Prólogo
Em uma mansão aparentemente abandonada para os seres chamados de trouxas, mas uma rica e imponente construção em seu interior para bruxos, Lord Voldemort berrava com Bellatrix Lestrange em uma grande sala. E o único espectador daquela briga era o fogo crepitante da lareira.
"ENTÃO, É ISSO!" berrava Voldemort, parecendo realmente furioso "E VOCÊ PRETENDIA ME CONTAR QUANDO!"
"Eu juro, Lord, eu iria lhe contar o mais cedo possível, me restava coragem..." dizia Bellatrix, em tom de desculpas.
"VOCÊ..." e então ele suspirou. Se aquietou um pouco, e recomeçou "Você sabe que não precisa me chamar assim, Bella, não depois de tudo... Me chame de Voldemort, apenas... Afinal, você não é mais uma simples serva!"
Parando de correr, Bellatrix ajoelhou no chão, com o coração partido. O homem à sua frente fugira de sua natureza, agora compreensivo. Muitas lágrimas escorriam do rosto da mulher, já inchado.
"Voldemort... Eu... Me desculpe, eu não queria..." murmurava Bella "Pensei que... Pensei que você ficaria feliz! Mas realmente foi uma surpresa quando descobri... Oh, Voldemort, o mundo desabou para mim, minha vida acabou!"
"Não fique assim, Bella, não é uma vida que se acaba. É uma que se inicia..."
Bellatrix, de repente, se levantou e abraçou o Lord das Trevas. Ele ficou realmente surpreso, pois até então nada sabia sobre amor ou carinho... E por mais que fosse impossível, ele tentou retribuir o que Bella sentia por ele.
"Então..." recomeçou a comensal, soltando-se de seu amado "Você vai aceitá-lo?"
Aquela era a decisão mais difícil em toda a coisa que alguns chamavam de vida para Lord Voldemort. Nunca esperara que um ato tão sem inconsciência pudesse trazer tais consequências. E então, Voldemort, com sua cara parecida com a de uma cobra, o pior bruxo das trevas do século, com um nome tão terrível que quase nenhum bruxo ousava pronunciar, acariciou a barriga de Bellatrix Lestrange, sua comensal da morte de confiança, e disse:
"Sim, eu aceito essa criança"
E, naquele momento, Lord Voldemort olhava para seu filho (ou filha?). Seu herdeiro que havia apenas 1 mês estava naquela barriga. O herdeiro das trevas.
Capítulo 1 – O repetitivo sonho
Um vulto alto e negro gladiava contra um velho de barba enorme e grisalha acompanhado de um garoto de cabelos pretos e magricela, com uma cicatriz em forma de raio brilhando intensamente na testa. O tal vulto negro ria bastante, e jorros de luzes verdes voavam de seu corpo, mas não atingiam nem ao velho nem ao garoto. Era uma floresta com várias árvores mortas ou destruídas, o local daquela batalha. Uma mão lisa e um pouco machucada acariciava um corpo envolto a panos no rosto. A mulher que a carregava estava escondida nas árvores onde ainda havia folhas para protegê-las.
"Vai ficar tudo bem..." dizia a mulher "Por favor, não chore..."
E um jorro de luz verde atingiu a árvore. Por pouco, não pegara as duas. A mulher saiu em disparada, adentrando cada vez mais a floresta. O embrulho de panos que ela antes acariciava não parava de se mexer. E então, uma explosão de luzes douradas aconteceu ali perto, e a mulher deixou uma lágrima escapar.
"Meu amado..." murmurava ela.
E então ela parou. A voz de um garoto gritava "NÃO, NÃO!", sinal de que o velho barbudo havia morrido. A mulher sorriu satisfeita, e continuou a correr. E logo depois ela parou.
A mulher percebera que levara o embrulho de pano para um precipício, onde corria por baixo um rio tranquilo e bonito. Ela olhou para trás, e depois olhou para baixo, e seus olhos finalmente pararam na criança que segurava. Um bebê... Em um ato de desespero, ela disse:
"Adeus, querida!"
E jogou a criança no rio. Ali, a mulher via sua filha pela última vez, agora adormecida, sendo levada pelas águas do rio. E o sonho acabou.
