Tradução de "Against All Odds" de jay1013 por Sara Miles

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Capitulo1 – Uma coisa vai dar a outra

Estava um dia frio e intenso. O vento lamuriava-se, a chuva caía torrencialmente, e as pessoas seguiam, atarefadas. Eram três da tarde e as crianças podiam ser vistas a correr para dentro dos seus autocarros da escola, tentando evitar a chuva. Carros eram ouvidos a derrapar pelas estradas, espalhando água em todas as direcções. Ela viu um homem grunhir para o seu telefone enquanto deixava cair alguns papéis que segurava. Ninguém parou para o ajudar.

Ela correu passando por um homem idoso, que precisava obviamente de ajuda na sua tentativa de atravessar a rua. Também ninguém o ajudou. Toda a gente estava muito ocupada errando por ali ou simplesmente divertindo-se. Ninguém se preocupava com o estranho ao seu lado. Ninguém sequer considerava ajudar aqueles tipos. A menos, claro, que houvesse uma recompensa em troca. Mas era por isso que ela gostava daquilo ali. Nunca ninguém lhe perguntava nada. Ninguém se preocupava com quem ela seria. Ali, ela não tinha de se preocupar com os Devoradores da Morte a atacarem ou à sua família. Ali, ela sentia-se segura. Era a cidade de Nova Iorque, e com aproximadamente doze milhões de pessoas sempre apressadas para qualquer coisa, como ela estava no momento, ela não estava em perigo maior do que se ter sentado ao lado de um vagabundo no comboio.

Ela tirou o seu pequeno espelho pela quinta vez em vinte minutos. A sua maquilhagem parecia boa e o cabelo não estava assim tão mal. Suspirou. Nunca conseguiu ficar linda. Mesmo com trinta quilos de maquilhagem em cima, ela estava apenas ok. Nada de especial. Estava habituada a isso. Era algo que aprendeu ao fim de anos em Hogwarts. E era algo que estava determinada a não esquecer.

Apesar do novo visual que Lavender e Hermione lhe deram, Ginny Weasley continuava da mesma maneira desde quando se graduou de Hogwarts, há cerca de sete anos atrás: pequena e adorável. Tentou tudo: o visual Gótico, o visual clássico, o da moda… Ela apenas não o tinha. Não tinha certeza do que era, mas parecia como se todas as raparigas no Mundo nascessem com isso, à excepção dela. Olhou para o vagabundo. Ele deu-lhe um olhar desdenhoso e virou-se para outra direcção. Ginny rolou os olhos e continuou a andar.

Finalmente, chegou ao seu destino: Os escritórios de advocacia W & K. Ginny não era advogada, mas ela precisava de um emprego. Foi despedida do seu último emprego numa fábrica de bolachas porque o seu chefe a acusou de roubar bolachas das caixas que era suposto estar a embalar. A culpa não era dela. Ela tinha fome, e se talvez fosse paga com mais de seis dólares à hora, ela teria dinheiro suficiente para comprar a sua própria comida e não ser forçada a roubar bolachas da fabrica para comer. Infelizmente, Ginny cometeu o erro de dizer isto ao patrão. Agora, estava em perigo de ser despejada e não ter meios de pagar a renda, o que aconteceria na semana a seguir. Afortunadamente, conseguiu este emprego como secretária e estaria habilitada a dar ao seu senhorio, Raul, duzentos dólares. Isso deveria mantê-lo contente por uma semana ou duas, pensava Ginny.

Ela entrou no edifício e a primeira coisa em que reparou foi na loira alta na mesa da recepção. Vestia o fato mais caro que Ginny alguma vez viu. Ela quase podia sentir o cheiro do couro. Era obvio que W & K (quem quer que eles fossem) pagavam bem aos seus empregados. O que era uma boa coisa para Ginny porque devia a Raul cerca de três mil dólares da renda desse mês, do último mês e do mês anterior. Mas isso não era surpresa. Ninguém naquele prédio pagava a renda a tempo. Na verdade, uma das vizinhas de Ginny, Julia, devia mais de seis mil de renda. A única razão pela qual Julia ainda não tinha sido despejada era porque tinha dormido com Raul, Ginny pensou amargamente. Mais do que uma vez, aquilo tinha-lhe passado pela cabeça. Mas apenas um olhar para o horrendo e grosso bigode de Raul era o suficiente para fazer mudar de ideias a mais espevitada das pessoas.

