A Marca da Morte

N/A: Fruits Basket não me pertence D...pertence a autora de Furuba (não é sério? ¬¬'''), mas eu esqueci o nome da tal fulana! pp Essa é a minha primeira fic, então dêem um desconto para mim, ok?

Cá estou eu para agradecer a Bi-chan pela Happy Idéia do nome da fic! D

Quero dizer aqui antes de tudo, que não sou a favor de fics que sujem as imagens dos personagens, por isso nenhum personagem que eu utilizei foi tida a intenção de denegri-los. Mas vou focar aqui que esta fic não é própria para crianças.

Não utilizarei conteúdo hentai ou yaoi de maneira pesada. Caso utilize será o mais leve possível e avisarei nos capítulos que tiver. Provavelmente não utilizarei yaoi. Agradeço a atenção e boa leitura.

A Marca da Morte

O dia parecia tão mais ensolarado do que o normal, mas para mim o dia continuava, mesmo não sendo, para mim continuava e seria sempre um dia frio e chuvoso...melancólico, assim como a minha vida.

Normalmente eu nunca falaria isso, na verdade eu nunca falo isso. Sempre sou uma pessoa alegre...pelo menos é o que pensam de mim. Jamais essas pessoas imaginariam o quanto eu sou infeliz, o quanto minha vida se transformou desde a morte de papai e a doença de mamãe.

Eu não me importava de sustentar a casa, de pagar a despesas com o meu trabalho, mas depois da morte de papai, minha mãe adoeceu de tristeza e a cada dia piorava mais e mais. Chegou a ponto de tentar o suicídio, para o meu desespero.

Levando-a ao médico, ele receitou muitos remédio. Cada um mais forte e mais caro que o outro, sendo que eles não podiam entrar no nosso orçamento apertado, pois agora, apenas eu podia trabalhar e pagar as contas, o que não estava dando muito resultado.

Eu, apenas uma colegial, não podia trabalhar mais que meio período, apesar de que o senhor Hitsu era muito compreensivo com a minha situação e nunca reclamava quando eu chegava tarde.

Por mais que as coisas estivessem realmente desesperadoras, eu sempre mantivera meu sorriso, por mais que no fundo de meu ser uma vontade imensa de chorar invadia meu coração de maneira devastadora.

Meus pensamentos foram interrompidos quando Hana-chan e Uo-chan se posicionaram ao meu lado e começaram uma conversa, o que me fez esquecer de meus problemas e sorrir de maneira mais convincente possível.

"Ahhhh hoje o dia está tão ensolarado! Poderíamos fazer um piquenique ou algo assim."

"Sim."- disse Hana-chan sem muita expressão em seu rosto

"Não posso meninas...hoje eu vou trabalhar até mais tarde e cuidar de minha mãe."

"Tohru...tem certeza que não precisa de ajuda em alguma coisa? Somos suas amigas e você sabe que pode contar sempre com agente."

"Sim."

"S-Sim eu estou mesmo bem! Não se preocupem comigo!"

Realmente, era um novo dia. Quem sabe as coisas não possam mudar para melhor? Mas enquanto eu pensava Uo-chan soltou um pequeno grito que me fez estremecer.

"Aiiiiii Kami! Temos que correr! Vamos perder a primeira aula e é o nosso primeiro dia!"

Nosso primeiro dia...sim...hoje é o nosso primeiro dia no 2° ano do colegial e eu já tenho 17 anos e portanto não sou mais tão menina então...

"AHHHH"

"Vamos Tohru! Não é hora pra ficar pensando em coisas! Não me ouviu? Estamos muito atrasadas!"

oOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

Chegamos ofegantes e suadas, mas pelo menos antes do professor entrar, ou seja, acho que batemos algum tipo de recorde, já que à distância que nós estávamos em relação ao colégio era bem grande. Até a Hana-chan correu, o que poderia ser considerado um milagre.

Sentei-me em uma carteira da frente, pois gostava de ouvir e prestar atenção. Hana-chan e Uo-chan sentaram-se como sempre ao meu lado.

O professor se atrasara, o que não era muito comum em um colégio tão rigoroso quanto aquele em que estudava. Foi ai que percebi um certo murmúrio constante entre as garotas que davam sorrisinhos a todo o tempo, por isso não pude conter uma curiosidade crescente, então inconscientemente comecei a prestar atenção.

"Você viu o novo sempai do 3° ano?"

"Ahhh vi sim! Ele é tão lindo!"

"Dizem que o chamam de príncipe. E que ele é muito galante."

"Também falam que ele, além disso, é muito inteligente e estudava em um dos melhores colégios do Japão!"

"Então por quê será que ele veio para cá?"

"Não sei, mas eu não me interesso por isso".

"Sei, você só quer saber se ele tem uma namorada né?"

"Todas nós!"

Os risos das garotas poderiam ser ouvidos por toda sala, além disso, percebi que os garotos faziam cara de poucos amigos e reviravam os olhos ao ouvir as extravagantes risadas vindas das meninas. Ouvi a conversa, mas não me interessei pelo conteúdo dela, então ao constatar do que se tratava voltei minha atenção para frente e me perdi olhando algum ponto do quadro negro.

