Oi gente! Mais uma estória linda chegando!
Abram corações e mentes e tenho certeza que irão se apaixonar por esse dois cowboys.
Edward é um cowboy experiente que está farto de seu colega de equipe e num ímpeto de audácia contrata Jasper, um menino inexperiente, mas que tem uma sede de aprender. A amizade começa com a divisão do dia a dia, os anos se passam e Jasper se vê apaixonado por Edward. É um amor não correspondido, até que um acidente muda tudo. Quando se vê a beira de perder Jasper, Edward começa a reparar que ele é mais que um amigo. Mas para ter ele em sua vida não é simples. Edward ama sua família, não pode escolher entre ela e seu querido Potro. O que ele faz? O desespero bate profundamente. Edward conseguirá abrir mão de um amor por outro?
Me emocionei e chorei muito com essa estória linda.
Filho da puta.
Rosnando em um tom áspero que fez um jovem vaqueiro olhar para cima de uma baia há uns vinte metros de distância, Edward Cullen foi em direção à saída do estábulo improvisado como se o próprio inferno girasse ao redor de suas botas de cowboy desgastadas. O rodeio tinha terminado, havia chegado a hora de cuidar dos cavalos e carregá-los nos reboques, e aquele imprestável do caralho do Mike não se encontrava em lugar nenhum. Nem um pouco malditamente surpreso, Edward cavou o celular do bolso e discou o número de seu patrão. Se o homem mais uma vez se recusasse a demitir Mike, Edward jurava por tudo que é santo que desistiria naquele momento e procuraria um novo trabalho. O filho da puta não me paga o suficiente para fazer o trabalho de um homem, quanto mais de dois.
No momento em que um desinteressado "Alô" chegou ao ouvido de Edward, ele vomitou como uma broca batendo num reservatório de óleo. "Aquele imbecil deve estar lá fora fodendo uma das sobras de meninas que os cavaleiros não quiseram, porque ele certo como o inferno não está aqui comigo, e não atende minhas ligações." Edward compassou na frente das portas largas do estábulo, olhando sujo para alguém que teve a coragem de lhe atirar um olhar descontente. "Se não despedir sua bunda neste instante, você não terá ninguém para dirigir metade de seu estoque para o próximo evento, porque eu vou estar fora."
Um suspiro ressoou pelo telefone. "Seja razoável," Aro respondeu. "Não posso me livrar dele. Quem diabo vai dirigir o reboque de viagem, enquanto você e eu dirigimos o estoque?"
"Eu não me importo."
"Você não me deu tempo suficiente para encontrar um substituto."
Fodido bastardo comedor de merda. Cada molécula no braço de Edward ansiava por socar alguma coisa. Empregando suprema vontade, ele encostou o punho contra seu lado e compassou em uma vala de terra ao invés. "Eu tenho lhe dito para se livrar desse idiota inútil por dois meses. Não me venha com essa merda. Você já teve tempo de sobra para contratar outra pessoa." Edward falou abertamente com Aro, sabendo que Aro não gostava dele mais do que ele gostava de Aro, mas até que Aro descarregasse esta operação de estoque no rodeio, eles precisavam um do outro — com Aro precisando de Edward mais do que Edward precisava de Aro. "Você nem sequer menciona que está procurando alguém novo, a menos que eu toque no assunto."
"Confie em mim," Aro respondeu. "Todos que deixaram um pedido fazem Mike parecer um vencedor."
Edward bufou e revirou os olhos. "Isso é besteira. Eu poderia jogar uma porra de um níquel e encontrar alguém melhor do que Mike."
"Sinta-se livre para tentar." A resposta de Aro, a primeira assim, fez Edward se endireitar. "Se você encontrar alguém que faça este trabalho pelo que estou pagando Mike, então ele será história."
A imagem do jovem cowboy rondando os estábulos relampejou como uma imagem 3-D na frente dos olhos de Edward. Ele tinha visto o garoto pescando ao redor todo o fim de semana, e sabia o que aquilo significava. Sim. Edward girou sobre os calcanhares e voltou para os animais. Sério, garoto. Por favor, não seja um idiota.
"Já está feito," Edward assegurou a Aro. "Pegue o telefone em dez minutos e esteja pronto para dizer a Mike que ele está desempregado."
Edward não esperou por Aro se despedir. Ele reentrou no celeiro temporário dos cavalos e imediatamente se concentrou no jovem cowboy. O garoto ainda se misturava com os animais, dessa vez acariciando o flanco de uma égua malhada. Após uma inspeção mais minuciosa, Edward catalogou o cabelo claro saindo pelas bordas do chapéu branco imaculado do jovem, o comprimento do cabelo quase chegando aos ombros. Uma camisa azul e jeans escuro cobria um corpo mais alto e mais esguio do que da maioria dos cowboys que procuravam montar em touros ou cavalos broncos, e suas botas pareciam novíssimas-em-folhas também. Não vai dar certo.
Bemmm, merda. Tão rápido quanto Edward esvaziou, ele se animou de volta. A égua que o garoto olhava dançou na baia, mas o cara sussurrou para ela e a acalmou como se tivesse cuidado de cavalos a vida toda, e era danado de bom na tarefa. Então, talvez, o garoto fosse apenas um fanático por rodeio, mas tinha desenvolvido certa habilidade em algum lugar, ou talvez apenas possuísse um dom natural. Edward se aproximou, detendo os sentidos agora com mais precisão sobre o jovem. Com um segundo olhar, ele descobriu que o cowboy estava aqui pelos animais, e não pelos homens e mulheres que os montavam. E isso é exatamente o que preciso.
Movendo-se para o lado do cowboy, Edward perguntou, "O quanto você quer um trabalho com os cavalos?"
O cara se virou, com a mão estampada no peito. "Céus." Ele caiu contra a baia. "Você me assustou."
Edward arqueou uma sobrancelha. "Você me viu há poucos minutos. Eu amaldiçoei alto o suficiente para chamar sua atenção."
O jovem olhou em direção às portas abertas. Quando voltou seu foco para Edward, vermelho rastejava por seu rosto. "Eu também o vi sair. E não o ouvi voltando."
"Eu não estava sendo especialmente silencioso." Quando o garoto cresceu ainda mais vermelho, Edward percebeu que ele era tímido, e então Edward mediu sua voz para um murmúrio. "Acho que você estava ligado nos animais mais do que qualquer outra coisa por aqui e nem percebeu."
O rosto anguloso do cara suavizou, e uma nova luz saturou o verde em seus olhos. "Eles são lindos." Ele esfregou o nariz da égua, mais uma vez, e ela relinchou para ele como se ele não fosse um estranho para ela.
Quase hipnotizado, Edward estudou a facilidade entre este estranho e o cavalo. "Você já trabalhou com animais?"
O cara sacudiu a cabeça.
"Você já trabalhou em algum emprego?"
"Fast-food oficialmente." Com um dar de ombros, o aspirante de cowboy enfiou as mãos nos bolsos e se balançou sobre os calcanhares das botas. "Mas já passeei com cachorros, cortei gramas, e coisas do gênero desde que tinha doze anos."
"Por quanto tempo você tem seu trabalho no fast-food?"
"Por dois anos. Comecei quando eu tinha dezesseis anos."
"Então você é confiável." Edward poderia trabalhar com verde, mas ansioso por um aprendiz. "Você tem família? Namorada?" Lombadas e possíveis descarrilamentos voaram com rapidez e furiosamente pelos pensamentos de Edward. "Qualquer um que apontaria as armas se você não estivesse por perto todos os dias? Você está se preparando para começar a faculdade?"
"Tenho uma irmã, mas ela ficaria bem sem mim. Angela — essa é minha irmã — é mais velha do que eu." O garoto inclinou os ombros em um desleixo ainda mais profundo e acrescentou baixinho, "Não tenho namorada, e faculdade não vai acontecer para mim por agora."
"Estar dentro e fora da estrada o tempo todo, longe de casa, não vai te deixar com saudades?" Edward pressionou. Inferno, ele tinha que fazer. Não queria que o primeiro empregado de sua escolha caísse fora em um mês, e provasse que Aro estava certo. "Você se oporia de viver em um trailer de viagem apertado comigo, um cara que você não conhece?"
"Por que você está me fazendo todas essas perguntas?" O garoto estreitou o olhar, mas não se esquivou. Ele até mesmo se empurrou mais reto, Edward notou.
Edward deixou seu olhar deslizar para o cavalo cutucando o ombro do jovem como se tivessem sido amigos a vida inteira, e depois olhou de volta nos olhos sérios do cowboy. "Você está rondando porque quer um emprego, não é?" Ele foi direto ao ponto. "Você quer estar perto dos rodeios e dos animais, e meu palpite é que você não liga muito em como. Estou certo?"
"Sim." Relaxando-se novamente, o cara adicionou, "Mas não tenho nenhuma experiência com cavalos ou touros, então ninguém vai me dar uma oportunidade. Eu quero uma, porém. Quero uma mais que qualquer coisa."
Excelente. De repente animado e cheio de nova adrenalina, Edward gritou e estendeu a mão. "Você acaba de encontrar sua oportunidade. O nome é Edward Cullen." Edward envolveu a mão do garoto na sua e gostou como o inferno do aperto forte que recebeu em troca. "Sou responsável por oito destes cavalos, e você acabou de conseguir um emprego como meu assistente."
"Sério?" Vertentes gêmeas de emoção e incredulidade vieram através das palavras do jovem, e seu olhar cresceu mais largo do que qualquer outro que Edward já tinha visto. "Você tá falando sério?"
Edward riu. "A programação de viagem é implacável e o salário é uma merda, mas você consegue ficar perto dos rodeios e me ajudar a cuidar de alguns dos melhores broncos nesta turnê." Edward ofereceu um sorriso raro e genuíno. "O que você acha disso?"
"É tão incrível." O cara agarrou a mão de Edward com as dele e balançou com vigor. "Obrigado, senhor."
"Tenho vinte e sete anos." Edward atirou no garoto uma sobrancelha exagerada. "Não me chame de senhor. Guarde isso para Aro. Ele é seu chefe oficial, e ele adora esse tipo de merda."
"Desculpe. Vou fazer." Concordando, o cara ajeitou e bateu as rugas inexistentes em sua camisa. "Obrigado mais uma vez."
"Qual é seu nome?" Edward imaginou que deveria começar a pensar nele como algo que não fosse o garoto, ou aspirante a cowboy, ou cara.
"Jasper." O jovem Jasper tinha um sorriso de um quilômetro de largura que puxou outro sorriso de Edward. "Jasper Halle."
"Bem, certo, Jasper. Pode me chamar de Edward. Trabalhe nesse show como se achasse que eu poderia te demitir todos os dias, e vamos nos dar muito bem."
"Eu posso fazer isso." Depois de se mover em um círculo lento, claramente absorvendo a sequência do rodeio em toda uma nova luz, Jasper finalmente olhou para Edward mais uma vez. "O que você quer que eu faça primeiro?"
"Primeiro;" Edward compartilhou com leveza em seu tom, "eu vou procurar um pedido enquanto faço um telefonema. Enquanto isso, eu quero que você vá para casa, diga a sua irmã que está partindo e que provavelmente não vai vê-la por um longo tempo, e faça uma mala com roupas que você possa se sujar. E não se esqueça de ligar para seu chefe no conjunto de fast-food. Diga a ele que você não vai mais poder virar hambúrgueres para ele."
"Então você quer que eu volte aqui e o ajude com os cavalos?" De alguma forma, Jasper tinha um maldito ressalto em sua voz, um que combinava com o jeito que ele se ergueu na ponta dos pés.
"Exatamente." Edward deu a Jasper as palavras que ele queria ouvir — sem mencionar as que Edward precisava dizer. "Você começa esta noite."
Jasper agarrou a mão de Edward pela terceira vez e balançou com o que parecia ser todo seu corpo. "Obrigada, Edward. Sério. Você não vai se arrepender. Eu juro. Quero este trabalho mais do que qualquer coisa."
Controlando suas expectativas, Edward se lembrou de seu primeiro trabalho em rancho e rodeio e ficou sério. "Diga-me isso daqui a um mês, quando sentir como se suas costas nunca vão parar de doer, e mal poder conseguir uma meia noite de um bom sono passando em uma cama em um trailer, e sentir falta de sua irmã mais do que imagina. Passe por um período de experiência de trinta dias, e então eu me deixo acreditar que você vai dar certo."
Jasper ainda sorriu tão largo que parecia que poderia partir a cara aberta. "Eu ainda vou dizer a mesma coisa em um mês. E em um ano. Eu prometo."
"Seu período de experiência começa esta noite." Edward empurrou a cabeça em direção à entrada do edifício. "Vamos."
Jasper começou a andar para trás em direção às portas, sua atenção ainda presa em Edward. "Eu volto em menos de uma hora! Não faça nada sem mim. Eu quero aprender tudo." Então ele se virou, decolou em uma curta corrida, e bombeou o punho no ar, antes de desaparecer.
Rindo, incapaz de se conter, Edward balançou a cabeça. Verde. Verde. Verde. Edward mal conseguia se lembrar de quando tinha experimentado tal entusiasmo contagiante em seu trabalho. Ele amava os animais, mas Aro o havia frustrado tanto no ano passado — e Mike só tinha agravado esse sentimento — que Edward não conseguia se lembrar da última vez que sentira uma alegria pura e desenfreada por cuidar e preparar os cavalos para seu trabalho.
Edward foi até onde sua linha de cavalos tinha sido alojada e parou na frente de seu bronco mais resistente e mais proficiente. "Se ele der certo, talvez seja bom para todos nós." Seus murmúrios suaves derivaram para os ouvidos de seu cavalo favorito. "O que você acha Moisés?" Edward esfregou o nariz do animal. "Tenho certeza de que o jovem Sr. Halle fez suas rondas e te elogiou uma ou duas vezes neste fim de semana. Você acha que vai gostar de tê-lo por perto?"
Moisés relinchou e patinou seu casco contra o feno.
"Sim." Edward deixou seu olhar vagar para onde havia notado pela primeira vez Jasper nos estábulos improvisados duas noites atrás. "Eu também." Cristo, ele nunca poderia ter imaginado que um momento de contato visual teria sido suficiente para fazê-lo se sentir confiante em oferecer a um estranho — um garoto — um trabalho.
Depois de mais uma batidinha firme no flanco de Moisés, Edward saiu para os reboques dos cavalos. Precisava encontrar esse pedido. Se Jasper Halle desse certo Edward queria tudo legal e oficial. De jeito nenhum Aro ia ferrar com ele de novo com outro idiota dessa vez. Se Jasper passasse pelo período de experiência, Edward queria o garoto com ele por um longo, bem longo tempo.
Doze horas depois, em um estábulo temporário totalmente novo, Jasper Halle gemeu e ergueu os braços para os céus. Ele virou sua parte superior para a esquerda, depois à direita, e fez seu melhor para trabalhar os espasmos repetidos percorrendo os músculos em partes de seu corpo que ele nunca pensou existiam, e muito menos os sentira.
Através do sossego do edifício, a voz profunda de Edward ressoou por todos os cantos vazios. "Vê o que eu disse sobre este trabalho quebrar suas costas?"
Jasper se empurrou ereto. Seu centro tencionou e gritou de dor, e ele estremeceu. Atirando seu foco à sua esquerda, em Edward uma meia dúzia de baias abaixo. O homem tinha o cotovelo apoiado no cabo de um ancinho, e o conhecimento da condição física de Jasper coloria seu profundo olhar de ardósia.
Rangendo os dentes, Jasper forçou sua coluna em uma linha dura. "Estou dolorido." Ele não podia exatamente negar o movimento mais duro de seu corpo, então ele não viu o ponto em mentir. "Mas vou ficar bem. Não vou desistir de você."
Edward examinou Jasper, apertando os lábios, mas também acenando. "Se você diz." Apontando com a ponta do ancinho, ele acrescentou, "Termine de espalhar as aparas nestas baias, enquanto eu busco o primeiro cavalo."
"Estará feito antes de você voltar." Jasper não esperou por um ok antes de voltar ao trabalho.
Jasper não tinha certeza, mas pensou ter ouvido Edward murmurar, "Certo, garoto," e rir baixinho quando saiu do celeiro cavernoso.
O que seja. Jasper corou, mas disse a si mesmo que não se importava. Ia terminar de revestir as baias com as aparas e peletes, e o faria corretamente em tempo recorde. Quando Edward voltasse, ele ia ver, e saberia que Jasper estava falando sério sobre manter este trabalho.
Na metade de um dia, a vida de Jasper tinha mudado completamente. Ele falara com sua irmã sobre o novo trabalho — do qual ela expressara seus temores por Jasper ir para a estrada com um estranho que poderia ser um serial killer por tudo que ele sabia. Uma vez que dissera a Angela que confiava em seu intestino, ele então ligou para seu antigo chefe para se desculpar por não dar a devida notificação sobre deixar o trabalho. O cara entendia o amor de Jasper pelo rodeio e lhe desejara sorte. Finalmente Jasper empacotara uma mochila mais rápido do que já fizera em sua vida e partira de volta para o rodeio e Edward Cullen, receoso de que o homem pudesse mudar de ideia sobre oferecer a um garoto este trabalho.
Nessas muitas horas atrás, Jasper tinha corrido para esse outro estábulo, e Edward estava exatamente onde Jasper o havia deixado. Graças a Deus. Com uma eficiência incrível Edward lhe apresentara aos cavalos e lhe dado instruções simples sobre como deixar os animais prontos para viajar. Os dois então tinham com sucesso acomodado os cavalos e prontos a caminho de outra cidade e um novo rodeio. Jasper tinha se encontrado brevemente com Aro quando o homem mais velho subira ao volante do caminhão puxando um reboque de cavalos, mas tinha sido apenas isso. Do contrário, o chefe de Jasper parecia ser Edward.
