Fanfic slash e com lemon.
Situada no pós-guerra. Mas comigo, o Snape não morreu, ; P
Insubstituível
"Capítulo I"
Escrito por Nevilla F.
Severus estava desapontadíssimo. Desapontado com a ineficiência das pessoas e talvez com ele mesmo.
Era o terceiro garoto de programa que ele contratava e era o terceiro homem que o desapontava. Parecia que nenhum deles era capaz de satisfazê-lo. Porque na verdade ele desejava estar com outro homem; um bruxo específico, mas este era inalcançável. Por isso ele necessitava buscar prazer em outros braços.
Snape procurava. Buscava desesperadamente alguém que pudesse substituir o homem que ele mais queria. Mas isso parecia ser uma missão impossível, além de frustrante. Por mais que os garotos de programa se parecessem fisicamente com a pessoa desejada, a personalidade era totalmente diferente. Aparentemente não existia outro ser humano tão arrogante, tão cheio de si, tão atrevido, tão delicioso, tão irresistível... Só de pensar no ex-aluno sua ereção aumentou.
"Está gostando, Snape?", perguntou o garoto de programa de olhos verdes e cabelos negríssimos.
Severus sorriu de escárnio. Por mais que o homem ajoelhado entre suas pernas estivesse até fazendo tudo certo, Snape não conseguia sentir muito prazer com os toques que recebia em seu membro. Era sempre assim. Todas as vezes que ele estava com um garoto de programa, ele só conseguia pensar em Harry Potter. Em como o bruxo não faria as coisas desse jeito. Que o garoto não aceitaria ser submetido tão facilmente. E pensar nas ações que Potter faria deixava Severus ainda mais frustrado com o garoto de programa.
"Na verdade, não", respondeu com irritação.
O rapaz olhou um pouco tristonho para o homem. Apesar de não era arrogante, ele se orgulhava de nunca ter recebido uma crítica tão direta sobre sua performance como essa.
"O que eu posso fazer para agradá-lo mais? Eu já desenhei o raio na minha testa e também estou usando o óculos que me pediu."
"Tente ser mais revoltado, desobediente e imprudente."
O garoto de programa lançou um olhar inteligente para Snape.
"Está usando meu corpo, mas está pensando em outra pessoa?"
"Um prostituto psicólogo? Será que eu vou ter que te pagar mais por esse serviço extra?", perguntou Severus com zombaria.
"Você não precisa ser irônico."
"Eu estou pagando por seus serviços. Eu posso ser como eu quiser. Mas quer saber? Isso já acabou, definitivamente não está dando certo", disse e pegou a carteira no bolso da calça. Pegou algumas notas e entregou ao homem ajoelhado a sua frente. "Sai fora daqui."
O rapaz pegou o dinheiro e colocou no bolso. Depois voltou a encarar Snape e perguntou:
"Você é sem educação com todo mundo ou eu estou recebendo tratamento especial?"
Antes de responder, Severus ajeitou sua cueca e fechou sua calça.
"Eu nem me lembro do seu nome, se é que o nome que você colocou no anúncio do jornal é verdadeiro. Mas isso não faz diferença alguma. Só o que estou tentando dizer é: você não é especial. Eu trato assim todas as pessoas que conheço."
"Talvez seja por isso que tenha que pagar pra transar", resmungou. Mas permaneceu onde estava, no chão, entre as pernas de Severus.
"O que disse?", indagou Snape, apertando os olhos.
"Nada."
"Saia daqui agora."
"Não. Só saio quando eu fizer o que fui pago para fazer."
"Não perca o nosso tempo. Para me agradar você teria que ser outra pessoa", disse e instantaneamente teve uma ideia. Ser outra pessoa. Com auxílio da Polissuco e um fio de cabelo ou pedaço de unha de Potter eu conseguiria transformar alguém nele, pensou sorrindo.
O garoto de programa observou enquanto o homem rude e esquisito a sua frente sorria satisfeito. Ele ficava mais estranho a cada dia, refletiu o rapaz.
"Pois bem, você deseja que eu atue como um rebelde, não é? Pois é isso que eu serei. Levante-se!", mandou o rapaz.
Severus fitou o garoto de programa com pouco caso. Tinha outras coisas em mente, como iniciar a poção Polissuco e pensar em como obter um pedacinho de Potter.
"É Ricardus, não é?"
"Richard", corrigiu.
Snape se ergueu da poltrona.
"Então escute Richard, eu tenho mais o que fazer do que ficar me frustrando com outro garoto de programa incompetente."
"Mas..."
"Nosso encontro acabou. Saia da minha casa. Agora", mandou em um tom letal.
Richard estremeceu de pavor e se levantou correndo, em seguida deixou a casa, saindo pela porta da sala. Sentiu um medo horrível daquele sujeito. Parecia que iria matá-lo, se não obedecesse.
o-o-o-o-o-o
Severus iniciou a poção Polissuco no mesmo dia, depois de ter despachado o garoto de programa. Demoraria algum tempo para finalizá-la, mas o bruxo teria com o quê se ocupar nesse período. Ele precisava estudar Harry Potter e sua rotina.
Utilizando um feitiço de desilusão, Snape seguiu Harry durante quatro semanas para saber sua rotina. Ele descobriu que na maioria das sextas-feiras Potter ia para um bar beber com os outros colegas, futuros aurores. Mas, nos outros dias da semana ele ia direto para casa, com exceção de quando passava em um mercado para fazer compras. O rapaz sempre usava a entrada muggle do Ministério, tanto na sua chegada como na sua saída.
