Uma falha no plano

Com toda certeza aquela não era a forma como ela esperava terminar aquele serviço. Quando o Homem Gentil lhe disse que ela deveria voltar a Westeros para cumprir uma missão seu sangue correu frio nas veias, como gelo e como aço. Ela não queria voltar, não agora que mal podia lembrar de quem era antes de ser Ninguém.

Mas um serviço é um serviço e ela não podia dar as costas à prece ao Deus de Muitas Faces. Quando abriu o baú de roupas para pegar aquilo que era necessário para sua viagem de volta, sua mão calejada tocou o metal e foi como se uma repreza se quebrasse dentro dela e todas as memórias, todas as promessas, todas as juras de vingança voltassem de uma vez, inundando-a por inteiro com tristeza e fúria.

Ela voltaria a Westeros para cumprir um último serviço, mas não retornaria para a Casa do Brando e do Negro, não voltaria para a vida dos Homens Sem Rosto e definitivamente não voltaria a ser Ninguém.

O frio tinha sido o único e verdadeiro inimigo no caminho. O inverno já durava quase dois anos e a guerra ainda assolava o reino, mas desta vez em proporção bem menor. Dois dragões e dois exércitos mercenários colocaram um fim a maior parte da disputa e agora o que restava era o exército dos Tyrell que ainda apoiava Tommen e as forças do Rochedo, graças ao casamento com Margaery.

No Norte Stannis Baratheon foi morto de forma misteriosa ao cair do alto da Muralha e seus homens estavam desorientados desde então. Os homens de ferro foram subjugados pelo exército Lannister. A única coisa que ela não sabia era o que havia sido feito de Winterfell, mas haveria tempo para descobrir.

Ela desembarcou nas Terras da Tempestade e conseguiu um cavalo para levá-la até aonde seu alvo se encontrava. Segundo rumores, o exército estava em marcha, rumo a Campina, onde atacariam uma parcela significativa das forças de Jardim de Cima perto de Ashford. Seguir um exército facilitava a parte de localizar o alvo, o problema seria fugir de lá depois que o serviço fosse feito.

Não havia sinal de nenhum dragão no acampamento e isso foi tanto um alívio quanto uma decepção pra ela. Queria ao menos botar seus olhos na fera, mas um dragão ainda em treinamento era um risco até mesmo para o seu dono.

Ela localizou a tenda sem qualquer dificuldade e se esgueirou no meio da noite com cuidado. Soldados dormiam em suas tendas, alguns fodiam qualquer puta que conseguissem pagar com seu soldo. Havia dois homens armados na entrada da tenda e mais seis rondando o perímetro, mas ela sabia ser rápida, silenciosa e invisível quando queria.

Havia um fogareiro aceso dentro da tenda, sua única fonte de calor e luz numa noite fria de inverno. Havia uma taça de vinho pela metade sobre a mesa e pratos vazios. Sobre a cama coberta com peles pesadas, seu alvo dormia sem saber que a morte em pessoa estava a espreita.

Ela não tocou o cabo de Agulha. Aquele era um serviço para uma arma menos e mais discreta. A adaga estava afiada e a posto quando ela se esgueirou até a cama, pronta para cortar a garganta do homem.

Teria feito sem qualquer problema, não fosse o inesperado movimento que lhe torceu o pulso com tanta força que ela acabou largando a adaga antes de cumprir seu objetivo. Tentou se livrar da mão que a desarmou e por alguns segundos achou que conseguiria, até ser imprensada contra o colchão e desta vez a adaga estava contra a garganta dela.

A luz produzida pelo fogareiro iluminava as feições do homem que ela deveria ter matado segundos atrás e algo naquele rosto trazia memórias de um outro rosto, uma que ela desejava rever e a necessidade era tanta que chegava a doer. Um que ela não via há muito tempo. O cabelo platinado caia sobre os olhos violeta, brilhando intensamente como se fosse uma aura ao redor da cabeça daquele homem.

Era jovem e com traços bonitos. O corpo tinha músculos alongados e ele era rápido como uma cobra, mesmo tendo sido pego de surpresa no meio da noite. Ele a encarava com intensidade, sem nenhum sinal de raiva, ou descontrole. Ele não era um assassino, mas ela podia apostar que poderia ser se quisesse. O rei era um homem bem diferente daquilo que ela esperava.

