Disclaimer: Inu-Yasha infelizmente não me pertence!É obra total e parcial de Rumiko Takahashi-sensei
Como sou muito fã eu escrevo inúteis fics na esperança que os Inu-Fans leiam!! (e não posso me esquecer de satisfazer todos os anti Kikyou )

Prólogo: Dias de um passado que nunca será esquecido

Odiava a normalidade.Era uma garota bela e esguia.Tinha os cabelos negros e os olhos azuis, com tons de um cinza que se fundiam perfeitamente.

Estudava naquela escola há dois anos.

Nunca desconfiara de nada...Até que um dia em que a fizeram parar na diretoria ela desconfiou.Desconfiou de um livro negro que estava depositado na mesa da diretora.Era muito belo, e parecia conter muitas histórias de terror.Ela odorava isso.Tentou toca-lo mais nesse instante ela entrou na sala.

Seu nome era Shiomi Ryou.Ela era a diretora daquela escola.Era muita alta, tinha um enorme sorriso.Os cabelos negros-avermelhados eram curtos, bem curtos quase como os de um homem.Por ser rica, usava roupas que poderias dizer serem chiques.Sem contar que era metida.Parecia gostar de esnobar os outros...

[Kagome fala...]

Tudo começou naquele dia. Fazia sol e seria o primeiro dia de aula do primeiro colegial.

Todos os alunos entravam pelo mesmo portão.Os que iniciariam a 5ª série naquela mesma manhã estavam nervosos.Os outros alunos, porém, entravam sem fazer cerimônia.Ouvi algumas vezes uns falando sobre as férias outros reclamando que as aulas voltaram cedo de mais.

Nunca pensei que isso ia acontecer.

Enquanto entrava em minha nova sala encontrei uma pessoa... Parecia ser uma aluna nova.Perguntei o seu nome.Ela apenas me olhou friamente e murmurou:

-Shirayuki...

Me apresentei para ela e logo nos tornamos muito amigas.Logo, muito logo.Foi tudo naquele dia.E então, em seguida eu estava, como sempre, no lugar errado e na hora errada.Não pude saber o que estava acontecendo, até que alguém virou para meu lado e gritou:

"Foi ela!"

Logo uma mulher baixa, de cabelos cor de cereja, olhos negros como uma noite sem estrelas pegou minha mão.Olhou para mim tristemente, como se não esperasse algo de mim e disse: "Por que fez aquilo?"

Eu a encarei sem saber o que estava acontecendo.Simplesmente olhei para ela e indaguei:

-Aquilo o quê?

Aquela mulher continuou a me olhar daquele jeito incomodo. "Sinceramente eu adoraria saber o que aconteceu!" Isso foi o que eu pensei naquele instante.Aquela mulher estranha adivinhou ou leu meus pensamentos, embora para mim isto seja impossível.

-Não se faça de desentendida.Sinto muito, mais vou leva-la á diretoria.Precisa ter uma conversinha com Ryou-sama.

-Ma...Mas...

-Nada de mais, agora pare de recuar e vamos logo!

E ela me puxou com força.Por que "recuar"? "EU não estou retrocedendo. Estou parada, pois não fui eu!!!" Novamente aquela mulher estranha respondeu meus pensamentos...

-Você foi acusada e estava lá, agora...Entre vou chamar Ryou-sama, espere sentada.

Sentei-me naquela sala.Já estive ali muitas e muitas vezes, pois eu sempre levava a culpa de tudo.Só que havia mudado muito.Tinha agora muitas velas decoradas, embora nenhuma estivesse acessa.A parede estava pintada de azul, um azul escovado.As estantes onde repousavam aquelas velas eram brancas. Perto das estantes encontrava-se um armário de ferro.Já vi ela abrir aquilo, o currículo de todos os alunos que entravam e saiam daquela escola estava naquele armário.Havia uma mesinha, também branca, e muito grande.Na mesa havia um monte de papéis.Fora isso, além de mais uma vela decorada, eu vi um livro negro.

Parecia um pouco velho, mais era incrivelmente bem cuidado.Tive um impulso para tocar nele.Aliás, ao me levantar vi um símbolo branco no livro.Eram cobras entrelaçadas.

Me assustei um pouco, mais minha imaginação me levou a pensar que fosse de algum aluno.E sendo de algum aluno não poderiam passar de algo mais, a não ser uma história de terror...

Queria muito apenas dar uma olhada...Após me certificar que estava sozinha, e que com a algazarra lá fora era impossível alguém me ver, levantei-me e fui abri-lo.