Contudo, o mais surpreendente para Snape, foi descobrir que Potter morava em uma casa muggle em Londres, perto do Ministério. Na maioria das vezes, o aluno ia até o Ministério caminhando e voltava para sua casa também andando. Severus achava muito estranho, o garoto podia simplesmente desaparatar ou, ainda, usar o pó de Flu para se locomover. Talvez o rapaz gostasse de caminhar pelas ruas muggles, já que ele era mestiço, estava acostumado com a companhia dos muggles.
Apesar da sua perseguição diária, o ex-Comensal da Morte ainda não sabia como exatamente ia conseguir um pedaço de Potter para a Poção Polissuco. Tinha várias probabilidades malucas. E em meio aos seus devaneios, lhe surgiu outra ideia. Usando a Imperius talvez?, refletia. Se eu usar a Imperius não vou precisar da Poção Polissuco. Vou obrigar o heroizinho do mundo mágico a fazer tudo o que eu quiser enquanto ele estiver sob a Imperdoável.Harry Potter definitivamente valia o risco de ir para sorriu enviesado com sua nova ideia. Por que não pensei nisso antes? Agora, eu preciso apenas me encontrar com Potter e trazê-lo até a minha casa.
A nova pergunta era: Como? Enfeitiçá-lo no meio da rua? Era uma opção, ainda que não fosse a mais segura. Mas ele não podia azarar Harry em frente aos muggles, ainda mais tão próximo do Ministério. Severus teria que convencer o rapaz a segui-lo, mas utilizando palavras. Isso seria potencialmente complicado, pensou.
o-o-o-o-o-o
Snape estava usando roupas muggles enquanto andava pela rua que Harry passava todos os dias depois de sair do Ministério. Sua intenção era óbvia, desejava esbarrar com Potter, conversar e convidá-lo a ir até sua casa. Se ele não aceitasse, Snape jogaria Harry em um beco mais deserto e estuporaria o garoto. Apesar de correr o risco de cometer uma infração de praticar magia no território dos muggles, Snape faria assim mesmo. Demoraria algum tempo até ele ter uma audiência no Ministério.
Com essa ideia em mente e a certeza de que teria Harry Potter ao menos uma vez, Severus parecia satisfeito enquanto caminhava pela rua. E quando avistou Potter, ele quase sorriu. O bruxo pensou que teria que falar com o ex-aluno, mas assim que garoto o viu, ele acenou e foi até o mestre a passos largos.
"Snape!"
"Potter...", falou monótono. Snape teve que controlar sua voz para sair normal. Apenas ficar frente a frente a Harry já era excitante. Era Harry Potter de verdade, e não prostitutos! E a última vez que Snape tinha visto Potter, ele estava morrendo por causa do ataque de Nagini.
"Como você está? A última vez que te vi, você estava inconsciente na Ala Hospitalar em Hogwarts. É... bom vê-lo recuperado."
Ele foi me visitar na Ala Hospitalar!, pensou Severus, surpreso.
"Eu estou bem, Potter", disse e depois acrescentou com deboche acentuado: "Agradeço seu interesse em minha saúde."
Harry sorriu ao reconhecer o familiar tom debochado do antigo professor. Por isso, resolveu provocá-lo.
"Fui eu quem ajudou Hermione a te tirou da Casa dos Gritos vivo para que fosse tratado, então é óbvio que tenho interesse em seu corpo", falou e havia malícia e uma pontada de lascívia em sua voz.
Severus ficou atônito por meio segundo. Parecia que Harry havia flertado com ele. Por conta disso, Snape poderia agarrar Potter no meio da rua, na frente de todos os muggles que estavam passando. Agora não é a hora para isso, pensou sensatamente, enquanto inspirava, tentando se acalmar.
"O que está fazendo aqui?", questionou para desviar o assunto.
Harry apontou para entrada muggle para o Ministério que ficava há duas quadras.
"Eu estou no meu treinamento de auror. Por falar nisso, hoje eu tive prova de Poções Avançada."
"É mesmo? E como se saiu?", indagou, e ao mesmo tempo evitava ficar olhando para os lábios do garoto.
"Acho que continuo preferindo Defesa Contra as Artes das Trevas Avançada", respondeu sorrindo com sinceridade.
Ao ver um sorriso genuíno de Harry, o coração de Snape começou a bombear loucamente. Severus quase podia sentir o ar faltando em seu corpo, parecia que ele tinha corrido uma maratona. Ele abriu a boca para poder inspirar melhor. Depois começou a falar para disfarçar:
"É claro. Você nunca foi sutil o suficiente para entender Poções e..."
"Você bebe, Severus? Eu preciso de uma bebida. Tem um bar aqui perto. Gostaria de me acompanhar até lá? Eu te pago uma bebida."
Severus? Ele acabou de me chamar de Severus?Snape não pensou ser possível, mas sua pulsação acelerou ainda mais. Ele pensou que ia enfartar a qualquer segundo. Mas todo aquele sangue correndo acelerado por suas artérias o ajudava a pensar melhor. Teve a ideia perfeita para levar Harry até sua casa.
"Tenho em minha casa todo tipo de bebida. Por que você não me acompanha até lá? Assim, eu te pago a bebida."
Harry ponderou alguns segundos antes de responder. A ideia de ir até a casa de Snape era estranha e tentadora. E, o mais estranho era seu ex-professor convidá-lo a ir para lá. A curiosidade venceu o rapaz.
"Ficaria encantado. Onde você mora?", perguntou.
"Venha, vamos até um beco para podermos desaparatar."
o-o-o-o-o-o-o
Snape guiou Harry na aparatação até sua antiga casa. Eles aparataram em frente a porta de entrada. Após olhar para os lados e conferir que não tinham sido vistos por ninguém, Severus abriu a porta com a chave e os dois entraram.