No instante em que Jasper se moveu para começar a cobrir o chão de terra, Edward entrou com um dos cavalos no estábulo.
Droga. "Sinto muito." Jasper arrastou mais rápido, nivelando a forragem, e então se apressando para a baia final. "Eu disse que teria tudo pronto, e nem cheguei lá."
Edward enviou a Jasper um olhar de soslaio. "Relaxe," ele ordenou enquanto levava um animal preto enorme para a baia mais distante. "Você é como um pequeno potro ansioso tentando fugir da sombra da mamãe muito rápido. Você está indo bem. Realmente tem feito mais do que eu pensei que faria." Edward de repente ofereceu um sorriso completo, algo que derivou em seus olhos. "Você até está me fazendo esquecer que aquele idiota do Mike já existiu."
"Desculpe." Jasper apertou a boca fechada, mas, em seguida, gaguejou, "Quero dizer, obrigada. É só, você murmurou alguma coisa quando saiu, e eu pensei que estivesse me desafiando a estar à altura do que prometi que poderia fazer. Então, quando não fiz, eu pensei que você poderia pensar que eu era apenas um grande falador ou algo assim."
"Esta é apenas a maneira como eu falo." Edward compartilhou outro sorriso torto que fez a barriga de Jasper tremer. Depois de fechar e trancar a baia, Edward deu ao cavalo um tapa na anca. "Passo a maior parte do meu tempo falando com os cavalos. Eles não parecem se importar com o que eu tenho a dizer ou como eu digo."
"Eu não me importo também," Jasper respondeu. E que Deus o ajude, mas ele achava que jamais se cansaria de ouvir Edward. A voz do homem, tão profunda e granulada, entrava por sua pele e tocava com movimentos irregulares o interior de seu corpo. "Eu gosto de ouvir o que você tem a dizer." Fogo rápido queimou direto até as pontas de suas orelhas, e ele gaguejou, "Quero dizer, tudo isso me ajuda a aprender, sabe. É por isso."
"Você vai realmente se acostumar comigo," Edward disse, não perdendo o ritmo, "porque me disseram que eu falo durante o sono, e você vai estar apenas cerca de um metro e meio acima de mim no trailer. Uma vez que tivermos os cavalos estabelecidos, vamos poder descansar por algumas horas, e vamos testar essa sua afirmação."
A parte inferior das costas de Jasper escolheu esse momento para apertar em um punho de tensão. Enquanto ele pressionava a ponta dos dedos em sua espinha, honestidade se derramou de dentro. "Uma vez que eu bater nesse beliche, não acredito que vou ouvir nem um canhão mesmo se ele disparar perto da porta." Mesmo enquanto Jasper massageava as costas, seus braços tremiam de tensão também. "E se o fizer, eu, provavelmente, vou colocar o travesseiro sobre meus ouvidos e esquecer a explosão."
Edward estudou Jasper, até aonde ele continuava a trabalhar as torções das costas. Seus lábios apertaram e seus olhos escureceram com clara empatia. "Já estive onde você está. Sei o que está sentindo agora." Lançando sua atenção para as portas abertas do estábulo, para a luz da manhã, Edward entortou o dedo para Jasper. "Vamos buscar o resto dos cavalos e alimentá-los, aí você vai poder experimentar esse beliche." Quando Edward começou a andar, ele ergueu os braços para o céu, gemendo enquanto se esticava. "Estou cansado como o inferno também."
Jasper saltou para seguir Edward tão rápido que tropeçou. Edward continuou a andar e a levantar os braços para o céu. Enquanto o fazia, Jasper tentou não observar a forma como o gesto levantava sua camisa e revelava uma cintura esbelta e exponha como as nádegas tensas do cara se moldavam perfeitamente dentro de um par de jeans desgastados.
Falhando miseravelmente.
Maldito seja.
Uma articulação cascuda de "Merda do caralho" e o cheiro de bacon defumado lentamente arrastou Jasper do sono dos mortos. Piscando a crosta dos olhos, ele rolou — e metade do seu corpo encontrou nada além do nada.
Começando a cair, Jasper guinchou, "Oh merda." Com tudo dentro, ele se lançou de volta na outra direção. Seu ombro bateu na parede do trailer, fazendo-o torcer, mas pelo menos ele desembarcou totalmente no colchão fino e sua bunda não bateu direto no chão.
"Cuidado." O alerta de Edward, com o tom cheio de profunda ressonância, encheu o trailer.
Jasper olhou para a outra metade do pequeno interior e encontrou Edward, sem camisa. Oh, meu Deus. Jasper o encarou, e sua boca ficou seca. Amarrado com músculos rasgados, vestindo apenas um jeans, Edward estava no pequeno fogão, fazendo o café da manhã. Tufos do cabelo castanho-cobre do homem estavam esticados, úmidos, em desordem, fazendo Jasper pensar que Edward tinha tomado banho recentemente e usara uma toalha para secar o cabelo.
"Esse beliche é fino como o inferno," Edward advertiu. "Leva alguns dias para acostumar."
"Eu estou bem." Jasper se forçou a bambear para a posição sentada, como um daqueles brinquedos infláveis que esmurrados não ficam para baixo, e no processo bateu a cabeça no teto. Deus do céu. Seu crânio formigou com alfinetadas de dor, mas todos os músculos ao longo de seus ombros e costas apertaram também, lutando para liderar quem doía mais.
Jasper forçou um sorriso na voz. "Estou acordado. Vou estar pronto para o trabalho em cinco minutos." Depois de fugir para a beirada do beliche, ele agarrou uma saliência na parede que oferecia um degrau.
No segundo em que Jasper ficou ereto e colocou peso sobre o pé, os músculos de sua coxa e quadril gritaram em protesto. Sua perna imediatamente cedeu debaixo dele, e ele derrapou fora do pequeno degrau direto para o chão duro, uma bagunça de partes do corpo debilitado.
"Merda, cara." Edward atravessou o pequeno espaço e caiu de joelhos perto dele. "Olha pra você." Ele passou o braço em suas costas e o ajudou a ficar de pé. "Eu só estava brincando antes, mas você realmente é como um cavalo recém-nascido. Talvez eu tenha que começar a chamá-lo de Pequeno Potro." Depois de ajudar Jasper a ficar ereto, Edward manteve as mãos travadas firmemente em seus cotovelos. "Encontre suas pernas." Edward o segurou e o observou atentamente. "Você está bem?"
Ao invés de confortá-lo, a sombra de preocupação girando nos olhos de Edward abriu um buraco enorme de medo e encheu o estômago de Jasper de pavor. Não. Não. Não.
Suas coxas e panturrilhas tremiam como o inferno, mas Jasper ainda assim se livrou do aperto de Edward e endureceu a espinha. "Eu estou bem." Dor monstruosa, diferente de tudo que já tinha sentido antes, fez transpiração surgir ao longo de seu lábio superior e couro cabeludo — onde certamente Edward podia ver — mas ele manteve o queixo erguido de qualquer maneira. Tinha que fazer. "E não sou pequeno," ele desafiou, mantendo sua posição na frente de Edward. "Sou tão alto quanto você."
Com um olhar para baixo, pouco mais que um centímetro, Edward bufou. "Quase. E você tem os braços e pernas finas" — ele cutucou o braço magro de Jasper — "assim, nas formas mais importantes, você ainda é menor do que eu."
Jasper se ergueu ainda mais alto. "Dê-me um par de meses fazendo este trabalho então, e aí eu vou ter tantos músculos quanto você." — Jasper ergueu a sobrancelha e tentou fazer-se parecer como se estivesse olhando para alguém menor que ele.
Balançando a cabeça, rindo, Edward caminhou de volta para o fogão e a fritar seu bacon. "Que é quando vou trocar de chamá-lo Pequeno Potro para apenas Potro." Quando Edward tirou o bacon da panela, ele olhou para o lado de Jasper, luz brilhando em seu olhar com manchas de lascas. "Mas tenho a sensação de que você vai ser sempre um pouco desengonçado e desajeitado. Aposto que você tropeça muito em seus pés, huh?"
Estudando este grande homem maravilhoso de uns quinze passos longe, Jasper engoliu com dificuldade. Seu estômago caiu para seus pés também. Então, muito suavemente, ele murmurou, "Vou fazê-lo esquecer de que um dia me viu como um potro, Edward Cullen, nem que seja a última coisa que eu faça."
"Mas isso provável não vai acontecer hoje," Edward respondeu. Um sorriso tingindo seu tom, porém; Jasper jurava que ouviu. "Vá tomar um banho." Usando a espátula, Edward apontou a porta estreita um pé atrás de onde Jasper estava. "Não é muito, mas funciona, e se você levar menos de cinco minutos, terá água quente o tempo todo."
"Estarei de volta em quatro."
"Não era um desafio, Potro." Edward enviou outro olhar de soslaio na direção de Jasper. "Era apenas uma informação."
O peito de Jasper martelou em resposta, e ele não pôde conter um enorme sorriso. "Você já deixou o 'pequeno'. Estou a meio caminho de casa."
"É seu primeiro dia completo, Potro." Uma secura do nível Deserto-de-Saara cobriu a resposta de Edward. "Estou sendo agradável. Que é a única razão pela qual você está tendo este café da manhã extravagante," ele acrescentou ao pegar um par de ovos de uma caixa. "Este é meu único gesto de boas-vindas. Da próxima vez que quiser ter bacon e ovos, você pode fazer o seu próprio ou encontrar uma lanchonete local e pagá-los para servi-lo."
"Entendi."
Seus dedões descalços se enrolaram no tapete áspero do corredor, e Jasper não conseguiu se mover ou frear seu sorriso largo-de-milha. Ele tinha um cowboy de verdade bem à sua frente, fazendo o café da manhã, provocando-o, e prometendo trabalhar ao seu lado para lhe ensinar tudo sobre ser uma parte do mundo do rodeio. E bom Deus, ainda por cima, estava tão em forma como nada que Jasper já tinha visto. Muito melhor, no momento, ele não estava usando uma camisa. Jasper não conseguia parar sua atenção de deslizar pela linha das costas de Edward até onde seu jeans pendurava baixo em seus quadris. O mergulho na base de sua espinha, tão perto da fenda escondida de sua bunda, fazendo suas palmas suarem. Ele nunca tinha tocado nas costas ou bunda de um homem, mas as pontas de seus dedos coçavam para fazer exatamente isso agora. Ele simplesmente sabia que a pele de Edward seria quente e macia.
"Bem?" Edward balançou a espátula novamente. O movimento, e sua voz, rasgando Jasper de seus pensamentos fantasiosos, e o lembrando de onde estava. "Entre lá e termine já. Tem tanta gordura espirrando em mim que vou ter que tomar outro banho também antes de começarmos o dia." Ele amaldiçoou quando ao fritar o ovo ele estalou e espirrou óleo em seu antebraço.
Jasper estalou em atenção. "Vou ser rápido." Sem outra palavra se abaixou no minúsculo banheiro/chuveiro. Jasper tinha se demorado, e sabia disso. Se não fosse cuidadoso, Edward notaria e pensaria que sua cobiça não era normal. Ele não podia deixar Edward descobrir seu segredo. Ele não pode saber que sou gay.
No meio do penúltimo ano Jasper tinha chegado a um lugar onde não podia mais ignorar que olhava para os garotos muito mais do que as garotas, e que cada sonho molhado apresentava grandes cowboys com corpos duros e músculos ondulados — com Jasper ali, nu, junto com eles. Ele não fizera nada sobre seu crescente interesse pelo mesmo sexo; Não tinha nenhuma intenção de ter seu rabo espancado diariamente na escola. Além disso, não tinha conhecido nenhum garoto na escola que o tivesse mexido o suficiente para arriscar a descoberta ou uma possível surra.
Jasper poderia já ter terminado o segundo grau agora, mas certo como o inferno não pretendia tomar sua primeira chance com um homem duro como Edward. Grosseiramente sexy ou não, ainda que quem dera, por algum milagre o homem fosse secretamente gay também, Edward era seu ingresso no circuito dos rodeios. Este mundo — os animais, os vaqueiros, as constantes viagens para novos lugares, à camaradagem de estar perto de pessoas com as mesmas paixões, e inferno, até mesmo os cheiros — tinha estrelado em seus sonhos e fantasias por muito mais tempo do que qualquer cara sexy. E agora, por causa de Edward, ele tinha a oportunidade de fazer esses sonhos febris — seus sonhos de rodeios — se tornarem realidade. Para Jasper, todo o resto, incluindo os homens, ficava em segundo lugar.
Nem mesmo sua atração imediata por seu chefe cowboy sexy poderia derrubar seu desejo por uma vida nos rodeios. Nada importava mais para Jasper do que ter sucesso em seu trabalho e se tornar um verdadeiro membro da comunidade dos rodeios.
Ele não falharia.
Quando Jasper saltou do segundo reboque de cavalos, Edward olhou para cima de aspirar ao interior da caminhonete — o veículo que usavam para transportar o trailer. Duas semanas do período experimental de Jasper, e Edward não podia mais detectar o menor estremecimento ou careta em seu jovem estagiário. Jasper não tinha conseguido nenhum músculo real ainda, mas seu corpo tinha claramente se acostumado ao trabalho físico extenuante. Ele não parecia ter uma única dor mais.
Edward sorriu ironicamente. Pequeno bastardo de sorte.
Só então Jasper se juntou a Edward no caminhão. "Ambos os reboques dos cavalos estão lavados e limpos," ele compartilhou, saltando em suas botas de cowboy — um par de sapatos agora quebrados e sujos, nem um pouco de brilho deixado sobre eles. "Devo ir encontrar Aro?"
"Você não precisa se preocupar em passar pela inspeção de Aro," Edward lembrou a seu jovem empregado. "Você precisa se preocupar com a minha."
"Você, , chefe," Jasper respondeu, com o tom tão leve quanto à dança jogando em seus olhos de grama, "poderia perfeitamente comer um bife grelhado em qualquer superfície de qualquer um desses reboques. Ambos parecem praticamente novos."
Edward não duvidava. Uma coisa que ele tinha aprendido rapidamente sobre Jasper Halle: O garoto fazia tudo no calibre. Ainda assim, Edward respondeu, "Vou verificar assim que terminar aqui," e então retornou à sua aspiração.
Esgueirando-se pela porta aberta, Jasper roçou os ombros com Edward. "Você precisa de ajuda?" Ele alcançou através do assento para pegar um saco de supermercado cheio de lixo.
Jesus. Depois de apertar o botão Off de novo, Edward envolveu as mãos nos ombros de Jasper — já um pouco mais apertados e mais espessos afinal — e o encaminhou para longe do caminhão. "Eu estou bem. Faça uma pausa."
"Você tem certeza?"
"Vá em frente." Edward deixou seu olhar vagar para os edifícios que abrigavam os animais, sabendo que Jasper o seguiria. O cara adorava os animais — todos eles. "Verifique os cavalos. Dê uma olhada ao redor. Familiarize-se com o local."
O olhar de Jasper se arregalou. "Sério? Eu não me importo em ajudá-lo."
Edward suspirou e apontou para os estábulos improvisados. "Vá. Se quiser me ajudar, leve o lixo com você." Ele empurrou a cabeça em direção à parte de trás do caminhão. "Pegue os sacos lá no volante, e então pode tirar um tempo livre. Volte em uma hora."
Mais rápido do que um herói de quadrinhos, Jasper voou para a parte de trás da picape e empacotou os sacos nos braços. "Tenho meu telefone se precisar de mim," ele gritou enquanto girava em um círculo. "Tchau!"
Dois corpos saíram por trás de outro trailer então, direto na linha de corrida de Jasper.
Edward gritou; "Potro! Cuidado!" Mas Jasper correu de cara com as duas outras pessoas — uma mulher proprietária do touro provê; Marcy, e seu sobrinho, Tim — enviando sacos de lixo voando pelo ar.
Jasper rapidamente recuperou os sacos de lixo, desculpando-se profusamente enquanto o fazia, e de alguma forma conseguindo enviar um clarão para Edward ao mesmo tempo.
Edward caiu na risada. Ele não conseguiu evitar. A visão de Jasper — bom Deus, Edward nunca tinha visto olhos estalarem com tanta irritação enquanto a pele incendiava com um vermelho tão profundo — o divertindo até seu núcleo.
Com exceção de um ego ferido, Jasper parecia bem. Ele, com Tim agora ao seu lado, foram em direção à área do lixo, os dois jovens ficando cada vez menores quanto mais distantes chegavam.
Recuperando o fôlego de tanto rir, Edward disse; "Está tudo bem, Marcy?" Quando a mulher de cabelos escuros se moveu para seu lado.
"Já me choquei com animais maiores e bem piores do que Jasper." Plantando as mãos nos quadris, a mulher miúda e rechonchuda olhou para Edward com um olhar empesteado. "Por que você não o chama pelo seu verdadeiro nome?"
Edward podia ver Jasper ao longe, parado mais uma vez por outro trabalhador no circuito. Com os braços apenas meio cheios agora — Tim tinha tomado parte da carga — Jasper respondia ao que fosse que o vaqueiro lhe dissera com tantos gestos largos com seu braço livre que animava todo seu corpo.
Ao responder a Marcy, Edward ainda não conseguia parar de rir. "Eu o chamo de Potro exatamente por causa de coisas tipo essa que aconteceu agora. Ele ficou tão excitado que não conseguia se concentrar, e acabou se enroscando em você. Ele não superou o apelido ainda. Quando o fizer, eu paro."
