Infelizmente, Inuyasha não é meu, tal como o Sesshomaru *.* eles pertencem a titia Rumiko Takahashi.

Essa fanfic é uma adaptação do livro "Meu adorado herói", de Dawn Calvert.

Personagens:

Osao Arakida: pai de sango arakida arakida

Rumiko Takahashi: escritora do livro

Midoriko Higurashi: mãe da Kagome

-Capitúlo 1-

Nas horas solitárias de uma noite de sábado, de pijama, chinelos e um livro do século dezenove nas mãos, Kagome conheceu o homem de seus sonhos.

Claro, Inuyasha Taisho, o herói de Wedgfeld Hall, existia apenas em um romance. Ainda assim, era o homem que ela idealizara e esperava encontrar um dia.

Fechou os olhos, visualizando-o. Inuyasha, em pé, braços cruzados; a casaca clara contrastando com os cabelos Prateados e o azul-escuro do céu; calças justas, coladas nos músculos rígidos das pernas; olhos escuros e penetrantes, com nuances de verde, capazes de hipnotizar qualquer mulher, mas com um brilho sutil de vulnerabilidade.

Só de imaginá-lo, sentiu o coração disparar. Inuyasha ofuscava todos os homens que ela já conhecera na vida.

Mas não era real. E ela, apertando as frágeis páginas do livro, começava a duvidar de que, um dia, encontraria um homem vivo, de carne e osso, parecido mesmo que remotamente com seu herói.

Suspirou longamente. Acreditava que todos tinham uma alma gêmea. Em algum lugar, esperando. Sem um amor que fizesse seu coração pegar fogo, o mundo seria um lugar feio e sem graça. Com um amor verdadeiro, haveria esperança de uma vida feliz.

Acariciou a capa do livro. Realmente um achado. Uma primeira edição do ano de 1810 que só enriquecera sua coleção. Valera cada centavo do preço.

Esticou-se no sofá e abraçou o volume. Apenas dois capítulos e já estava completamente fascinada por Inuyasha Taisho : um verdadeiro cavalheiro, vivendo uma situação desesperada por conta de responsabilidades que não poderia ignorar; determinado a agir corretamente, apesar dos sofrimentos que sua atitude lhe causaria.

Maneiras refinadas, berço nobre, resquícios de um passado dissoluto e sexualidade latente emanavam das páginas do livro. Decididamente, Inuyasha a conquistara.

Comovida, Kagome pegou um lenço de papel e assoou o nariz. Se a visse, a mãe diria que estava dramatizando.

Assim como "dramatizara" quando Bakotsu a deixara plantada no altar, depois de lhe murmurar algumas palavras ao ouvido e sair correndo da igreja.

Ajeitou a almofada com raiva, afastando da mente as lembranças daquele dia, e começou a ler o terceiro capítulo.

Quando Inuyasha Taishoa fitou, Sangosabia que deveria baixar os olhos, mas continuou com o olhar firme. Ele começou a andar na direção dela, abrindo caminho entre os convidados. Comentários em voz baixa seguiam-no sem, contudo, incomodá-lo. Movia-se com segurança invejável. Por fim, parou diante dela, o queixo orgulhoso ligeiramente erguido.

Sango gostaria de saber se os rumores a respeito do sr. Taishoeram verdadeiros. Se fossem, seria prudente ignorar a expressão amistosa em seu rosto e a excessiva formalidade de sua reverência. Muitas coisas poderiam levar até mesmo um homem inseguro a fazer a proposta que ela sentia estar pairando nos lábios dele. E muitas coisas poderiam levar uma mulher, particularmente na posição dela, a aceitá-la.

Mentalmente, Kagome empurrou a heroína e imaginou-se diante de Inuyashan. Lançou um olhar sedutor, fazendo-o esquecer, pelo menos por um momento, Catherine Havington.

Esticou o braço, e seus dedos tocaram um pequeno objeto sobre a mesa lateral. Pegou-o. Era a pedra dos desejos. Assim dissera o livreiro, incluindo-a no preço do livro.

Pedra dos desejos... Exatamente do que toda mulher frustrada precisava. Era opaca, macia, menos num pequeno ponto, mais poroso, que Kagome começou a alisar, voltando à leitura. Nathan Chamberlain era apresentado aos outros convidados.

Sra. Hihurashi e sua filha, Kagome — Osao Arakida anunciou.