Potter tirou o pesado casaco e cachecol preto e entregou-os para Snape. O ex-professor ficou alguns segundos olhando Harry. O rapaz vestia um suéter verde com camisa grená por baixo e calças jeans. Estava charmoso e elegante.
Harry sorriu ao notar o jeito que Severus olhava para ele. Parecia que Snape estava-o admirando abertamente. Mas não poderia ser. Severus Snape o admirando?
"O que foi, Severus?", perguntou o rapaz. Parecia que ele sentia prazer em chamar seu antigo professor pelo primeiro nome.
Snape passou as mãos pelos cabelos e piscou uma vez. Ele estava obcecado pelo rapaz, mas não podia demonstrar isso tão explicitamente. Estava parecendo um adolescente bobo encarando sua paixão. Ele precisava se controlar mais!
"Sente-se, Potter. Mas, primeiro acenda a lareira. A sala está um gelo", falou e em seguida foi guardar os casacos no armário.
Harry observou a sala de estar do ex-professor. Parecia um lugar triste. Sem fotos em cima da lareira ou pinturas na parede. Só tinha móveis sem graça, e a parede azul-gelo dava um ar ainda mais desinteressante ao local. Havia duas poltronas verdes, uma a esquerda da lareira e a outra a direita. Entre as poltronas uma mesinha de centro de madeira, cheia de livros, embaixo de um tapete feio. Do lado oposto a lareira tinha uma janela gigantesca com as cortinas beges abertas. Ele caminhou até a lareira de tijolos e tirou a varinha do bolso. Primeiro observou os pedaços de madeira chamuscados, depois com um feitiço não verbal, acendeu as chamas. Enquanto ele ia se sentar no sofá verde a esquerda da lareira, Severus voltava do armário. Embaixo do casaco Snape vestia uma camisa social branca de manga longa, um colete preto e uma calça preta.
Potter ficou olhando o homem. Era a primeira vez na vida que Severus Snape com outra cor além do preto. Ele ficava bastante interessante usando branco, apesar da cor não contrastar em nada com sua pele pálida.
"O que você prefere, Potter? Destilados ou fermentados?", indagou Severus.
O rapaz franziu a testa com a pergunta, como se fosse técnica demais, então respondeu simplesmente:
"Eu gosto de cerveja."
"Uma bebida fraca", resmungou.
"O que me sugere?"
"Vodca, se aguentar beber", sugeriu em tom provocativo.
Harry riu enviesado e pediu:
"Sem gelo ou água. Eu quero vodca pura."
Severus sorriu satisfeito com o pedido e saiu da sala em direção a uma porta, para buscar a bebida.
o-o-o-o-o-o-o
Snape observava com atenção Potter terminar de beber seu segundo copo de vodca pura. Harry ainda usava os mesmos óculos redondos de lentes grossas. Seus olhos verdes eram atentos e inteligentes, e acompanhavam cada movimento de Severus. O nariz era perfeito e simétrico, nada torto ou grande demais, como o de Snape. Os cabelos de Potter eram de um negro único e as mechas apontavam para todas as direções. A cicatriz em forma de raio estava escondida por uma mecha. E a boca... Severus preferia não ficar olhando aqueles lindos e convidativos lábios rosados.
O ex-professor só bebeu um pequeno gole de seu primeiro copo de vodca. Ele precisava estar sóbrio para quando começasse a agir, isto é, usar a Imperius contra o ex-aluno. Mas, infelizmente para Severus, Harry não estava nem um pouco bêbado. Estava levemente alegre, o que indicava que o rapaz tinha o costume de beber.
Potter fitou o copo de Snape praticamente intacto.
"Você não vai beber?", indagou.
"Mais tarde, talvez", respondeu e depositou o copo na mesinha de centro em frente a eles. Depois puxou a varinha da calça e apontou-a para o rapaz.
Harry olhou mais curioso do que assustado para a varinha apontada para ele.
"O que vai fazer?", perguntou e não havia temor algum em sua voz.
"Imperio!"
Potter se sentia tão seguro na presença de Snape, que nem ao menos tentou se defender do feitiço. E havia também o álcool, que o deixava um pouco letárgico. Ele não resistiu ao Imperdoável e ficou sob controle do ex-professor.
Severus estava mais que satisfeito. Azarar Potter foi fácil demais. Ele já esperava por isso, Harry era péssimo em Legilimência, naturalmente seria péssimo contra a Imperius, já que ambos feitiços requeriam bom controle da mente. Agora ele necessitava testar o feitiço, para confirmar que o garoto realmente estava dominado.
Levante-se! Levante-se!, mandou a voz de Snape na cabeça de Harry. O rapaz riu internamente e desfez sutilmente o controle mental que Severus tinha sob ele. Apesar do álcool, a perícia de Potter nessa maldição era tão grande que ele podia fingir para seu ex-professor que ainda estava sob o controle dele. Harry estava ainda mais curioso. Aonde Snape queria chegar com isso? Ele se levantou, simulando o olhar apático, característico dos enfeitiçados por essa maldição, esperando mais ordens.
Totalmente excitado por estar no controle de Harry Potter, O Salvador do Mundo Mágico, Snape quis curtir a situação. O ex-professor se sentia extremamente poderoso por ter a sua mercê o bruxo que derrotou o Lorde das Trevas.
Fique parado!, mandou novamente a voz de Severus. Harry obedeceu e manteve o olhar parado e fixo, fingindo estar sob o controle de Snape. Ele viu o ex-Comensal da Morte se levantar e caminhar até ele. O homem olhava tão intensamente para seus olhos que Potter sentia suas bochechas ficando vermelhas. Harry já havia recebido muitos olhares de Severus. Olhares cheios de desprezo, ironia e ódio, principalmente. Mas, desta vez, o olhar de Snape era obsceno, extremamente libidinoso. Ele devorava o bruxo com os olhos. Snape sente atração por mim? Desde quando?, perguntou-se.