Bem longe de qualquer floresta ou rio, em plena Londres, acordava uma garota em seu quarto do segundo andar da casa nº 15 do pacato bairro de Purple Gardens. Era madrugada, estava quase amanhecendo, e a menina de 11 anos acordava do mesmo pesadelo que a assombrava há duas semanas seguidas. Todas as noites, ela acordava do mesmo pesadelo, com o rosto suando, e a respiração ofegante. Aquela linda menina de cabelos brilhantes e loiros, rosto fino, magra e simpática era Pandora Lindsey.
Passando a mão na testa suada, olhou para o relógio em cima da mesa de cabeceira ao lado de sua cama e viu que já era cinco e meia da manhã. A mesma hora que acordava dos outros mesmos pesadelos. Virando-se, ela viu seu travesseiro encharcado de suor. Pandora bufou, se levantou da cama, e calmamente andou até a cozinha sem despertar sua mãe que dormia no quarto ao lado.
Um minuto depois, lá estava ela, de frente para o espelho, com o rosto molhado de água, se perguntando pela milésima vez o que estava acontecendo. Ela nunca fora assim! Nunca tivera pesadelos que a assombrassem daquele jeito! E ela não falara nem com sua mãe sobre aquilo tudo, embora ela percebesse que a filha estava meio distraída e com olheiras profundas ultimamente.
E, uns dez minutos depois, lá estava Pandora dormindo, dessa vez sem sonhos, no seu travesseiro molhado novamente.
"Olá, docinho..." dizia Betty Lindsey, na cozinha, quando Pandora descia para tomar seu café da manhã.
"Oi, mãe..." dizia Pan, um pouco sonolenta. "Oi, Mac..."
"Oi, irmã!" respondeu o irmão de Pandora, Mac Lindsey "Fale logo, mãe, o que temos hoje?"
"Muito bem..." convenceu-se Betty, trazendo pratos com ovos e sanduíches para a mesa onde os irmãos estavam sentados "É isso!"
Enquanto Mac se deliciava, Pandora pouco tocava na comida. Ainda estava pensativa sobre os repetitivos sonhos que tinha. A mãe, notando o estado da filha, a cutucou.
"Ei, Pan, você está bem?"
"Ahn, ah sim, tô bem sim..." respondeu a garota, meio perdida.
Pelo início da tarde, Pandora foi para a escola. Lá, pelo menos, ela se desviou um pouco dos pensamentos sobre os pesadelos. No final do dia, Pandora já estava exausta esparramada no sofá da sala de sua casa. Naquele momento, ao invés de pensar sobre mulheres chorando e vultos sombrios, ela pensava nos deveres de Matemática e de Inglês. Porém, quando se despediu da sua mãe e de seu irmão mais à tarde, se dirigindo ao seu quarto, seus pensamentos já bagunçavam-se em torno dos terríveis e iguais pesadelos.
Mas, por incrível que poderia parecer, ela não sonhou com florestas, bebês, ou nada parecido. Sonhara com um imponente castelo, cheio de gente, mais ou menos da idade dela, com uniformes e tudo o mais. Aquela gente parecia estar visitando seus sonhos... Ela não queria acordar nunca, sentia uma grande felicidade, mas infelizmente foi incomodada por um barulho na janela.
Quando ela abriu os olhos, quase não aguentou sufocar um grito que acordaria toda a casa. Porém, não pode conter sua exclamação de horror estampada no rosto. Tudo porque uma coruja enorme bicava em sua janela, querendo entrar.
N/A: Espero que esse capítulo tenha ficado um pouco legal. Reviews, please! Já vou avisando que não sou lá muito bom c/ fics, mas darei tudo de mim para que pelo menos essa saia direito!
DISCLAIMER: Ah, e já ia esquecendo... nem Harry, nem Hogwarts, nem nada pertencem à mim... Mas se a Tia Jô ou a Warner quiser me dar os direitos, tô aqui, viu? MAS A PANDORA PERTENCE À MIM, SIM! HUAHUAHUAHAHAHA! recuperando o surto de maldade Bom, continuem lendo!
