Considerações: Talvez por algum motivo eu queira dar continuidade nessa fic XD já que eu começei duas e ainda não terminei, mas espero terminar essa...
CDZ Não é meu então... XD já sabem... Espero que gostem...
Estou a procura de duas fichas para completarem, que são os Anjos caidos que seguirão a "Anjo" (ainda não tem nome)
Interessandos entrar em contado.
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Agora que caminho por estas terras já não posso dizer quem sou e nem quem eu fui, ao sentir a terra úmida caiu sem saber porque cai, deixo para trás uma trilha de sangue, enquanto meu corpo está ferido e sangra sem poder se curar, meus olhos se fecham e o pavor da escuridão toma conta de mim, sei que não posso andar sobre a Luz e a Escuridão me apavora... Será que algum dia encontrarei a paz?
Não sei onde estou, mas espero poder descansar eternamente, aguardo ansiosamente pela Morte, pois sei que ela logo virá, sempre minha amiga, eu sei que ela não me abandonará neste dia... Ah... Como anseio por um mundo diferente daquele que eu vi e fiz. Apenas os sons dos animais chegam aos meus ouvidos, enquanto um singelo sorriso se forma em meus lábios ressequidos...
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Há muito tempo as guerras haviam acabado e apenas a paz reinava sobre o Santuário, finalmente os Deuses pareciam ter deixado os humanos em paz e isto significava tempos de gloria para aqueles cavaleiros que tanto haviam lutado por aquilo. Athena estava sempre protegida e sempre sorrindo e todos os cavaleiros que um dia haviam dado suas vidas para protegê-la agora caminhavam tranqüilamente pelo santuário, usando suas imponentes armaduras e treinando aqueles que um dia tomariam seus lugares.
A noite estava magnífica, de uma forma tão grandiosa que ninguém gostaria de dormir apenas para ficarem contemplando o céu escuro e era isso que todos estavam fazendo, pelo menos a maioria estava no Coliseu ou no Parthenon brincado, sim brincando, pois agora que era paz não havia motivos para não festejarem.
Uma luz forte cruzou os céus logo seguida de um som agudo e penetrante, um trovão havia acabado de cair sobre o Coliseu, no meio do mesmo. Quem poderia ter feito aquilo? Mas com toda a certeza era um sinal de que algo terrível aconteceria. Ali estava Athena observando o ponto negro em meio ao Coliseu, assim como seus fieis cavaleiros.
- Quem vocês acham que poderia ter feito isso?
A voz delicada era a de Athena, nem mesmo seus cavaleiros poderiam dizer quem teria tamanho poder para criar um trovão sem nenhuma nuvem no céu, ninguém que não fosse o Senhor dos Deuses.
- Não importa quem seja, o inimigo logo se mostrara... Por favor, Athena deves ficar na Casa do Mestre, para que nada lhe aconteça...
Quem falava aquilo era Shion, que havia tomado o seu posto de Grande Mestre do Santuário, como sempre fora, todos concordaram com o mesmo e logo todos tomavam seus lugares, em cada casa, enquanto os cavaleiros de Bronze e Prata protegiam os arredores das Doze casas.
Mas nada e ninguém estaria preparado para a cena que se seguiria, pois no horizonte várias luzes eclodiam e todos poderiam sentir o enorme poder que se espalhava, alguém estava batalhando, mas quem era? Aquela pergunta logo seria respondida, pois aquelas luzes se aproximavam cada vez do Santuário e por onde a batalha passasse tudo ficava destruído e os cosmo ficavam cada vez mais poderosos e cada vez mais furiosos. O cheiro de sangue foi trazido pelo vento, enquanto o medo começava a se espalhar como as ondas do mar, a terra começava a tremer sob os pés daqueles exércitos, pois eram milhares e milhares de pessoas lutando, nada poderia impedir que aquilo chegasse as doze casas, era como se tudo fosse uma visão...
Cada cavaleiro poderia sentir o arrepio percorrendo suas espinhas, enquanto temiam por sua Deusa, mas nenhum deles estavam dispostos a desistir... Todos correram para a Casa do Mestre, Athena estava de frente para sua enorme estatua, enquanto aquela visão se aproximava, mas não havia nenhuma pessoa, não havia nenhum exercito, apenas o vento frio de um presságio. Novamente um trovão cortou os céus, ao mesmo tempo em que as imagens de dois Grandes Anjos se faziam presente, enquanto as espadas se tocavam uma nova pessoa morria, a cada novo golpe um trovão se fazia presente e agora chovia sangue...