Os olhos de Potter... Não eram os mesmo de Lily, pensava Severus. Os olhos de Harry eram mais solitários e tristonhos, mas tinham a mesma destreza da mãe. E tinham algo mais, naqueles olhos verdes, havia certa libido. Severus se aproximou lentamente do rapaz, os olhos fixos nos dele. Quando estava próximo o bastante, ele quebrou o contato visual para olhar para o pescoço de Harry. O homem lambeu os próprios lábios e se aproximou mais.
Quando Potter teve a sensação de ter os lábios quentes de Snape sob sua pele, ele teve que fazer muito esforço para se manter parado, pois ele sentiu muitos arrepios descerem pela sua coluna. Sua respiração se intensificou e com muita disciplina, ele conseguiu permanecer parado. Por sorte, Severus estava ocupado demais sentindo o gosto de seu pescoço para perceber algo além.
"Você não se parece nada com seus pais, garoto. Você é totalmente diferente...", sussurrou Snape. Em seguida, colocou a mão sob a ereção recém adquirida de Harry por conta dos beijos no pescoço. "É disso que estou falando, Potter. Mesmo estando inconsciente você é um grandíssimo devasso."
Uma leve irritação percorreu o rapaz. Eu sou devasso? E você é o que, Snape?, pensou indignado. Percebendo que Severus havia se afastando de seu pescoço, ele ficou imóvel. Harry viu Snape caminhar até a poltrona e depois se sentar. O ex-professor voltou a encarar o rapaz, e dessa vez Potter identificou aquele ar de zombaria e escárnio, tão característicos de seu antigo mestre. Mas, estranhamente, naquele momento, identificar isso em Severus fez o excitar-se mais.
"Sabe por que você é diferente tanto do seu pai, como da sua mãe, garoto? Porque hoje você fará algo que nenhum deles sonhou fazer."
A curiosidade fervilhava em Harry. Mas após ter sentido Severus tocar-lhe o membro, ele já tinha alguma ideia do que iria acontecer. Ainda assim, queria saber o quê exatamente seu ex-professor gostaria de fazer com ele.
"Você está tão longe, garoto. Venha mais para perto", sugeriu e sua voz estava mais baixa e... Sedutora?
Potter queria ir. Queria muito, contudo, permaneceu parado, ele só podia se mexer quando ouvisse a voz em sua mente.
Venha até mim e ajoelhe-se no chão, entre minhas pernas, mandou. Harry pode sentir, mesmo na ordem, a excitação que havia por trás da voz. Se sentindo igualmente excitado, o garoto fez o que a voz pediu. Potter caminhou até seu ex-professor e se acomodou entre as pernas dele. Já prevendo o que veria a seguir, ele aguardou mais instruções. Estranhamente, estava ansioso para mais ordens.
O rapaz viu Severus abrindo a própria calça. Depois, puxou o elástico da cueca para baixo, liberando sua ereção intumescida. Harry teve uma dupla sensação instantânea àquela visão: sentiu seu membro endurecer e sua boca se encher de água.
Snape sorriu da forma mais debochada possível e olhou atentamente para o rosto do garoto, como se quisesse ver como ele reagiria com a ordem seguinte.
Chupe! Chupe!, mandava a voz na cabeça de Harry. Chupe?, pensou e sorriu. O autocontrole de Potter chegou ao fim e ele começou a rir. Aquela palavra tão sem classe que não combinava com o sempre tão sério Snape.
"Você usou Imperius em mim, correndo o risco de ir para Azkaban, só para eu te chupar?", perguntou Potter, ainda rindo.
Severus perdeu a cor do rosto, estava pálido como um morto. Seu sorriso debochado desapareceu. Ele ficou em pânico. Jamais esperaria que isso acontecesse. Sentiu-se humilhado por Harry estar consciente. Como Potter, o garoto que não conseguia resistir a uma invasão a mente, conseguia impedi-lo de usar a Imperius?
Harry notou que o ex-professor estava desconfortável. Ainda com um sorriso zombeteiro, ele acariciou a coxa esquerda do homem e falou:
"Não precisava ter me enfeitiçado. Se eu soubesse que você me desejava assim, teria feito o que você quisesse espontaneamente. Bastaria você pedir. Quer que eu te chupe, professor? Eu faço isso com prazer, mas vou querer algo em troca."
Sem esperar uma reação de Snape, que ainda estava atônito e imóvel, Potter abriu as pernas do outro com as mãos. Depois, se acomodou melhor entre as pernas dele. Em seguida, olhou para cima, direto para os olhos negros. Sorriu maliciosamente para o bruxo e passou a língua pelos próprios lábios. Em seguida, ainda encarando Snape, passou a língua pela ereção do ex-Comensal da Morte.
Apesar do trauma, Severus sentiu sua ereção ficar mais enrijecida. Magicamente, esqueceu-se da vergonha que sentia; agora ele estava hipnotizado por Harry, observava o rapaz com a mais profunda veneração. Nem em seus sonhos mais criativos e mirabolantes, ele pensou que Harry Potter se submeteria a ele por livre e espontânea vontade. Aquilo realmente não fazia o menor sentido. Tanto que incitou sua curiosidade.
"Por que está fazendo isso?", questionou Snape, sua voz baixa.
Potter lambeu algumas vezes toda a extensão do membro do bruxo, em seguida ergueu o rosto.
"Não é isso que você quer que eu faça?"
Severus sorriu de um jeito estranho, sem humor.
