamãe – caçoou ele, sem parar de rir.
Matilde empinou o nariz e saiu da Sala Comunal caminhando como se pisasse sob o tapete vermelho. James esperou ela ir embora para correr até o sofá perto da lareira e pular por cima dele para se sentar ao lado de Remus, que nem sequer levantou os olhos do livro que lia para murmurar:
– Isso não está certo.
– O quê? Livrar Almofadinhas da maluca essa?
– Não, roubar isso da Evans.
James então olhou a capa do livro na sua mão. "Propriedade de Lily Evans", rezava no extremo inferior direito da capa, com letra visível e impecável. Acabara realmente de roubar alguma coisa de alguém... E esse alguém era a garota que gostava. Ótimo. Quando ela descobrisse, nunca mais falaria com ele (não que falassem muito, mas as obrigações como monitora obrigavam-na a ralhar constantemente com ele e Sirius).
– Não fui eu, o Sirius...
Remus apenas levantou os olhos do livro, com uma expressão séria.
– Quem mandou o Sirius ver alguma coisa da Lily pra você devolver?
– A idéia não foi minha – defendeu-se James em seguida, pegando um pomo dourado do bolso e pegando-a várias vezes no ar, sendo aplaudido por Peter Pettigrew, que estava sentado no tapete frente à lareira.
Dois minutos mais de exibição e guardou o pomo. Voltou então a olhar o livro na outra mão, pensando que Lily era o suficientemente cautelosa com suas coisas como para deixar cair o que seja no chão por descuido. Quê idéia mais clichê! Pensou, sentindo-se um bobo por cair na conversa sobre conquista barata do Sirius. Agora o que ia fazer com o livro de contos trouxas? Abriu a terceira página só por curiosidade e leu: "Cinderela".
– Ela já foi? – A voz de Sirius surgiu entre a cabeça de Remus e James e, exatamente como fizera seu amigo, pulou por cima do sofá, passou entre eles e aterrissou no tapete ao lado de Peter.
– Já – murmurou Remus voltando a ler, lançando um rápido olhar para o lado que ninguém percebeu. Observara alguém chegar.
– Ufa!
Fez-se um silencio interrompido só pela conversa dos outros alunos que estavam na sala. James pensava no que tinha feito e começou a sentir a consciência pesada. Nada do que fizera (ou melhor, aceitara fazer) era certo e, a pesar que ele fosse o número um em quebrar regras, não era o tipo de pessoa que era especificamente má. Fechou o livro com um baque e estendeu-lhe ao seu amigo sentado na sua frente. Sirius arregalou os olhos e Remus deixou de ler para observar o moreno ao seu lado.
– Devolve – falou James.
– Por quê?
– Não é certo. Posso chegar na Lily sem mentir.
Sirius deu os ombros.
– Se você diz...
Então o garoto Black se pôs de pé e foi até a escada que conduzia ao dormitório das meninas. Passaram-se uns poucos segundos, no qual Remus estivera contando até dezesseis sem motivo, sem tirar os olhos do livro que deixara de ler. De repente ouviu-se gritos e barulhos de coisas batendo no chão e nas paredes. Remus sacudiu a cabeça com desaprovação, sorrindo sem vontade. Peter levou as mão à cara, temendo o pior e James franziu a testa, sem entender.
– Seu desgraçado, volta aqui! – Um sapato voou pela escada por onde Sirius voltava com a cabeça inclinada para evitar o impacto. – Tarado, eu sabia que você ia voltar! - Um voluminoso e ondulado cabelo loiro surgiu no alto da escada perseguindo o garoto: Matilde. Ela segurava ameaçadoramente uma sandália de salto tipo agulha, furiosa. – Vem cá que mato você! – Sirius fez uma incrível pirueta para evitar o salto fino que furava o ar na sua direção. James riu alto, enfurecendo a garota ainda mais. – Cala essa boca, Potter! – ameaçou-o ela com o punho em alto, os olhos queimando de fúria. – Você tem culpa nisso!
– Eeeeeu?
– Você!
Com agilidade, Matilde segurou Sirius pela gola da camisa e puxou-o com força para si, ficando cara a cara com o garoto.
– Nunca-mais-tente-me-espiar-nua! – grunhiu a garota enfatizando cada palavra com uma forte sacudida. Seus amigos nunca entenderam por que ele se deixava bater pelas garotas, principalmente por Matilde; tal vez fosse mais uma de suas táticas de conquista. – E você, Potter! – gritou então, largando Sirius para um lado e caminhando até o garoto com passos firmes.