- Quem é você? – ele perguntou num tom baixo. A voz era grave e firme.

- Ninguém. – ela respondeu instantaneamente, como se fosse seu nome de batismo. O rei observou os traços dela atentamente e mesmo com a pouca iluminação não era difícil notar que ela tinha um rosto delicado e seu corpo tinha curvas suaves.

- Quem diabos teria a brilhante ideia de mandar uma mulher fazer este serviço? – ele perguntou pressionando a adaga ainda mais contra o pescoço dela – Quem mandou você?

- Ninguém. – ela respondeu e era uma verdade. Preferia não saber o nome dos clientes.

- Quem é você? – ele insistiu.

- Ninguém. – ela continuava seu mantra.

- Um Lannister, ou um Tyrell. São os únicos com dinheiro o bastante para pagar os serviços de alguém como você e os únicos com motivos para querer o trono vago. – ele disse como se um lampejo de entendimento passasse por ele – Um Homem Sem Rosto, ou talvez eu deva dizer uma Mulher Sem Rosto.

- É um homem inteligente. – foi a única coisa que ele se viu capaz de dizer diante da situação.

- Não estou aqui por um acaso e você não é a primeira que tenta me mandar pra cova antes da hora. – ele disse e por um momento ela podia jurar que ouviu um toque de humor na voz dele – É só a que usa o rosto mais bonito. – o humor se tornou um sussurro - Guardas!

Logo os homens vieram socorrer seu rei dragão. Arrastaram-na para fora da tenda e por ordens daquele homem que ela falhou em matar agora estava numa cela a céu aberto, junto a uma fogueira e com uma manta grossa para se cobrir. Ele ordenou que ela não fosse mal tratada e que qualquer um que se atrevesse a desobedecer enfrentaria a justiça do rei. Aegon Targaryen era um homem estranho e um rei mais estranho ainda.

Ela tentou dormir enroscada na manta. O fogo crepitava e os sonhos turbulentos dela era preenchidos com rostos esculpidos em arvores, uivos e rosnados ferozes que se aproximavam. Dragões abriam suas magníficas e terríveis asas em direção ao céu, as labaredas cortavam a densa noite de inverno e tudo era fogo e agonia. Ela estava em chamas.

Acordou num sobressalto e com o coração disparado. Eram tantos lobos e tanto fogo. Lembrava-se nitidamente. Um macho negro, um macho cinzento, uma fêmea selvagem e do quarto ela só conseguia ver os olhos vermelhos. Ele era todo branco num campo de neve e ele cuspia fogo como um dragão. Ela levou a mão à cabeça, tentando colocar um pouco de ordem no caos e quando se recompôs notou que alguém a observava.

Não parecia um rei, vestido daquela maneira. Lã e couro fervido de baixo de uma capa pesada com pele de gato das sombras na gola. Seu cabelo platinado parecia ainda mais claro e ali, parado, apenas observando sua prisioneira, Aegon Targaryen parecia mais um espírito do que um homem com um reino nas mãos.

Ele a encarava com um toque de curiosidade, como se estivesse diante de um invento que não sabia como usar. Ela remexeu dentro da cela, sentindo-se desconfortável diante do olhar dele. Aegon conteve um sorriso discreto.

- Eu a incomodo? – ele perguntou como se devesse à prisioneira alguma cortesia.

- Não é todo dia que meu alvo tem a chance de me encarar por tanto tempo. – ela resmungou.

- Fico feliz em saber que consegui tal façanha, mas não fique tão ressentida, teria conseguido me matar se eu não tivesse o sono tão leve. – ele disse – E se eu não dormisse armado.

- Está tentando me confortar? – ela o encarou confusa – Que diabos de homem é você pra fazer uma coisa tão idiota quanto esta?

- Não me leve a mal. – ele disse divertido – Eu teria mandado decapita-la se fosse um homem qualquer, mas o fato de ser uma mulher me pegou de surpresa. – ele respondeu sentando-se sobre um tronco próximo a cela – E dentro dessa cela parece tão indefesa que eu não consigo evitar. Uma dama em apuros é o estopim para a honra de qualquer homem de bem.

- É um homem estranho e um rei mais estranho ainda. – ela resmungou.