Cada Anjo era diferente, nas roupas, nas espadas, nos cosmos... Enquanto um tinha belas asas brancas como as nuvens o outro tinha as asas negras como o ébano, enquanto um se vestia em dourado e prata como apenas os mais puros Anjos se vestiriam, o outro estava recoberto por tecidos negros com detalhes em vermelho, enquanto uma espada reluzia como Luz a outra era tão escura quanto as Trevas... Tudo indicaria que o Anjo da Luz ganharia aquela batalha, mas em um final espetacular o Grande Anjo das Trevas se mostrava sagaz, pois em uma investida frontal havia cravado a espada sobre o coração daquele ser de Luz. E então novamente aquela imagem se desfez, dando lugar a outra ainda mais aterrorizante e ainda mais injusta, pois aquele que havia ganhado agora estava pisando sobre o Anjo de Luz e seus olhos vermelhos como sangue brilhavam em malicia enquanto um grande abismo se abria a suas costas e deste abismo centenas de criaturas malignas saiam e atacavam todos os homens, sem se importarem se estavam do lado das trevas ao não.
Athena chorava com aquela cena, enquanto seu corpo caia sobre o solo e suas lagrimas manchavam o chão, seria aquilo o prelúdio do fim? Mas quantas vezes a Terra fora ameaçada e Athena a havia salvado? Quantas vezes os Sagrados Cavaleiros de Athena haviam derramado seu sangue para protegê-la? Milhares e se aquela visão fosse uma visão do futuro então todos lutariam para mudá-la...
Então, como se já não fosse uma visão o Anjo Negro fechou suas asas e seus olhos mudaram de cor, se tornaram tão verdes quanto as puras esmeraldas, suas vestes agora tomavam a cor branca manchada pelo sangue que era derramado, enquanto de seus olhos lagrimas de sangue eram derramados e ao tocarem o solo purificava ao redor e o abismo então se fechou, fazendo com que todas as criaturas voltassem ao seu lugar, a espada negra se transformou em uma simples katana e logo tudo voltava ao normal e eles se encontravam sobre o 13° templo uma coisa chamaria a atenção, uma linda mulher caída sobre o solo, ao seu redor o sangue maculava suas vestes e sua mão segurava aquela katana.
- Mas o que é isso?
Aquela pergunta foi dita por Seiya, com seu jeito quase infantil, chegando a ser ingênuo e irritante, principalmente naquele momento tão critico, o que eles fariam em relação àquela mulher se sabiam que ela era aquele que poderia destruir a todos? Athena parecia ter respondido aquela pergunta ao se aproximar da jovem, a Deusa se ajoelhou ao lado da mesma e colou a cabeça da mesma sobre o colo, enquanto limpava sua face delicadamente.
- Por favor, me deixe morrer.
Era uma voz delicada, baixa, um sussurro inaudível saia daqueles lábios, um pedido chocante, algo inesperado, já que todos esperavam que ela estivesse morta ou pelo menos sem consciência, mas assim que aquela frase foi dita a mulher fechou por completo os olhos e recaiu sobre o sono da exaustão.
- Vamos tratar dela.
Athena havia se levantado e seus olhos mostravam determinação ao mesmo tempo em brilhavam em pena, pois ninguém poderia carregar o peso de ser algo que não deseja, Saga já havia passado por isso e talvez entendesse.
- Mas Athena, ela é uma inimiga! - Aquela exclamação veio por parte de Aiolia e ele estava certo, pois aquela mulher não passava de uma futura inimiga. – Você viu o que ela fez!
- Sim eu sei Aiolia, todos viram... Mas não posso deixá-la morrer, não quando sinto que inda há alguma coisa boa nela, talvez ela não seja uma inimiga... Consegui livrar Saga de Ares, será que não podemos salvá-la?
Saga abaixou a cabeça, pois era a verdade, ele já fora um inimigo de Athena e até mesmo quisera matá-la, mas agora a protegia com todo o fervor, de certa forma todos concordaram com o que Athena havia dito.
- Mas a que custo Athena? Muitos morreram na batalha das Doze Casas, quantos morrerão agora?
A voz de Ikki se fez presente acima da de todos, ele fitava fixamente Athena. De seu modo tão arrogante ele também estava certo, será que todos estavam dispostos a pagar com vida para salvar apenas uma?
- Sim, muitos morreram naquela batalha, mas agora todos estão aqui... Será que não percebe Ikki? Esse é meu dever, salvar todos, mesmo estes sendo inimigos... Por favor, vamos pelo menos curá-la, assim ela poderá lutar de igual para igual...
Athena respirou fundo e fechou os olhos, estava cansada, triste e acima de tudo preocupada, pois todos tinham razão, mas ela não poderia abandonar aquela jovem. Então Saga se aproximou do corpo daquela mulher e o suspendeu...
- Ela poderá ficar comigo... Eu cuidarei dela.
Kanon logo se adiantou e caminhou ao lado de seu irmão, pois também conhecia o pesar e a angustia de ter se levantado contra Athena, saga de dois irmão agora se repetia, mas de uma forma mais brutal, na forma de uma mulher que apesar de ser bela e delicada carregava sobre si o peso da maldade...