-Disclaimer: Harry Potter não me pertence.
Leave me alone
Why did you kill one more heart tonight?
Don't you need someone to hold you tight?
Who will love you like I love? Who will hold you like I hold?
Kind of love that you will never find.
Procurou seus olhos em meio à multidão, como há tanto havia se acostumado a fazer. As coisas não eram mais as mesmas, um pequeno, porém essencial pedaço deles havia sido levado... E ambos eram grandes culpados.
Talvez ela sentisse tanta falta quanto ele daquele amor assassino, que os embalava de maneira suave em dias tempestuosos. Os encontros desesperados, os abraços apertados, os perfumes misturados, o desejo inexplicável.
Precisavam um do outro ao mesmo tempo em que repudiavam-se de maneira inexplicável. Era um desejo desumano, feroz, que alimentava-se do sofrimento e do proibido. Causava aflição e instigava a paixão, incitando-os a encontrarem-se cada vez mais.
Não eram almas gêmeas, não lhes era permitido ficar juntos... E mais do que isso, o destino jamais os manteria unidos. Nenhum dos dois estava disposto a mudar e arcar com conseqüências severas. Ele teria sempre malícia em seus sorrisos, sarcasmo em suas palavras e veneno em seus lábios.
Mas ela não se importava. Havia se tornado imune a seus ataques, não deixava-se corroer cada vez que tinha seu coração atingido, seu orgulho ferido. Aprendera a tê-lo, viciara-se em seu toque e sabia que ele também estava viciado em tocá-la.
Eram como droga um para o outro. Jamais fariam bem, apenas causavam espasmos de prazer e desejo, faziam-se viajar para longe apenas pelo simples fato de estarem perto um do outro.
Era um amor diferente, mas ainda assim era amor. Não trazia felicidade, apenas os mantinha satisfeitos por estarem juntos, os consumia pouco a pouco, não sabia ser brando e terno, ignorava a meiguice e era terrivelmente franco.
Com uma sinceridade doída, fazia questão de afirmar para ambos a cada encontro que aquilo ainda os mataria... Mas não se importava em tentar separá-los. Era um amor sádico.
Ele gostava de tê-la, de violar toda aquela ingenuidade, transgredir as regras que lhe eram impostas... E ela gostava brincar com o que não podia ser dela, de arruinar toda aquela arrogância e ouvi-lo sussurrar que era única.
Jamais achariam alguém que substituísse o outro, mas jamais poderiam ficar juntos. Sofriam com um conformismo calado, um segredo dolente... Razão jamais sobreporia a paixão, seguiriam sempre seus instintos e acabariam encontrando um ao outro.
Quando ela ergueu os olhos amendoados de seu prato intocado e encontrou-o na mesa mais à frente, arriscou um sorriso magoado, sem esperar correspondência. Seria sempre assim: na presença de outros a máscara da indiferença era mantida. Observou-o passar as mãos pelos cabelos platinados, de uma maciez que ela tão bem conhecia, e suspirou.
Um suspiro cansado, aflito. Sabia que mais tarde o procuraria e seria procurada.
Seria para sempre assim: um ciclo. E por mais que em suas mentes se formasse um consistente pensamento que lhes gritava para parar, continuariam.
You just leave me alone, I don't wanna cry, leave me alone, alone
Leave me alone – Arsenium.
Olá! Bom, não tenho muito o que falar sobre o fic... Já tenho outros fics escritos (DM/HG também), mas este é o primeiro que decido postar. Pensei em dar continuidade a ele, mas ainda estou meio incerta quanto a isso. Espero que tenham gostado!
Comentários são muito bem vindos, se quiserem opinar sobre a continuação ou não, também ficarei contente.
Beijos, Ilyas.