"É exatamente isso que eu quero que você faça. Por isso não entendo porque você está fazendo."
"Eu sou gay. Você é um homem que me atrai, e está disposto a transar comigo. Por que não faria algo para te agradar?"
Homem que me atrai? Snape fechou os olhos e apoiou a cabeça no encosto da poltrona. Aquilo não era possível. Ele não merecia ouvir aquilo daquela boca. Depois de respirar profundamente, ele conseguiu falar:
"Você falou que iria querer algo em troca. O que é?"
Harry sorriu com lascívia.
"Depois a gente conversa sobre isso."
Snape, então, viu e sentiu Potter abrir bem a boca e fechar os olhos, depois seus lábios envolveram seu membro.
Harry ouviu Severus gemer alto, o que foi um incrível estímulo. Ele desceu os lábios até quase chegar a base da ereção de Severus e escutou novamente o ex-professor gemer. Satisfeito, Potter abriu os olhos para poder ver como era a feição de Severus Snape quando ele estava extasiado de prazer. Snape estava com os olhos fechados, o rosto relaxado e a boca aberta. O peito do bruxo subia e descia rapidamente. O rapaz adorou ver aquilo. Gostou tanto que escapou um gemido abafado de seus lábios.
Severus abriu os olhos e fitou Potter, que havia voltado a mover a boca, subindo e descendo os lábios por todo seu membro. Então, um antigo costume do professor surgiu com força monstruosa. Ele precisava provocar Harry.
"Você está adorando isso, não é Potter? Está adorando ficar de joelhos para mim."
Harry não retrucou, estava ocupado demais. Mas o ex-mestre continuou provocando-o.
"Estou te fazendo um favor enorme. Realizando seu sonho. Desde quando você deseja estar comigo, garoto?"
Potter riu, tirou o membro do ex-professor dos lábios e olhou sério para o homem.
"Acha mesmo prudente ficar me provocando enquanto tenho seu pau na minha boca? Eu posso te dar uma bela mordida, Snape."
"Ah, você não faria isso. Já percebi que você gostou muito do que estava na sua boca."
Harry sorriu de novo e voltou a chupá-lo, com mais vontade, quase como se quisesse confirmar a afirmação do bruxo. Ao mesmo tempo, abriu o zíper de sua calça e segurou sua ereção com uma das mãos, depois começou a mover a mão por ela.
Severus quase chegou ao orgasmo ao ver aquilo. Seu ex-aluno se masturbando na sua frente, excitado por causa dele. Isso só podia ser um sonho. Mas novamente a vontade de provocar Harry foi mais forte.
"Você está se masturbando, Potter? Ficou excitado só por estar me chupando? Que tipo de herói é você?"
Harry não retrucou. Severus tinha razão. Ele talvez fosse um depravado. Ficou muito excitado com as provocações de Snape. Tão excitado que não conseguiu se conter, teve que se masturbar. Potter ergueu a cabeça e acelerou seus movimentos com a boca enquanto fitava os olhos negros em tom de desafio.
Snape mordeu os lábios. Com Harry acelerando os movimentos ele não demoraria muito a chegar ao ápice. Ele colocou uma mão na cabeça de Potter, acariciando seus cabelos.
Harry agora movia-se freneticamente, sugava a glande de Severus, como se quisesse forçá-lo a gozar. Ele sentiu a mão do bruxo fechar-se em seus cabelos, depois ouviu um gemido suave e sua boca foi preenchida pelo líquido de Snape.
Severus respirava com dificuldade, arfando. Ele olhou para Potter, que tirava a boca de seu membro e pensou que estivesse alucinando. Ele realmente havia acabado de ejacular na boca de Harry Potter? A resposta para sua pergunta veio ao notar que o rapaz passava um dedo pelo próprio queixo, limpando o sêmen que havia vazado.
Como se tivesse sentido que estava sendo observando, Harry ergueu a cabeça e fitou os olhos negros. O rapaz sorriu satisfeito, após lamber os lábios. Depois, Potter se levantou, e sentou no colo de Snape, de frente para o bruxo.
Harry estava se inclinando para beijar a boca de Severus quando parou no meio do caminho. Ele não se sentiria confortável ao fazer aquilo. Sim, tinha sêmen de Snape em sua boca, mas ele preferia não beijá-lo. Potter deu um sorriso triste e beijou o queixo do ex-professor.
"Vou tirar sua roupa", avisou e ergueu as mãos até as vestes de Snape.
Enquanto Potter abria o colete e a camisa de Severus com as mãos, ao mesmo tempo se inclinou e ficou distribuindo beijos pelo pescoço e orelha do bruxo.
Snape ficava mais confuso a cada momento que passava com Potter. Por que ele não o beijou? Queria ardentemente beijar o garoto, sentir o gosto de sua boca, a textura de seus lábios. Droga! Por que ele não havia o beijado? Talvez ele tenha um relacionamento com alguém. E pense que transar não é tão pessoal e íntimo como um beijo. Ele só beija o namorado. Só podia ser isso. Ah, mas o namorado dele vai saber de nossa transa, pensou perversamente.
O garoto continuava excitado, pois Snape sentia a ereção dele contra sua barriga. Sentia também a boca de Harry mordiscando seu pescoço e descendo até morder seus mamilos.
Depois de mordiscar os dois mamilos de Snape, Harry olhou em volta. Queria penetrar Severus, mas não naquela poltrona feia. Mas não havia nenhuma mesa na sala de estar. Na cozinha, talvez? Potter sorriu malvadamente e perguntou:
"Você já transou na cozinha, professor?"
Os olhos negros cintilaram. Harry só não saberia dizer se foi porque ele gostou da ideia de transar na cozinha ou porque o chamou de professor.