Sem mencionar que--

"Posso-te ajudar em alguma coisa?" a recepcionista perguntou. Ginny acordou. Instantaneamente esqueceu-se de Raul e do seu bigode revoltante. Ginny precisava de um emprego. Não podia estragar tudo outra vez.

"Eu não posso acreditar nisto!" Ginny exclamou mais tarde, nessa noite, enquanto emborcava outra bebida." Fui lá para a minha entrevista e tu não vais acreditar quem era o meu entrevistador. "

"Quem?" Perguntou Hermione enquanto tomava um gole da sua Cosmopolitan. Estavam no 'Five and Dime' em Nova Iorque. Não era exactamente o tipo de sítio ao qual Hermione costumasse ir. Mas Ginny tinha escolhido o local. Desde que Ginny foi morar para Nova Iorque, ela mudou. Já não era a rapariga feliz e extrovertida que foi em Hogwarts. Tornou-se mais séria e, até onde Hermione sabia, não tinha saído com ninguém com quem tivesse ficado mais próxima. Ela saía com homens que ela soubesse que eram errados para ela, para depois poder acabar com eles. Isto começava a preocupar Hermione. À parte da situação das saídas, Ginny quase negligenciou as suas origens. Ela parou de visitar os amigos e a família no Mundo Mágico. Se alguma bruxa ou feiticeiro quisesse ver Ginny, tinha primeiro de lhe ligar para saber se estava em casa e só depois aparatar no seu apartamento em East Village. Hermione não tinha visto Ginny fazer magia desde… bem, desde o sétimo ano. Era como se Ginny culpasse a magia em geral pelo que aconteceu entre ela e Harry.

"O pai do Raul! Quais são as chances de isso acontecer?" Ginny disse com um esgar. Hermione olhou para ela. Ginny era uma das suas amigas mais chegadas, mas era melhor que ela chegasse logo ao objectivo da sua pequena excursão. Hermione tinha uma festa para ir. " Mas eu não percebi isso antes do fim da entrevista. Então ele perguntou porque é que eu precisava de um emprego. E eu fui completamente honesta com ele. Disse-lhe que eu estava para ser despejada do meu apartamento, e a minha única alternativa seria dormir com um Raul e o seu bigode horrendo. E depois ele perguntou Raul quem? E eu disse Raul Lupin. E depois ele disse que o Raul era filho dele. E depois pedio-me para sair do escritório!" Ginny parou para outra bebida. Já tinha bebido duas Cosmopolitans e três shots. Podia sentir o zumbido na cabeça. Normalmente, Ginny odiava beber, mas aquela noite era uma excepção. "Mas antes disso, ele perguntou-me se eu tinha alguma experiencia de ntrabalho e eu disse que não. O que está errado comigo, Hermione? Porque não consigo aguentar um trabalho?" Nesse momento, Ginny soluçava. Hermione apercebeu-se das lágrimas a virem. Instantaneamente sentiu-se culpada.

"Desculpa Ginny. O que vais fazer?" Hermione perguntou.

"Eu não sei. Raul estava à minha espera, à porta do meu apartamento. Foi tão embaraçoso. E quando me perguntou se tinha o dinheiro… Tenho uma semana para pagar a renda ou sair. O que vou fazer? Mesmo que eu consiga um trabalho numa semana, o meu pagamento não vai estar pronto na próxima sexta. Eu vou tornar-me numa sem abrigo!" Ginny disse, pegando noutro shot. Hermione abanou a sua cabeça. O que podia ela fazer? Ela poderia oferecer o ser sofá, mas Hermione tinha três outros habitantes para se preocupar. Um deles era extremamente mau. Ela nunca deixaria Ginny no sofá. Sofás são para sentar, Hermione podia ouvi-la dizer. Foi quando ela teve uma ideia.