"Você age como um osso tão duro de roer, às vezes," Marcy resmungou, "mas vai mantê-lo, e todo mundo sabe disso. Ele trabalha malditamente mais duro do que quaisquer três caras que você poderia pegar neste lugar juntos. Por que ainda o está fazendo suar por um período de experiência? Jasper é um garoto doce. Livre-o do perigo e lhe diga que ele tem o emprego."
Eita. Edward revirou os olhos. "Quando um mês tiver passado, ele e eu vamos conversar, e ele provavelmente vai conseguir o trole. É bom estar com fome de algo, às vezes."
"Se você provocá-lo muito, ele não vai saber que é querido, e outra pessoa pode lhe fazer uma oferta melhor."
"Ele é meu." Edward latiu sua resposta com a precisão de uma bala de um franco-atirador, e sem nenhuma pitada de provocação ou amizade em seu tom. Merda. "Nem sequer pense em invadir meu território."
"É melhor deixar Jasper saber rápido," Marcy respondeu; ainda amável como o inferno. "Se não o fizer, alguém pode manifestar seu interesse, e isso pode parecer mais atraente para Jasper do que o que você e Aro têm usando a mesa."
Calor branco atravessou Edward, e ele trancou seu corpo rígido. "Você está procurando fazer algo que vai acabar com nossa amizade, Marcy?"
Marcy permaneceu tão agradável e aberta quanto Edward jamais vira. "Vejo um empregado que alguém aqui mataria para ter, e então estou apenas oferecendo um conselho amigável de alguém que tem o ouvido no chão. Faça com ele o que quiser." Ela apertou seu antebraço cheio de tensão. "Até mais tarde, doçura. Tenho um marido para perseguir."
Quando Marcy se afastou, Edward ainda podia ver Jasper, dessa vez conversando com um rosto diferente nesta multidão familiar. O garoto não podia dar mais do que dez passos, sem alguém acenando para ele ou o agarrando para uma conversa rápida.
Edward esquadrinhou o grupo crescente de trabalho e moagem na área — todos eles proprietários ou empregados, todos ligados ao rodeio, a maior parte dos quais Edward reconhecia como colegas se não exatamente amigos. Estudando-os através de uma nova lente, Edward pensou que todos agora pareciam um predador caçando seu cara. Filhos da puta. Ele tinha sido o único com a perspicácia para ver o potencial de um empregado de alto-nível em um garoto verde como Jasper. Ele tinha sido o único disposto a colocar sua reputação na reta, a fim de contratar Jasper e lhe dar uma chance. Só agora, uns meros quatorzes dias depois, Jasper parecia uma estrela com a ameaça de brilhar com um milhão de watts de potência, e de repente todo mundo queria que sua luz brilhasse em suas comitivas.
De jeito nenhum. Jasper não abandonaria o navio, de qualquer maneira. Mais do que um grande trabalhador, ele possuía lealdade; Edward tinha percebido isso no jovem desde o início. Ele não se deixaria seduzir por apetrechos maiores, com mais alguns dólares e promessas vazias. Jasper tinha caráter, uma característica que não podia ser comprada.
Ainda assim, sem se preocupar em trancar nada, Edward começou a andar no meio da multidão. Algo em seu intestino, que ele não conseguia definir, empurrou suas pernas em direção a Jasper e o farol magnético que parecia atrair tudo para sua esfera.
Quando Edward o alcançou, Jasper só tinha o sobrinho de Marcy ao seu lado mais uma vez.
Lançando apenas um olhar para Tim, ele se deteve sobre Jasper e pronunciou áspero como o inferno, "O período de experiência está feito. Você está contratado. Não me desaponte."
Jasper tropeçou, e olhou boquiaberto. Finalmente, ele sussurrou; "Obrigada. Não vou."
Com um aceno rígido, Edward se virou e foi embora tão rápido quanto veio. Do contrário ele poderia ter ficado, rasgado os sacos de lixo das mãos de Tim, e ajudado Jasper ele mesmo. O desejo de manter o jovem ao seu lado, sob sua tutela e influência, montou quente e duro dentro dele. No entanto, por mais que quisesse Jasper em seu emprego, ele não tinha gostado dos sentimentos de possessividade que se apossaram dele quando Marcy ameaçou tomá-lo. Edward cuidava de si mesmo, e não contava com ninguém além da família. Nunca.
Porra. Mas você quase começou uma briga com um amigo por causa desse garoto. Isso não é normal. Talvez Edward devesse deixar Jasper para Marcy agora e encontrar alguém novo para tomar seu lugar.
Nem pensar.
Um punho tenso apertou o peito de Edward. Ele forçosamente o ignorou e seguiu em frente.
Jasper ia se adaptar. Edward também. Eles encontrariam uma rotina, e tudo ficaria bem.
Jasper estava no último degrau do cercado da propriedade degradada de Aro, esperando e observando, sem fôlego, enquanto Edward — tão bonito em jeans, botas, Stetson, e uma jaqueta jeans forrada com lã de carneiro — liderava um animado e jovem cavalo do celeiro para o curral. Este cavalo tinha linhagem de prestígio, e Aro tinha comprado o animal — Destiny —com esperança de atrair os compradores para dar mais uma olhada em sua operação. De acordo com Edward, aos cinco anos de idade o bucker tinha o espírito de um vencedor em seus olhos e a paixão para ganhar um lugar na turnê.
Oito meses e meio se passaram desde que ele assinara como assistente de Edward. Para Jasper, cada dia que ia e vinha — onde tinha que viver; comer, e respirar a vida com Edward e estes belos cavalos — ele tinha experimentado o significado da felicidade. Certo, ele tinha um inferno de uma paixão por Edward, e acordava no rescaldo pegajoso dos sonhos mais molhados sobre o homem do que queria admitir, mas ele não ia desistir de seu tempo passado neste mundo nem por um milhão de dólares ou sua escolha do gay mais atraente e elegível da Terra. Nenhum deles seria Edward.
Vento amargo e frio varreu a paisagem quase estéril de Wyoming, atravessando a camisa abotoada de flanela de Jasper, e a lã do moletom com capuz. Ele estremeceu, mas tão gelado quanto à temperatura estava para um dia no início de abril, o sol da tarde brilhava alto e claro acima, devastador em seu brilho, e colocava uma corrente de calor no ar frio. O dia não poderia ter sido mais bonito nem se um estúdio de Hollywood o tivesse criado; Nuvens de tempestade permaneciam ao longe, quase fora de vista.
Ao invés de liderar Destiny para o curral, Edward guiou o animal para uma rampa. Jasper imediatamente ficou reto; Seu coração começando a bombear para fora endorfinas em um ritmo furioso. Ele virou a cabeça para a esquerda e direita, procurando Aro ou um de seus dois outros empregados do rancho de meio-período. Ninguém à vista. A respiração de Jasper diminuiu, tornando-se uma coisa tangível, e pela primeira vez não tinha nada a ver com a proximidade de Edward. Ele vai? Jasper se situou em atenção, parecendo-se muito como um animal ansioso, mas não ousou ter esperança de que Edward fosse chamá-lo mais. Será que finalmente vai acontecer?
Uma vez que o cavalo entrou na rampa, Edward fechou o portão atrás dele. E subiu os degraus de metal atrás do compartimento. Do outro lado do cercado, ele olhou para Jasper. "Venha." A textura áspera maravilhosa de sua voz atravessou o ar fresco e cortou seu caminho pela carne de Jasper. Edward não sorria, e nada em seu tom soava acolhedor, mas Deus, ele entortou o dedo, e Jasper saltou a grade e começou a correr como se estivesse amarrado ao dígito de Edward por uma corda invisível.
Quando Jasper chegou ao seu lado, Edward murmurou, "Suba," e se deslocou um pouco para direita. "Se vai trabalhar estes animais comigo, você tem que estar disposto a sofrer um tombo de suas costas de vez em quando também."
Jasper pulou na rampa tão rápido que ficou surpreso ter ficado com as botas. "Sério?" Olhando de um lado para outro do cavalo para Edward, ambos tão malditamente vivos com força mal contida e energia, Jasper apertou as mãos em torno do degrau superior para parar-se de agarrar ambos. Mas inferno, ele não conseguia parar de sorrir. "Você vai a sério me deixar testá-lo?"
Com um aceno rápido, Edward lhe entregou um conjunto de luvas de equitação. "Você está pronto. Todos os outros te aceitam em suas costas para exercício." Ele arqueou uma sobrancelha na direção de Jasper, e sua boca se levantou na borda só um pouquinho, fazendo-o parecer totalmente mau. "Eu parei de ter pesadelos que você vai quebrar o pescoço. Mais importante; Você aprendeu muito, e presta atenção ao que eu digo para fazer, então você ganhou uma chance de me ajudar a treinar."
Ouvir que Edward sonhava com ele — de qualquer forma — fez calor correr pela nuca de Jasper. Ele olhou para baixo e se ocupou em tirar suas luvas antes de uma queimadura cobrir seu rosto. "Eu não vou desapontá-lo."
"No momento eu só quero ver como Destiny reage com alguém nas costas. Ele foi vendido como um bucker sem-sela, mas Aro não está certo qual seção é a certa para ele." Apertando a regulação da cinta de couro acolchoada sobre a cernelha do animal, Edward preparou Destiny para um passeio. "O quão bom você se sente sobre suas pernas e núcleo?" Edward ajeitou sua metade superior, e olhou para Jasper mais de cima para baixo. "Acha que pode se segurar em pelo para essa primeira tentativa?"
Rubor esquecido, Jasper se eriçou e cerrou os dentes. "Sou mais forte do que pareço. Posso lidar com este cavalo. Tim me deixou subir nas costas de Crescendo e Time Bomb na semana passada, depois que a competição terminou. Eu sei o que fazer."
Edward arqueou a sobrancelha novamente, erguendo-a mais alta dessa vez. "Oh, sim?" Ele cruzou os braços contra o peito, parecendo um Deus desordenado, de pé no alto de seu poleiro de cowboy. "Você guardou isso de mim, é? Como se saiu?"
Jasper imitou a posição exata de Edward e até projetou seu queixo. "Fiquei em ambos durante todos os oito segundos."
Em resposta, Edward pulou da traseira da rampa e a circulou para entrar no curral. Quando fez, ele riu e respondeu, "Bem, que tal isso? Acho que amanhã vou ouvir que Aro está te colocando no comando."
Bolhas aéreas de vertigem apareceram e borbulharam na barriga de Jasper. "Pode ser." Ele observou Edward de sua posição agora superior nos degraus e bebeu na rara provocação alegre do homem. "Preste atenção em suas costas,Cullen. Estou vindo para seu trabalho."
"Vou ter certeza de dormir com um olho aberto a partir de agora." Edward não sorriu, mas dane-se se uma luz extra não centelhou em seus olhos. Através do portão, ele acariciou o flanco de Destiny, acalmando o animal, enquanto encarava Jasper. "Vá em frente e coloque esse colete antes de subir a rampa."
Assentindo que ouvira, Jasper vestiu o colete e confortavelmente prendeu os fechos de Velcro. Depois de confirmar os laços nas luvas também, ele tomou uma respiração profunda e calmante. E, então, subiu na grade e estabeleceu seu peso alto e adiante nas costas de Destiny.
O cavalo dançou, bufou, e jogou a cabeça para trás, mas sem pausa Jasper apertou as coxas e ajustou as botas contra os flancos do animal. Ele conhecia o peso de um animal entre suas coxas agora, e entendia o temperamento o bastante para sentir o entusiasmo em Destiny, em vez de medo ou ansiedade.
Uma vez que tinha se situado confortavelmente, com a cinta de couro em volta da mão, ele olhou para cima e encontrou o olhar inflexível de Edward. "Ele se sente bem." Jasper falou em um tom abafado, em reverência ao animal magnífico abaixo dele. "Ele é alto e largo o suficiente para os grandes cavaleiros." Deslocando-se para frete um pouco mais, ele apertou suavemente as coxas no alto do flanco do animal e terminou, "Mas ele ainda parece compacto o suficiente para ter um bom poder de resistir e a velocidade necessária para o trabalho em pelo."
Um raio de luz brilhou nos olhos de Edward. "Bom. Eu concordo." Finalmente ele deu a Jasper um sorriso rápido, mas verdadeiro. "Vamos transformá-lo em um cowboy em pleno-direito e linhagem profissional ainda."
Jasper comeu a atenção e palavras positivas de Edward como uma besta faminta. Incapaz de desviar o olhar, ele compartilhou suavemente, "Eu quero ser tão bom quanto você, Edward."
Dureza imediata aplainou os lábios de Edward. "Sonhe maior, Potro." Tão rápido quanto, ele piscou, e foi como se esse lampejo de trevas não tivesse existido. "Ok." Erguendo a trava do portão, Edward ficou sério de uma maneira diferente, e todos os poros em seu ser emanavam uma autoridade tranquila. Ele olhou para Jasper, o foco firme como uma rocha. "Você está pronto?"
Verificando seu agarre uma última vez, Jasper assentiu e focou tudo nele sobre o cavalo. "Abra o portão."
Em resposta, Edward abriu o portão largamente. Em um tiro Destiny corcoveou fora da rampa, puxando Jasper em suas costas, e trilhou direto para o centro do cercado. Destiny chicoteou em um círculo, resistindo ao mesmo tempo, e Jasper gritou quando seu assento escapou de debaixo dele.
Trabalhando rápido, ele conseguiu manter o aperto na correia de couro, mas em uma mudança rápida de movimento, o cavalo chutou as pernas traseiras para o alto, bom demais para Jasper combater, e o jogou para frente com castigado poder. Seus dedos deslizaram do couro; Ele apertou os músculos das coxas com tudo nele e tentou se segurar de outro modo. Destiny arrancou em outra direção, entretanto, antes que ele pudesse realinhar o centro de seu peso com as costas do cavalo, e o animal continuou a se inclinar em um círculo apertado e estonteante.
Castigando com sua força, Destiny chutou para frente e para trás com pinotes de tiro-rápido, empurrando Jasper como uma boneca de pano, e assim, o atirou de suas costas. Lançado para o alto, enquanto girava, Jasper virou a cabeça à esquerda e à direita, tentando desesperadamente se concentrar no chão, mas o mundo zumbia através dele em um borrão.
Tão rápido quanto Destiny o enviara voando, a gravidade o atirou de volta, e ele caiu de costas no quadrado de terra batida. A aterrissagem brutal trovejou através de seu corpo, castigando seus órgãos, músculos e ossos, e bateu o ar fora de seus pulmões. Porra.
A cabeça de Jasper também bateu no chão; Ele engasgou, lutando para obter oxigênio em seus pulmões ardentes. Pontos negros e pipocos brilhantes de luz encheram sua vista. Nuvens escuras de repente bateram palmas fortemente em cima dele, agitando a Terra, e uma linha irregular de branco atravessou o céu cinzento.
Jasper piscou, e piscou, e piscou, mas o céu continuava a turvar como se zangado e vivo. Seu corpo pulsava e sua cabeça latejava. Em uma névoa, ele perguntou, "Eu estou morto?" Uma nuvem afunilada acima dele parecia um braço gigante com uma mão estendida para a Terra, direto para ele. Seu coração começou a bater mais rápido, e ele guinchou, "Acho que o céu está se abrindo e Deus está vindo para mim."
Só então, o rosto de Edward apareceu como se através de uma lente olho-de-peixe. Edward se agachou; Com um meio-sorriso, ele colocou a mão no colete, sobre a barriga de Jasper. "Os especialistas chamam isso de uma tempestade rapidamente em movimento. Você deve conhecê-la como o clima. Não se preocupe Potro. A queda não te matou. Deus não está tentando pegá-lo. Você ainda está bem vivo."
Exalando um pouco mais fácil, Jasper murmurou; "Bom. Não quero morrer antes de fazer sexo."
"Sim." Voltando-se de pé, Edward riu. "Isso seria uma pena."
"O quê?" E então a neblina turvando seu cérebro passou. Oh, meu Deus. Eu acabei de dizer a ele que sou virgem. Jasper fechou os olhos e rezou para o chão se abrir, arrastá-lo e salvá-lo. Apenas quando uma gota gorda de água fria caiu no centro de sua testa, ele abriu os olhos e encontrou Edward ainda de pé acima dele, a trela do cavalo em sua mão. Com o trabalho do animal feito com sucesso, Destiny estava tranquilo como o inferno, um passo atrás de Edward. Droga.
"Esquece o que eu disse." Uma segunda e terceira gota de chuva pingou em seu rosto. "Minha cabeça estava fora de foco com a queda."
Edward mordeu o lábio, e Jasper jurava que o homem tinha sufocado uma gargalhada. Ainda assim, Edward disse; "Esquecido. Vamos. Levante-se." Depois de um olhar para o céu turvo cinzento, ele estendeu a mão livre. "Faça-o rápido. Estamos prestes a ser atingidos por um inferno de um aguaceiro."
Com o corpo gemendo e protestando, Jasper se ergueu e agarrou a mão de Edward. Que o puxou forte e rápido; E ele voou de pé, sem ter que fazer nem um pouco de esforço.
Mal conseguindo se orientar, antes de poder ver claramente de novo, Jasper saltou quando o estrondo ensurdecedor de um trovão estalou acima do rancho. Um dilúvio de chuva de repente caiu em cortinas de água sobre ele e Edward. O tiro de um relâmpago chiou logo abaixo a uns cem metros na frente deles e, temporariamente, iluminou o céu escuro.
Jasper saltou em resposta, e Edward agarrou seu pescoço e o puxou para perto. Colocando a boca direto em sua orelha ele gritou, "Pegue Destiny! Leve-o para o celeiro!" Ele colocou a trela na mão de Jasper e fechou seus dedos em torno do couro.