- Então sabia quem eu era ontem à noite. – ela disse numa constatação – Foi mesmo contratada pra me matar. Vai me dizer quem é?

- Ninguém. – ela continuou dizendo.

- Uma pena. – ele respondeu desanimado – Tem uma espada interessante, senhora. – ele comentou e ela ergueu a cabeça imediatamente ao ouvi-lo falar da arma – Tem o estilo de Braavos, mas a forja não é das Cidades Livres. Hah! Finalmente tenho a sua atenção. – ele comemorou.

- O que vai fazer com ela? – ela perguntou ignorando a satisfação dele.

- Guardá-la. A lâmina é boa de mais para ser desperdiçada. – ele disse – O mais curioso nesta conversa é que até agora só me perguntou o que eu vou fazer com a espada, mas não perguntou o que farei com você.

- Você é rei, não é? – ela perguntou insolente – Pode fazer o que quiser.

- De fato. – ele disse de forma peculiar, enquanto a encarava – Você é uma coisinha muito intrigante, não é mesmo? Quantos anos têm? – ele perguntou, mas ele não se deu conta de que Aegon havia falado em alto valyriano.

- Catorze. – ela respondeu após calcular sua idade mentalmente – Quinze. Não tenho certeza. – o rei a encarou levemente surpreso.

- Não é todo mundo que entende alto valyriano. – ele disse – E seu bravoosi tem sotaque forte de Westeros. O mistério fica cada vez mais interessante. Eu devia lhe dar um nome, já que se recusa a me falar como se chama.

- Você é mesmo insuportável. – ela resmungou revirando os olhos.

- Devia ser mais agradecida. – ele disse em tom jocoso – Eu estou poupando sua vida e lhe dando um nome, enquanto descubro o que posso fazer com você, pequena Visenya.

Ele se levantou e lhe deu as costas, deixando-a para trás para cuidar de qualquer coisa que exigisse a atenção de um rei. Um nome novo não era algo estranho para ela, havia usado mais nomes do que poderia se lembrar. Visenya não era um que ela escolheria particularmente, mas era uma prisioneira e não tinha que ter uma opinião a respeito. Visenya serviria até ela conseguir escapar daquela cela.

O exército estava agitado com a proximidade da batalha contra uma boa parcela do exército Tyrell e do exército Lannistes. Dois dos maiores cavaleiros vivos estariam em campo e a honra de mandar para a cova Loras Tyrell e Jaime Lannister era algo com que todo cavaleiro, escudeiro, ou soldado comum sonhava.

Ela se limitava a ouvir o burburinho e imaginou quantos daqueles homens voltariam para o acampamento ao fim do dia, ou quantos voltariam pras suas casas ao fim da guerra. Pensou nos irmãos e tentou imaginar o que teria sido feito deles. Os rumores em Braavos eram sempre incertos e chegavam tarde de mais para o gosto dela.

Passou um dia inteiro presa naquela cela, sentindo o frio do inverno corroendo seus ossos e o vento gelado arder seu nariz e pulmões. Tentava conter os tremores do corpo, mas a medida que a noite ia se aproximando o vento se tornava mais frio e ela sentia seu corpo inteiro doer. Por um momento chegou a pensar que não viveria para ver o dia seguinte, mas isso foi até a porta da cela ser aberta e dois guardas a retirarem de lá acorrentada.

Aos tropeços ela foi levada até uma tenda pequena, aonde duas mulheres de aparência robusta jogavam água quente numa tina. Ela sabia o que viria a seguir e aquilo não era um bom sinal.

Ela poderia matar as duas mulheres se quisesse, mas isso chamaria muita atenção dos guardas e ela não teria qualquer chance de escapar de lá com seus pés acorrentados. Era só água quente, sabão e esponjas, não poderia ser tão ruim assim, mas algo no fundo da mente dela a alertou para o fato de que prisioneiros não recebem a cortesia de um banho. Foi quando ela se lembrou de que era uma mulher e que isso era o bastante para que alguém decidisse que ela era mais interessante viva, limpa e nua.

Suas roupas foram arrancadas dela e levadas para fora. Ela ouviu quando uma das mulheres deu ordens para que queimassem aqueles trapos. Logo a enfiaram dentro da tina e começaram a esfregar cada pedaço do corpo dela e talvez a intenção daquele banho fosse arrancar a pele dela.