"Não me chame de professor, garoto. Só me chame pelo primeiro nome. Já percebi que se sente confortável demais o pronunciando."
Potter sorriu e mordeu a orelha de Snape. Em seguida, sussurrou apaixonadamente:
"Severus..."
Snape fechou os olhos, deleitado. Ele aproveitava a sensação da afrodisíaca voz de Harry passeando por seus ouvidos e se fixando no seu cérebro. Ele certamente sonharia com aquela voz.
"Severus", repetiu o rapaz. "Vai transar comigo? Na cozinha?", indagou e roçou sua ereção contra a barriga do bruxo.
Snape, ainda de olhos fechados, se deleitava com a situação.
"Estou totalmente a sua disposição, Potter."
"Estou te chamando pelo primeiro nome, então é justo que também me chame assim. E pare de me chamar de garoto."
"Harry..."
Potter sorriu alegre.
"Na cozinha?", questionou, com a boca na orelha de Severus.
"Aonde você quiser, até nas masmorras."
Harry ainda sorria, enquanto se levantava. Depois, tirou rapidamente a camisa e o suéter.
Severus permaneceu sentado, abriu os olhos e observou o rapaz se despir.
Ao notar que Snape, olhava para ele com intensidade, Potter provocou:
"Gosta do que vê?"
"Vou gostar mais se você tirar a calça."
"Por que você não tira, Severus?"
Se Potter pedisse algo para Snape usando a palavra Severus, o Comensal da Morte iria até Marte por Harry. Ele se levantou e foi até o rapaz. Inconscientemente atraído pela boca do outro, Snape com o dedo indicador, contornou os lábios de Potter. Precisava ao menos sentir a textura e maciez daqueles lábios. Depois, suas mãos seguiram até a calça e ele começou a abrir botões e descer o zíper.
Harry não acreditava que aquilo tudo estava acontecendo. Foi tudo tão rápido. Potter encontrou seu antigo professor na rua, o bruxo tentou forçá-lo a fazer sexo oral usando uma maldição Imperdoável, em seguida, Harry chupou Snape. E, agora, Severus estava tirando sua roupa e enfiando o nariz em seu pescoço. Potter se arrepiou. Depois, sentiu, ao mesmo tempo, Snape absorvendo seu cheiro e descendo sua cueca.
"Isso é bom...", sussurrou o rapaz.
Severus sorriu e lambeu o pescoço de Potter, depois começou a chupá-lo.
"Ah...", gemeu, aproveitando aquela boca.
Severus, então, envolveu Harry em um abraço apertado. Fazia questão que suas mãos apertassem fortemente a pele branca do ex-aluno. Desejava deixar o corpo daquele garoto repleto de marcas. Marcas que seriam vistas pelo namorado dele. Sem dó, ele mordeu o pescoço do garoto. Uma, duas, três vezes.
"Ah...", Potter gemeu outra vez. Não esperava que Snape fosse tão possessivo. Mas estava gostando. Ele sentiu Severus beliscar e arranhar suas costas. Depois, sentiu os dentes de Severus cravarem fundo em seu ombro.
"Ai...", ganiu Harry. Ele sentiu uma dor aguda. Aquela mordida com certeza tiraria sangue dele.
Severus sorriu enviesado. Mordeu o outro ombro do garoto. Em seguida, arranhou as costas de Potter dos ombros até chegar ao bumbum.
Harry sentia as costas e os ombros queimando por causa dos arranhões e mordidas. E, incrivelmente, sentir dor fazia sua ereção doer de excitação. Ele friccionou sua ereção contra as coxas e virilha do bruxo para demonstrar que os carinhos haviam sido bem recebidos.
"Se já parou de me maltratar, acho que podemos ir para a cozinha, não?"
Severus sorriu enviesado. Depois pegou a varinha e lançou um feitiço em Harry, fazendo desaparecer as roupas que ainda vestia, assim como os sapatos e as meias. As vestes e sapatos de Potter reaparecem em cima do sofá.
"Vamos, Harry. A cozinha é por aqui."
o-o-o-o-o-o
A cozinha de Snape era tradicional, com as paredes brancas e chão de madeira. Alguns eletrodomésticos eram brancos e outros de aço inox. Harry avistou uma mesa com tampo de mármore próxima a janela e sorriu. Preferiria que a mesa fosse de madeira, para que parecesse que eles ainda estavam em Hogwarts. Mas aquela mesa serviria. Era óbvio que ele sempre tivera várias fantasias com Severus. Mas a fantasia que ele mais gostava era imaginar seu professor com o rosto grudado na mesa, com a bunda empinada e penetrando-o até ambos gozarem. Potter não acreditava que sua fantasia estava prestes a acontecer.
Potter olhou para Snape de forma predatória. Hoje Severus seria o jantar. O seu jantar. Ele envolveu Snape com os braços e caminhou com ele até a mesa. Depois, em um movimento rápido, virou o bruxo, fazendo-o ficar de costas para ele. Em seguida, forçou as costas do ex-professor a se inclinarem para frente, fazendo seu rosto, barriga e tórax ficarem grudados na mesa. Ele sorriu ao notar que Severus não ofereceu qualquer resistência, deixando que ele fizesse o que quisesse.
"Não vai protestar? Vai deixar que eu faça o que eu quiser?", provocou.
Snape quase riu. Estava gostando tanto de tudo. Harry Potter era um dominador. E eles iriam fazer sexo na cozinha. O que poderia ser melhor que isso?
"Eu já fiz o que eu queria fazer com você", zombou. "Então é justo que você faça algo comigo."
"Eu definitivamente farei algo com você, Severus."
"Eu mal posso esperar, garoto", disse e empinou a bunda, incentivando e provocando.