– O quê fiz agora? – perguntou James fingindo surpresa. – Não tenho culpa que Sirius goste de te admirar!
– Potter, Matilde! O quê está acontecendo aqui?
Lily Evans surgiu pelo buraco do retrato com as mãos na cintura e um olhar crítico, olhando o quarteto fantástico que sempre arrumava confusão e obrigavam-na brigar constantemente com eles. Principalmente com os alvos da Matilde nesse momento.
– Evans! – sorriu James, a mão indo automaticamente desarrumar o cabelo.
– Por que em toda confusão estão metidos vocês dois? – A pergunta era retórica, mas mesmo assim Sirius respondeu:
– O que é da vida sem um pouco de divertimento?
– Matilde, conta – pediu Lily, ignorando Sirius e virando-se para olhar sua amiga.
– Aquele... Pervertido –apontou Sirius com o indicador, que acabava de se levantar do chão –, foi até o nosso quarto e abriu as cortinas exatamente no momento em que eusinha trocava de roupa.
James riu. Remus deixou o livro e suspirou, e Peter roia as unhas, nervoso. Mas Sirius, enchendo o peito para parecer maior, caminhou até Matilde e segurou-a pelo braço, sorrindo tanto que pareceu que suas bochechas iam quebrar. Ela reclamou e puxou o braço, mas não conseguiu se soltar.
– Sirius, larga ela! – exigiu Lily, indo até ele.
– Eu resolvo isso, não se preocupa não. Vem, meu amor, vamos conversar.
– Não me chama assim, você não... – A voz da loira foi se perdendo pelo buraco do retrato. James se aproximou lentamente à ruiva, sorrindo. Ela o olhou furiosa, sem tirar as mãos da cintura.
– Não fala nada, Potter. Ainda não esqueci o que você fez com Snape.
E subiu até seu dormitório deixando James perplexo.
- J - L -
E a festa de fim de aulas chegara. Isso era novidade em Hogwarts e em Hogsmeade, já que As Três Vassouras e Zonko's - Logros e Brincadeiras, em conjunto com o colégio, organizaram a Festa à Fantasia do final do ano letivo no Salão Principal. Dumbledore havia anunciado pouco antes dos exames dos N.O.M.s e todos estavam ansiosos pela chegada da data. E agora faltava só algumas horas.
Matilde insistira que Lily fora, quase implorara, e estava contente por ter conseguido. A final de contas, era o fim de outro ano e o começo das férias, e isso ia descontrair a ruiva da decepção com Snape. Ela tinha sofrido muito com o que ele dissera, e tinha sido rude com ele quando Severo tentara pedir perdão. Não estava sendo fácil. E Matilde não entendia.
– Ele é sonserino – tinha-lhe dito ela à Lily, quando ela desabou a chorar no quarto logo de brigar com ele na frente do retrato.
– E daí? Ele era meu melhor amigo.
– Ele quer ser um Comensal da Morte – retorquiu-lhe Matilde. – E te chamou de... Você sabe o quê!
– Esquece. Vou esquecer também – decidira então Lily, sem poder conter o buraco que começara a se formar em seu peito pela perda de seu melhor amigo. Ela não queria que fosse assim, mas não podia continuar com isso. E a festa realmente a distrairia de Severo, James e Sirius, os três garotos que infernizavam sua vida.
Escolhera ir vestida de fada. Esse fora um dos seus sonhos de criança, lendo as histórias do livro que sua avó lhe tinha dado de presente aos seus seis anos, quando começara a ler. Sempre sonhara em ser princesa para ser acordada pelo beijo do príncipe encantado, ou resgatada do alto de uma torre da bruxa má. Era infantil, mas adorava lembrar-se disso, quando brincava com sua irmã Tunny, imaginando que moravam em um castelo no alto da colina, rodeadas por coelhos e milhares de borboletas de múltiplas cores.
Agora ela morava em um castelo, mas não como princesa, e sim como aluna de bruxaria. Pena que Tunny não podia estar ali.
– Nooooossa, Lily! Essa é mesmo você?
A ruiva sorriu sem jeito. Matilde estava vestida de vampira sedutora, com um vestido curto e preto, com um grande decote. Também tinha colocado luvas pretas que iam até seus cotovelos e botas longas e de salto agulha. Lily não entendia como ela gostava tanto andar encima de uma coisa tão... Instável. Pensou se era permitido se vestir assim em Hogwarts, nem que seja para uma festa. Matilde sorriu quando Lily levantou as sobrancelhas ao vê-la.