Edward estava tão perto, e ainda assim Jasper mal podia ouvir as ordens do homem acima da intensidade e loucura da tempestade espontânea.
Gritando em sua orelha, Edward acrescentou, "Vou recolher o equipamento e estarei logo atrás de você!" Como se Jasper fosse um dos cavalos, Edward bateu em seu traseiro e apontou para o celeiro. "Vá!"
O choque de Edward espancar sua bunda, e outro golpe assustador do trovão sacudindo o céu, chutou Jasper totalmente em movimento. Em lugar de tentar controlar Destiny com o laço fino da trela, ele subiu nas costas do animal, agarrando-o com as coxas e enrolando os braços em seu pescoço. Colocando a boca perto da orelha do cavalo, ele arrulhou em voz alta, "Vamos, menino." Usando o mínimo no cinto em volta do pescoço e patas dianteiras de Destiny, e uma pressão gentil em suas botas, ele guiou o animal de frente para o celeiro. "Você sabe aonde ir para ficar seco." Trabalhando as botas e o aparelhamento, Jasper gritou; "Hee-ya!"
Sem um segundo de hesitação, o animal se arremessou através do cercado, pulou a cerca, e correu direto para o estábulo. Jasper travou cada músculo que podia controlar firmemente contra o corpo de Destiny e se segurou para o passeio. Chuva ímpia o golpeava e atacava tudo à vista, mas este cavalo tinha a inteligência clara, manteve-se tranquilo e correu com a velocidade do campeão de corridas que ele deveria ter sido; se não fosse por seu amor em resistir.
Edward tinha deixado às portas do celeiro abertas, graças a Deus. Destiny galopou direto para dentro do edifício e empinou em uma parada. Com dois movimentos rápidos, Jasper saltou do cavalo e enfiou a palma na trava irritante da porta de uma baia, frenético para deixar Destiny seguro em sua baia e poder ir ajudar Edward com o equipamento e arreios que tinham estado trabalhado no cercado o dia todo. A trava finalmente escorregou de sua casa. Jasper abriu a porta apenas o suficiente para guiar o cavalo para dentro, e então a fechou e trancou novamente.
Então — cadê você, cadê você, cadê você? — Jasper correu de volta para fora na tempestade torrencial gelada, onde agora não podia ver um pé diante de seu nariz. Ele começou a correr cegamente de qualquer maneira, na direção do curral.
Meia dúzia de passos lá fora, piscando desesperadamente a água dos olhos, Jasper oophs quando bateu morto numa parede sólida de músculos, com tanta força que seus dentes tiritaram.
Recuperando-se rapidamente, sem se importar com outra dor física acrescentada à lista, Jasper se empurrou cara-a-cara com Edward, desesperado para ver e senti-lo, saber se ele estava bem. "Edward!"
Com a mesma rapidez, Edward rosnou e empurrou toda a frente de seu corpo contra Jasper, como um aríete programado para arrasar tudo em seu caminho. "Coloque seu rabo de volta no celeiro antes de nós dois sermos atingidos por um raio!"
Antes de concordar, Jasper arreganhou os dentes de volta para Edward. Arrancou a sela de suas mãos, liberando o homem para obter um melhor controle na miríade de coisas que ele tinha sobre os ombros e debaixo dos braços.
Sabendo que Edward estava por perto e bem, Jasper se virou e correu de volta para o celeiro, para a segurança e cobertura. Ele tropeçou para a sala de arreios em uma onda de adrenalina, retornou a sela para seu devido lugar, e então correu de volta para Destiny, sabendo que tinha deixado o animal com o equipamento preso ao corpo.
Ainda respirando pesadamente, Jasper se forçou a parar. Seu sangue zumbia, e ele não queria que sua energia frenética se transferisse para o animal e o levasse a chutar ou empinar em um espaço limitado. Uma vez que a sensação vibrando em Jasper abrandou, quando já não podia sentir o zumbido irradiando através de sua pele, ele entrou na baia. Destiny, mais tranquilo do que ele ou Edward tinham estado, mal reconheceu sua presença.
Jasper removeu o arreio facilmente, acariciando o pescoço do animal enquanto sussurrava seu louvor e apreço, e finalmente o deixou para descansar. No caminho de volta de Jasper para a sala de arreios, ele passou por Edward, onde o homem já verificava os outros animais.
Sem olhar para cima, Edward lhe disse, "Há uma toalha no banheiro e uma camisa extra minha na primeira gaveta do armário de arquivo." Quando Edward se moveu para verificar o próximo cavalo, Jasper notou que ele já usava uma camiseta limpa e seca agora. "Não é muito," Edward adicionou, "mas você pode ficar com ela. Vai ajudar um pouco até que possamos voltar para o trailer e nos trocar."
Uma comichão engraçado despertou na barriga de Jasper e de forma rápida se envolveu ao redor de seu pênis. Ele teve que enrolar os dedos em seus lados para se impedir de acariciar os dedos pela longa linha das costas fortes de Edward. E murmurou; "Obrigada," tropeçando para a sala de arreios antes que tivesse uma ereção na frente de Edward e completasse sua humilhação do dia.
Depois de guardar o equipamento, Jasper rapidamente se despiu de suas três camadas superiores, secando o peito, braços e costas antes que o frio pudesse atacar sua carne, e vestiu a velha camisa de flanela de Edward. O cheiro limpo e convidativo do amaciante de roupas encheu seu nariz. Ele sorriu; Como sempre fazia quando via um frasco de amaciante no cesto de roupas sujas de Edward. Pensar num cowboy durão como Edward dando o passo para se certificar de que suas roupas estariam macias contra sua pele, causava muita agitação na barriga de Jasper.
Enquanto abotoava a camisa, ele tentou não ler nada no fato de que Edward tinha lhe dado à camisa de mangas compridas, enquanto ficava com a camiseta. Ele realmente tentou, mas não conseguiu parar sua mente de ir para lá. Estava esmagado duramente por este homem; Assim, sempre observava seus pequenos atos de bondade. Uma voz em sua cabeça sussurrou que Edward tinha deixado à camisa mais pesada, porque Jasper ainda não tinha tanta massa muscular quanto ele, e então Edward tinha lhe presenteado com o material mais grosso para ajudá-lo a se manter quente.
Porra de pensamento idiota. Em um esforço de arrastar seus pensamentos de volta para a realidade, Jasper se beliscou forte o suficiente para fazê-lo estremecer. Pare de ler razões românticas no que Edward provavelmente não pensou além de colocar a primeira camisa que pegou.
Apressando-se e silenciosamente se ordenando a frear seus sentimentos, para que Edward não os percebesse, Jasper se endireitou, ergueu a cabeça bem alta, e saiu para o centro do celeiro — onde prontamente se concentrou em Edward e comeu as linhas fortes e gloriosas do corpo do homem com o olhar. Merda.
Edward olhou para cima, e Jasper murmurou; "Obrigada pela camisa." Esfregando as mãos na frente do vestuário, como se estivesse focado apenas no pedaço seco de roupa e não no declive demasiadamente-sexy das costas de Edward que levava à sua bunda.
Fazendo uma careta, Edward esfregou o tecido molhado agarrado a suas coxas. "Da próxima vez eu vou me lembrar de deixar um jeans lá também."
Jasper sentia como se tivesse uma segunda pele fria e úmida ligada à sua metade inferior, mas ainda disse, "Está tudo bem."
Com as meias espremendo em suas botas, Jasper se moveu ao longo das baias sombreadas, encontrando animais calmos e tranquilos ao longo da linha. Quando chegou à baia mais perto da entrada, ele estendeu a mão e acariciou o focinho de Assassin's Bullet. "Todos parecem estar bem." Ele olhou para Edward, onde o homem estava na frente da porta do celeiro parcialmente aberta, o olhar intenso no lençol de chuva e brilho dos relâmpagos atacando implacavelmente a terra. "Sim?"
"Estão todos bem." Embora respondesse; Edward não tirou o foco da tempestade furiosa lá fora. "Na primavera passada, eu consertei os poucos vazamentos que tínhamos no teto, então todos estão bem e secos. Todos com quatro pernas, de qualquer maneira."
Jasper sorriu. Não conseguindo segurar a bolha de prazer por dentro. Os resmungos de Edward o divertiam.
Logo em seguida um trovão explodiu, e Edward pulou cerca de uma milha longe da porta. O barulho ensurdecedor enchendo o ar e sacudindo o chão sob seus pés. Um raio iluminou o céu escuro em rajadas rápidas, como uma luz estroboscópica, antes do trovão chocar novamente, enviando o mundo fora do celeiro em um silêncio quase negro.
O coração de Jasper disparou; Embora ele estivesse seguro no celeiro, a tempestade vibrava através dele. Seis passos longe dele, Edward passou a mão através das linhas duras da boca. Ele, então, se aproximou da porta, e um breve flash de luz expôs um rosto ausente de cor. Até ao exalar o homem parecia instável.
"Droga, está ruim lá fora hoje." Edward parecia que falava através de uma lixa. O homem parecia perto de vomitar. "Parece que já é meia-noite." Então — puta merda — ele saiu para os golpes da chuva.
Mas que diabos? Seu estômago balançou em sua garganta, Jasper saltou para Edward e o puxou de volta para o celeiro. "O que pensa que está fazendo?" Edward parecia meio em transe. Usando o punho da camisa, ele enxugou a chuva do rosto de Edward, preocupação controlando suas ações. "Qual é o problema?" Colocando as costas da mão em sua testa, Jasper franziu a testa. Suas juntas não ficaram muito quentes nem muito frias. "Você se sente bem, mas não parece bem."
Edward se afastou de Jasper e lhe enviou um clarão duro. "Não é nada. Estou sentindo falta de uma tarde de trabalho. Não gosto disso. É tudo."
Besteira. Melhor que oito meses de partilhar um trailer com Edward tinha feito mais do que aumentar o vocabulário de palavrões de Jasper. Dezenas de outras lembranças se moveram com grande velocidade por sua mente. Três noites em particular — em que ele discretamente ouvira Edward perambular como um animal enjaulado — apitou alto acima do resto da linha de tempo.
Jasper se moveu na frente de Edward, bloqueando sua linha de visão para fora, e pareceu insignificante para os olhos do homem. "Você não dorme bem quando tem tempestades. Nem sequer tente negar. Eu ouço você quando a chuva e o trovão te acordam." Edward virou a cabeça, mas Jasper se moveu com ele e acrescentou, "Já notei que você não volta a dormir até que tudo se acalme novamente."
Enrolando as mãos em punhos, Edward trancou os dentes. "Se meu ritmo tem o poder de mantê-lo acordado, então não estou te trabalhando duro o suficiente."
Jasper rebateu, "É um trailer pequeno."
Edward se moveu até a cara de Jasper, quase nariz-com-nariz. "Eu te disse isso, quando foi contratado." O mercúrio em seu olhar relampejou com pura ferocidade. "Se não gosta, você pode ir embora."
Não sentindo nem um pouco do frio que chicoteava suas costas, Jasper correspondeu sua altura e tamanho contra a de Edward e se inclinou ainda mais. "Não estou reclamando. Estou apenas fazendo uma observação." Ele cutucou Edward no peito com cada palavra que pronunciava. "Você. Não. Gosta. Dessas. Tempestades."
Mais rápido do que as chamas dos relâmpagos lá fora, Edward enrolou a mão na de Jasper com força castigada e a puxou longe de seu peito. Segurando seus dedos presos no ar, ele falou através de lábios que mal se moviam. "Toque-me com o dedo desse jeito de novo, e eu vou quebrá-lo." Depois de esmagar os dígitos de Jasper mais uma vez, ele o empurrou para longe e caminhou até a porta aberta, dando-lhe as costas.
O quê? Jasper segurou a mão latejante contra o estômago, mas as feridas ao seu orgulho e ego o enfraqueceram muito mais do que seus dedos abusados. Dor atravessou seu núcleo, embora ele soubesse que não tinha o direito de estar chateado. O que diabos eu estava pensando, empurrando Edward como fiz?
Edward estava a alguns passos, rígido, e a visão cortou Jasper até o núcleo.
Ele sussurrou, "Sinto muito. Ultrapassei uma linha. Talvez você não ache que me conhece bem o suficiente ainda para compartilhar seus segredos e medos comigo. Talvez você não acredite que eu levaria para o túmulo qualquer coisa pessoal que um amigo me diga. Seja qual for o caso, eu não tive a intenção de encurralá-lo e deixá-lo desconfortável." Cada grama de Jasper estava sendo empurrada por ele, empurrando-o em direção a Edward, mas dessa vez ele lutou contra seu coração, usando um pouco de bom senso, e deu um passo decidido para mais fundo no celeiro. "Vou para a parte de trás e lhe dar um pouco de espaço."
Com isso Jasper se virou e foi em direção à sala de arreios tão rápido quanto podia, longe de milhares de perguntas que ele não seria capaz de suprimir se ficasse perto de Edward.
Merda.
"Espere!" Sem pausa, Edward saltou e agarrou Jasper antes que ele desse mais do que alguns passos.
Jesus Cristo do caralho. Edward amaldiçoou seu tratamento selvagem com Jasper, um jovem cujo único crime era uma curiosidade sem fim por tudo ao seu redor, inclusive Edward. Mas, inferno, quanto mais Edward tentava ter paciência e gentileza, cada vez que virava, ele se via comportando-se muito grosseiramente ou pisando em seus sentimentos.
Jasper não tinha praticamente nenhuma da experiência de vida que Edward tinha, e seu entusiasmo natural de aprender tudo que podia; o tempo todo, todos os dias, muitas vezes raspava contra a natureza privada e tranquila de Edward. Às vezes, o interesse de Jasper o levava a perguntas que faziam as penugens no pescoço de Edward subir, mas ele tentava se lembrar de que o cara nunca faria mal a ninguém.
"Volte." Edward puxou Jasper de volta para a porta. Mesmo enquanto mantinha um olho no tempo feio lá fora, ele olhou para a mão de Jasper e estremeceu. Abruptamente, ele soltou seu braço e recuou para mais perto da entrada do celeiro. "Eu não tive a intenção de ameaçá-lo. Peço desculpas por tratá-lo do jeito que fiz."
Timidamente, Jasper se aproximou o suficiente para olhar para fora também. "Não, tudo bem." Cruzando os braços, ele inclinou o ombro na porta de correr e observou a tempestade caindo lá fora. "Nós não nos conhecemos há nem sequer um ano" — sua voz era suave como Edward jamais tinha ouvido — "e aqui estou eu te fazendo todos os tipos de perguntas pessoais. Não é meu lugar."
"Sinos do inferno, Potro." Edward se esforçou para arejar, mesmo quando sua boca ficou terrivelmente seca. "Não é grande coisa. Eu só não gosto de tempestades. É isso."
"Por quê? Não" Endireitando-se, Jasper levantou as mãos em sinal de rendição. "Esquece. Não tenho nada que te perguntar sobre esse tipo de coisa." Ele se deslocou de volta, fixando o ombro contra a madeira, olhando para a chuva. "Podemos esperar isso parar calmamente."
Aceitação visivelmente cobriu Jasper, mas seu próprio silêncio atingiu Edward como nada menos que um soco no estômago. Ele sentia como se tivesse chutado Jasper, lhe ordenando que ficasse no seu canto e mantivesse a boca fechada.
Frio escorreu por suas costas. Frieza rastejando em sua carne, algo que não tinha nada a ver com as roupas úmidas e tudo a ver com o fato de que, embora Jasper permanecesse de pé no mesmo lugar, ele parecia estar em um túnel escuro, indo cada vez mais distante de Edward.
"Merda." Um fogo terrível cobriu o gelo lambendo a parte de trás de seu pescoço. Ele vai desaparecer na escuridão num segundo se eu não agarrá-lo. Antes que pudesse pensar em sua idiotice, ele revelou, "Se eu vou mantê-lo acordado algumas noites, então eu acho que você tem o direito às informações. Pergunte."
Jasper virou a cabeça, e a superfície vítrea de iluminação verde brilhante em seus olhos cortou com precisão até o núcleo de Edward. "Ok." Em vez de lançar perguntas em Edward em rápida sucessão, ele, porém, se abaixou para o chão e olhou para Edward. "Tudo que você quiser me dizer, eu quero ouvir."
Suor brotou nas costas de Edward sob sua camiseta molhada. Sua pulsação bateu muito mais rápido em seu pescoço também, mas ele se forçou a deslizar pela baia atrás dele de qualquer maneira. Sentando-se perpendicular a Jasper, ele fez contato visual por um segundo; Seu coração batendo a uma velocidade ainda maior, então ele rasgou o olhar para o lençol de chuva cascateando do céu lá fora.
Foda-se. Apenas faça. Depois de tomar um fôlego, Edward disse apressadamente, "Era uma tempestade pior do que esta na noite em que um delegado veio até nossa casa, acordou a mim, minha mãe e meu irmão, para nos dizer que meu pai tinha morrido. Meu pai estava bêbado. Ele voltava para casa na chuva e bateu o carro num poste de luz. Eu tinha oito anos. Eu me lembro da maneira como o delegado se apoiou na campainha pelo que parecia uma eternidade, e como o som me rasgou do sono. Mas isso não importa." Edward deu de ombros, mas Cristo, muita tensão amarrava seus ombros e costas. Ele se sentiu nu, e não gostava disso. "Meu pai não era bom para minha mãe, e foi um alívio. Estávamos bem melhor sem ele."
"Oh, Edward." O tom de Jasper não poderia ter sido mais baixo. "Eu sinto tanto."