Alguns minutos se passaram e Hana-chan e Uo-chan conversavam sobre os mais diversos temas, menos aquele em relação ao novo sempai. Não estava muito empolgada e não participei da conversa, limitei-me apenas a sorrir como de costume e fingir prestar atenção ao que diziam. Foi então que senti estar sendo observada e um incomodo frio percorreu a minha espinha, virei meu rosto com uma certa relutância e meus olhos pousaram para um certo ponto da relva que podia se ver através da grande janela. Era uma sombra de um homem, ninguém havia percebido, apenas eu. Pude sentir aqueles olhos se focarem em mim, não vi o rosto dele, mas pude perceber que não era alguém daquele colégio.

Agachei-me na carteira e voltei a olhar o professor. Uma pequena gota de suor corria pela minha testa contra minha vontade, demonstrando todo o meu medo e nervosismo que havia se instalado dentro de mim. Resolvi esquecer aquela sombra pondo em minha cabeça que deveria ser apenas fruto de minha imaginação, já que eu não estava dormindo direito por causa de meu trabalho. Além do que, ninguém pode entrar na região daquele colégio sem ser aluno ou parente.

Relaxei mais e coloquei toda a minha atenção para a explicação detalhada do professor e assim o tempo foi correndo até o intervalo começar.

"Tohru...percebi que você ficou meio avoada na aula. Pensei até que estava...nervosa." – disse Uo-chan com um certo ar de preocupada na voz.

"É verdade Tohru, até eu que sempre durmo nas aulas pude perceber"

"Hehe... não foi nada. Sério!"

"VC DORME NAS AULAS?"

"Sim".

"Então é por isso que você sempre fica na final! Não tem vergonha não?"

"Não".

Elas estavam discutindo e aproveitando isso pude me afastar. Mesmo que eu adorasse ter a companhia delas não estava disposta a ouvir conversar alegres. Pelo menos não naquele dia.

Andava sem rumo olhando o belo céu sem nuvens e com um grande sol que brilhava encantadoramente. Um clima realmente feliz, que não combinava nem um pouco com meu estado de espírito. Foi então que estanquei. Este lugar que estou foi onde vi aquela sombra! Kami! Como fui parar ali? Não...aquilo foi apenas fruto de minha imaginação.

De repente quando dei por mim, senti uma mão fria no meu ombro e engoli em seco. Virei-me devagar, pronta para correr se fosse o caso, ou então gritar como uma desesperada. Antes de virar-me completamente olhei em volta para ver se encontrava alguém...nada. Respirei fundo então fui de uma vez, mas mesmo assim continuei com a cabeça baixa.

"Olhe para mim".

Era uma voz calma, porém ameaçadora. Então, assustada levantei meu rosto e deparei-me com um homem de expressão séria, fria, porém muito belo.

"Minha jovem, faz algum tempo que venho te observando. Sei muito bem que tem uma mãe doente e vive de maneira difícil. Além do que sei que compra os remédios de sua mãe com a poupança, que por sinal não é muita, que seu pai lhe deixou. Mas você bem sabe que ela não durará para sempre não é?"

Kami! Como este homem sabe tanto sobre mim? Percebi então que ele deu um sorriso...não de bondade, mas de sarcasmo.

"Você deve estar pensando, como sei tanto de você. Simples, quero que trabalhe para mim. Ahhh sim, esqueci de me apresentar. Me chamo Akito. Akito Sohma".

"Trabalhar para o senhor?"

"Sim...como prostituta em meu bordel".

"MAS O QUÊ?"

"Não aceitarei um não como resposta".

"Mas é claro que não vou aceitar! Sou virgem! Além disso, esse trabalho é sujo! Eu não quero isso para minha vida! E sou menor de idade!"

"Você não está em posição de querer algo. Posso acabar mais ainda com sua vida. Tenho influência e quando quero algo luto até conseguir, por isso não tente me fazer de bobo. Não sabe do que sou capaz".

Engoli em seco diante do que aquele homem disse, mas não podia aceitar. Não...eu não podia aceitar!

"Desculpe senhor, mas eu mesma vou acabar com minha vida caso aceite a sua proposta".

Ele deu um meio sorriso

"Mas e sua mãe? Já pensou ela sem os remédios que compra? O que será que ela poderia ser capaz de fazer sem eles?"

"O s-senhor n-não faria isso!"

"Tente me contrariar e verá".

Kami...e agora o que faço? Não tenho escolha! Estou encurralada.

"Sim...eu aceito".

"Que bom, vejo que pensou melhor. Você ganhará um bom salário por cliente, além disso, sua mãe terá tudo o que precisa e irá morar perto de você".

"Minha mãe não vai viver comigo? Terei que me mudar?"

"Mas é claro. Você irá viver no bordel com as outras garotas e sua mãe vai viver bem próxima e terá uma enfermeira que cuidará dela".

"Mas...mas..."

"Eu disse para não me contrariar".

Abaixei a cabeça como forma de dizer que concordava.

"Ótimo, hoje mesmo virá comigo. Está tudo pronto".

"Parece que o senhor sabia mesmo qual seria a minha resposta".

Ele limitou-se a sorrir e sair andando em direção a saída do colégio.

Meu corpo tremia e minhas mãos suavam. Como seria minha nova vida? O que aconteceria comigo? Lágrimas vinham aos meus olhos e desabei no chão.

N/A: Muita coisa ainda vai acontecer... muito suspense ainda está por vir! Esperem e verão!