DISCLAIMER: Não são meus, só peguei emprestado.
NOTA: Quero dedicar essa à Mamma Corleone, que tem acompanhado e comentado sempre, com agradecimentos especiais à Pearll, por ter revisado, contribuído com idéias e ter aguentado meus gritinhos histéricos no msn por tantas noites. Essa fic tem me dado um trabalho danado, eu tive "problemas técnicos" duas vezes, tive que reescrever uma boa parte, e não sei se não vou ter que reescrever tudo de novo... resolvi começar a postar logo de uma vez antes que eu acabe perdendo tudo. Estou aceitando reviews e doses de felix felicis, mandem suas doações por coruja, heh. Suponho que já saibam das novidades divulgadas no Pottermore, eu só queria deixar anotado que estou desconsiderando aquelas informações nessa fic, ainda não as assimilei completamente e comecei a escrever essa história antes, então... bem, é isso, vamos lá!
AGORA FAÇA UM PEDIDO
Prólogo – Cinquenta
Tu, Dama Branca, reta magestade,
polida por tua doirada herança,
abre os olhos para uma lembrança,
pelo minuto que vale a eternidade.
Um Velho, do alto de um alto penedo,
co mesmo arrebatamento de outrora,
que reveles teu mais secreto segredo,
com devoção, de coração, lhe implora.
Tu, do sopro rugido da leoa,
que das dignas, é a mais digna à coroa,
forte e justa como nenhuma antes,
murmuras com a alma a tua vontade,
e estende os dedos a que tu alcances,
o mais velho relance dos relances.
Hogwarts, 4 de outubro de 1975
Minerva McGonagall foi arrastada contra sua vontade para a sala dos professores naquela fria noite de sábado. Por mais que Pomona tentasse disfarçar, o motivo daquele vil sequestro estava mais que óbvio. Queria muito dar uma última olhada em seus grifinórios e simplesmente se recolher a seus aposentos, no entanto, lá estava ela, sendo levada para mais um constrangedor episódio comemorativo. Não que não gostasse de aniversários, ao contrário, e havia algo de especial neste, o de meio século, mas se contentava com "parabéns" ditos ao longo do dia e com muito menos presentes do que os que já lhe tinham sido enviados por coruja até aquele momento. E... bem, o fato é que ainda se lembrava da última festa surpresa que tinha tido o azar de receber. "Por favor, que não tenha sido Rolanda a responsável pela organização este ano! Que não tenha sido Rolanda! Por favor, que não tenha sido!"
Entrou, e lá estavam todos. Palmas e mais palmas. Arqueou uma das sobrancelhas de leve. Era impossível não sorrir. Balões, flores, fadas e uma grande faixa de parabéns. O bolo era decorado com motivos grifinórios. Alguns colegas se aproximaram para saudá-la, outros entregaram presentes. Ficou sem jeito. Dumbledore foi um dos que apareceram com um pacote. Ele sempre tinha presentes originais para oferecer, de modo que ela já esperava rir com o que quer que encontrasse dentro do embrulho verde, mas dessa vez era um livro. Pela primeira vez era um livro. Um livro raro, é verdade, e caro, que ela não se lembrava de ter comentado que queria, mas que certamente lhe pregou um largo sorriso nos lábios. Mal teve tempo de agradecer, foi logo puxada e empurrada para diante do bolo.
Parabéns. Longo e animado. Não! E de novo e de novo. Ela revirou os olhos. Quando finalmente terminaram de cantar, ela se curvou para soprar as 50 velas dispersas simetricamente sobre o bolo. Os muitos olhares a faziam ligeiramente descorfortável, queria apenas que terminasse logo. Pomona foi quem se lembrou de gritar:
— Agora faça um pedido! Um pedido!
Minerva deu um sorriso de canto e levantou os olhos por um momento, dando uma olhada no círculo que tinha se formado à sua volta. Seus olhos encontraram os olhos do diretor, e ela acabou sorrindo mais. Então se voltou mais uma vez às velas, tomou fôlego e soprou.
(continua)