Uma chama de calor perfurou Edward — porra nenhuma de piedade, homem — e o levou a enfrentar Jasper sem se encolher. "Não sinta." Ele erradicou qualquer pedaço de suavidade ou doçura — fraqueza — de sua voz, e silenciosamente desafiou Jasper a manter a piedade dele. "Quando meu irmão e eu ficamos mais velhos, nós descobrimos através de fofocas que meu pai enganava minha mãe praticamente o tempo todo que estiveram juntos. Ele oficialmente nunca a deixou, mas nunca estava casa, e sempre escolhia outras mulheres acima de sua própria esposa e filhos. Ele era um bêbado ruim e um grosseirão. Emmett e eu finalmente entendemos o quanto ele devia ter envergonhado nossa mãe, mas ela o encobria o tempo todo e sempre agia como se tudo estivesse bem."
Com uma nova luz nele, Jasper disse, "Oh, ok. É por isso que você não bebe muito." Um rubor atravessou o rosto de Jasper, e ele baixou seu foco para onde alisava seu jeans. "Eu notei que você nunca toma mais que dois."
Muito envergonhado — Cristo, eu o coloquei em todos os tipos de situações estranhas, sem sequer perceber — Edward arrastou os dedos pelo cabelo, empurrando o chapéu, e descansou o rosto contra as costas da mão. "Dois é meu limite." Droga, ele devia a Jasper cada pedaço de explicação que conseguisse cuspir. Eles viviam juntos, por Cristo. "Meu irmão e eu aceitamos há muito tempo que temos demais do sangue de nosso pai em nós, e se quiséssemos combater com sucesso esses genes, deveríamos fazer alguns planos e cumpri-los." Cutucando a tendência fatalista dentro dele, Edward riu e acrescentou, "Inferno, só tivemos que nos embriagar uma vez em uma festa na escola, para descobrirmos que precisávamos manter um controle apertado sobre nós mesmos no que se referia às bebidas."
Movendo-se de lado para uma posição que enquadrava Edward de frente, Jasper cruzou os braços sobre os joelhos curvados e colocou o queixo sobre os antebraços; Calor e interesse bem-vindos e abertos exalavam de todos os traços e poros em seu corpo. "Eu falei com Emmett no telefone uma vez que me pediu para atender seu celular para você. Ele parece um cara legal." Jasper animou-se um pouco mais direto. "Você mencionou que ele era mais velho, mas não acho que você já tenha dito o quanto."
"Não muito. Um par de anos."
"Angela é bem mais velha do que eu," Jasper compartilhou muito facilmente. "Ela tinha quinze anos quando minha mãe me teve. Angela sempre foi independente e uma cavadora… Felizmente para mim. Ela já estava trabalhando, indo para a escola, e vivendo por conta própria quando tinha dezessete anos. Fui morar com ela quando eu tinha cinco anos." Circulando os braços vem volta das pernas dobradas, como se segurando a si mesmo, Jasper olhou para cima e encontrou o olhar de Edward. "Nossa diferença de idade fazia parecer mais como estar com outro pai, em vez de com uma irmã, que era um pouco estranho, mas meio que bom também."
"Isso é surpreendente." Nunca chegando há conhecer alguém muito bem, Edward se inclinou, sugado pela facilidade de Jasper em compartilhar sua vida. "Você normalmente não ouve muito sobre casais colocando uma lacuna tão grande de idade entre ter dois filhos."
"Nós não temos o mesmo pai." Jasper não vacilou quando compartilhou. "O pai dela vive em Chicago. Ele e minha mãe se divorciaram quando Angela era jovem. Não conheço o meu pai." Tão rápido quanto tinha sido constante, vermelhidão de repente cortou sombriamente através das maçãs de seu rosto angular. "Só sei que ele é do mundo dos rodeios. Minha mãe ficou com ele enquanto seguia uma das excursões."
Edward se empurrou ereto e se fixou ainda mais duro em Jasper. "Espere um segundo. É por isso que assinou comigo? Está esperando topar com seu pai?"
"Não!" Seu olhar foi tão largo quanto o de Edward tinha ido, e ele se endireitou também. "Nem perto. Eu juro. Minha mãe não me disse nada sobre ele. Vejo agora, com tantos tipos diferentes de pessoas que compõem o rodeio, que ele poderia ter sido qualquer um." Por um segundo, Jasper relampejou um sorriso envolvente e estranhamente jovial. "Por alguns minutos, quando eu era mais jovem, eu pensei e esperei que ele pudesse ser um dos cavaleiros. Mas quando comecei a estudar este mundo, eu parei de fazer essa suposição." Com um dar de ombros, seu sorriso ficou envergonhado. "Inferno, ele mais do que provável seria alguém como nós, ou até mesmo outro fã que circulava como ela tinha feito, ao invés de um cavaleiro."
Ficando quente em nome de Jasper, Edward rosnou, "Por que diabos sua mãe não lhe disse quem era seu pai?"
"Talvez ela não soubesse." Jasper deu de ombros muito mais facilmente do que Edward jamais poderia ter feito. "Você já viu alguns dos groupies e o que eles fazem, só para sentir que estão ligados a um rodeio. Ela era um deles. Existem milhares só nesta turnê que poderia ser meu pai, sem mencionar as outras turnês. Qualquer um é possível, e infinita é a forma como muitos pensam ou se tornam obcecados. Eu parei de me perguntar quem era meu pai há muito tempo."
Carrancudo, Edward afundou as costas contra a baia mais uma vez. "Então, por que você está tão ansioso para se juntar ao rodeio?"
"Para conhecer melhor minha mãe," Jasper revelou, e isso provocou um brilho fascinante em seus olhos. "Não estou bravo com ela, e não a julgo — não muito, de qualquer maneira." Desdobrando-se de repente, ele se levantou e foi em um passo de pernas longas até uma baia uma dúzia de passos longe. Quando chegou acima das ripas e esfregou a testa negra como tinta de Moisés, seu tom caiu para algo com uma qualidade de sonho. "Eu não posso definir claramente o que me empurra para este mundo tão completamente, mas acho que meu interesse estava mais em tentar absorver tudo ao meu redor para poder entender melhor essa atração pelos rodeios. Eu queria descobrir o que o tornava tão poderoso que minha mãe escolhia segui-lo e aos cowboys acima de todo o resto… Até mesmo seus próprios filhos."
Jasper olhou por cima do ombro para Edward, que jurava que o brilho dentro do homem irradiava pra caralho para fora de seus poros.
"Quando minha mãe voltava para casa," Jasper continuou, "ela sempre tinha grandes histórias, e me fascinava com as descrições maiores-que-a-vida dos animais e homens da turnê. Ela me sugava, e sempre que partia, eu me cercava com qualquer coisa que pudesse me lembrar dela e dessas histórias. Antes que eu percebesse" — Jasper enfiou as mãos nos bolsos — "eu já tinha uma fascinação por esse mundo que era tão grande quanto o dela."
"Não, nunca tão grande quanto o dela." Sem analisar, paixão se elevou a partir do núcleo de Edward e infundiu as palavras vomitando de sua boca. "Você não me parece o tipo de cara que deixaria seu filho para trás para que você pudesse sair por aí vagabundeando para viver sua fantasia. Você é muito atencioso, Potro" — a garganta de Edward arranhou com nova rugosidade — "e eu não acredito que haja um único osso egoísta em seu corpo."
Jasper curvou os ombros ainda mais, mas corou e sorriu. "Obrigado."
"Eu não sei como você não se ressente o inferno fora de sua mãe, entretanto." Uma vez que Edward tinha descoberto tudo sobre seu pai, se o homem vivesse, ele nunca teria lhe dado uma segunda chance. "Ela lhe devia informações sobre seu pai. Você tinha o direito de encontrá-lo."
Jasper veio de volta para a porta aberta, enchendo metade do espaço com sua armação. Parado lá, de frente para a chuva, ele parecia maior e mais forte do que Edward tinha notado antes. Sólido e jovem, mas com linhas fortes — um pouco como Destiny.
"Talvez eu devesse tê-la odiado," Jasper respondeu, ainda de costas para Edward, "mas nunca fiz. Acho que talvez seja porque eu tinha Angela. Ela era tão boa para mim, e, naturalmente, preencheu o papel que minha mãe deveria. Angela me deu segurança e uma casa, mas minha mãe abriu um mundo para mim, mesmo de longe, e acabou me fazendo sentir como se eu tivesse o rodeio em meu sangue também. Eu não a conhecia muito bem, além de seu amor pelos rodeios, mas ainda assim fiquei triste quando ela morreu." Sua voz baixou, quase se perdendo na sinfonia da tempestade. "Depois que ela morreu, eu senti falta de suas histórias de cowboy tanto quanto dela."
Atraído para o lado de Jasper, Edward se moveu até que ficou ombro-a-ombro com o homem, olhando a tempestade também. "Então, você decidiu criar suas próprias histórias."
Uma risada suave escapou de Jasper e brevemente aqueceu o ar gelado. "A essa altura eu já sentia um verdadeiro puxão em mim que precisava ser respondido. Quando você me encontrou com os cavalos naquela noite, eu já estava procurando alimentar algo em mim, tanto quanto tentando encontrar um caminho de me conectar a ela."
Inveja esfaqueou através de Edward com a precisão de um bisturi. Espirros de chuva lavaram seu rosto e roupas, mas ele abraçou a umidade e o frio; Ambos tão estreitamente alinhados que ele privadamente muitas vezes sentia por dentro. "Eu não senti falta de meu pai depois que ele morreu." A confissão escapou; Mais recortada e crua do que Edward já havia exposto para outra alma. "Eu o odiava. E quanto mais eu descobria, mais eu odiava que tivesse seu sangue em mim. Eu ainda desejo que não estivesse lá. É fraco, e todos os dias eu tenho que lutar para não sucumbir ao que ele era."
"Eu não vejo isso," Jasper argumentou, muito mais apaixonadamente do que Edward merecia. "Não vejo você como um homem que tem dificuldades de controlar seus impulsos."
"Eu os mantenho em controle, e tento não pensar neles, a menos que eu precise." Cru como o inferno, Edward continuou masoquistamente descascar mais camadas para este homem. "Mais do que odiá-lo, eu me ressinto que sua morte tenha forçado minha mãe a desistir da vida que ela queria. Ela teve que trabalhar em dois empregos para cuidar de mim e Emmett. De muitas maneiras, que a maioria das pessoas não podia ver; sua morte a transformou em um zumbi."
"Sinto muito." Jasper tocou seu braço, e ele saltou. O contato fazendo o coração de Edward martelar em sua garganta. Então, claramente inconsciente do efeito, Jasper esfregou seu braço de cima a baixo, aquecendo e despertando sua carne terrivelmente nessa área, como se chegasse sob sua pele e acariciasse sua alma.
Jasper murmurou, "Você viu e descobriu coisas que crianças não deveriam saber."
Edward se afastou de Jasper, desesperado por espaço para respirar. E esfregou o braço, distraído no quão quente sua pele se sentia, mas ainda pairando parcialmente preso ao passado. "Minha mãe tinha uma imagem da vida que ela queria, e era uma mulher doce e amável que a merecia. Todos ao nosso redor sempre dizia isso. Ela era muito ativa em sua igreja, e queria um bom marido, e uma casa, e filhos. Ela queria ser uma mãe, e ter uma casa aonde todas as crianças do bairro pudessem vir para brincar."
"Ela pensou que tivesse, e talvez sim — por mais ou menos um minuto. Mas meu pai não era fiel, e principalmente nunca estava sóbrio, ou até mesmo por perto muito. Mas lá estava minha mãe, ainda tentando ter a imagem que ela queria, e ainda fazendo todas aquelas coisas para tornar a vida agradável, e saudável, mas era tudo uma mentira."
"Quando meu pai morreu, minha mãe foi para a igreja, ainda mais, e trabalhou ainda mais para continuar sendo uma boa mãe, tentando criar esta imagem brilhante de meu pai que era uma mentira total. Então, você acrescenta a isso que ela tinha que trabalhar em dois empregos para ter certeza de que manteríamos a casa. Ela se recusava a mudar."
Um relâmpago iluminou o celeiro inteiro por um instante então, cegando com seu brilho, e esmurrou Edward de volta para onde estava — e que ele tinha uma audiência atenta.
Torcendo, Edward terminou rapidamente, "Minha mãe não queria vender a casa; Ela não queria desarraigar eu e Emmett e perturbar nossas vidas mais do que já estávamos."
"Isso é um monte de pratos para uma pessoa rodar e mantê-los no ar."
"Ela o fez, entretanto." Mais cuidadoso agora, Edward se manteve focado, e o tom apenas sociável. "Ela trabalhou até os ossos e nos deu tudo que podia gerir." Uma lembrança mais feliz o atingiu, e ele até se encontrou sorrindo para Jasper. "Eu era à sombra da minha mãe quase o tempo todo antes de meu pai morrer. Então, depois que ela teve que começar a trabalhar, eu fazia questão de ficar com ela como cola durante às vezes em que estava em casa… Pelo menos até que fiz doze ou treze anos, quando certas coisas que ela não teria aprovado se tornaram fundamentais em meus dias."
"Ahh." Um brilho de compreensão iluminou o olhar de Jasper. "Entendi."
"No modo de pensar dela, Deus definitivamente não estaria satisfeito comigo masturbando quase o tempo todo como um adolescente." Espontaneamente, o pensamento de um longo telefonema com Emmett esta manhã puxou a vivacidade rápida de Edward e o teve franzindo a testa. "Minha mãe e seu Deus não estão satisfeitos com um monte de coisas nestes dias."
Apoiando-se contra a porta do celeiro, Jasper cruzou as pernas na altura dos tornozelos e inclinou a cabeça de lado. "Como assim?"
"Minha mãe é muito tradicional. Na igreja onde cresci, falavam muito mais sobre o pecado e 'Cristo te ferir'" — Edward fez figuras de aspas com os dedos — "do que falar de um Deus amoroso. Eu acho que ela ficou ainda mais definida em seu caminho, quando meu pai morreu. Então, você tem meu irmão, que passou por um monte de mulheres e não levou nada a sério. Desnecessário dizer que minha mãe não aprovava os caminhos libertinos de Emmett. Mas, então" — Edward estalou os dedos, levando um som por todo o celeiro — "logo na época em que te conheci, Emmett conheceu esta mulher, Rose. E como se um interruptor acendesse por dentro, ele se tornou um novo homem. Eu nunca ouvi tanta devoção em um homem por sua mulher. Emmett quer Rose. Ele a quer muito, e a quer para sempre, mas agora está recebendo recusas dela e desaprovação de minha mãe."
Jasper empacou e fez uma careta. "O quê? Parece exatamente o tipo de relação séria que sua mãe queria para Emmett."
Edward ergueu as mãos para o céu. "Obrigada! Você pensaria isso, não é? Mas, para nossa surpresa, ao que parece, há algumas outras coisas que minha mãe desaprova mais do que Emmett dormir por aí." Na pergunta feita no erguer de sobrancelha de Jasper, Edward explicou, "Rose é doze anos mais velha que Emmett."
"E daí?"
"Eu concordo. Mas, além disso, e Emmett não me deu todos os detalhes, parece que Rose esteve em um casamento difícil por muito tempo. E teve algumas coisas ruins acontecendo com ela, que, como resultado, ela não pode ter filhos."
O rosto de Jasper caiu. "Isso é tão triste. Então, Rose não pode ter filhos, mas sua mãe quer netos. Certo?"
Um gosto ruim encheu a boca de Edward, e ele fez uma careta. "Minha mãe acredita que uma esposa deve ser capaz de dar a seu marido filhos. Rose sabe que minha mãe pensa assim. Ela sabe o quanto Emmett é próximo e ama nossa mãe, e então, Rose também acha que, no fundo, Emmett deve sentir o mesmo."
"Eles poderiam adotar."
"Isso é exatamente o que Emmett disse. Ele quer filhos, e disse que ficaria feliz em adotar ou até nutrir uma criança. Agora, porém, ele não consegue convencer Rose disso." Frustração e uma sensação de impotência teve Edward amaldiçoando baixinho. "E você pode apostar que minha mãe está provavelmente esperando que ele nunca faça."
Suspirando, Jasper enfiou os dedos pelo cabelo e coçou o pescoço. "Que trapalhada. Sinto pena de seu irmão."
"Sim. Mas Emmett não vai desistir de Rose. Ele está meio que…" Edward compassou e procurou cegamente pelas palavras corretas para dizer. "Inferno, eu não sei como ele está, mas posso ouvir sua mudança só de falar com ele ao telefone. Ele tem essa reverência por Rose, como se ela fosse boa demais para seu toque, mas sempre que começa a soltar sua frustração sobre as coisas que minha mãe está dizendo, e o que esses julgamentos estão fazendo com a cabeça de Rose, ele tem esse rosnado possessivo em sua voz também."
"Isso é bom. Emmett deve ter a mulher que ele quer como sua esposa acima de todos os outros. Certo?" Jasper torceu o rosto, e isso o fez parecer mais jovem do que seus dezenove anos. "Não é isso o que diz a Bíblia, ou algo assim?"
Edward deu de ombros. "Acho que sim, ou algo parecido, mas não a leio há muito tempo. Só sei o quão difícil deve ser para Emmett agora, e odeio não ter as respostas para ele. Eu deveria ser capaz de ajudá-lo, e gostaria de poder ajudar minha mãe também. Nossa mãe sacrificou tanto para nos dar um bom lar e uma boa vida depois que nosso pai morreu. Inferno, ela tentou cobrir sua ausência e fazer nossa casa se sentir segura e especial antes dele morrer. Emmett e eu nunca nos esquecemos disso, e ela sempre teve nosso respeito. Ela ainda trabalha mais do que deveria, mesmo comigo e Emmett a ajudando financeiramente sempre que podemos. Mas eu não sei."