Kagome sentiu um arrepio na espinha. Os nomes causaram-lhe forte impacto. Sentou-se ereta e releu a frase, uma, duas vezes. As letras dançavam diante de seus olhos. Não podia ser!

Mas era seu nome: Kagome Higurashi . Num livro escrito cerca de duzentos anos antes!

Passou a mão pela fronte, pressionando-a.

Havia lido demais. Fantasiara demais! Tanto que, de repente, não conseguia mais separar a ficção da realidade. Só podia ser isso. Deu uma olhada no relógio. Meia-noite. Certamente cochilara, e sua imaginação criara asas.

Não, nada disso. Apesar do copo de vinho vazio, não estava com sono.

No entanto, seu nome estava bem ali.

Aquilo era muito mais do que estranho. Era bizarro.

Largou o livro e a pedra no sofá. Fechou os olhos e começou os exercícios de respiração que aprendera no ano anterior. Buyo, o gato, levantou a cabeça e voltou a dormir. O tique-taque do relógio parecia acompanhar sua contagem e, lá fora, uma sirene soou a distância.

Após longos e intermináveis momentos, as batidas de seu coração voltaram a um ritmo quase normal.

Incapaz de conter-se, ela pegou novamente o livro e, ao fazê-lo, um pedaço de papel caiu. Assim que o tocou, percebeu que era quase tão velho quanto o volume. Prendeu a respiração, lembrando-se da carta de amor amarelada que encontrara entre as páginas de um exemplar raro e antigo. Com cuidado, desdobrou o papel e leu as palavras escritas em caligrafia firme e bonita: O jogo dos desejos. Um guia para interessados.

Se desejar era um jogo, ela ganharia a medalha de ouro. Para ela não havia meio-termo. Tudo ou nada mantinham os sonhos vivos.

Jogou-se no sofá e, seguindo as instruções contidas no papel desbotado pelo tempo, colocou a pedra na palma da mão direita e começou a friccioná-la com o indicador esquerdo em movimentos circulares. Sentiu uma ponta de esperança no coração. Balançou a cabeça, tentando sufocá-la. Afinal, era uma brincadeira, um jogo...

Mas seria surpreendente se algo acontecesse.

Friccionou a pedra com mais vigor. O passo seguinte era repetir o pedido em voz alta e fechar os olhos quando a pedra começasse a esquentar. Erguendo o queixo, disse:

— Desejo tornar-me Kagome Higurashi do livro Wedgfeld Hall, para, pela primeira em minha vida, conhecer um homem como Inuyasha Taisho.

Segurou o ar nos pulmões, esperando.

Nada. No corredor, vozes abafadas e o ruído de uma porta se fechando; mas, no apartamento, a mesma quietude de sempre.

Soltou a respiração e abriu os olhos, deparando-se com a pilha de provas para corrigir que havia ignorado a noite toda.

Foi então que ouviu um barulho acompanhado de uma lufada de ar. Estremeceu. Um segundo depois, foi arrancada do sofá e começou a planar, primeiro os pés, depois, o corpo todo, e uma escuridão a envolveu. Não enxergava, não se movia, não respirava. Em pânico, tentou esticar os braços à procura de um apoio; algo que pudesse lhe dar estabilidade. Mas estes continuaram grudados ao corpo, tão impotentes quanto todos os seus outros membros e músculos.

De novo, fechou os olhos.

E, de repente, a calma voltou. Seu corpo assumiu a postura normal. Ouviu vozes. Nada assustador, nada preocupante. Vozes femininas e, ao fundo, o som de... violinos?

Estava em pé, percebeu. E seus pés doíam como se estivessem calçando sapatos pequenos demais.

Abriu um olho, apreensiva com o que poderia ver.

Nada a temer. Apenas vozes, música e o farfalhar de tecidos caros em uma sala bem iluminada. Abriu o outro olho. Velas por todos os cantos, ardentes e brilhantes.

Isto não está acontecendo. Você está sonhando, Kagome .

Arregalou os olhos ao ver o homem parado à sua frente: alto, musculoso. Cabelos negros, meio ondulados. Um olhar tão fascinante e sensual que ela o reconheceria em qualquer lugar: Inuyasha Taisho.

Teve a certeza de que seu coração pararia de bater.

— Srta. Higurashi , não está se sentindo bem? — ele perguntou num tom excessivamente formal.

Kagome inclinou a cabeça e os ombros, numa atitude submissa.