"Ginny, vou a uma festa."Hermione disse.

"Oh, bem, desculpa por te manter aqui por tanto tempo--" Ginny começou.

"Ginny, ouve-me por um minuto. Vou a uma festa ao apartamento de Fred e George. Tu devias vir. Dar-te-ia a chance de alcançar toda a gente. E quem sabe? Talvez esbarres em alguém que te ofereça um emprego, um lugar para viver ou mesmo um empréstimo," Hermione disse. Sabia que era um tiro no escuro. Desde que Voldemort reapareceu no Mundo Bruxo, Ginny tem estado hesitante em retornar. Ainda assim, valia a pena tentar.

"Eu não sei, Hermione." Ginny disse enquanto dava um gole na bebida de Hermione. Hermione nem se incomodou em dizer-lhe que aquela era dela.

"Ginny, anda lá. Tu precisas de um sítio para ficares, certo? E obviamente não podes ficar comigo, os teus irmãos são imundos, e não és tão chegada assim a alguém daqui. Eu quero dizer, queres mesmo ficar com os teus pais?" Hermione cruzou os dedos e esperou ter premido o botão certo.

"Bom, não." Ginny respondeu lentamente. Parecia estar a contemplar a proposta de Hermione. Mas tinha problemas em concentrar-se. Todo aquele álcool fez com que a sua cabeça ficasse confusa. Tinha a sensação de que se se levantasse, a sala provavelmente iria rodar e ela teria de vomitar. Ginny tentou concentrar-se, mas não conseguia pensar em nada. De facto, a sugestão de Hermione parecia-lhe quase razoável. Claro! Pensou Ginny. Uma festa com alcool de graça! E ela precisava de todo o alcool que conseguisse arranjar para sobreviver ao dia. E álcool de graça ir-lhe-ia salvar o dinheiro. Dinheiro que poderia usar para a sua renda. "Ok, vou à festa contigo." Ginny tentou levanter-se. Logo de seguida a sala começou a girar. Felizmente, não vomitou.

"Ok, mostra-me o caminho." Ginny soluçou. Ela estava a bêbada, mas Hermione nem reparou ou escolheu não reparar nisso. Hermione foi para a casa de banho feminina. Certificou-se de que ninguém se encontrava lá. Depois segurou Ginny e aparatou com Ginny na porta da frente de Fred e George. Antes de entrarem, Hermione virou-se e deu um ultimo olhar a Ginny.

"Definitivamente, tu não estás vestido para uma festa." Hermione suspirou. Ela apontou para as roupas de Ginny. "Pareces que apenas vais trabalhar. Excepto cheirares a álcool. Posso alterar os teus trajes um pouco?" Hermione aventurou-se cuidadosamente. Ginny tinha muita consciência da sua aparência. Normalmente levava meses de suplicas de Hermione e Lavender para a convencer a mudar até o tipo de batom que ela usava.

"Como tu quiseres." Ginny disse com um encolher de ombros. Estava muito bêbada para sequer compreender o que Hermione tinha dito. Meus Deus. Preciso de uma cerveja. Ginny pensou. Entretanto, Hermione tinha puxado pela varinha. Ginny raramente deixa Hermione escolher a sua roupa. E ela iria aproveitar-se ao máximo da rara oportunidade. Mudou o fato de Ginny por um top que tinha estado à venda recentemente e calças pretas. Refez os sapatos com cetim preto, com saltos mais vistosos. Adicionou sombra de olhos e blush. Desnecessário será dizer que, quando Hermione acabou, Ginny estava irreconhecível. Parecia mais velha e muito mais sofisticada.

