Nome: Sangue
Baseado em: Harry Potter
Censura: T
Avisos: Violência
Disclaimer: Harry Potter pertence a J.K. Rowling, não a mim, e eu não ganho financeiramente para escrever isso aqui. Mas a história abaixo é minha, portanto se você puder não copiar, seria muito legal.
N/A: E aí, pessoal? Esse vai ser um conjunto de drabbles, cada um deles do ponto de vista de um personagem. Não me limitei a apenas uma geração e não haverá um padrão, mas espero que gostem.
Capítulo 1: Sangue negro
Tendo nascido um Black, sangue sempre foi algo de extremo significado para Sirius. Ele se lembra de, quando ainda criança, ouvir sua mãe discursar sobre como a família deve vir em primeiro lugar, porque família é sangue e quando se é um Black, você deve zelar pelos seus, pela pureza daquele líquido que corria por suas veias e parecia significar tanto.
Ele tinha 5 anos e sabia que seu sangue era negro como seu sobrenome, porque todo Black tem sangue negro e espesso, sangue cheio de significado e importância, e aquilo era o suficiente para ele. Enquanto estivesse cercado por aquelas pessoas de sangue tão negro quanto o seu, ele estaria seguro. Não havia nada a temer.
Então Sirius cresceu e descobriu que seu sangue não devia ter apenas o negro de seu sobrenome, mas também devia ser verde e prata, como sangue de cobra. E Bella sussurrava em seu ouvido que ele não devia se preocupar, porque todo Black tem verde e prata no sangue, e você é um menino tão bonzinho, não é, você vai orgulhar a família e ser a serpente mais astuta da sua época em Hogwarts. Mas ele se preocupava. Porque, conforme os anos passavam, ele começou a desconfiar que seu sangue talvez não vertesse as mesmas cores do de seus pais.
E então houve a chegada em Hogwarts e o Chapéu Seletor gritando GRIFINÓRIA sem nem ao menos pestanejar, sem nem ao menos dar um segundo de dúvida para aquela criança, e ele viu o franzir de lábios de Cissa e o olhar de puro ódio de Bella, e ele soube que todos os seus medos eram verdadeiros e, no fim das contas, o mesmo sangue que devia ser-lhe tão precioso foi o sangue que o rejeitou.
E anos depois, quando já era um adolescente bonito, imprudente e orgulhoso e trocou sua primeira briga de socos, vergonhosamente trouxa, com seu irmão mais novo, – seu sangue, o pensamento veio por um momento mas logo foi embora – ele não pôde deixar de abrir um sorriso gigantesco ao tocar seus lábios partidos e observar o sangue que vertia dali, colorindo seus dedos. Pois ele não era negro, muito menos verde e prata; era irrevogavelmente vermelho.
N/A: Espero que tenham gostado, o próximo sai em breve.
Sumário do próximo capítulo: Remus pensou que talvez fosse um pouco doentio ter nojo do próprio sangue, do fluido que corria por seu corpo e o mantinha vivo, mas ele o odiava. Não se lembrava da noite em que havia sido mordido, era tudo muito enevoado e confuso e ele era tão novo, mas o sentimento ainda estava ali. A dor da primeira mordida, que se mostrou apenas uma amostra da dor que sentiria todos os meses pelo resto de sua vida.