– Prontinha? Espero que leve sua varinha de condão para satisfazer meus três desejos – riu a loira, pegando sua amiga pelo braço e conduzindo-a até o Salão Principal.
- J - L -
Sirius voltou a esticar o pescoço em direção às portas do Salão Principal, onde os alunos já estavam indo embora. James não sabia o que ele estava esperando, mas tinha certeza de que tinha a ver com uma garota. E não duvidava que fosse Matilde. Desde o dia em que Sirius tinha resolvido o problema com ela a sós, pareceu que entre eles tinha-se aberto uma trégua. Não se falavam, sem se olhavam. Ignoravam-se. Mas falavam a escondidas, isso sim. James os tinha visto uma vez, e se calaram quando o viram aproximar-se a eles, tomando cada um seu rumo como se nada estivesse acontecendo.
– Cara, você vai ficar com torcicolo se continuar assim! – riu James. Sirius sorriu com ar sinistro, fiel ao seu disfarce de vampiro, com capa e tudo. Seus cabelos pretos caindo sobre os olhos.
– Soube que Lily vai vir também.
– Por que não me avisou? – exclamou o moreno, ladeando a cartola preta na sua cabeça e um sorriso de lábios pretos apareceu em seu rosto pintado de branco, com uma lágrima obscura sobre sua bochecha esquerda. Estava vestido de mímico-mágico, com traje a rigor e luvas brancas, a varinha aparecendo no bolso do paletó. Não levava os óculos, o que lhe permitia uma visão reduzida a alguns metros.
Agora eram dois que estiravam o pescoço para as portas abertas. Remus sacudiu a cabeça, ele vestido de Lorde inglês do século XVII ou XVIII, com um óculo redondo em seu olho direito, relógio de ouro (imitação, é claro), sapatos prateados e peruca branca de cachos. Peter os seguia, vestido de palhaço.
– Tô vendo alucinações ou aquela gata é a Matilde? – A boca de Sirius escancarou.
– E... Aquela é a Lily? – A de James também escancarou.
– Nooossaaaa! – concluíram os dois ao mesmo tempo.
James observou a garota que estava esperando: um vestido branco e azul claro, que chegava até os joelhos em pontas, sem mangas e um decote em forma de U, sem ser muito grande, e sim, elegante. Dois pares de asas se abriam nas suas costas, quase transparentes em um tom lilás. Uma coroa de flores posava sob seus cabelos ruivos e sorria, o rosto com uma maquiagem leve e bonita. Simples, concluiu James, fascinado, e muito, mas muito bonito.
Agora entendia por que adorava tanto aquela garota.
Sirius já corria em direção da loira vampira. Casal perfeito. Os dois sanguessugas. Foi pura coincidência ou algo combinado? James sorriu e viu seu amigo fazendo sinais para ele, apontando discretamente pelas costas de Matilde a Lily. Voltou a ajustar a cartola e caminhou até a fada.
– Me concede a honra de esta dança? – disse James, inclinando-se levemente para frente e estendendo a mão direita. Ela deu-lhe um sorriso tímido e segurou sua mão. Começaram a dançar e James percebeu que Lily o olhava com atenção, com o cenho levemente franzido.
– Que foi?
– Não tô conseguindo descobrir quem você é... – confessou ela com um sorriso, como se desculpando. – Seus olhos e sua voz me são familiares, mas não me dou conta... Não é da Sonserina, não?
James riu sem saber se ficava contente o não. Pareceu que se contava a verdade, o que ia receber era uma bofetada.
– Não, não sou.
– Mas não é da Grifinória, senão eu lembraria.
– Hum...
A mão de James suava debaixo da luva, segurando a de Lily. Estou tão diferente assim? Perguntou-se tentando fixar bem o olhar nela e não perder nenhum detalhe do seu rosto. Deveria ter trazido os óculos. Olhou o relógio de pulso e mal via as agulhas. Tinha combinado com Sirius deixar uma última lembrança ao colégio antes das férias à meia noite. Faltava dez minutos.
– Você é a Evans do quinto ano – disse ele se fazendo de bobo.
– E você é...
– Um bom mágico nunca revela seu nome – falou ele, dando-lhe um sorriso de lábios pretos.
– Pensei que não revelassem seus truques.
– Isso também.
Ela riu.
– Quer beber alguma coisa? Tem uma fonte de cerveja amanteigada ali – propôs James e Lily assentiu. O garoto não soube se segurava sua mão ou a pegava pela cintura, mas não fez nenhuma das suas coisas.