Quando terminaram as mulheres a colocaram num vestido grosseiro, com algumas anáguas por baixo e meias, botas e um casaco pesado. Aquelas roupas lembravam os dias frios em Winterfell e os tempos em que ela era alguém com um lar, uma família e um nome.

Ela estava devidamente vestida quando os guardas chegaram mais uma vez e a levaram, ainda acorrentada, para outra tenda, mas desta vez ela reconheceu o caminho.

Foi colocada lá dentro e não conseguiu ignorar o comentário obsceno dos guardas do lado de fora. Até dragões precisam aquecer a cama. Ela mordeu o lábio inferior numa tentativa de conter a indignação e fechou os olhos, tentando se preparar para o que estava por vir. Se tivesse uma lâmina em mãos, ninguém ousaria tocá-la.

Ouviu passos dentro da tenda. Ouvi o som de uma taça sendo preenchida e pelo cheiro era vinho quente. O lugar estava quente, havia incenso queimando e perfumando o ambiente, deixando o lugar mais aconchegante de certo modo. As dores do corpo já não a incomodavam, mas depois de todo aquele ritual ela se sentia mais nua do que no dia de seu nascimento. Era como se cada uma de suas faces tivesse sido arrancada dela e apenas a menina de dez anos, cujo pai foi condenado à morte por um crime que não cometeu, permaneceu dentro da tenda.

- Você realmente fica bem nessas roupas. – a voz familiar soou atrás dela – Não são roupas finas, mas acredito que estas sejam quentes o bastante para mantê-la aquecida neste frio.

- Meus ossos agradecem. – ela disse sarcástica e ele riu baixo.

- Fala alto valyriano, mas é incapaz de tratar um rei de forma apropriada. – ele comentou com um toque de humor – Você é um alívio para o meu dia, Visenya.

- Tão pouco tempo no trono e já entediado? – ela perguntou irônica.

- Mais do que imagina. – Aegon respondeu finalmente entrando no campo de visão dela – Governar não é meu direito. É meu dever e são poucos os deveres nos quais encontramos satisfação e prazer, não é verdade?

- Imagino que sim. – ela respondeu tentando lutar contra a sensação de constrangimento.

- Sente-se comigo. – ele disse indicando a mesa posta – Odeio comer sozinho.

Ela obedeceu porque era a única coisa que podia fazer e a perspectiva de comida a deixava ansiosa. Seu estômago estava vazio a tempo de mais. Aegon puxou a cadeira ao lado dele para que ela se sentasse. Serviu um cálice de vinho quente, pão, queijo e uma porção generosa de um assado de javali. O cheiro era maravilhoso, o gosto deveria ser ainda melhor.

O rei se sentou e serviu-se também. Bebericou de seu cálice antes de começar a comer. Ele era um homem com boas maneiras e ela se sentiu obrigada a usar um pouco da educação que havia recebido na vida. A comida nunca tinha o mesmo gosto quando ela estava preocupada com seus dedos sujos de gordura, ou em comer de boca fechada, mas mesmo assim aquela estava deliciosa.

- A comida a agrada? – ele perguntou em dado momento, pouco depois de limpar a boca. Ela concordou com um aceno de cabeça – Você não come como uma garota de baixo nascimento, eu diria que é refinada de mais até para a filha de um mercador. A filha de um lorde, talvez?

- Não sou filha de ninguém. – ela respondeu – Eu sou Ninguém.

- Enquanto estiver aqui é minha pequena Visenya. – ele respondeu sorrindo em direção a ela – Tenho a impressão de que sabe como ser uma dama bem comportada, só faz questão de fazer o contrário.

- Não me pagam pelas minhas boas maneiras. – ela respondeu impertinente.

- Com certeza não. – Aegon concordou – O que leva uma mulher a escolher a vida de um Homem Sem Rosto?

- Ninguém escolhe essa vida. – ela respondeu sem encará-lo – Aceitamos a chance de sobreviver e nada mais. Quando não sobra nada para voltar, nada para rever, ninguém para recorrer, você acaba aceitando que não existe mais uma identidade. O Deus de Muitas Faces pode ser a única misericórdia para alguém que não tem nada.

