OUR LAST SUMMER (THE WAY I LOVE YOU)
Autora: rockbandstar ( http:/ www. fanfiction. net/ u/ 1553136/ rockbandstar )
Tradutora: Ju Martinhão
Shipper: Edward & Bella
Gênero: Drama / Romance
Censura: +18
Fic Original: Our Last Summer ( http:/ www. fanfiction. net/ s/ 5214714/ 1/ Our_Last_Summer )
Sinopse: Uma ligação traz três amigos (Edward, Bella e Alice) de volta para suas casas de verão e de volta para as vidas uns dos outros. Quando uma tragédia acontece no grupo, as linhas serão desenhadas, fronteiras cruzadas e vidas serão viradas de cabeça para baixo. É realmente tão fácil esquecer seus amigos, ou seu primeiro amor e seguir em frente quando cada lembrança que você possui os contêm? Aviso que um dos três personagens principais VAI morrer.
Nota da Tradutora: Todos os personagens pertencem a Stephenie Meyer e a história pertence à rockbandstar, a mim só pertence a tradução.
NOSSO ÚLTIMO VERÃO (DO JEITO QUE EU AMO VOCÊ)
Capítulo 1 – Lar
Há algo a ser dito sobre voltar para casa. A sensação de completo e absoluto conforto e aconchego que você consegue com isso pode não ser correspondida. Apenas pesquise no Google a palavra e você pode encontrar milhões de hits entre aspas cheios de simbolismo e descrições de gestos grandiosos do amor das pessoas, do que isso realmente significa para aquela pessoa.
O que foi que minha avó sempre dizia? Lar é onde o coração está?
Havia poucos lugares, ou pessoas, com quem eu verdadeiramente me senti em casa, tão poucos que eu poderia contá-los em uma mão. Estas foram as minhas constantes, a minha definição de casa. Era um conceito com o qual eu realmente nunca tinha lutado.
Eu sempre soube que poderia contar com o meu tio Carlisle e sua esposa Esme, como se fossem meus pais. Depois de tudo o que tinham feito para mim. Nunca vou esquecer o olhar no rosto de Carlisle quando ele veio me buscar no hospital naquele dia. Tão assombrado pelo acidente que tinha tirado a vida dos meus pais, ele varreu-me em seus braços e agarrou-me firmemente. Ele e Esme me amaram e criaram como seu próprio filho, ajudando a me guiar e cuidar de mim quando eu mais precisava deles.
Sua filha, Alice, se tornou uma grande parte da minha vida também. Embora houvesse apenas alguns anos entre nós, sua minúscula figura e pequena estatura faziam-na parecer muito mais jovem do que ela realmente era. Sua juventude era encantadora e deliciosa e também fácil de bagunçar. Não importa quanta dor eu causei a ela, quanto eu a atormentei, ela sempre foi minha pequena duende. Eu tinha vindo para amá-la como um irmão mais velho ama uma irmã. Eu não teria isso de nenhuma outra maneira.
E então houve Bella. Era difícil descrever como a menina magricela e combativa que vivia na casa de praia ao lado da nossa chegou a ter uma parte tão integral da minha vida. Nós éramos apenas crianças quando nos conhecemos, tão inocentes e cheios de malícia. Nós nos víamos de passagem nos verões antes, mas nunca realmente passamos tempo para conhecer uns aos outros. Fiquei com a impressão de que todas as outras garotas além de Alice eram grosseiras. Ela pensou que eu era apenas um garoto estúpido e fedido que ela veria de passagem. Tudo mudou, porém, quando ela se tornou a melhor amiga de Alice. As duas eram inseparáveis e, quanto mais tempo eu passei com ela, com elas, mais isso simplesmente se encaixava. Nós trabalhamos juntos, nós três, como uma equipe.
Todo verão Alice e eu embarcaríamos na balsa, nossos rostos pálidos pelo inverno presos dentro de casa. Passaríamos pelo convés, bisbilhotando ao redor, verificando os outros locais a bordo e ouvindo as últimas fofocas. Quando mais próximos chegávamos, mais agitados nos tornávamos. No momento que a balsa atracava na doca, Alice estava geralmente esperando na saída, balançando em seus calcanhares. Juntos, varreríamos a multidão pela nossa amiga, deixando nossas malas para trás enquanto corríamos ao longo da praia.
Levaria algum tempo até o local onde ela estava, entre as pessoas confundindo, mas sempre a encontrávamos.
Nossos dias eram preenchidos com atividades; caça de conchas do mar, surf de ondas, construindo castelos de areia, em busca de um tesouro enterrado. Nós nunca estivemos sem algo para fazer, alguma travessura, ou estragos para causar, alguma atividade para nos manter entretidos. À noite sentaríamos na praia fazendo fogueiras. Os adultos nos contariam histórias de terror, ou contariam sobre sua juventude. Às vezes a gente ouvia, às vezes deixaríamos os adultos e o fogo para trás vasculhando a praia por estrelas do mar, dólares de areia e conchas de Tritão.