Lily acompanhou-o até a mesa de petiscos e bebidas sem deixar de fitá-lo. Olhos castanhos como café puro. Quem tinha olhos assim? Olhos cheios de alegria. Ele estendeu um copo de cerveja amanteigada enquanto bebia de outro. Lily sorriu e agradeceu, tomando um gole sem tirar os olhos dele.
– A final de contas, você não me disse quem é.
James percebeu que ela queria uma resposta e sorriu torto desejando que ela não o reconhecesse por isso. Para distraí-la, tirou a cartola da cabeça (Cabelo preto, preto carvão, observou Lily) e pegou a varinha do bolso do paletó, batendo com ela dois vezes no buraco do chapéu virado. Logo meteu a mão e tirou um coelho branco pelas orelhas. Lily riu e aplaudiu. James se derreteu com seu sorriso.
– Como fez isso? – voltou a rir ela, fingindo surpresa.
– É magia, minha fada – falou ele em tom teatral, deixando o coelho na cartola e voltando a colocá-lo na cabeça, mas no momento em que tocou seus cabelos, começou a pular e caiu no chão. O coelho fugiu e James foi atrás dele, rindo e ouvindo a risada gostosa de Lily. A ruiva se inclinou e pegou a cartola do mágico.
– Esqueceu isso!
– É, já volto! – gritou-lhe ele misturando-se na multidão e percebendo que já era hora de ir para trás do palco do grupo que estava tocando nesse momento: Os Esqueletistas. Arrependeu-se de ter combinado isso com Sirius porque, se tivesse ao menos um pouco mais de tempo com Lily, tal vez ela mudasse de opinião sobre ele... Quando dissesse seu nome...
Sirius já estava lá, escondido entre duas colunas, e quando viu seu amigo sorriu e mostrou o polegar com aprovação.
– É, se deu bem! Foi melhor do que planejei – exclamou quando James estava perto como para poder ouvi-lo.
– Planejei? – repetiu o mágico como pedindo uma explicação.
– Esquece. Vamos começar a festa! – Sirius agitou a varinha e tocou com a ponta uma caixa azul que estava debaixo do palco.
Uma luz azul iluminou todo o salão. Faíscas de todas as cores correram o céu estrelado sob o teto até apagarem e deixar tudo na escuridão. Algumas pessoas cochichavam, outras gritavam e a maioria reclamava até que uma estrela cadente riscou o céu e caiu sob a cabeça de Albus Dumbledore, que estava sentado em uma mesa com os demais professores. O ancião riu e pegou o chapéu brilhante que caíra sobre ele.
– Tenho um leve palpite dos causantes disso – sorriu e o chapéu explodiu na sua mão com um leve "ploc" e mais faíscas pularam para o teto estrelado: "FELIZ FINAL DE AULAS!"
As luzes se acenderam e tudo voltou o normal. Remus tapou a cara com uma mão enquanto Sirius corria até ele e Peter ainda batia palmas dizendo: "vocês são demais!". Mas James não vinha atrás de Sirius. A festa estava acabando e os alunos que tinham ficado estavam começando a ir embora. Matilde estava passando pelas portas do Salão Principal, segurando o braço de Lily, quando James a viu de longe.
– Hey, Evans! EVANS!
A garota virou a cabeça, sem poder deixar de caminhar pela multidão que a empurrava para fora. James pulou para cima do palco para poder vê-la melhor e levantou a mão direita, segurando o coelho branco pelas orelhas e agitando-o, sorrindo. Ela, em resposta, balançou a cartola no alto e no momento seguinte o perdeu de vista. Voltou para seu dormitório no Salão Comunal acompanhada por Matilde e colocou o pijama.
– Quem era aquele garoto com você? – perguntou a loira com um sorriso.
– Ainda não sei – respondeu Lily, deitando na sua cama, fechando as cortinas e pegando a cartola. A analisou, procurando alguma pista que pudesse identificar o garoto, mas não havia nada. Pena que já logo de manhã partiria para casa, senão colocaria um anuncio no quadro de avisos da Grifinória, e pediria a alguém que colocasse também no da Corvinal e da Lufa-Lufa.
Teria que esperar até o próximo ano letivo. Não iria esquecer. Dormiu com a cartola na almofada, sorrindo.
- J - L -
Reviews? Seria ótimo. Correção ortográfica? Pode ser. Críticas? Caem bem para melhorar. Cartas bomba? Endereço errado!
