Já havia anos que os reinos da Grand Line estavam em guerra, isso refletia principalmente no Novo Mundo, um reino que no passado foi brutalmente dividido em dois, as pessoas foram separadas uma das outras violentamente, os campos estavam manchados de sangue, e crianças estavam sendo feitas de escravas por monstros impiedosos.
Uma dessas crianças era Nami que aos 10 anos fora feita escrava do Marquês Arlong, tinha que servi-lo sempre, não sexualmente, pois nem pervertidos se excitam com crianças, apenas doentes, na verdade ele sentia nojo daquela fedelha, uma escrava não merecia um toque mesmo que fosse a mais gostosa da Grand Line.
Arlong tinha um complexo de superioridade surpreendente á todos que não fossem da nobreza, seus homens aprenderam a desprezar todos, era um homem ambicioso, então logo aprendeu que o mercado de crianças escravas rendia uma fortuna, quase que milionária por ano, entenda, o que mais existia naquele país arruinado eram órfãos, prontos para darem mais gastos ao Governo mundial, organização que cuidava dos reinos, logo, se essas crianças "sumissem" ou servissem para algo mais últil, o problema estaria resolvido e o Governo fingiria que nada estaria acontecendo enquanto seus castelos fossem bem guarnecidos de servos.
Por esse motivo Arlong subiu muito rapidamente em riquezas, títulos e posses, o que despertou a atenção da família Monkey D. que era serva leal do Rei Gol D. Roger, percebendo o perigo em que estava, Arlong decide deixar os negócios negros, e começa aos poucos a entrar em decadência financeira. Amaldiçoava todos os Monkeys D. que existiram, existem e existirão no mundo, principalmente aquele pirralho irritante que o ameaçava constantemente, demonstrando que sabia demais e saber demais era perigoso, pensava Arlong com um sorriso maliciosamente maldoso na boca.
Enquanto Arlong tentava se reerguer, Nami tentava crescer feliz em meio toda aquela vida infame, nesses oito anos seus cabelos alaranjados cresceram a ponto de chegar à cintura, seu corpo avantajado e volumoso eram prato cheios de desejo para qualquer homem que a olhasse, aprendera a gostar do poder que exercia sobre os homens, sempre teve que ser submissa quando criança, agora dava o troco, muitas vezes chegou a se vender em troca de dinheiro e caprichos, a diferença entre ela e uma prostituta qualquer, era o fato de que ela era de luxo, uma bonequinha mimada e disposta a tudo, apenas por poder e dinheiro.
Um pouco longe dali na corte principal Monkey D. Luffy estava pensando na frente do seu tabuleiro de xadrez, seu avô o ensinou desde cedo que a vida é uma guerra, e a guerra era um jogo, e como jogo poderia ser controlado, poderia controlar todos em seu tabuleiro, todos em sua vida. Era orgulhoso, confiante, astuto, bonito e herdeiro, talvez um dia, do trono do Novo Mundo. Enquanto olhava fixamente pro tabuleiro tentando decidir como trucidar o próximo movimento da parte inimiga do reino controlada por um tal de Dragoon, percebeu que o peão que representava o Arlong estava dando uma certa ajuda ao rei adversário, sorriu, mataria dois em uma jogada só "Foi divertido enquanto durou Arlong, mas eu preciso fazer meu xeque" pensava divertidamente.
Sim, era um mundo estranho aquele, um mundo onde os valores estavam invertidos, todos eram sedentos por poder, eram calculistas e frios, era um país divido ao meio por guerras e mais guerras começadas por simples intrigas, era um jogo de tronos, um jogo de xadrez e aquele menino de cabelos negros só precisava de um movimento para fazer o seu grande xeque-mate.
"No xadrez o peão é a causa mais freqüente da derrota." (W. Steinitz)
"Os humildes sofrem quando os poderosos combatem entre si." (Fedro)
"Não nascemos para usar mas para mandar." (William Shakespeare)