"Preciso da sua varinha", falou.
O Comensal da Morte retirou sua varinha do bolso e a entregou a Harry.
Com auxílio da varinha e feitiços não verbais, o rapaz fez a calça e a cueca de Snape desparecerem. Potter gostou de como a varinha de Severus funcionou bem com ele. Depois, ainda com a varinha convocou um tubo de lubrificante, que ele supôs existir ali. Harry tinha razão, pois em menos de cinco segundos, um tubo posou em sua mão. O rapaz sorriu e colocou a varinha em cima da mesa. Em seguida, agilmente, espalhou o gel transparente por seu dedo médio. Antes de penetrar o dedo no outro, olhou a bunda de Severus. Era bem redonda e firme. A pele de Snape era ainda mais pálida ali. Sorrindo, Potter se perguntou se a pele ficaria vermelha por causa do atrito. Ele penetrou o dedo naquela bunda linda.
Snape gemeu, satisfeito. Não tinha planejado nada daquilo, mas adorava a situação. Seu corpo e rosto imprensados contra sua própria mesa, enquanto um garoto que tinha metade da sua idade enfiava um dedo em seu traseiro. Isso já seria tremendamente excitante se fosse qualquer bruxo, mas... Era Harry Potter! O que tornava tudo muito melhor.
Enquanto o dedo de Harry movia-se para dentro e fora do corpo de Severus, ele pode senti-lo relaxado. Aquilo o agradou demais. Ele sabia que o ex-professor estava curtindo. E isso fazia Potter gostar ainda mais. Então essa era a hora de Harry provocar o novo amante.
"Tinha tudo isso em mente, Severus? Depois que eu te chupasse ia me fazer te comer?", perguntou com ironia.
Snape riu da insinuação.
"Não tinha planejado exatamente isso, Harry. Mas você está se saindo melhor do que eu havia imaginado."
Potter inseriu um segundo dedo em Severus e agora movia os dois dedos profundamente no corpo do outro, mas de um jeito carinhoso.
"Então confessa que imaginou muitas vezes como seria a nossa primeira vez?", questionou, sem parar os movimentos.
Severus não respondeu. Ele não precisava dar mais motivos para Harry Potter ficar orgulhoso. Mas era totalmente verdade que Snape gastava boa parte de seu tempo se masturbando e pensando no salvador do mundo mágico. O Comensal da Morte estremeceu de deleite quando aqueles dedos roçaram em sua próstata. Quem diria? O filho de James Potter e Lily Evans, realmente sabia transar.
Ao não receber uma resposta, o garoto riu.
"Vou entender seu silêncio como sim", disse e penetrou os dedos mais profundamente. Como resposta, recebeu um gemido abafado do ex-mestre. "Acho que já está pronto para mim", falou e retirou os dedos. Depois, agilmente espremeu o tubo de lubrificante em sua mão e transferiu o gel por seu membro enrijecido, então, penetrou Severus devagar, aos pouquinhos.
O ex-professor mordeu os lábios e fechou os olhos. Com a testa contra a mesa, ele achava a situação engraçada. Jamais teria imaginado que fosse assim que Harry Potter penetrasse alguém. O rapaz era gentil e pelo jeito que o penetrava dava para perceber que ele tinha experiência.
Ao estar totalmente dentro de Severus, Harry emitiu um forte gemido de prazer.
"AAH!"
Snape agarrou mais firmemente as bordas da mesa, ele compartilhava o prazer que Potter sentia. Por isso, começou a se mexer, procurando mais atrito com o membro de Harry.
"Gosta disso, não é? Está adorando", zombou, sem parar de se mexer.
O rapaz riu, deleitado.
"Você nem imagina, Severus. Não tem ideia do quanto eu desejei isso. Transar com meu professor de Poções? O Comensal da Morte preferido de Voldemort? Ah, Severus! Meu pau ficou duro só de pensar em você. Vou te comer todo."
"Você já está fazendo isso."
"Não. Eu ainda nem comecei", murmurou. Ele segurou fortemente a bunda de Severus, em seguida, iniciou uma série de investidas contra a bunda de Snape. Seu púbis batia no corpo do Comensal da Morte, fazendo barulho. E Potter adorava o fato do bruxo se mover, indo sempre em direção a sua virilha.
Snape arfava. Tudo estava tão maravilhoso. Harry transava tão bem. E o membro do garoto parecia ser guiado até sua próstata, pois ela estava sendo golpeada diversas vezes. Potter iria fazê-lo gozar de novo!, pensou e gemeu alto.
"Isso foi um gemido de prazer, não foi? Estou te machucando?", questionou a voz de Harry, preocupada, entre arfadas.
"Não pare, Potter!", gritou, pois Harry havia parado de se mover. "E é óbvio que não está me machucando. Você está..."
"Estou te conduzindo ao clímax pela segunda vez?", provocou e voltou a se mover. Agora seus movimentos eram mais rápidos e desesperados, mas nada bruscos. Ele conseguia ouvir o baque do atrito entre sua virilha e a bunda de Severus. E adorava o som. Adorava o fato do cheiro de Snape estar impregnado no ar. Adorava ouvir Severus gemendo para ele. Adorava estar com seu professor. Harry sentiu que poderia chegar ao orgasmo a qualquer minuto. Assim, ele agarrou os cabelos de Snape pela nuca e puxou, fazendo o bruxo ficar com as costas retas. Ele ouviu Severus gemer de desconforto, mas ignorou. Estocou forte mais três vezes e gozou. Harry soltou um gemido abafado, sua boca estava enfiada na curva do pescoço de Snape.
Severus estremeceu ao sentir o gemido próximo de sua orelha. Ele não aguentou e também chegou ao ápice.