— Estou bem, sim. Obrigada. — As palavras não eram dela, mas tinham saído de sua boca com um sotaque incomum para quem nascera e crescera nos Estados Unidos. Queria atirar-se nos braços dele, enlaçá-lo e confessar o quanto estava adorando aquele sonho.

Conteve-se. Enrubescendo, tocou a própria face, e encontrou uma mecha de cabelo encaracolado. Mas seu cabelo era liso desde criança, nunca tivera cachos! Nem mesmo quando seu cabeleireiro tentara deixá-la com a aparência de Sarah Jéssica Parker. Aquele cabelo macio, aparentemente dócil, não lhe pertencia. Deu um puxão na mecha e sentiu dor no couro cabeludo.

— Srta. Higurashi? — Inuyasha se inclinou.

A voz dele... Grave e extremamente masculina. Cada sílaba perfeitamente pronunciada. Sim. Aquilo era um sonho maravilhoso. Com um pouco de sorte, ela não acordaria nem mesmo com o barulho do entregador de jornais.

— Um momento. — De novo o sotaque estranho. Ergueu um dedo, pedindo-lhe paciência enquanto reunia coragem para levantar os olhos. Usava um vestido de seda dourada, tão comprido que arrastava no chão. Cintura alta, levemente franzido abaixo dos seios e o decote generoso revelando os ombros e o colo alvos. Um traje gracioso e elegante, exatamente como se imaginara usando ao mergulhar naquele romance que se passava na época da regência.

Seus olhos se detiveram nas luvas que subiam até os cotovelos. Pareciam de camurça macia, porém muito mais fina. A suavidade do tecido fez com que se sentisse delicada e elegante como uma dama.

Uma tossida leve, quase inaudível, interrompeu seus pensamentos. Ela fitou Inuyasha e, depois, à direita, encontrou o olhar reprovador de uma senhora.

— Kagome — advertiu-a a mulher com os dentes cerrados.

— Por favor, perdoe-me. Receio não ter me sentido muito bem por um instante. — Sorriu, mesmo temendo desmoronar aos pés de Inuyasha, o que não causaria boa impressão logo no primeiro encontro.

— Talvez prefira se sentar. — O sorriso mostrou dentes alvos e perfeitos. Esse detalhe não era mencionado no livro, pelo menos até onde ela lera.

— Não, obrigada — Inuyasha murmurou.

— Minha filha ainda não teve oportunidade de dançar, senhor — disse a mulher ao lado dela significativamente.

Filha?

Kagome virou-se, surpresa. Era estranho sonhar que tinha outra mãe! A mulher ergueu uma sobrancelha e ela não entendeu o motivo. Tentou franzir o cenho, no entanto seu rosto não cooperou.

Era assim que acontecia nos sonhos. Acordaria a qualquer momento. Aquela fantasia desapareceria no inconsciente e os detalhes se perderiam.

Olhou novamente para o homem, tentando lançar um olhar inocente e provocante que tanto cativara Jakotsu , o garçom de olhos bonitos. Mas claro que não dera em nada, pois Jakotsu era gay. Em compensação, ele se tornara um de seus melhores amigos.

Após uma árdua batalha com seus nervos faciais, conseguiu contemplar o homem à sua frente com alguma expressão. A confusão de Inuyasha Taisho começou a desaparecer, dando lugar a um tênue sorriso, o qual sugeria uma ponta de interesse.

Vai acontecer alguma coisa, ela pensou com um arrepio.

De súbito, ele ficou imóvel. A música cessou, os casais pararam e as vozes se calaram. Andy fitou a mulher que se dizia sua mãe com expressão interrogativa.

— De novo... — a mulher resmungou, revirando os olhos.

— O que está acontecendo? —Kagome indagou em voz baixa.

— Rumiko está totalmente absorta em seus pensamentos — foi Inuyasha quem respondeu. Falava como se ela devesse conhecer a mulher. — Temos de continuar quietos.

Todos pareciam pensar a mesma coisa, embora ela tivesse ouvido uma ou duas batidas de pé no chão. Na pista de dança, alguém tossiu.

Essa Rumiko deve ser alguém muito importante, deduziu.

E então sua expressão se transformou.

—Rumiko Takahashi? A autora de Wedgfeld Hall? Kagome piscou, aturdida. Agora já não falava com sotaque britânico, e os músculos de seu rosto relaxaram.

Em vez de responder, Inuyasha fez um gesto com a mão que, aparentemente, todos entenderam.

