Harry olhou em volta. Onde estava? Nem ele sabia. Só se lembrava de uma briga brava entre ele e a namorada Susan.
Flashback
-Oi, Susan. Estou muito atrasado?
-Ai, não Harry, imagine, só me deixou 30 minutos plantada aqui!
-Desculpe, eu não vi o tempo passar. Vamos para a boate?
-Claro.
Fim do Flashback
Não, isso ainda não explicava o que aconteceu. Olhou melhor em volta. Não estava em sua casa nem na casa de Susan. Era um lugar diferente. Mais aconchegante. Olhou para o lado e viu uma linda mulher deitada do lado dele. Mas não, não era Susan. Quem era então?
Flashback
-Essa festa está bombando! Adoro vir em baladas!
-Você não é a única, querida.
-Com licença – disse um garoto qualquer – Você quer dançar comigo?
-Ela é comprometida! – disse Harry.
-Ai, amor, deixa de ser mal-educado! Como você se chama?
-Dino Thomas. E você, gata?
-Susan Steward. Sim, eu aceito dançar.
Susan ofereceu a mão e Dino a beijou. Pegou delicadamente na mão de Susan e a conduziu até a pista. Harry fechou a cara e foi buscar alguma coisa para comer.
Fim do Flashback
Não... Ainda não... Ele olhou para o rosto daquela linda mulher e viu algumas sardas... Sardas eram especialidade da família Weasley, o sobrenome do seu melhor amigo.
"Então, é isso!" Pensou Harry. "Eu vim passar uma noite na casa do meu melhor amigo! Mas... E essa garota?"
Somente agora Harry percebeu que estava nu. Ai, meu Deus!
Flashback
Harry pegou as bebidas e foi falar com Susan. A garota se divertia muito. Mas não era com ele. Era com Dino, o garoto alto, loiro de olhos claros e muito bonito. A música acabou, então estava indo pegar a sua namorada. Mas, quando olhou para ela, os dois estavam se beijando vorazmente. E Susan não fazia o menor esforço para se separar
-Puxa, Dino, você é tão doce! Vamos lá pra casa, que tal?
-Claro, gata, mas e seu namorado?
-A gente volta antes dele perceber.
Então Harry largou as bebidas no chão e deu um soco na cara de Dino. Ele não ia roubar a sua namorada!
-HARRY! – gritou Susan horrorizada.
-É SÓ UMA DANÇA, UMA DANÇA MUUITO ROMÂNTICA PELO VISTO, COM BEIJOS E SEGUIDA DE UMA IDA NA CASA DA MINHA NAMORADA!
-CIUMENTO!
-PODE IR, SUSAN, MAIS NÃO VOLTE PRA MIM!
Fim do Flashback
A raiva tomou conta do corpo de Harry. Mas ele amava profundamente Susan. Mais do que tudo na vida. Tentou refrescar melhor a memória.
Flashback
Harry estava sentado no banco da boate, a ponto de destruir tudo que estivasse na sua frente. Então uma garota se aproximou de Harry e disse:
-Está tudo bem? Você parece mal.
-Minha namorada acabou de levar um idiota chamado Dino Thomas pra casa dela.
-Dino Thomas? Ele á meu namorado! Brigamos agora!
-Hum... Como você se chama?
-Ginevra Molly. Mas pode me chamar de Ginny.
-Olá, Ginny.
O silêncio permaneceu por um tempo, até que Harry o quebrou:
-Você... Erm... Quer dançar comigo?
-Claro! Estava esperando o seu convite!
Harry segurou a mão de Ginny e a conduziu até a pista. Os dois dançaram e beberam muito.
Fim do Flashback
Então, essa era Ginny. A garota abriu os olhos e olhou para Harry, e os dois deram um grito horrível.
-Quem é você – perguntou Ginny, apavorado
-Harry Potter! Se lembra? Da boate de ontem!
-O que faz na minha casa?
-Não sei, acho que você me convidou, mas... O importante é o que estávamos fazendo.
Ginny parecia um pouco confusa, mas logo percebeu que ambos estavam nus.
-Ai, não! O Rony vai me matar!
-Rony? – Harry estava aflito – Ronald Weasley?
-Claro!
-Não! Eu sou o melhor amigo dele! Quer dizer que eu dormi com a irmã dele?
Harry e Ginny se entreolharam. Os dois levantaram rápido e vestiram suas roupas.
-Vamos descer pro café. Minha mãe é uma ótima cozinheira.
-Espera! – Harry segurou no braço de Ginny – Seus pais me conhecem, e me adoram! O que eles vão achar quando eu disser que dormi com a filha deles?
-Que tal: "Que bom que vocês se conheceram! Já achava que iam se dar bem!"
Harry lançou um olhar congelante para Ginny.
-Olha, que tal se eu for pela janela?
-Ah – disse Ginny, um pouco decepcionada – Você não pode ficar?
-Não, mas se quiser pode ir lá pra casa!
-E os seus pais?
-Eles foram assassinados quando eu era bebê, então eu moro sozinho. Fui criado pelos meus tios, mas eles não me visitam. Nós nos odiamos.
-Meus pêsames – disse Ginny – Vou descer para falar com meus pais, pode ir na frente, me espere no jardim.
-Tudo bem, até lá então.
-Até.