Vindo parar na frente de Jasper, Edward se encontrou aquecido pela luz no olhar deste homem. "Rose já está sob a pele de Emmett, sabia?" Estudando Jasper à sua frente, Edward ouviu em sua cabeça o desejo angustiante no tom de Emmett hoje cedo, e o interior de sua boca virou algodão. Áspero, mentalmente entre dois lugares, Edward murmurou, "Acho que deve ser malditamente difícil alguém conseguir tirar uma pessoa uma vez que ela está dentro de você. Acho que a ideia é que ela está destinada a ficar presa lá para sempre."
Com seus traços tão abertos e fáceis, Jasper respondeu baixinho, "Eu desejo sorte a Emmett. Você é gente boa. Tenho certeza que Rose é também. Tenho que acreditar que vai dar tudo certo."
Espontaneamente, Edward deu um sorriso rápido. "Emmett é um cara que sabe como cavar. Se Emmett já não estiver sob a pele de Rose também, ele vai chegar lá. Ele tem esse jeito sobre ele que é tipo um cachorrão que você acha que vai ser muito problema, mas quando ele está lá naquela tempestade, numa noite escura, você percebe que o quer ao seu lado. Um dia, Rose vai perceber o que vai ter com meu irmão, e jamais vai deixá-lo ir."
Jasper tocou o braço de Edward e sorriu de volta. "Espero que sim, para todos vocês."
Com cascalho ainda preso na garganta, Edward lutou contra um desejo estranho de enrolar os braços na cintura de Jasper e penetrar na luz ilimitada deste homem.
Ao invés, ele se virou para a chuva atenuando. "Vai acontecer. Só espero que isso não quebre o espírito da minha mãe quando fizer."
Inclinando-se no pequeno espaço entre eles, Jasper bateu seu ombro no de Edward, instigando outra conexão. "Você ama muito sua mãe. Posso ouvir em sua voz."
Edward esfregou o ombro, desconfortável com o formigamento aquecendo sua pele. Forçando-se a se concentrar e responder a Jasper. Era importante. Crucialmente assim. "Tenho orgulho do sangue de minha mãe correndo através de mim. Sua metade da linhagem é a única chance de sucesso que eu tenho."
Jasper bateu novamente e sorriu. "Então, deve ser um sangue bom, porque ninguém trabalha mais duro ou apresenta um resultado melhor em uma turnê com seu estoque do que você."
"Estoque e empresa de Aro," Edward corrigiu, com o comentário puxando um meio-sorriso e uma risada dele também. "Eu apenas ajo como se fosse minha."
"Talvez seja um dia."
"Não." Agachando-se espontaneamente, Edward alcançou a porta e correu os dedos pela Terra encharcada. Cristo, ele amava o esmagar da terra encharcada entre os dedos. Ele respirou o ar revigorado e o deixou encher seu interior com doçura, o cheiro pungente dos cavalos invadindo seu nariz também.
"Eu aceitaria a terra e os cavalos num piscar de olhos," Edward confessou, "mas não quero chegar os oitenta e ainda estar correndo com um estoque em turnês."
"Eu sei." Logo em seguida, Jasper guinchou e correu passando por Edward, para o final da tempestade minguante, e gritou. Ele girou em um círculo e levantou as mãos para o céu vasto. "Mas isso é um inferno de um monte de diversão com todo esse movimento ao redor agora!" O sorriso dividiu seu rosto escancarado e o fez parecer ainda mais inocente. "Você não acha?"
"Jesus, Potro." Edward tentou soar severo, mas mordeu o lábio para abafar um sorriso lutando para sair. "Você ainda parece uma criança no Natal todos os dias. Algum dia esse verde tem que sair de você."
Com olhos brilhantes, Jasper sacudiu a cabeça. "Espero que nunca faça. Quero acordar todos os dias e aprender algo novo de você."
Edward foi em frente e deixou-se sorrir. "Sim, tudo bem." Então Jasper coçou o rosto, e quando ele notou a marca vermelha cortando suas juntas, seu estômago caiu para as botas.
"Ei." O comportamento anterior de Edward o inundou, e ele mal conseguiu segurar o contato visual. "Eu não te machuquei antes, não é?" Ele apontou para a mão ferida de Jasper. "Seus dedos estão bem?"
"O quê?" Confusão mapeou os traços jovens de Jasper. "Oh, isso?" Ele mal levantou a mão o suficiente para reconhecê-lo. "Tudo bem. Esquece. Eu já machuquei pior quando a bati contra a parede do trailer ao rolar na cama."
Edward baixou a cabeça. Ele começaria a se odiar se continuasse olhando para a mão ferida de Jasper. Não posso acreditar que fiz isso com ele.
"Peço desculpas de qualquer maneira." Fazendo uma meia-volta, Edward colocou seu foco de volta no trabalho. Onde deveria estar sempre. "Como não podemos voltar ao curral, vamos em frente e dar ao estábulo a limpeza completa que está precisando." Ele então entrou no celeiro, determinado a recuperar a ordem pelo dia de hoje.
Sob sua pele.
Inúmeras vezes, Edward tentou dizer a si mesmo que não podia se relacionar com a frase de Emmett desta manhã. Quando não respirou facilmente novamente até Jasper entrar no estábulo ao seu lado, a felicidade do homem iluminando o celeiro mais do que as luzes do teto, Edward adicionou mentiroso a suas culpas.
Porra.
Ele já tinha responsabilidades o suficiente. Não precisava adicionar o bem-estar e felicidade de Jasper Halle à lista.
Excitação e antecipação zumbiam através de Jasper, e não importava o quanto silenciosamente dizia a si mesmo para se acalmar, ele não conseguia.
Edward nem sequer disse nada o dia todo. A lógica continuava tentando forçar-se no estado de espírito alegre de Jasper. Ele vai simplesmente pensar que este é um jantar normal.
Pela terceira vez, Jasper desembrulhou o papel alumínio cobrindo as batatas assadas, enfiando um garfo em cada uma para testar sua suavidade — perfeitamente cozidas — e então reembalou-as e as colocou no miniforno para mantê-las aquecidas. Uma verificação rápida nos feijões verdes no fogão confirmou que precisavam de mais alguns minutos para amolecer. Finalmente Jasper espetou os bifes embalados no balcão e sorriu quando seu dedo afundou na carne macia e descongelada.
A frigideira, manteiga e temperos já colocados no ponto. Impaciente, ele pegou a frigideira, mas com a mesma rapidez a deixou de volta no balcão e se sentou à mesa. Edward tinha levado Moisés para um pouco de exercício, e se ele deixasse o cavalo fazer do seu jeito, facilmente poderia chegar tarde para o jantar. Jasper não queria que Edward voltasse para casa para bifes frios e secos.
O entardecer, junto com a neve caindo lá fora, rapidamente sombreou a frente dianteira do trailer. Jasper estendeu a mão, apertou o interruptor de luz sobre a mesa, e nada aconteceu. Merda. Uma busca no armazenamento sob o assento não mostrou uma lâmpada de substituição. Maravilha. Eles iam comer metade no escuro.
Espera. Um tremor quente ondulou na barriga de Jasper. Talvez uma das lanternas de emergência esta noite não seja tão ruim.
Jasper não queria definir nenhum tipo de cena de sedução — ele sabia que nenhuma quantidade de boa comida ou iluminação ambiente jamais faria Edward o olhar de modo romântico — mas, por apenas uma noite, Jasper podia se dar um pouco de fantasia, desde que ele mantivesse o jantar totalmente inocente.
É meu aniversário. Jasper nem sequer se importava que Edward não tivesse se lembrado do dia. O único presente que ele queria era mais tempo com Edward.
Cortinas geladas de neve se arremessavam do céu e atacavam Edward como cacos gelados de vidro. Ondas gigantes de nuvens escuras deixavam um silêncio sombrio sobre a paisagem de Wyoming, fazendo parecer meia-noite, em vez de seis horas. Seu casaco forrado de lã não fazia nada para impedir a entrada da neve e do gelo caindo do céu. Ele não deveria ter levado Moisés em uma corrida tão longa, mas porra, o cavalo ansiava pelo exercício vigoroso. A verdade era; talvez Edward precisasse da liberdade e liberação que veio com a corrida rápida também.
Uma semana atrás, quando Edward estivera cansado demais para se masturbar no chuveiro, embora seu pau doesse como o inferno, ele percebera que não fazia sexo há meses. Pior, ele trabalhava até tal estado de exaustão — na estrada, descarregando os cavalos, se preparando para as viagens, carregando os cavalos de volta para cima, viajando para a próxima cidade, conseguindo ocasionalmente uma semana aqui e lá no rancho, dia após dia — que nem sequer sentira a falta de sexo em sua vida.
E o coitado do Jasper. Edward fazia jus ao homem por ainda ser virgem. O cara tinha construído um inferno de um trabalho de resistência, mas ainda chegava ao seu ponto de ruptura antes de Edward. Não obstante, ele continuava a trabalhar ao seu lado, segurando seu peso, até que cada trabalho estivesse feito. À noite, o garoto geralmente caía na cama mais duro do que ele. Dezoito meses trabalhando juntos, e Edward não podia se lembrar de Jasper jamais sair para um encontro. O cara muitas vezes saía com grandes grupos, mas sempre voltava para casa com a multidão no final da noite.
Talvez eu devesse tê-lo convidado para sair comigo e meu encontro hoje à noite. Tenho certeza Molly teria uma amiga que gostaria de ter vindo junto. Edward amaldiçoou sua falta de previsão. Tarde demais agora.
Dando os últimos passos para o trailer, Edward puxou a maçaneta até a armação irritadiça liberar e deixá-lo entrar. Merda, que bom sair da neve. Uma vez dentro, ele tirou o casaco, deixando-o no chão, e foi até o pequeno armário que guardava suas roupas.
Assim que Edward tirou uma pilha pré-dobrada que tinha tudo que precisava — camisa, jeans, cueca e meias — a voz suave de Jasper flutuou pelo pequeno trailer. "Você está se movendo rápido."
Edward se virou, com a camisa desabotoada até a metade, e encontrou Jasper sentado à mesa nas sombras. "Merda, Potro." O aumento da frequência cardíaca de Edward rapidamente caiu, e ele voltou a descascar suas roupas. "Você me assustou."
Jasper apontou para a armação sobre a mesa. "A luz aqui queimou. Não temos uma substituta disponível." Ele deslizou fora do assento da cabine e deu um passo para a área da cozinha, erguendo uma panela pequena no fogão. "Café?"
Ar frio lavou sobre o torso nu de Edward, provocando arrepios. Estremecendo, ele assentiu para o lado de Jasper. "Seria ótimo. Obrigada." Sentando na cama e se curvando para arrancar as botas molhadas. Botas removidas, ele tirou as meias, e então começou a abrir o cinto e a calça.
No momento em que Edward baixou o zíper, Jasper alcançou através do pequeno espaço e lhe entregou uma caneca com café quente fumegante e escuro.
Enquanto Edward inalava o aroma rico e deixava o calor aquecer seu rosto, Jasper arqueou uma sobrancelha para ele. "Eu te disse que ia nevar."
Sem perder tempo, Edward, jeans pendurado abaixo da cintura, saltou de pé. Depois de engolir um trago do líquido quente e amargo fumegante, ele atirou em seu jovem companheiro de quarto um tipo.
"Bem;" — Jasper levantou as mãos em sinal de rendição, mas sorriu como uma criança enquanto o fazia — "Eu te disse. Mais de uma vez."
O sorriso de Jasper teve a pele de Edward aquecendo rapidamente. Enquanto se empurrava fora da calça e cueca, ele rosnou, "Eu não preciso de um sermão de alguém que ainda tem um bom bocado de verde atrás das orelhas. Você me disse para levar a capa impermeável para me manter seco, e eu não fiz. Fim da história."
Outra onda de ar gelado atingiu Edward e se afundou em sua carne nua, até os ossos. "Porra, cara. Está frio aqui." Depois de procurar entre suas coisas uma toalha para secar a umidade, ele amaldiçoou quando não encontrou. "Eu nem sequer tenho tempo para um banho para me aquecer. Tenho um encontro em Basin esta noite. Que não é muito perto" — ele pegou o relógio em cima da cama, viu o adiantado da hora, e praguejou novamente — "e eu já estou atrasado."
Jasper passou por Edward, alcançando em seu próprio armário, e lhe entregou uma toalha branca macia. "Use esta." Em dois passos, ele se colocou de volta à mesa nas sombras.
"Obrigada." Com algumas batidas rápidas, Edward se secou de cima a baixo, jogou a toalha úmida na cama, e começou a vestir as roupas limpas. "O que vai fazer esta noite?"
"Não muito." De onde se sentava; Jasper deu de ombros. "Ficar por aqui."
O coração de Edward torceu com um estranho puxão, e ele franziu o cenho para seu jovem empregado. "Você faz muito isso."
Jasper rebateu suavemente, "Assim como você."
"Justo." Edward não podia argumentar com a verdade. Se ele e Jasper não tivessem se tornado a máquina bem-lubrificada que, trabalhava-comia-assistia-um-programa-de-TV-e-dormia, talvez tivesse percebido mais cedo que seis meses tinham se passado sem que ele levasse uma mulher para a cama.
Eu sei disso agora, porém, e preciso foder alguém. Mal. No segundo em que o pensamento atingiu Edward, ele olhou para o olhar sempre-curioso de Jasper. Droga.
De repente, ciente de sua nudez, Edward sentiu seu pênis contrair, e um calafrio percorreu toda a distância de sua espinha. Jesus. Ele então deu um passo para as sombras na extremidade oposta do trailer para acabar de se vestir.
Jasper continuou à mesa, graças a Deus. O que foi isso? Ainda perturbado pelo pulsar inesperado em seu pênis, mas agora completamente vestido, Edward pegou a carteira tão rápido quanto podia, mal abrindo a gaveta onde a guardava. E então se empacotou em seu casaco seco e pesado de tempo-resistente, e olhou para Jasper. "Tchau. Já estou saindo."
Jasper lhe ofereceu um pequeno aceno. "Divirta-se."
Um nó desconfortável se enrolou no intestino de Edward. Por alguma razão, ele não conseguiu olhar nos olhos de Jasper. "Obrigada. Vejo você pela manhã."
Com isso, sentindo-se como se tivesse um espectro montando quente em suas costas, observando e julgando cada movimento dele, Edward conseguiu o inferno fora de Dodge.
NO MOMENTO EM QUE O som do caminhão parou de atingir os ouvidos de Jasper, ele exalou, afundou, e começou a respirar novamente.
Porque, sob aquela pequena mesa, Jasper estava duro como uma pedra.
Ele é tão malditamente bonito que dói olhar para ele.
A princípio, quando Edward invadira o trailer e imediatamente começara a falar sobre se trocar para um encontro, rejeição fatiou Jasper rapidamente. Ele realmente esqueceu meu aniversário. O dia todo ele dissera a si mesmo que Edward tinha, e que estava tudo bem, mas em algum lugar escondido por dentro, ele deve ter se agarrado a um grão de esperança de que Edward entraria no trailer esta noite e alegremente lhe daria um feliz aniversário.
Mas não acontecera, e, por uma fração de segundo, Jasper tinha ficado entorpecido em face da indiferença de Edward. Então, rapidamente, Edward começara a tirar as roupas — toda ela, claramente sem pensar em Jasper sentado tão perto — e ele se perdera para todo o resto, exceto a visão masculina deslumbrante.
Oh Deus. Jasper estremeceu onde estava sentado. Sua ereção presa contra o jeans, exigindo liberdade, como vinha fazendo há muito tempo. Ele já vira fotos de homens nus em sua vida. Inferno, até mesmo assistira pornôs gays algumas vezes na época da escola. Mas sagrada misericórdia e tudo divino, ele nunca tinha visto nada, pois nunca tinha conseguido mais do que um vislumbre rápido de Edward totalmente nu, até esta noite. Ele é magnífico.
Jasper não deveria ter olhado. Não deveria ter se aproveitado de Edward estar com pressa. Enquanto o homem trocava de roupa, ele, obviamente, não dera qualquer pensamento à tão livremente se despir na sua frente. Em circunstâncias normais, Edward se despia até a cueca, e então entrava no banheiro para tomar banho. Quando terminava, ele saía de toalha, e vestia uma cueca limpa antes que Jasper pudesse lhe dar mais do que um olhar furtivo. Mas não esta noite.
Jasper deveria ter dito algo; Deveria ter desviado o olhar, mas, inferno santo, ele não tinha conseguido descascar o olhar de algo que fantasiara ver quase a partir do momento em que conhecera este cowboy incrível, áspero, e único: Edward, despindo-se na sua frente tão facilmente, como se fossem um casal, em vez de apenas companheiros de quarto.
Edward muitas vezes se movia dentro do trailer sem camisa. E homem, Jasper estudava seus braços grossos, costas e peito cônicos, mais largos do que era saudável para sua sanidade. Ele roubava pequenos olhares para a curva da bunda de Edward quando podia, e tivera sonhos molhados sobre os flashs rápidos que pegara do pênis do homem. Mais tarde, porém, ele sempre se sentia como se tivesse se aproveitado de Edward, e odiava a si mesmo por seu comportamento. Ele deveria se controlar melhor.
Mas, esta noite, quando Edward tinha tão naturalmente tirado a roupa, Jasper não tinha sido capaz de desviar o olhar. A cada centímetro de pele revelada, seus batimentos cardíacos chutaram mais rápidos, e seu corpo acordara com um sobressalto. Deus, como isso mexera seu corpo. Edward tinha uma bunda perfeita, firme, arredondada só um pouquinho. E, bom Senhor, o pau de Edward tinha mais do que o comprimento suficiente para fazer Jasper tragar densamente e sua passagem pulsar com necessidade. Ele podia imaginar aquele pau deslizando por sua garganta ou afundando profundamente em seu rabo disposto. Oh, sim. Jasper esfregou seu eixo através do jeans, tão necessitado de alívio.
