Título: A Ilha de Quetzal

Autora: Ptyx

Casal: Snape/Harry

Gênero: Romance

Resumo: Harry e Snape em uma ilha tropical. Continuação de "Só em Sonhos". Slash.

Nota: Citações adaptadas do "Kama Sutra".

Disclaimer: Os direitos pertencem a J. K. Rowling, Bloomsbury, Scholastic, Warner Brothers, etc. Eu não ganho um centavo - só me divirto com eles.

Sonífera ilha...

Pessoal, vocês viram que este prezado arquivo anda destruindo a formatação das histórias, não? Se vocês acharem um ponto de interrogação no lugar de um a com acento, não é culpa minha. Se a formatação estiver muito horrível, não se desesperem. Quando terminar, vou postar a história no meu site também. Aliás, "Só em Sonhos" já está lá.

A Ilha de Quetzal

Harry olhou fixo para Severus.

— Eu não vou para Grimmauld Place.

— Claro que você vai.

— Não. Vou ficar com você.

— Você está louco. Assim que Dumbledore descobrir o que está acontecendo, serei demitido.

Mas Harry vira uma chama brotar no fundo dos olhos de Severus, e sentiu que poderia sair vitorioso. Se insistisse. Com Severus, era sempre uma batalha de vontades. E Harry tinha boas chances de sair vitorioso porque sabia, que, no fundo, Severus queria o mesmo que ele.

— Tem de ter um jeito.

.s.s.s.s.s.s.s.

E houve um jeito. Duas horas mais tarde, Harry foi chamado ao escritório de Dumbledore, onde o Diretor lhe disse que o professor Snape considerava importante que Harry passasse o Natal praticando Comunimência sob sua orientação. Como Dumbledore achava que Hogwarts não seria um lugar seguro, já que outros alunos iriam permanecer lá e poderiam suspeitar de alguma coisa, encontrara uma solução melhor: enviar Harry e Severus à sua casa de veraneio na Ilha de Quetzal. O Diretor seria o seu fiel do segredo.

.s.s.s.s.s.s.s.

Enquanto todos os alunos que iam para suas casas se dirigiam às carruagens, Harry e Severus, no escritório do Diretor, preparavam-se para seguravar uma pena de quetzal, a chave de portal para a casa de veraneio de Dumbledore.

Severus levava consigo um bilhete de Dumbledore com a localização da casa, para o caso de ser necessário revelar o segredo a alguém, e uma chave de portal para Hogwarts para quando Voldemort o chamasse. Severus havia contado a Harry que sabia que seria chamado no dia 31: os Comensais da Morte tinham grandes planos para a virada do ano — planos esses que Harry não conseguira arrancar de Severus, de jeito nenhum. Portanto, Severus e Harry deveriam retornar a Hogwarts no dia 31, assim que Voldemort chamasse Severus. Caso Severus fosse chamado antes, Dumbledore lhe forneceria outra chave de portal para retornar à Ilha de Quetzal, e ainda outra para que Harry e Severus retornassem a Hogwarts.

Antes de saírem, Severus passou um saquinho de moedas a Dumbledore e este as transfigurou em cocoahs, a moeda da Ilha. Severus olhou com curiosidade para a moeda, que estampava a cabeça de uma cobra. Dumbledore explicou-lhes que a Ilha de Quetzal ficava na América Central, tinha sistema político e monetário próprios, era desconhecida pelos Muggles e ignorada pelo Mundo Mágico, e era governada por sacerdotes guardiães do templo de Quetzalcoatl, o deus-pássaro-serpente. Havia menos de mil habitantes na ilha.

Os dois seguraram a pena; Harry sentiu o corpo ser projetado para a frente em alta velocidade até aterrizar, cambaleando, na sala de uma cabana de madeira. Rapidamente, eles exploraram o ambiente: uma sala, uma biblioteca-escritório, uma cozinha, um banheiro, um quarto. Todos os móveis eram rústicos, em madeira leve e com estofados de palha.