Naquele exato instante aquela mulher abriu a porta, acompanhada da diretora.Então fingi espreguiçar-me...Foi muita sorte elas não repararem que eu estava em pé.Sentei-me novamente.

A mulher disse:

-Foi ela diretora.

Eu ainda fiquei olhando feio para aqueles olhos negros...

-O que eu fiz?- tornei a perguntar.

-Ora está vendo o que eu disse?Ela ainda se faz de desentendida!
-Muito bem – interveio a voz áspera da diretora.- Deixe que eu conversarei com ela sozinha Kyou.

Ela se retirou e a diretora sentou-se confortavelmente em sua cadeira.

-E então...Por quê a senhorita fez aquilo?

-Quero saber o que eu fiz.- disse ríspida, do mesmo modo que aquela mulher se dirigiu a mim.A raiva começou a crescer.

-Ah... Parece mesmo que não sabe se não, não estaria perguntando a toda hora.Houve um incidente no laboratório de biologia hoje mesmo, agora na hora do intervalo.

Só a observei.Não estava nem aí com aquilo para falar a verdade.

-Bem, as pedras de aquário foram derrubadas e todas esparramadas no chão.

"Pronto, era o que me faltava" pensei "Pedras? Fui culpada por derrubar pedrinhas de aquário!Por favor..."
-Bem vejo que a senhorita não é a responsável, Higurashi.

-Certo.- eu me levantei irritada e estava me encaminhando a porta quando...

-Não disse que poderia sair. Não pude entender, mais meu coração começou a bater forte como se fosse saltar de meu peito.

-Então...- tornei a me sentar mais desta vez, em sua frente.

Reparei que o livro que mexera com minha curiosidade havia sumido.Mais como se ela nem havia tocado nele?

-Só peço para que não interfira mais, Higurashi.

-Interferir?Mais no quê?

-Pode se retirar.

-Mais no que foi que eu interferi?

-Disse para se retirar.

-Será que a senhora pode me contar melhor não estou entendendo...- eu falava com educação, pois poderia ser expulsa como aquela bruxa fizera como um garoto do sétimo ano.

-DISSE PARA SE RETIRAR!- berrou ela.

Fiquei irada.Sai batendo os pés e bati a porta.

Depois me dei conta do erro e sai correndo a toda velocidade.Queria me esconder.Sabia que não poderia me esconder se a escola era dela.Por sorte ela não veio atrás de mim.

Passaram-se dias até Shirayuki me dizer que leu uma história muito interessante onde um monstro prendia almas em pedras.

Primeiro achei ser demais de minha imaginação... Mais depois não vi nenhuma outra explicação lógica.Então...Por que foi que Ryou ficou tão irada por simples pedrinhas de aquário?

Então passei a investigar aquilo.Era tudo muito estranho.

Muito mesmo. Até que Shi-chan se juntou a mim... E juntas nós descobrimos sobre um espelho, tudo graças as historias que ela tanto lia.Chamávamos o espelho de Yami na Kagami, o espelho das trevas.Segundo as historias ele também sugava almas e só de garotas.Explicando por que ele estava na porta do banheiro das meninas.

Certa vez, enquanto conversávamos perto da sala do cursinho, Shirayuki encostou-se à árvore ali perto.Ela exclamou "ai!"

Eu perguntei o que foi e ela apenas respondeu: "pensei ter tomado um choque..." e eu olhei para o dedo dela.Estava com cinzas em cima.

-Shi-chan você não pensou.Você levou um choque.Onde pôs a mão?

Ela indicou uma das estranhas distorções no tronco da árvore.

-Aqui...AI!- eu havia tocado e levei um choque também.Então ela reparou que só as distorções no tronco davam choques.E elas pareciam olhos.No dia seguinte ela levou-me um livro que falava de uma árvore que sugava almas através de crateras (o que supúnhamos ser as distorções) e as amadurecia fazendo-as brotar como seus frutos.

E então juntamos todas as peças daquele quebra-cabeça.

Se a diretora se zangara por causa de simples pedras, era porque continha almas.Um dia furtamos duas delas e aí...As quebramos.De ambas as pedras saiu um brilho azul...

Certa vez, enquanto a Shi-chan examinava o espelho eu distraia uma mulher que sempre ficava no banheiro.Então ao entrar no último Box para pegar algo que ela me pediu, vi algo nojento e intrigante (c/ olhem lá o que vão pensar heim XD) dentro do vaso sanitário estava preso por correntes um molho de chaves.

Eu entreguei a coisa que a mulher pediu para eu pegar, um bolsa, e então sai correndo para contar pra Shi...

Dias depois de uma amiga nossa pegar as chaves e joga-las na linha do trem ela desapareceu...