E então, quando Edward usara sua toalha para se secar… Porra. Jasper gemeu onde estava sentado; A ponta de seu pênis empurrou no cós de sua calça, e suas bolas rolaram dolorosamente em seu saco. Eu preciso. Preciso tão malditamente ruim.
Antes de sequer perceber que fizera o movimento, Jasper se aproximou da cama de Edward, e pegou a toalha.
Incapaz de superar os ditames de seu corpo chorando, Jasper ergueu a toalha até o rosto e inalou profundamente. Cavalo, e homem, e chuva, e terra, todos se misturavam e fizeram cócegas em seu nariz. Cada cheiro, tão intimamente uma parte de Edward, penetrando poderosamente no corpo de Jasper, infectando seu sangue.
Odiando-se, mas sem a força de vontade para suprimir seus desejos mais, Jasper abriu as calças, empurrando-a junto com a cueca até as coxas, e libertando sua ereção. Ar frio percorreu sua bunda e pau nus, mas a fatia de frio não fazendo nada para diminuir a corrida de sangue para seu eixo esticado. Ele imaginou Edward de joelhos, separando os lábios, e o convidando ao abrigo de sua boca quente e cavernosa.
Ali onde estava ele bombeou os quadris, fora de seu controle, e uma pérola gorda de pré-semem encheu sua fenda. Mordendo a ponta do lábio, ele gemeu baixo em seu intestino, e começou a acariciar seu pênis. Oh, foda-se, sim. Cada terminação nervosa em seu pau imediatamente enviou ondas de choque através de seu sistema e incendiou sua pele. Além de seu pau, sua carne clamava por mais contato, e suas bolas incharam com uma dor doce entre suas pernas. Ele puxou mais forte e mais rápido em seu eixo, passando a toalha pelo rosto, e dando a seu corpo o que precisava. Dentro de meia dúzia de puxões em seu comprimento rígido, sua pele aqueceu de cima a baixo, e suor escorreu por seu pescoço.
Sem perder uma batida, Jasper soltou a toalha, puxou a camisa sobre a cabeça, e a jogou de lado. Ele imediatamente pegou a toalha novamente e começou a esfregar o material úmido por todo seu peito e barriga, faminto por conseguir o máximo do cheiro de Edward nele quanto pudesse. A fragrância pungente de terra e animais — o cheiro de Edward — se afundando mais em seu nariz, se infiltrando em seus poros e se tornando uma parte de seu próprio ser. Cada vez que Jasper esfregava a toalha em sua pele, era como se sua carne se esfregasse contra Edward; Seus corpos se fundindo mais intricadamente, e eles se tornando um.
A conexão com Edward empurrou nos desejos mais básicos de Jasper e brincou com sua sanidade, mas seu corpo ansiava por lançamento com tal aguda necessidade que ele já não mais se importava. Jasper jurava que Edward se levantou, indo para trás dele, e enrolou sua grande armação ao redor dele, cobrindo-o com tudo nele, em todos os sentidos. Calor queimou através de sua pele — Edward queimou através dele — e Jasper gritou e arqueou os quadris ainda com mais força, bombeando o pênis no aperto firme de seu punho tão rápido quanto podia.
Com cada arraste completo que Jasper colocava em seu pênis, explosão após explosão de intenso prazer disparava dentro dele, mas ele não conseguia ultrapassar a barreira ao esquecimento do orgasmo. Continuando a manipular grosseiramente seu eixo, ele também raspou a toalha pelo peito com menos cuidado e fez seus mamilos torcerem e enriçarem com aguda sensibilidade. Ainda assim suas bolas não liberaram sua semente e o deixou gozar.
"Por favor…" Jasper apertou a testa na armação das camas de beliche. Movendo a mão numa velocidade ridícula entre o pênis muito-sensibilizado e em suas bolas, puxando ambos sem cuidados. Contorcendo-se ali de pé, ele lutou por cada fôlego doloroso, cada ingestão apertando seus pulmões. "Edward, Edward… Ajude-me." Alcançando entre as pernas, ele provocou impiedosamente sua mácula e implorou asperamente, "Ajude-me gozar."
Ar quente acariciou sua nuca, e então, foi como se alguém beliscasse sua orelha. A voz de Edward, clara como o dia, fez uma leve cócega em sua cabeça. Deixe-me senti-lo, Potro. Edward pressionou seu corpo quente e nu contra as costas de Jasper. Leve-me para dentro.
Concordando, certo de que Edward o queria tão desesperadamente quanto ele queria Edward, Jasper empurrou a mão ainda mais longe entre suas coxas e mergulhou o dedo em seu cu. Oh, foda-se. Foda-se, Edward. Porra. Dor abrasadora cercou o buraco virgem de Jasper, mas ele não se importou. Ele jurava que Edward lambeu seu pescoço, balançou os quadris contra o final de seu rabo, e sombriamente comandou que ele se abrisse para o resto de seu pau.
Sim, Edward. O que você quiser. Sim. O túnel de Jasper apertou ao redor da invasão e arrastou mais do comprimento em seu reto. Suor vazou por sua pele, e cada terminação nervosa em seu corpo eriçou; confusa com a dor que Jasper torcia em prazer na sua mente. Ainda assim, preenchido pela presença de Edward, ele empurrou o dedo mais fundo em seu canal latejante e deu a Edward o que ele tão claramente queria.
Contra sua orelha, dentro de sua cabeça, Edward o perseguia com confissões de seu desejo.
Jasper moveu o dedo dentro de sua bunda, mas em sua mente, através de cada poro de seu corpo, o pênis quente de Edward escorregava fodidamente suave em seu canal. Jasper manipulou o dígito dentro de seu túnel fumegante de novo, e de novo, e de novo. Sim, Edward. Foda-me. Foda-me gostoso. Logo a queimadura dentro de sua passagem inflamou para um inferno elétrico de prazer chocante. Jasper enfiou outro dedo em seu túnel estreito e virgem, forçando uma reivindicação mais espessa em seu corpo, clamando por Edward.
Edward parecia cercá-lo em todos os lugares, e sua voz arenosa e sedutora consumia a mente de Jasper. Lá vai você. Com o rosto enterrado em seu cabelo, a respiração quente abanando os fios, Edward o cobriu como um animal dominante e dono de seu rabo. Não pare. Dê-me tudo. Tocando-o por toda parte, Edward abriu a mão grande em sua barriga nua e foi direto para seu pênis rígido e dolorido. Goze para mim, Potro. Eu quero tudo.
"Sim." Mordendo o lábio, tentando protelar o lançamento por mais alguns instantes, Jasper cobriu o pau com a toalha. "Eu preciso gozar para você."
Em seguida um choque atravessou Jasper, batendo direto em seu núcleo. Em cada poro de seu ser, ele sentiu o pau de Edward em seu cu e a grande mão quente do homem puxando seu eixo. Oh, sim. Jasper choramingou e acariciou a toalha ao longo de seu pau mais uma vez.
As palavras de Edward; goza para mim, percorreu Jasper, perfurando-o com a mais doce necessidade, aceitação e amor que ele já conhecera, e o atirou fora do precipício para o abismo. Ele gritou. Em sua mente, seu grito cru de lançamento se misturando com o carinho pedregoso de Edward. Ele socou os quadris na toalha como um pistão. A cada linha de ejaculação que despejava no material, ele rugia o nome de Edward, e sua passagem apertava repetidamente ao redor do eixo enterrado de Edward. Jasper jorrou, e jorrou, e jorrou, encharcando o tecido com sua semente.
No rescaldo, seus quadris continuaram a pulsar, e ele derramou pequenos cuspes de sêmen pelo que pareceu uma eternidade. Eventualmente, porém, seu orgasmo minguou, e o pênis de Edward deslizou de seu buraco. Jasper abriu os olhos, situando-se em seus arredores, e humilhação imediata o inundou. Ele estava em seu trailer, com o rabo e pau de fora, na frente da cama bagunçada de Edward, com um cu tenro — por seus próprios dedos — e uma toalha cheia de esperma na mão.
Feliz aniversário para mim.
Uma dor aguda bateu em seu peito, e sua alma caiu para o tapete puído. Qual é o seu problema, idiota? De acordar esta manhã todo tagarela, com o maior sorriso no rosto, certo de que fazer vinte anos fosse o começo de grandes coisas novas para ele, para este momento patético agora? Ele deveria estar grato e satisfeito, ainda que este desejo que se edificava no fundo de seu núcleo por Edward não diminuísse.
Jasper tinha uma vida boa. Edward confiava nele com os animais. E ontem mesmo Aro os assegurara que não venderia os cavalos individualmente, que ia esperar o tempo que levasse para alguém comprar o equipamento como um todo. Ele tinha segurança no emprego, e o tinha com um show que amava. E mais, ele tinha em Edward alguém disposto não só a lhe ensinar tudo que sabia, mas que se dobrava como um danado de bom companheiro de beliche na maioria das vezes. Caramba, ele nem sequer se importava de pegar as camisas, e meias, e toalhas de Edward frequentemente espalhadas pelo chão. Jasper não só o considerava um chefe, ou um companheiro de quarto mais. Edward tinha se tornado um bom amigo.
Mas é só isso. Edward é só um amigo. Apenas um amigo. Fazendo careta, Jasper enfiou a toalha manchada de porra em uma pequena caixa que servia como seu cesto; Não suportando olhar para a evidência do quão profundamente tinha caído em mais uma de suas fantasias. Com a toalha escondida, ele puxou a calça e cueca para cima, vestindo a camisa de novo tão rápido quanto possível, e se atirou no pequeno sofá.
Precisava lembrar-se mais atentamente que ele e Edward compartilhavam apenas amizade. Ele queria algo mais com Edward, tanto que seu corpo inteiro doía por isso, mas precisava se lembrar de que querer e realidade não era a mesma coisa.
Também precisava se lembrar da lição de hoje, enfiá-la em sua cabeça, e plantá-la lá para sempre: Edward tinha se trocado rapidamente esta noite, e sem cuidado, não para poder ficar com Jasper, mas para poder sair e viver isso… Com uma mulher. Edward não era gay, e precisava parar de agir como se compartilhar um trailer com o homem significava que estavam brincando de casinha de verdade. Eles eram apenas colegas de quarto. Edward nunca ia compartilhar sua cama. Mais que isso, Edward nunca ia se importar tão profundamente com ele do jeito que ele tão desastrosamente já fazia por Edward.
Seu espírito se afundou no tapete barato, Jasper escavou mais profundamente no sofá desconfortável e ligou a TV. Hoje não tinha sido tão especial, afinal. Quanto mais cedo o dia no calendário virasse para o outro, mais rápido ele poderia esquecer seus sonhos e encarar a realidade — onde ninguém achava que ele era nada especial.
Quanto mais cedo ele esquecesse seus sonhos dele e Edward se apaixonarem, melhor.
Jasper cochilava no sofá, lutando para ficar acordado. No momento em que os murmúrios na TV deslizaram para um ruído de fundo, um estrondo esmagado balançou através do reboque. Jasper se empurrou de pé, o coração na garganta, mais uma vez completamente acordado.
Um segundo depois, Edward, maior que a vida e empacotado o suficiente para parecer o Pé Grande, entrou no trailer. "Droga de porta." Ele a bateu com tanta força que ela se abriu, sacudindo a estrutura antiga, mais uma vez. "Um dia desses Aro vai ter que se desfazer de um pouco de seu muito dinheiro para tornar este lugar habitável novamente, ou eu simplesmente poderia chutar sua bunda em vez da porta."
De onde estava sentado, Jasper limpou os olhos. Com o olhar, ele seguiu Edward para a parte traseira do trailer. Que parou em seu segundo armário de armazenamento.
Confuso, Jasper clicou no guia sobre a TV para checar de novo as horas. Sete e cinquenta e quatro iluminava o canto da tela, e ele se virou de volta para Edward. "O que está fazendo de volta tão cedo?" Ele se virou de joelhos, separando as persianas, e espiou a escuridão coberta de branco lá fora. "Eles fecharam algumas estradas?"
Depois de cavar no fundo do armário, Edward se virou e veio até Jasper. Sua boca, dura como o inferno, combinando com a varredura de mercúrio escurecendo seu olhar. "Você deveria ter dito alguma coisa e agido como se fosse seu aniversário hoje." Lançando um pequeno pacote, brilhantemente embrulhado em Jasper, ele murmurou, "Abra."
Jasper agarrou o artigo voando em seu caminho no ar. Mesmo enquanto o fazia, seu coração martelava de forma irregular, sua garganta ficou seca, e uma ameaça assustadora de lágrimas empurrou a parte de trás de seus olhos. Ele lembrou.
Exalando com cuidado, Jasper tocou o pequeno pacote, testando para sentir seu realismo, mas olhando para Edward. "Não entendo." Pouco mais de uma hora atrás, este homem tinha voado para fora do trailer no encalço de um encontro. "Você voltou."
Edward descascou seu pesado casaco e chapéu, jogando ambos na cama de baixo, franzindo o cenho para Jasper o tempo todo. "Você pensou que todo mundo esqueceu seu aniversário."
"Não." Jasper sacudiu a cabeça, mas não conseguiu parar de tocar o papel enrugado embrulhando o pequeno presente em seu colo. Isso não podia realmente ser real — e para ele. Ele murmurou, "Minha irmã me ligou esta manhã."
Edward se sentou na beirada da cama de frente para Jasper. Espalhando as pernas, ele juntou as mãos entre os joelhos e arqueou uma sobrancelha pontiaguda. "Então você apenas pensou que eu esqueci."
Jasper empinou, e sua boca se abriu. "Eu não... Quero dizer, você não... Nós não..." Merda. Qualquer coisa que Jasper dissesse ia revelar o quão importante este momento — Edward se lembrar de seu aniversário — era para ele. "Não sei. Eu acho."
"Eu me esqueci," Edward admitiu, "hoje. Mas não antes. Não sou um idiota completo." A cada segundo que Edward olhava para Jasper, sua boca se diluía para uma linha mais pálida. A forma penetrante como ele o encarava indo direto através dele e invadindo sua alma. "Seu pequeno filho da puta." Edward se levantou e compassou para frente do trailer. "Você ia deixar o dia todo passar sem um presente, ou um bolo, ou uma refeição especial, ou alguém cantando uma canção idiota para você." Seu tom mergulhou mais áspero do que o habitual, mas quando ele se voltou, um sorriso perversamente selvagem levantava os cantos de sua boca. "Quase escorregou, mas com algumas horas de sobra, eu me lembrei."
Certo que seu coração estava terrivelmente exposto agora, Jasper ainda segurava o presente como se fosse uma pilha de ouro. "Obrigada." A arruinada refeição especial de Jasper não importava mais. Ele lembrou e voltou.
Cruzando os braços, Edward se recostou contra a pia. "Você nem sequer o abriu para ver se gosta dele ainda."
Não importa. Jasper não tinha falado sobre o presente. Obrigado por lembrar — porra, ele mal conseguia respirar através do punho apertando seu peito — e por voltar.
Com distância entre eles, Edward o cutucou com um pequeno empurrão do ombro. "Vá em frente."
Então, muito cuidadosamente, Jasper deslizou o dedo sob as extremidades do papel e puxou a fita para trás, tendo certeza de não rasgar o design. Tão idiota quanto sabia que o gesto seria para sua saúde mental, ele ainda sabia que ia dobrar a embalagem e mantê-la segura em algum lugar como uma lembrança do primeiro presente que Edward já lhe dera. No ano passado, quando se passaram o Natal e aniversário de Jasper, eles ainda não se conheciam muito bem, então, Jasper não sentira falta de um presente ou cartão de Edward pessoalmente. Este ano, porém, ele os considerava amigos e pensara que seria diferente. E talvez fosse. Talvez no mais secreto de seu coração, ele tivesse razão. Eles eram amigos de verdade agora, não apenas colegas de quarto mais.
Depois de cuidar da fita, Jasper desdobrou o papel aberto. Assentado no centro do interior branco, por si só, estava um bracelete de couro marrom escuro. A pulseira de couro era cortada em uma linha limpa e pura, e tinha cordas adicionais de couro para fixação. Uma placa estreita e prateada estava fixada no centro do couro, onde tinha números e uma estrela gravada no metal.
Entupido, Jasper correu a ponta dos dedos através do couro e metal frio, e foi de alguma forma, como se ele estivesse tocando Edward. Limpando a garganta, ele piscou de volta mais lágrimas antes que pudessem cair, e olhou para o homem mais maravilhoso que Deus tinha certamente uma vez criado. "É lindo." Em lugar de apertar a pulseira contra o coração, Jasper segurou o couro com firmeza em suas garras. "Obrigada."
De onde estava Edward finalmente sorriu — só um pouco. "Tive isso feito quando estávamos no Kansas um tempo atrás, no festival da cidade. Não é nada sofisticado" — ele se apressou para se ajoelhar aos pés de Jasper e arrancar sua mão aberta — "mas à data gravada no metal é do primeiro dia em que você começou a trabalhar no rodeio." Passando a tira ao redor, Edward virou a pulseira com a pequena placa de frente para Jasper. "Conseguir um trabalho no rodeio era importante para você, então pensei que poderia gostar de algo para comemorar a época."
Dando um aceno rápido, aos arrancos, Jasper engoliu através de mais espessura em sua garganta. "É. Eu faço." Ele olhou para cima, e com Edward tão perto, teve dificuldade de encontrar sua voz. "Obrigada."