Nunca foi realmente falado entre nós, mas todos sabiam o que estávamos verdadeiramente procurando. Carlisle contou-nos histórias em mais de uma vez sobre uma concha rara que pode ser encontrada na nossa praia. A concha preta e rosa espiralada foi descrita como para trazer boa sorte e fortuna para aqueles que a possuíam. Todo verão nós procurávamos, esperando ter sorte o bastante. Todo verão a nossa coleção de conchas crescia, mas nenhum de nós alguma vez encontrou a concha especial. Nós nunca paramos de procurar.
O verão passaria rapidamente e terminaria abruptamente em lágrimas. Nossos rostos emaranhados com sal, agarrando-nos firmemente, nós sussurraríamos promessas de contato durante todo o ano sabendo que a vida ficaria no caminho. Alice e eu embarcaríamos na balsa olhando para trás a menina, braços firmemente enrolados em volta de seu corpo, mantendo-a junta na doca. Nós acenaríamos e choraríamos com nossas mãos de areia esfregando as bochechas bronzeadas enquanto a balsa se afastava; saudosamente pensando na promessa do próximo verão.
Assim tinha sido então, as coisas eram muito diferentes agora. Eu trabalhava em Chicago como um cirurgião geral, gastando meu tempo no hospital ajudando a curar e salvar vidas. Alice vivia em Los Angeles e estava atualmente trabalhando em uma linha de roupas para sua nova empresa, Mary Alice. Ela já estava no topo da cidade e Carlisle e Esme estavam muito orgulhosos dela. Bella estava atualmente residindo em Seattle, com dois livros publicados e um terceiro a caminho. Ela havia sido marcada como um autor para conhecer, sua escrita era verdadeiramente espetacular.
Enquanto cada um de nós vivia a vida com bastante sucesso, isso tinha tomado todos nós em caminhos diferentes e em diferentes direções. Fazia alguns anos que tínhamos estado todos juntos, tomando a balsa liquidada para as casas de praia da nossa infância. Era algo com o qual eu tinha lutado, perdendo o meu ideal de infância do que era realmente o lar, perdendo o vínculo que compartilhamos um pouco mais a cada ano.
Enquanto Alice e eu nos víamos, nosso contato era limitado. O trabalho ocupava nós dois e isso significava muito pouco tempo para voar por todo o país e sair. Nos veríamos nas férias e eventos familiares e eu teria breves vislumbres de como costumávamos ser, não era a mesma coisa. Meu contato com Bella tinha sido ainda menor, limitado a telefonemas e e-mails, parecia impessoal e eu me perguntava se eu sequer reconheceria a mulher que ela havia se tornado se eu a visse.
Eu não tive de esperar muito para descobrir.
Eu sabia na hora que recebi a ligação que algo estava errado, algo tinha mudado.
Alice parecia desesperada, implorando, enquanto ela me pediu para deixar o trabalho para trás e encontrar com ela e Bella em nossas velhas casas de verão. Eu estava hesitante em sair, em perder o nicho que eu tinha esculpido para mim no hospital. Alice não era nada se não persistente e ela não aceitaria um não como resposta. Acho que se eu tivesse escutado com mais cuidado, estado em mais sintonia com ela, eu teria percebido, então, o quão importante isso realmente era.
Tirar um tempo de folga do trabalho foi mais fácil do que eu pensava que seria. Houve uma nova rodada de novos residentes ansiosos para escavar e aprender os meandros da cirurgia. Eu estava nervoso sobre deixar meus pacientes dedicados para trás, especialmente em mãos tão recém-formadas, mas eu sabia que os outros médicos me cobririam. Pela primeira vez em bastante tempo eu tinha o verão livre, sem obrigações, sem escola, sem trabalho.
Eu deveria ter me sentido relaxado.
Eu não me senti.
Minha mente jogava sobre a última vez que eu tinha ido à praia, as imagens puxando minha mente e os sentimentos mais profundos.
Havia uma razão para o passado ficar no passado.
Cada imagem cintilou na minha mente e deixou meu coração em chamas. Eu estava bem com o esquecimento, bem em fingir que o último verão não tinha acontecido, bem com a vida em negação.
"Eu não posso fingir que não é nada".
Liguei a tela do meu iPod touch, mudando a música e me distraindo por um momento. A aeromoça passou por mim, seus olhos persistentes em mim. Sua atenção era realmente inútil, se ela apenas soubesse quão em ruínas eu realmente estava.
