O universo de Warcraft é tão extenso que eu me pergunto como eu nunca criei história sobre ele em minha cabeça tão lotadas de histórias, contos e interpretações sobre músicas. De tanto pensar sobre isso nasceu essa história. Agradeço de antemão a todos que se interessaram por ela e que irão lê-la. Obrigada pessoal!

A história se passa em sua maior parte no continente de Kalimdor e em sua maior parte entre os night elfs (elfos noturnos). Mas, não é só pelo fato da personagem principal ser de uma facção ligada a Alliance que os Hordes não terão vez. Todos são bem vindos.
A história é 18+, pela violência, pela linguagem e, quem sabe, algo a mais. Por via das dúvidas e por não saber onde minha mente vai ela será +18.

Aventurem-se comigo em Azeroth. Será uma honra guia-los pela minha história.

Warcraft e todos os seus personagens e mundos, como todos sabem, pertencem a Blizzard.

PS: Obrigada a Pedro e a Hellayne por escutarem e lerem todas as histórias que escrevo. Vocês são minhas caras-metades, de duas maneiras diferentes.


Eluna Dorei

Prólogo

Ela corria rápido, com o seu destino preso em sua mente. Agora, enquanto as árvores passavam borrando sua visão periférica mais ela tinha certeza que a vida adulta, a vida que ela almejava em sua infância, a liberdade tinha se tornado apenas um arremedo do que a sua imaginação infantil pensou ser capaz.

Liberdade... Uma criatura como ela, com suas funções, não sabia o que era liberdade. A liberdade, para ela, eram como grilhões que a prendiam a ideias e coisas que ela jamais poderia sonhar em ter. E isso a assustava mais do que a guerra que havia devastado o seu povo.

Os olhos de puma brilhavam na escuridão da floresta de Costa Negra, fulgurantes. Naquela floresta nada atormenta sua alma, sua raça era amiga da floresta, parente direta dos animais, andando sempre de mãos dadas com a luta entre o selvagem e o racional. Em seu povo, o dom que ela recebera sempre vinha com anos de luta pelo encontro do equilíbrio entre as duas maiores forças em um coração, seja ele humano ou não. A cada vez que os olhos de puma brilhavam ao anoitecer o seu coração a lembrava que o selvagem estava se perdendo em meio a tanto controle e obrigações. E isso, era o maior medo em sua mente. Para ela, a loucura de ser filha da grande Tyrande trouxe mais fardos do que prazer. O fardo de ser uma diplomata de seu povo superava, em tristeza, ainda mais o fardo que ela carregava do legado abominável de seu pai.

Ellésmera rosnou; acelerou a corrida a Thunderbluff, apenas com borrões de floresta ao seu redor.