- É uma perspectiva muito triste e drástica para alguém tão jovem. – ele disse encarando-a – Ainda há tempo para recomeçar.

- E eu imagino que agora me dirá que pode me dar uma vida nova. – ela disse encarando-o diretamente nos olhos. Aegon não parecia nem um pouco perturbado com a reação dela, apenas a encarava de volta com um toque de diversão no rosto – O problema deste tipo de oferta é que ela sempre vem com um preço.

- E o que acha que eu pediria em troca? – ele a desafiou.

- Que eu lhe esquente a cama. – ela disse sem vacilar – Eu não sou uma puta e certamente não sou a sua puta. Que isso fique bem claro.

- Se eu pensasse assim não a chamaria de Visenya. – ele respondeu sorrindo – Teria dado um nome ordinário a você, talvez Ros. Mas você tem razão, até certo ponto. Você me chama a atenção e eu não sou desprovido de desejos e necessidades, o que torna a ideia de leva-la pra cama extremamente atraente.

- Então sugiro que me mantenha acorrentada se não quiser que eu termine o que tentei fazer ontem. – ele disse entre dentes.

- Eu disse que a ideia é atraente, não que vou obrigá-la a isso. Eu sou um homem com algum senso de honra e dever, não me tome por um bandido qualquer, Visenya. – ela respondeu se levantando e indo até uma mesa de estudos montada do outro lado da tenda.

- Por que mandou que me limpassem e me vestissem, então? Por que eu estou aqui sozinha? – ela perguntou por fim.

- Já disse. Odeio comer sozinho. – ele respondeu – E prefiro companhia feminina à companhia dos meus guardas.

- Eu tentei te matar ontem à noite, eu deveria ser enforcada e não tratada como hospede. – ela respondeu firme.

- E eu estou tentando convencê-la de que se deitar comigo é uma opção muito melhor do que tentar cortar minha garganta. E você deveria me tratar como um rei, ao invés de usar esse tom insolente, mas já que nenhum de nós vai conseguir o que quer e que nada é como deveria ser, eu estou apenas me aproveitando de sua mente aguçada e me divertindo com seu modo de falar, para aplacar a frustração do meu dia. – ele respondeu enquanto passava os olhos sobre um pergaminho amassado. Foi a primeira vez que ela notou que ele estava aborrecido com alguma coisa – Já esteve na Muralha?

- Não. – o coração dela falhou uma batida – Dizem que é uma visão e tanto.

- Imagino que sim. – ele respondeu – Uma visão e tanto e agora há um dragão lá. Drogon, o mais feroz, o mais instável, o que fugiu do controle de minha estimada tia. O que um Lorde Comandante faria com um dragão?

- Isso depende. Tentar matá-lo se fosse uma ameaça, mas caso o impossível aconteça e o dragão seja controlado, imagino que ele faria qualquer coisa. – ela respondeu.

- Então vamos esperar que este Lorde Jon Snow não decida que conquistar Westeros é uma boa ideia. Isso seria realmente um problema. Um dragão, um lobo gigante e milhares de selvagens que o veneram como a um deus. – Aegon disse desconfortável – Um homem assim não tem como ficar mais perigoso.

Então espere até que eu fuja daqui e encontre Jon. Ai verá o quão perigoso um homem pode ser. Ela não conseguiu conter aquele pensamento, mas o uivo de lobos a trouxe de volta a realidade, junto com o grito de soldados apavorados no meio da noite. O coração dela acelerou, o sangue correu rápido em suas veias e pela primeira vez em anos ela se sentiu viva por inteiro.

Nota da autora: Sabe, eu tenho um problema sério. Não posso ir no banheiro que tenho uma ideia pra fic XP. Pois é, eu tenho um novo triangulo amoroso favorito e eu confesso que fico tão dividida entre esses garotos com sangue de dragão XD. Aegon, Arya e Jon, baladas são feitas disso gente! E então é isso, dessa vez quem chegou primeiro foi o Aegon e eu confesso que He is sexy and He knows it! E ai, quem vai ficar com Arya? Comentem!

Músicas temas para os casais: Aegon e Arya, So Cruel do U2. Jon e Arya, Ultraviolet do U2 também (E SIM, EU SOU MANIACA PELA BANDA).

Bjux

Bee