As fogueiras deixavam o Halloween daquele ano ainda mais laranja. A sacerdotisa de Avalon de cabelos azuis e olhos mel sentia todo o calor que o inicio de inverno não podia dar, eram um presente do fogo.

Dor, claro muita dor, Konan agora poderia sentir.

Viu sua vida passar pelos seus olhos cheios de mel. As mais belas lembranças eram de Avalon, sua ilha mágica, cujo só Konan poderia abrir agora, era a ultima das sacerdotisas, e agora, por culpa de uma Igreja hipócrita e doente,a gora queimava na , e Pein. Seu amado, que morreu por culpa dessa mesma Igreja doente.

Bruxa. Era assim que chamavam aquelas que seguiam a Deusa da Terra.

Só sobrou Konan. E Konan agora morria com Avalon. Avalon emprestara suas brumas para a morte de Konan. Agora, um nevoeiro leve, bem diferente daquele que cobria o mar próximo a abadia de Glastoburry, que trancava as portas de Avalon, cobria o campo onde tantas "bruxas" eram queimadas.

Suas unhas, que derretiam e convertiam-se em mais dor, sentiram um estranho toque, ele estava lá para contemplar a morte de Konan, Pein. Em seus olhos de redemoinhos e seus cabelos alaranjados, era sua fantasia da morte?

Ele surgiu das chamas para abraçar-la, tão doce.

"Leve-me de volta para casa, dor"

O fogo começava a consumir seus cabelos sedosos e azuis.

"Leve-me de volta."

As chamas circulavam seu corpo, como as brumas circulavam Avalon.

"Leve-me de volta para as brumas, Pein."

As chamas que faziam o corpo de Pein a abraçaram, elas a envolveram. Então, Konan
sentiu frio, estava morta.

Estava em Avalon.

E aquele foi o melhor Halloween.

Foi envolvido em chamas, seu melhor Halloween.

Fim