Então enquanto eu saia da sala de aula, conheci um garoto ao esbarrar nele: era alto, cabelos ruivos e olhos bem verdes.Tinha algumas sardas no rosto e era muito belo...Logo percebi que estava apaixonada por ele.Seu nome era Koji.

Minha memória se limita a isso e a uma luta, que não lembro como começou, mais posso descreve-la...

Tudo começou numa manhã que mais uma vez ia observar o espelho.Acabei por entrar no banheiro.Estava deserto pelos alunos e até por aquela mulher que costumava ficar ali.

Mas...Havia alguém.Era uma mulher que eu conhecia, embora seus cabelos estivessem crespos e compridos e elas estivesse dentro do grande espelho que tinha no banheiro.(não o da porta!)

-Di...Diretora Ryou?- foram as únicas palavras que eu consegui pronunciar.

Ela abriu os olhos e sua verdadeira forma como eu e Shirayuki suspeitávamos que tinha, apareceu.

Um longo vestido negro e vermelho-sangue envolvia seu corpo, agora tão pálido que estava quase branco.Os cabelos eram tão compridos, que se ela estivesse ao meu lado, suponho que eles tocariam o chão.Os olhos eram prateados e brilhantes.

-Então... Então... Ele me contou todos os detalhes certos...- ela apontou para um vulto que vinha chegando pelo espelho...

-Ko...Koji!- sussurrei...O garoto que eu amei...Era um servo dela.

-Kagome - ele disse.- me desculpe por isso.Fui criado por ela e antes mesmo que pudesse assumir minha consciência ela me enfeitiçou para ser a marionete dela... Agora chegou a hora de minha partida.Ela irá me matar...Saiba que eu...

E o seu pescoço foi cortado pela Ryou.Ela apenas usou as mãos...Que ficaram afiadas como facas e cortou-lhe a cabeça.

-Que eu... te.. amo... você... é muito linda... não se esqueça...

E então eu o vi morrendo.Lágrimas encheram meus olhos e começaram a cair.Senti meu coração sendo esfaqueado...

-Ele...- começou Ryou.- foi apenas uma ilusão que criei para espionar você, você sabe muito e até de mais...

Vou te matar!

Ela tentou me golpear, quase fui atingida.Não consegui pensar em mais nada...Até que uma coisa tomou conta do meu corpo: o que eu sempre quis estava acontecendo...Eu ia lutar com um monstro!
Deixei de lado os meus sentimentos e me dei conta que eu estava em outra dimensão.Era tudo escuro mas eu conseguia ver tudo...

Eu não sei como fiz aquilo, nem sei se foi um sonho meu ou se era a realidade.Havia um arco e flecha na minha mão.Brilhava intensamente.

Eu não sentia dor.Estava sendo golpeada...

Até que atirei a única flecha que tinha.Nunca havia atirado antes.Eu a acertei bem no peito.Ela caiu.Vi o Yami na Kagami se mecher atrás de mim...Estava vibrando...Senti algo sair de meu corpo...Estava quase sem consciência, mas mesmo assim bati o arco nele... O espelho se rachou e lembro-me que cai no chão inconsciente.

Depois eu estava no meio de um terreno e várias pessoas me rodeava.Não havia escola.Os outros alunos não estavam ali.Nem a Shi.

-Menina você está bem?- perguntou uma moça... Me lembrava alguém, mais eu não conseguia saber quem era.

-É nós a vimos cair aqui.-disse um homem.

-Ca...Cadê a escola?- eu perguntei.Minha voz estava tão baixa que quase nem eu mesma a ouvia.

-Deve ter tido um pesadelo...- murmurou a mesma mulher.

-Mas... Eu estou bem... Aqui era uma escola e...

-Garota acho bom você ir para sua casa.Eu posso te levar, me diga a onde você mora?- indagou a mulher novamente.

-Moro no Higurashi-Jinja mais eu posso ir sozinha...

-Deve ter sido perturbada por um espírito maligno por morar em um templo!- falou um outro homem

Eu acho que cai inconsciente novamente pois assim que eu abri meus olhos estava em meu quarto.Me pergunto se eu sonhei com aquilo ou se era realidade.Ou então se eu estava mesmo sendo perturbada por um espírito maligno.

Minha mãe apenas disse que eu estava caída no terreno e uma moça muito gentil me levou para casa.

Passaram-se meses e completou-se um ano depois disso.Nunca mais ouvi falar da escola, da Shirayuki ou até mesmo da ilusão pela qual me apaixonei, o Koji.

Agora seja o que fosse, um sonhou ou a realidade, eu queria reviver aquilo e sair da monotonia que é esta cidade...