Potter arfava, mas tinha um sorriso satisfeito e contente. Ele abraçou Snape e sussurrou:
"Isso foi bom demais."
O ex-professor sorriu arrogante a aproveitou o momento. Sentindo o calor e cheiro de perfume de Harry.
Potter se retirou lentamente de dentro de Severus. Pretendia beijar a nuca e o pescoço de Snape mais algumas vezes, mas então ele viu a hora no relógio da cozinha. Ele praguejou mentalmente. Estava tarde e ele precisava ir embora. Harry desfez o abraço e tentou lembrar onde estavam suas roupas.
Severus se virou e viu que Potter parecia procurar por algo. Fitou o rapaz sair de sua cozinha e ir até a sala de estar. Snape pegou sua varinha em cima da mesa e lançou um feitiço não verbal em si próprio para se limpar. Depois pegou sua calça que tinha reaparecido no chão, graças ao feitiço de Harry e a vestiu, então, seguiu até a sala. Lá viu que Harry recolhia suas roupas apressadamente.
Ao sentir que estava sendo observado, Potter olhou em direção a porta que vinha da cozinha. Severus tinha uma expressão estranha no rosto. Se Harry não conhecesse aquele homem, diria que Snape parecia triste com sua saída.
"Eu vim pegar minhas roupas", disse.
"Estou vendo", falou e sua voz soava impassível.
Potter já não sentia mais seu perfume. A única coisa que sentia era o cheiro de Severus. Parecia que aquele cheiro de ervas estava impregnado em seu corpo. Ele não podia ir embora cheirando assim. Por isso, perguntou:
"Se incomoda que eu tome um banho aqui?"
A única reação de Snape for erguer uma sobrancelha.
"Quer que eu lave suas roupas também? Tenho lavadora e secadora muggles novas."
"Só um banho rápido é suficiente."
Com a sobrancelha já abaixada, Severus falou:
"Suba as escadas. É a terceira porta a direita. Tem sabonetes e xampus novos nas gavetas. Vou pegar uma toalha para você."
Harry ficou parado e Snape ia passar por ele em direção as escadas, quando o rapaz o segurou pelo braço.
"Nunca gostei de você em Hogwarts e nós dois sabemos disso. E confesso que quando vi Nagini tirando sua vida naquele casebre imundo eu senti inveja da cobra. Eu queria poder te matar por causa do assassinato de Dumbledore e pela traição. Mas, felizmente, Hermione tem mais sensatez que eu e resolveu te ajudar, assim me convencendo a fazer o mesmo. E quando eu vi as suas memórias... E percebi como você foi corajoso e nobre... Senti uma atração gigantesca por você, mas na época você amava minha mãe e pensei ser impossível te conquistar. Então, apareceu outra pessoa em minha vida, menos impossível de se conquistar, e eu fiquei envolvido demais", ele fez uma pausa e continuou:
"Fiquei esse tempo todo sem pensar em você, mas nunca te esqueci. E quando te vi na rua hoje... Senti toda atração explodir em meu peito. Foi por isso que aceitei vir para sua casa. Minhas intenções eram parecidas com as suas, mas eu jamais usaria uma Imperdoável em você, pois sabia que não funcionaria."
Severus sorriu de forma triste.
"Menino, eu não te pedi satisfação. Você não precisa se justificar para mim. Mas agradeço por me contar. Agora, é melhor você tomar logo seu banho. A sua pessoa especial está esperando por você."
Harry assentiu e subiu as escadas em silêncio. Severus era um homem realmente muito diferente. Provavelmente o único que não pedia satisfações a ele.
Snape esperou o garoto subir e depois também subiu. Era óbvio para ele que Harry tinha um amante fixo e devia ter combinado algo com ele nesse dia. Um sorriu de malícia apareceu em seus lábios. Gostaria de ver a cara do amante quando visse todos aqueles arranhões e mordidas. Ainda sorrindo ele foi até seu quarto e pegou uma toalha limpa.
Apesar de Severus se sentir um pouco deprimido por parecer que Harry e ele estavam se despedindo naquele dia, ele não conseguia acreditar nisso. De alguma forma, Snape sabia que Potter voltaria para ele, independente de quem fosse a pessoa especial do rapaz.
Continua?
Fim?
o-o-o-o-o-o
Continua? Fim? Você quem escolhe! A minha proposta é fazer uma série de one-shots que (a princípio) tenham uma ordem cronológica. Eu não queria fazer disso uma long fic, pois nesse tipo de fic tem sempre a pressão de atualizar os capítulos rapidamente. E, sinceramente, eu não quero essa pressão. Por isso, quero fazer aqui uma série de one-shots que possam ter um fim (ainda que ruim) no final de cada publicação. Mas ainda assim não tenha um fim definitivo.
Ficou complicado demais? Acredito que sim, mas enfim...
Hoje é madrugada do dia 10/01, mas acredito que o irá me fazer o favor de publicar essa fic no sagrado dia 9. Aniversário de quem? Nosso deus e muso inspirador, Severus Snape! S2
Perguntas para vocês:
A primeira, gostaram da fic?
Acharam muitos erros de português? É bem possível. Eu estou enferrujada com publicações de fanfics. Desde julho do ano passado eu não publicava nada. Estava com saudades! ; *
Quem vocês acham que é a pessoa especial do Harry?
Vocês vão me deixar um review? ; ) Se vocês gostaram, escrevam que gostaram. E se quiserem agradar a autora diga qual parte gostaram e/ou por que. E se acharem erros de português, avisem! Eu realmente odeio reler minhas fics e encontrar erros.
Enfim, já escrevi demais.
Até a próxima! E espero que seja em breve! ; *