— Ela encerrou os trabalhos por hoje — anunciou, e todos assentiram. — Até amanhã.

— Até amanhã? — A voz de Kagome soou esganiçada. Seu sonho estava terminando?

Com a mão na cintura, preparou-se para exigir uma explicação da mulher, cuja presença a perturbava. Mas, de novo, foi Inuyasha quem respondeu.

— Sim, quando ela recomeçará a escrever. — Ele a fitou com uma expressão intrigada, como se ela fosse um enigma. Inclinando levemente a cabeça, afastou-se.

— Espere! — Kagome não podia deixá-lo sair de seu sonho.

A mulher a segurou firme pelo cotovelo.

— Vamos. Temos de nos recolher. — Apontou para o outro extremo do salão de baile já vazio. — Nossos aposentos ficam naquela ala.

— Mas eu... ele...

Kagome calou-se ante o olhar frio e severo da velha senhora. Decidiu concordar até descobrir um meio de terminar seu sonho de forma mais emocionante.

A mulher ergueu levemente o queixo e começou a andar, esperando que ela a seguisse. Após um momento de hesitação, Andy obedeceu, cabeça erguida e o vestido ondulando agradavelmente nos tornozelos. Os serviçais, em silêncio e de cabeça baixa, retiravam os pratos de comida. A um canto, os músicos guardavam seus instrumentos. Por uma porta aberta, Andy ouvia cavalos relinchando e o ruído das rodas das carruagens.

A senhora a conduziu escadaria acima e parou no meio de outro corredor.

— É aqui que você vai dormir — avisou, apontando para uma porta escura e pesada.

Andy respirou fundo. Nem sua mãe verdadeira usava aquele tom autoritário... pelo menos na maior parte do tempo.

— Quem é você?

A mulher franziu o cenho.

— Midoriko Higurashi , ora... Sua mãe.

Era um nome melodioso demais para alguém que parecia viver de mau humor!

— Trate de dormir e descansar — completou Midoriko.

— Amanhã será ainda mais cansativo.

A conversa estava se tornando mais interessante.

— Por quê?

— Rumiko escreve incrivelmente rápido no período da manhã. Às vezes, torna-se difícil acompanhar-lhe o ritmo. — Ela meneou a cabeça, inconformada. — E as mudanças? Podem acontecer a qualquer momento.

— Entendo.

Não, não entendia. Mas, afinal, era um sonho.

Sorrindo, abriu a porta do quarto.

— Acho melhor eu descansar um pouco.

Midoriko aprovou e afastou-se, andando com uma graça que destoava da rigidez de sua postura.

Kagome ficou ali, parada, ainda por alguns segundos. Depois, olhou para a porta do quarto e para o corredor. Queria encontrar Inuyasha Taisho . Uma única vez, antes que deixasse aquele sonho, queria que ele a beijasse. Um beijo intenso e ardente, que lhe dissesse não haver nada de errado em esperar pelo amor de sua vida.

Claro que tudo aquilo poderia não ser um sonho. Havia a tal pedra dos desejos, e ela fizera um pedido. Um pedido fervoroso. E se a pedra tivesse o poder de...

Oh, não! Só podia ser brincadeira. Nem mesmo uma sonhadora como ela podia ser tão insana a ponto de pensar que uma pedra pudesse transportá-la de volta ao passado e jogá-la no meio de um romance de duzentos anos antes.

Kagome tirou os sapatos apertados e olhou para os lados antes de atravessar o corredor na ponta dos pés. A casa era imensa e, depois de duas tentativas erradas, encontrou o caminho da escadaria. Desceu os degraus devagar. De algum lugar, vinha o som de uma voz masculina. Debruçou-se sobre o corrimão para ouvir melhor. Embora abafada, parecia muito a voz de Inuyasha . Era engraçado reconhecer a voz dele após uma ou duas frases! Mas o timbre era exatamente como ela imaginara, como se ele estivesse falando direto ao seu coração.

Seguindo as vozes, chegou ao salão de baile. Pelas portas entreabertas, viu Inuyasha conversando com um homem. Com olhar casual, porém autoritário, ele era ainda mais bonito e atraente do que em sua primeira impressão.

Kagome suspirou. Escolhera muito bem o homem de seus sonhos.

— Será uma honra e um privilégio contar com sua presença na competição de tiro em Wedgfeld Hall, sr. Arakida — Nathan dizia.