— Só um quarto. Creio que Dumbledore esperava que eu dormisse na sala — comentou Severus.

— Mas a cama é grande o bastante para dois.

Harry abriu uma janela e deu com o mar azul, imenso, à sua frente. As areias da praia eram branquinhas, e a praia estava vazia. Havia outras cabanas, mas a mais próxima ficava a cerca de cem metros de distância.

— Severus, isso é muito lindo! Você não está morrendo de calor? Vamos tirar essas vestes e vestir algo mais fresco. Dumbledore disse que encontraríamos tudo o que precisássemos na cabana.

Abriram o guarda-roupas. Severus gemeu.

— Eu devia saber. O gosto para cores de Dumbledore é uma desgraça.

— Ora, são cores tropicais! Aposto que todo mundo por aqui se veste assim.

— Eu não vou sair por aí usando... — Severus retirou uma sunga sumaríssima de uma gaveta — isso. — Fixou um olhar penetrante em Harry. — Nem você, aliás.

— Como assim?

— Ainda sou seu professor, e tenho autoridade sobre você.

— Você está brincando, não está?

— De jeito nenhum.

Harry suspirou em alto e bom som, enquanto Severus pegava um shorts em estilo havaiano e aplicava um feitiço para tingi-lo de preto.

— Este aqui você me deixa usar? — perguntou Harry, mostrando-lhe outro shorts em cores berrantes: vermelho, roxo e amarelo.

Severus fez uma careta.

— Se faz questão...

Então Harry começou a tirar suas vestes. Viu que Severus o estava observando, e parou, com as vestes ainda no pescoço.

— O que foi? Vai ficar aí parado me olhando?

Sem tirar os olhos de Harry, Severus tirou suas próprias vestes, ficando só de cueca diante dele. Harry sentiu a respiração acelerar. A realidade o atingiu. Ele estava ali, em uma ilha tropical, sozinho com Severus Snape, o homem que havia dormido com ele na noite anterior. O homem a quem Harry desejava como jamais desejara alguém.

Lentamente, Harry terminou de tirar as vestes e, como que puxado por um ímã, estendeu as mãos para tocar os pêlos negros do tórax do mago mais velho.

Severus o abraçou e colou o corpo ao seu. Harry ficou duro de imediato, e achou que ia desmaiar de tanto desejo. Severus o jogou na cama, tirou-lhe os óculos e a cueca e deitou-se a seu lado.

Harry mordeu o lábio para não gritar quando a mão se Severus cerrou-se em torno de seu membro.

— Harry, por que tão contido? Pode gemer, gritar, se quiser.

Harry sentiu-se corar. A verdade é que não sabia não se conter. Estava acostumado a se masturbar no dormitório sem emitir o menor ruído, para que os colegas de quarto não o escutassem. Severus estava atravessando-o com aquele olhar cortante que era só dele, mas nenhum dos dois disse nada. Severus beijou-o enquanto a mão continuava seu caminho pelo pênis ereto. Harry insinuou a mão por dentro da cueca de Severus e libertou-lhe o pênis. Severus gemeu baixinho, e interrompeu as carícias para se livrar da própria cueca. Severus reclamava dele, mas também não era muito exagerado em suas demonstrações.

Já sem nenhum tecido a barrar-lhe o contato, Harry gozou na mão de Severus, e Severus na mão de Harry.

.s.s.s.s.s.s.s.

Quando saíram a caminhar na praia, o sol já estava quase se pondo, mas o calor ainda era forte. Todos os magos que encontravam na praia — tomando sol, nadando ou jogando esportes mágicos de praia — tinham a pele morena e usavam sungas.

— Não falei pra você, Severus? Vão pensar que nós somos caretas.

— Nós somos caretas.

Você é careta.

Harry entrou na água enquanto Severus esperava, em pé, na praia, com cara de mal-humorado. A água estava deliciosa, e quase não havia ondas.

Continua...