Edward baixou a cabeça. "De nada."
Um momento de silêncio se esticou entre eles, onde Edward não piscou ou desviou o olhar mais do que Jasper fez. Edward esfregou a mão no peito. Em resposta, como se Edward o tivesse tocado, os mamilos de Jasper endureceram sob sua camisa de moletom pior do que quando ele tinha esfregado a toalha em sua pele tão pouco tempo atrás.
De repente, sentindo como se Edward pudesse ver direto em seu crânio e ler todos os seus pensamentos, Jasper desviou o olhar para a pulseira. Fazendo seu melhor para cobrir o calor correndo para seu rosto, ele deitou a pulseira aberta sobre a perna e colocou o pulso em cima da correia de couro. Usando a outra mão, ele dobrou o comprimento extra através do pulso e tentou laçar as tiras de fixação ao redor uma da outra para criar um nó. Uma das tiras de couro sempre escapava antes dele conseguir apertar o nó, entretanto, o que só o afobava mais e deixava sua mão ainda menos instável. Edward, de repente, colocou a mão em seu pulso, e Jasper saltou.
"Aqui." Com voz baixa, Edward disse, "Deixe-me amarrá-la para você." Antes de laçar as tiras de couro juntas, Edward pastou dois dedos calejados pelo interior do pulso de Jasper e, oh, tão suavemente acariciou a pele sensível lá. Jasper mordeu o lábio para abafar um ofego. Quando Edward usou os dedos para criar um espaço, ele explicou, "Vou deixar um pouco de espaço para o crescimento." Ele então amarrou as tiras de couro e prendeu a pulseira em seu pulso. "Pronto." Ele deu ao braço de Jasper um bom e sólido aperto, e então se empurrou de volta para se sentar na beirada da cama. "Isso não vai há lugar nenhum."
Encontrando Edward nas sombras, Jasper respondeu baixinho, "eu a amei." Ele esfregou o couro contra a calça e desejou que fosse sua pele nua. "É verdadeiramente linda."
Edward cavou sob uma pilha de roupas aos pés da cama e retirou uma caixa festivamente embrulhada. "Tenho este também." Antes de entregar a Jasper o pacote, ele compartilhou, "Eu os vi na loja a última vez que estive na cidade. Não me lembro de ter visto nenhum deles em sua coleção aqui."
Borbulhando com uma estranha mistura de timidez e vertigem, Jasper pegou o presente de Edward. "Você fez muito." Dessa vez, muito excitado, ele rasgou o papel sem cuidado e desembrulhou um conjunto de colecionador incrível de filmes de faroestes clássico.
Jasper olhou para Edward, os olhos arregalados, mal conseguindo ficar parado. "Antigos preto e branco. Não vi nenhum desses." Ele rasgou a embalagem, jogando-a de lado, e desdobrou o vale do álbum de DVDs. "Obrigada."
Um bom minuto se passou, em que Jasper foleou cada "página" de filmes. Ele, então, começou de volta pela parte de trás para verificar cada título novamente, cada um, um novo tesouro para desfrutar e descobrir. Ele quase puxou um do suporte de plástico, mas depois parou abruptamente.
Edward riu e disse, "Vá em frente e tire um. Posso ver que está coçando para fazê-lo."
Jasper se atirou de pé, mas com a mesma rapidez parou no lugar. "Tem certeza?"
Edward tinha provocado Jasper mais de uma vez sobre seu amor por estes filmes e séries de TV — todos os quais o especialista Edward lhe assegurara não retratava a vida real de um cowboy. Com um ano e meio de trabalho nos rodeios em seu currículo agora, Jasper não podia discutir com a avaliação de Edward, mas também não conseguia fazer-se quebrar seu vício de infância por estes filmes.
Jasper mordeu o lábio. "Eu posso esperar."
"Não. Vá em frente." Edward até mesmo se levantou da cama e se jogou em uma das extremidades do sofá — o único lugar no trailer onde se podia ter uma vista desobstruída da televisão. "Eu provavelmente vou me arrepender daqui a um mês, quando já os tiver visto mais de uma dúzia de vezes, mas não tenho nada melhor para fazer esta noite, e é seu aniversário, então, vá em frente." Acomodando-se, Edward esticou as pernas através da passagem para usar a cama como apoio para seus pés e coçou os dedos pelo cabelo, bagunçando a coisa castanho-cobre.
No meio do caminho para a TV, Jasper, com o coração martelando contra seu esterno, perguntou, "E seu encontro?"
"Eu cancelei." O rosto de Edward não mudou para algo selvagem — como parecia quando entrou no trailer — assim Jasper começou a respirar novamente. "Não estava tão entusiasmado com a longa viagem ou a boa chance de ser pego nesta neve de qualquer maneira. Isso pode esperar."
Depois de carregar o filme, Jasper se virou e parou na geladeira. "Você quer uma de suas cervejas?"
"Vou tomar uma." Edward soltou a fivela do cinto, e então gemeu enquanto se movia e puxava o couro das fivelas da calça. Ele soltou o botão, deixou o cinto cair no chão, e acrescentou, "Sirva-se também."
Rapidamente, Jasper rasgou o olhar de Edward afrouxando seu jeans. Pare de cobiçá-lo. Pegou duas cervejas da geladeira e atirou uma para Edward, enquanto simultaneamente se sentava na extremidade oposta do sofá — deixando o máximo de espaço entre ele e Edward quanto podia.
Menos que um minuto depois, quando o filme começou, Jasper ficou todo suave por dentro, e qualquer rigidez em seu corpo deslizou para longe. Quando o título do filme apareceu na tela, um homem bonito cavalgou para a câmara, sonhador e maravilhoso. O final perfeito da noite de Jasper se estabeleceu em seu coração e mais uma vez o fez sentir que tudo era possível.
Em uma mão ele agarrou a cerveja, na outra o conjunto de caixa de Halleerns. Sem olhar para trás em Edward — não querendo perder nem um segundo do filme — Jasper disse, "Obrigada mais uma vez. Tudo que você me deu é perfeito."
"De nada." De uma pequena distância, seu tom resmungão, Edward ordenou, "Agora se cale e assista ao filme, ou vou tomá-los de volta."
Jasper não disse nem mais uma palavra, mas quando olhou para a TV, ele sorria de orelha a orelha. Muito sutilmente, ele também colocou o cotovelo no braço do sofá, apoiou o queixo na mão, e deixou sua nova pulseira roçar suavemente contra o rosto. Se deixasse a fantasia escapar só um pouco mais, no lugar da pulseira, ele podia sentir o roçar de um beijo suave de Edward acariciando sua pele. Tão bom.
Jasper obedeceu e não disse nada em voz alta, mas em seu coração as palavras dispararam; Obrigado por se lembrar de meu aniversário e por voltar para casa.
Frio gelado penetrou nos ossos de Edward, e ele acordou com um sobressalto. Uma tela azul enchia a TV. Apenas a televisão e uma luz suave por cima da porta iluminava o trailer. Com o corpo cheio de cãibras, Edward gemeu, e seus músculos gritaram para ele se esticar e mover. As almofadas duras do sofá agrediam sua espinha e bunda — mas algo ainda mais sólido se agarrava ao lado direito de seu corpo: Jasper. Adormecido. Preso firmemente a ele.
Em uma corrida de imagens, a noite anterior inundou seu cérebro confuso. Aniversário do potro. Os filmes. Três deles, um-atrás-do-outro. Claramente os dois estavam se enganando quando disseram que conseguiriam ficar acordados para o terceiro.
Edward olhou para Jasper, a cabeça do homem aninhada contra sua barriga. Em vez de empurrar o cara longe, Edward lutou contra um formigamento nos braços, um que o empurrava para arrastá-lo ainda mais perto e segurá-lo pelo que restava da noite. Todo o dia de ontem, Jasper esteve mais quieto do que o habitual. Seu entusiasmo pelo trabalho estivera apenas em cerca de seis, quando normalmente aumentava para pelo menos doze até a hora do almoço apenas. Edward tinha notado, mas não se preocupara em questionar por que.
Não posso fodidamente acreditar que quase esqueci seu aniversário. Edward franziu o cenho na escuridão. Não posso malditamente acreditar que ele me deixou.
Meia hora em seu carro para Basin ontem à noite, a data de ontem tinha relampejado como um obstáculo à sua frente — tão grande e perturbador que ele quase batera o caminhão. Um momento depois o fato de que era o aniversário de Jasper atingiu seu intestino e disparou através de seu núcleo. Furioso com si mesmo pelo esquecimento, e puto com Jasper por não soltar pelo menos uma boa dica durante o dia, Edward tinha ligado para seu encontro e se desculpado por cancelar antes de sequer perceber que tinha pegado o celular. Ele não podia deixar aquele cara doce passar todo o dia e noite sem que alguém reconhecesse seu dia especial. E inferno, Edward já tinha um par de presentes à espera, embrulhados e tudo, para Jasper abrir.
Ainda no sofá, trocando a perna só um pouquinho, ele estremeceu quando o canto pontudo da caixa de DVD atolou em seu joelho. Jasper ainda se agarrava a ela, mesmo quando em algum momento tinha sucumbido à exaustão, tombado para o lado, e se aconchegado à perna e estômago de Edward. Cílios escuros polvilhavam sob seus olhos, cada pestana espetada longa o suficiente para criar sombras através de seu rosto. Atraído para tocar, sentir por si mesmo, Edward escovou as costas dos dedos contra a maçã do rosto de Jasper, hipnotizado pelos ângulos cortados e, ao mesmo tempo, hipnotizado pela suavidade da pele orvalhada. Ele é tão único e fascinante, às vezes eu nem posso acreditar que ele é real.
Ao longo dos últimos dezoito meses, Jasper desenvolvera um inferno de um corpo duro; Através de uma ética de trabalho incansável, ele ganhara o respeito até mesmo dos bastardos mais duros na turnê do rodeio. Ao mesmo tempo, o cara ainda possuía tal gentileza e doçura em seu comportamento atencioso, que quase parecia… Suave, às vezes. Edward teve um momento difícil para descascá-lo e aceitar que ele tinha a espinha dorsal para este tipo do trabalho.
Sem parar para pensar, Edward correu a mão pelo lado do corpo de Jasper, catalogando cada músculo firme, de pouco abaixo de sua axila até o meio de sua coxa. Ele malditamente não parece nem um pouquinho suave agora. Edward moveu Jasper mais completamente em cima dele, deslocando-o para cima até a cabeça descansar em seu ombro, e então pastou a palma pela linha forte e magra de suas costas. Jesus. Edward pressionou a ponta dos dedos na parte superior de suas costas, ombros e braços, e encontrou apenas a dureza de aço. Seus ombros são quase tão largos quanto os meus agora.
Jasper se aconchegou contra Edward, e enterrou o rosto no lado de seu pescoço. Oh, inferno. Sim. O homem emanava calor do corpo em loucas ondas fortes, e rapidamente empurrou o frio persistente do núcleo de Edward. O aroma sedutor de pipoca amanteigada se agarrava à pele quente do homem — que tinha comido um saco de microondas inteiro da coisa durante o segundo filme — mas abaixo disso, uma fragrância limpa de oceano, sabonete e xampu agradava o ar. Edward enrolou o braço no baixo de suas costas, ancorando o homem para ele, e enterrou o nariz em seu cabelo. Explosão após explosão de um perfume fresco que sempre parecia se agarrar à Jasper explodiu nas narinas de Edward e serpenteou para sua corrente sanguínea. Ele respirou a essência natural do homem novamente, e essas serpentearam tentáculos se movendo mais profundamente dentro dele e acordando seu pênis com uma sacudida poderosa.
Jesus, sim. Edward espalhou as pernas, fazendo um lugar para Jasper, e começou a se afundar mais profundamente no sofá. Correu a mão pela fornalha de sua espinha e segurou o traseiro do homem. Porra, ele tinha um rabo apertado, e a curva cabia em sua mão perfeitamente. Seu pau pressionou com uma dureza deliciosa na parte baixa da barriga de Jasper. Se pudesse rolá-lo mais um pouco, ele poderia deslizar o pênis entre as nádegas firmes e perfeitas do homem. Edward gemeu, balançando-se sob o peso maravilhoso, e alisou a mão na parte de trás de seu jeans. Puta merda, sim. Ele tinha a pele suave e quente em todos os lugares. Edward começou a alisar os dedos no vinco de Jasper, e seu pau engrossou ainda mais. Epa. Tão rápido quanto tinha ido relaxado, ele endureceu mais tenso que um tambor. Que porra é essa? O que diabos eu estou fazendo? Ele ostentava um quase tesão, tinha a mão no meio da parte de trás da calça de Jasper, e estava fantasiando sobre como trabalhar seu pau na fenda do homem.
Que porra há de errado comigo? Edward puxou a mão fora da calça de Jasper e fechou os olhos. Por favor, não acorde. Por favor, não acorde. Edward ficou perfeitamente imóvel, o coração acelerado, e contou até cem antes de ter coragem de abrir os olhos. Jasper permanecia pacífico em cima dele, agarrado a ele, profundamente adormecido. Obrigada, Deus.
Medo de detectar o zumbido quente em suas veias, Edward se moveu com cuidado. Com movimentos enérgicos, ele escorregou fora de debaixo de Jasper e colocou uma almofada nos braços do homem para que ele continuasse a segurar. No momento em que Edward se desembaraçou, Jasper estremeceu, fugindo mais alto no sofá — para onde Edward tinha acabado de sentar — e se enrolou em uma bola apertada.
Amaldiçoando baixinho, Edward estendeu a mão e puxou um travesseiro e dois cobertores de cima do beliche. Depois de abrir cada cobertor, ele os espalhou em cima de Jasper, enfiando um lado nas almofadas do sofá para que suas costas não ficassem muito frias enquanto ele dormia. Então, prendendo o fôlego, ele delicadamente ergueu o corpo superior de Jasper, deslizou o travesseiro sob sua cabeça, e tentou acomodá-la para que ele não acordasse com um torcicolo.
Edward acidentalmente roçou o dorso da mão no rosto e cabeça de Jasper. Cristo, este é o cabelo mais malditamente sedoso que eu já senti. Ele puxou tão rápido quanto tinha tocado. Quando ele silenciosamente se repreendeu por ter tais pensamentos sobre um amigo, Jasper franziu o rosto e piscou os olhos abertos.
Verde suave e musgoso colidiu com Edward. A cada piscadela pesada, Jasper disse com voz lenta e arrastada, "Obrigada, Edward. Eu amo tudo que você me deu."
Incapaz de resistir — Cristo, o que ele está fazendo comigo esta noite? — Edward passou os dedos através dos brilhantes cabelos escuros de Jasper, mais uma vez. "De nada, Potro." Ele sorriu para o jovem inocente, que o fazia sentir como se não pudesse fazer nada de errado. "Ainda é noite, entretanto. Volte a dormir."
Fechando os olhos, Jasper cumpriu imediatamente. Quanto a Edward, fez uma meia-volta e começou a compassar o comprimento do trailer apertado, desesperado para trabalhar um novo zumbido fora de seu corpo. O que diabos há de errado comigo?
Edward andou, e andou, e andou; Sua mente e corpo um amontoado de confusão. Racionalmente, ele disse a si mesmo que tinha acordado em uma noite fria com um corpo quente, e enquanto ainda grogue, o sexo do corpo — que era Jasper — não tinha se registrado plenamente em seu cérebro embaçado pelo sono. Edward respondera ao calor do corpo, calor e conforto, não especificamente a Jasper. Mas, inferno, porém, mesmo enquanto dizia isso a si mesmo, cada vez que olhava para Jasper, ele queria se ajoelhar ao lado do cara e tocá-lo novamente.
Respostas satisfatórias iludiram Edward, e eventualmente, exausto fisicamente, ele desistiu e subiu na cama. Puxou as cobertas para o alto, mas o sono não veio. O peso fantasma de Jasper se agarrava a ele — aquele peso maravilhoso em cima dele — não deixava seu corpo. Edward virou de lado, mas ainda assim não conseguiu apagar a impressão de Jasper aconchegado tão intimamente contra ele. Não estou entendendo.
Mais do que a sensação física remanescente, Edward não conseguia afastar o quanto ele tinha gostado do calor e segurança de Jasper pressionado contra ele. Droga. Ele esfregou as mãos no cabelo. Estou tendo um curto-circuito. Isso é tudo. Ele não tinha um encontro há muito tempo. E isso o estava enlouquecendo, ele precisava transar. O sexo corrigiria tudo. Eu deveria ter seguido em frente com aquele encontro ontem à noite, e nada disso teria acontecido.
Imediatamente Edward ergueu o olhar para o homem dormindo à sua frente, e seu corpo e mente rejeitou tal pensamento. Mesmo no sono, Jasper estampava o mais suave, e mais feliz pequeno sorriso. Ele tinha sua pulseira no pulso, e ainda tinha sua caixa de filmes situada perto. Incapaz de desviar o olhar, Edward bebeu na visão de Jasper tão pacífico, e sorriu também, atraído por sua alegria. Não importava que estranheza fosse essa que acabara de acontecer, Edward tinha tomado a decisão certa de voltar para casa esta noite.
Nada importava mais do que fazer Jasper feliz em seu aniversário.
Com a pulseira e filmes, Edward tinha certeza que alcançara esse objetivo.
Ainda hoje, ele e Jasper voltariam ao trabalho, apenas mais um dia normal, e em poucos dias Edward programaria outro encontro e cuidaria do desejo sexual persistente agindo tão ferozmente dentro dele.
Uma vez que o fizesse, tudo voltaria ao normal.
Iria.
Edward estava certo disso.
Espero de coração que gostem.
Comentem.
beijos e até
