Minha mãe sempre disse que a família era importante. Eu me pergunto o que ela diria se estivesse no meu lugar. O que ela faria?

Tudo era tão estranho. Eu estava em uma casa que não conhecia, em uma rua não conhecia, em uma cama que não conhecia ao lado de uma completa estranha que jurava ser minha esposa e estar grávida do meu filho.

Não era só estranho. Era como um pesadelo. Só que era diferente, era como se eu tivesse acordado de um sonho e tivesse sido transportado para um pesadelo. Era como... Mágica!

Quando eu levantei, a estranha que eu reconheci como uma moça maltrapilha que me oferecera água numa das minhas últimas memórias gritava sobre o quanto nós éramos felizes e o quanto ainda seriamos, principalmente quando nosso filho chegasse.

Nesse momento, esqueci de tudo que minha mãe tinha dito sobre família, do quanto ela prezava que estivéssemos os três presentes diariamente para jantar, o quanto ela dizia que queria que, quando eu me casasse, continuasse a viver em Little Hangleton. Esqueci de toda essa importância.

Eu só conseguia pensar em fugir.

Em fugir para bem longe daquela mulher, que era tudo, menos minha família.