O homem de cabelos brancos impecavelmente penteados só podia ser o pai de Sango Arakida, a mulher destinada a salvar a propriedade da família de Inuyasha, Wedgfeld Hall. A mesma Sango que, em troca, precisava salvar sua reputação. Uma solução prática e comum para a época e o lugar, mas sem nenhum envolvimento sentimental.

— O privilégio será meu, sr. Taisho. Obrigado pelo convite.

— A sua filha, claro, será muito bem-vinda também.

Kagome ainda não lera o livro inteiro. Talvez o casamento não acontecesse. Rumiko poderia e deveria ter alguma ideia melhor. Como uma heroína com uma história diferente... Alguém que houvesse sido abandonada no altar, quem sabe?

— Aprecio sua gentileza. Tenho certeza de que minha filha terá muito prazer em acompanhar-me.

— Muito bem. Infelizmente, esta noite tão agradável chegou ao fim, e eu preciso ir embora. Minha carruagem me espera. — Ele inclinou a cabeça e afastou-se com passos graciosos e firmes.

Kagome hesitou. Só conseguiu se mover quando ele já estava quase saindo do salão.

— Espere!

Inuyasha parou e voltou-se para fitá-la com expressão de surpresa e incredulidade. Era tudo que Kagome precisava. Ela correu pelo salão, os pés descalços e o vestido enroscando nos tornozelos. Ao chegar perto dele, seu peito, quase todo exposto pelo decote ousado, arfava. Ajeitou os cabelos e tocou algo que lembrava cetim. Fitas! Sempre quisera usar fitas no cabelo...

Inuyasha ergueu as sobrancelhas.

— Srta. Higurashi?

Como podia pensar em penteados e fitas com Inuyasha Taisho parado à sua frente?, censurou-se Kagome .

— Sim. — Ela sorriu.

— Srta. Higurashi ! — Era o pai de Sango quem repetia seu nome, no outro extremo do salão. O homem sabia se impor. Começou a andar na direção dela.

— Está tudo bem. Apenas preciso... conversar com o sr. Inuyasha por alguns momentos.

Isao Arakida parou, encarando-a. Kagome lançou-lhe um olhar amistoso e voltou-se para Inuyasha.

— Posso acompanhá-lo até lá fora?

Kagome esperava que ele não recusasse seu pedido. Já o imaginava tomando-a nos braços, roçando os lábios nos dela, tudo o mais perdido numa memória distante. Não havia muito tempo; o despertador tocaria a qualquer momento.

Ele franziu o cenho.

— Está falando de um modo estranho.

— Bem, sim. — Ela piscou, esperando que ele não perdesse muito tempo questionando algo que nem ela mesma entendia. Endireitando os ombros, fez um gesto em direção à porta e tentou ser mais formal com as palavras. — Pode me acompanhar, senhor?

Inuyasha hesitou, depois inclinou a cabeça de leve, concordando.

— Estou às suas ordens.

Kagome sorriu, o coração aos saltos. Que grande aventura seria passear no jardim com aquele deus grego... E se o tão esperado beijo se transformasse numa decepção?, pensou, preocupada. Nunca mais acreditaria no amor.

Quase na porta do salão, o pai de Sango os alcançou.

— O sr. Taisho já está de saída, srta. Higurashi. Todos já se recolheram.

— Eu percebi — ela respondeu, tentando disfarçar sua irritação. — Mas tenho assuntos para discutir com o sr. Taisho. Não o reterei por muito tempo, prometo. — Com uma reverência, retomou o caminho da saída do salão de baile. Antes de sair, olhou rapidamente para trás, certificando-se de que Inuyasha a seguira.

Apoiou-se no corrimão e, com a mão livre, levantou a saia, esperando não cair e rolar os degraus. Certamente um tombo de escada arruinaria todo o clima. Atravessou o hall principal, as portas de entrada da mansão e saiu, enfrentando o vento frio da noite. Abraçou-se e respirou fundo.

Como apaixonada por romances históricos e animes,senti-me quase obrigada a adaptar esse romance para o nosso querido Inuyasha. Esta historia é uma das minhas favoritas e talvez, como um futuro projeto,faça uma adaptação de outro romance histórico ou contemporâneo para o casal Sesshomaru X Kagome.

Gostava de receber alguns reviews,contem-me o que acham da historia até agora,o que gostam,o que não gostam,simplesmente comentem :)