(…) Roses die

Rosas morrem

The secret is inside the pain

O segredo está dentro da dor

Winds are high up on the hill

Os ventos estão no alto da colina

I cannot hear you

Eu não posso te ouvir

Come and hold me close

Venha e me segure mais perto

I'm shivering cold in the heart of rain

Estou tremendo de frio no coração da chuva (...)

PANDORA HEARTS

Break Time

Prólogo

Crack

O som de rachadura parecia ser um sonho distante dentro de sua mente entorpecida. Não podia sentir nada, não podia ouvir nada, seus olhos estavam fechados perdidos na escuridão fria. Ele ao menos existia?

Ou ele era apenas parte da escuridão que o cercava?

Ele realmente esperava que não. A inexistência era tão fria e solitária... Foi então que ele a ouviu...

A voz, que não era mais do que um sussurro vinda do parecia ser de lugar nenhum.

- ...S...

O som era distante e quase inaldizível, então ele o ignorou e voltou ao seu sono entorpecido.

Crack, Crack, Crack

Estranhamente, agora ele podia sentir cada vez mais rachaduras aparecer no chão abaixo dele. Então ele a ouviu novamente, mais perto agora.

- ... Z...

Essa voz, essa linda voz. Ele a conhecia de algum lugar, mas onde? Ele não podia se lembrar...

CRECK

Com esse ultimo som vicioso, o peso abaixo dele desabou, sua mente semi lúcida sentir seu corpo cair em câmera lenta, cada vez mais fundo para dentro da escuridão do abismo...

Enquanto ele caia vislumbres de imagens familiares passava por sua mente.

Uma garota de longos cabelos castanhos...

Um homem de chapéu negro com uma longa capa negra...

Uma garota de cabelos loiros sorridente...

Um homem mais velho de óculos e cabelos dourados...

Uma menina de cabelos acaju bebendo uma xícara de chá...

Um homem de um único olho rubi e sorriso descarado...

Um menino de cabelos negros e olhos intimidantes olhando-o com desprezo...

E por fim um homem estranhamente semelhante a ele, com um grande sorriso no rosto bonito e olhos verdes vazios...

Oh, agora ele se lembrava.

O mundo estava acabando, as correntes que o sustentava e os separava do abismo haviam sido destruídas... Pelo seu próprio poder.

Lágrimas quentes escorreram pelos seus olhos ainda fechados e caíram ainda mais rápido do que ele próprio para a escuridão eterna, mais no caminho elas se encontraram com outras que não pertenciam à mesma pessoa.

- O... S...

Agora ele poderia identificar que a voz que ouvia pertencia a uma jovem mulher, ou seria uma menina? Não importa, ele podia ouvir um tom de desespero nela. Essa voz ele sabia quem era. Ele gostaria muito de responder-lhe, para não preocupá-la ainda mais, mais não podia se forçar a falar, sua voz parecia ter desaparecido.

Ele se sentia tão cansado.

Então ele caiu,

Caiu...

Caiu...

O corpo macio do coelho negro de pelúcia escorregou de sua mãos finas, mais lágrimas derramaram de seus olhos lilás, seu corpo todo tremia e seus olhos estão arregalados de descrença e medo.

Então ela abriu a boca, e gritou em angustia e desespero.

- OZ!

O corpo oco de pelúcia do coelho bateu no chão, com um pequeno baque oco.

Não muito longe da lí brilhantes olhos vermelhos se abriram.

- Alice...

(…)Darkness falls, I'm calling for the dawn

A escuridão cai, eu estou chamando a madrugada

Silver dishes for the memories

Pratos de prata para as memórias

For the days gone by

Para os dias passados

Singing for the promises

Cantando para as promessas

Tomorrow may bring

Amanhã possa trazer

I harbour all the old affection

Eu porto todos os antigos carinhos

Roses of the past

Rosas do passado

Darkness falls, and summer will be gone

A escuridão cai, e o verão terá ido (...)