Fechei os olhos ouvindo o barulho constante dos tambores e da harmonia sutil do violino. Era surpreendente para distrair e eu me encontrei perdido no ritmo da música. Era uma mudança agradável do ritmo para me perder em algo mais além do trabalho.
Eu estava no cais, mala pendurada no ombro, enquanto eu esperava a estúpida balsa chegar. A multidão parecia cheia de famílias, crianças animadas subindo e descendo os corredores da doca. Parecia tão familiar e ainda assim, ao mesmo tempo, completamente estranho.
Eu alguma vez realmente tinha sido tão jovem? Tão inocente? Tão cheio de exuberância?
Eu sabia que houve um tempo em que eu tinha. Eu tinha sido exatamente como aquelas crianças cheias de energia e vida, mal conseguia ficar à espera da balsa, para não falar sobre o passeio. Isso foi antes de eu crescer, antes das coisas mudaram, antes de eu saber.
Eu embarquei na balsa, uma criatura de hábitos como eu, fiz o meu caminho para a grade de vigia. Deixando cair a minha mala perto de mim, olhei para fora sobre a vasta extensão de água azul-esverdeada. Respirei o ar salgado, deixando-o encher meus pulmões e se estabelecer lá.
Fez-me lembrar a minha infância, da família, felicidade e do amor.
"Eu não posso fingir que não é nada." Ela sussurrou, sua voz angustiada quando ela olhou para ele, os olhos cheios de lágrimas.
"Eu sei." Ele respondeu escovando seus cabelos enrolados longe de seu rosto. "Eu sei".
Ele inclinou-se então, lábios pressionando primeiro contra cada uma de suas bochechas antes de encontrar seus lábios. Uma faísca atirou através do seu corpo, estabelecendo a sua alma no fogo e suas mãos estenderam até seu cabelo emaranhado, puxando-a para mais perto. Ela soltou um gemido suave, a respiração dela cascateando sobre o rosto dele. Ele abriu a boca, encontrando a dela com mais firmeza. Suas línguas se tocaram, enrolaram, misturaram juntas.
Ela tinha lágrimas escorrendo pelo seu rosto, trilhando o rosa que o coloria. Depois de um momento ele se afastou, a respiração pesada e os olhos encobertos.
"Partiremos amanhã".
Ela simplesmente assentiu com a cabeça, afastando-se dele, seus olhos escaneando as ondas suaves que estavam quebrando na praia.
"É melhor desta maneira".
Seus ombros cederam, um pequeno suspiro escapou dos lábios dela, os olhos ainda focados no litoral. Ela assentiu com a cabeça. Ele se aproximou, pronto para puxá-la em seus braços, para confortá-la de alguma forma. Antes que ele pudesse, ela fez seu caminho descendo os degraus da varanda, seus olhos nunca olhando para trás. Ela angulou seu rosto para longe dele e em direção à lua acima deles quando fez seu caminho até a praia, a última imagem dela antes de ele ir embora.
Ele sempre a tinha amado?
Desci a balsa ignorando a placa de publicidade sobre as maravilhas da praia de La Push e escaneei a multidão pelos rostos familiares, vendo um borrão das pessoas. Perguntei-me se eu teria que procurar por elas ao longo da extensão da praia como costumávamos fazer quando crianças. A idéia parecia assustadora.
Uma parte de mim esperava ver alguma semelhança das crianças que elas uma vez foram, que eu uma vez fui. A viagem estava ficando na minha cabeça, bagunçando meus pensamentos, meu coração. Encontrei-as momentos depois, a multidão separando em torno das duas figuras em pé.
Elas estavam lado a lado, mãos entrelaçadas, uma feroz determinação presente em ambas as suas faces. Eu fiz a varredura de cada uma delas, sentindo a gravidade da situação. Alguma coisa tinha definitivamente mudado.
Deixei cair minha mala e pulei os últimos degraus envolvendo meus braços em torno de cada uma delas e puxando-as para mim apertado. A sensação de conforto, de lar, espalhou através de mim e eu percebi o quanto eu realmente tinha saudades delas, saudades disso. Levei um momento para perceber que ninguém tinha se movido, ninguém tinha respondido ao abraço. Eu me afastei, meus olhos questionadores enquanto eu olhava entre as duas.
Tomando uma respiração profunda, Alice correu a mão pelos seus cabelos pretos espetados, seus olhos parecendo desgastados e cansados.
"Acho que precisamos conversar." Ela falou, sua voz quebrando levemente.
Eu nunca poderia ter imaginado como tudo terminaria.
Nota da Tradutora:
Bem, mais uma tradução começando... essa fic é relativamente pequena, mas por esse comecinho e pelo aviso no início do cap., deu pra perceber que será cheia de emoções... espero que tenham gostado, essa história é triste, mas linda!
Se receber pelo menos 10 reviews, posto o próximo cap. na quinta-feira!
Bjs,
Ju
