Título: Black in the red
Sumário: e no fim, para sempre, o negro cobrindo o vermelho...
Autora: Narcisa Le Fay
Beta: Kollynew
Classificação: T
Ship: Tom e Ginny
Gênero: angst
Avisos: Harry Potter não me pertence, mas essa fic ?
Minha primeira tentativa de escrever TG. Espero que gostem ^^
Black in the red
*Pli*
A primeira gota foi tão rápida que não deixou marcas. Foi tão rápida que ela nem viu.
A segunda e a terceira vieram em presa e mancharam todo o dourado gasto.
E quando ela se assustou pelo excesso, viu como o dourado sugava lenta e graciosamente o negro.
Ela passou a derramar gotas no dourado gasto. Uma, duas, depois cinco...
Gotas e mais gotas em uma dança lenta e cativante.
Gotas passaram a pontos; pontos que quase furam o papel porque ela quer ver para onde vai o negro.
Ver até onde ela pode forçar o ouro gasto.
Ver para onde vai todo o negro.
E dos pontos nascem linhas retas, simples e imprecisas. Linhas de quem ainda espera pelo negro a transbordar, a cobrar dela.
Linhas de quem ainda tem medo.
Porque é negro e mesmo o vermelho dela não pode escondê-lo para sempre.
Algumas vezes o dourado gasto não é rápido o suficiente para fazer o negro sumir. O negro que sai dela é tão forte que, passaram anos, e ele ainda poderá ser visto.
Visto na forma de pingos;
visto na forma de linhas;
visto na forma de vermelho.
Os traços continuam finos, imprecisos, mas agora ela não teme que, algum dia, o dourado não aguente o peso do negro.
Ali, aquele dourado – gasto e já tão amassado – sempre sugaria tudo dela.
E a dança do negro continua...
E logo traços negros começaram a acompanhar os que ela fazia. Traços finos e que, sem ela perceber, sugam os delas.
Traços que a convidam a continuar a desenhar o nada.
Traços que a convidam a seguir a dançar, os passos dela.
Direita... esquerda...
Esquerda... direita
Direita, esquerda, cima, baixo!
Centro...
E logo os traços são insuficientes – e os corações negros na borda parecem tão deslocados – e ela se sente convidada a transformar suas linhas em curvas.
Curvas capazes de expressar o que linhas, pontos e traços não conseguem por si só.
E o negro espera...
E então, sem preparo, negro recebe o que tanto esperava. Coberto por vermelho e a água que dela sai, o dourado recolhe:
"Eu só queria que alguém se importasse..."
E o dourado, pela primeira vez, transforma o negro ao invés de sugá-lo; e então pontos, traços, curvas e linhas passam a determinar a trajetória.
"Eu me importo".
...
"Olá..."
E então, para sempre, há negro no vermelho.
Fim...?
Nota da autora: aqui está, minha primeira tentativa com TG. Espero que tenham gostado^^.
Reviews são sempre bem aceitos!
Beijos^.~
Narcisa Le Fay.