"Agora estás pronto." Hermione deu um largo sorriso enquanto abria a porta do apartamento sem sequer bater. Eram duas da manhã e a festa ainda estava em alta. Ginny nem parou para falar com quem quer que fosse. Dirigiu-se directamente para o mini-bar. Hermione ia segui-la para se certificar que não ficava demasiado bêbada, mas o Ron chamou-a. Hermione encolheu os ombros. Ginny é uma adulta agora, ela pensou. Pode tomar conta de si própria. Entretanto, Ginny tensionava fazer um Pearl Necklace, mas tinha-se esquecido o que pôr. Era vodka com gin ou vodka com whisky? Olhou para a etiqueta da garafa e encolheu os ombros. O que importava? "Uma bebida qualquer, certo?"

"Eu pediria uma coisa mais específica." Uma voz masculina disse. Ginny virou-se para encontrar um lindo estranho parado na sua frente. No mínimo, ela pensou que ele era lindo. Ela não podia dizer com toda a certeza, com toda a sala a girar e com a cabeça a zumbir. Na verdade, não podia ver nenhum do seu futuro excepto de que ele seria uns trinta centímetros mais alto que ela. Mas Ginny precisava de ajuda. Ela não conseguia ler a etiqueta da garrafa. E bêbada como estava, sabia que não podia fazer uma boa e segura garrafa sem ler a etiqueta.

"Oh, chi. Eu não me apercebi que falei tão alto." Disse enquanto continuava a procurar por vodka. Por que raio os seus irmãos esconderiam a vodka? O que é uma bebida sem vodka?

"Não precisas de alguma ajuda?" o homem perguntou. Ginny continuava a percorrer todas as garrafas de álcool.

"Possivelmente."Ela disse, enquanto atirava uma garrafa de whisky por cima do ombro. O homem mexeu-se para a apanhar.

"O que estás a tentar fazer? E tem cuidado com essas garrafas. Isso pode irritar o Fred e o George se partires alguma coisa." Ginny bufou.

"Quem se importa? Se eles não quisessem uma confusão, não deviam ter organizado uma festa." Disse enquanto atirava outra garrafa de whisky para trás, por cima da cabeça.

"Presumo que não gostes de whisky." O homem riu.

"Não tanto como os gémeos obviamente gostam."

"Então estás à procura do quê?"

"Vodka, eu quero fazer um Pearl Necklace. Ou então, um Long Island Ice Tea. Ou os dois juntos." Ginny encolheu os ombros. O estranho entrou no minibar e tirou uma garrafa de vodka. "Como é que fizeste isso?"

"É fácil. Tu estás bêbeda e eu não." Ele sorriu. Ginny sorriu de volta. Podia jurar que ele tinha covinhas. A menos que fosse efeito da sala giratória. "Agora o que vai ser? Pearl Necklace ou Long Island Ice Tea?"

"Qual deles achas que é melhor?" Ele pareceu pensar por um segundo.

"Nenhuma delas. Tu pareces bêbada o suficiente como estás." Disse enquanto ela puxava para si a garrafa de vodka."Mas não faz sentido deixar uma garrafa de vodka ir para o lixo." Ginny observou-o com espanto, enquanto este bebia um copo cheio de vodka.

"Como consegues fazer isso? Não arde?" O estranho riu-se.

"Arde da primeira vez. Mas habituas-te a isso. Por isso," ele disse, levando Ginny para uma mesa, "de onde é que tens o sotaque?" Ginny teve de pensar por um segundo.

"Oh, queres dizer, a minha pronúncia Americana! Nova Iorque. Excepto lá, és o único com pronúncia." Ginny inclinou-se para o seu copo de vodka, deu um pequeno gole e amarou a cara. "E eu que pensava que Nova Iorque era selvagem. Mesmo em N.I. não teria despejado esta coisa sem outra coisa para diluir."

"Bom, eu não sou nova-iorquino, pois não??" Ele tomou outro copo, causando a Ginny uma saudável gargalhada.

"Estás apenas a exibir-te." Ela espicaçou.

"Pensas tu." Ele sorriu-lhe enquanto bebia outro copo cheio. No terceiro, o álcool começava a fazer efeito. Ele estava agora tão bêbado como Ginny.

"Hey, queres ir espevitar o ponche?"Ginny perguntou. Normalmente, ela nunca pensaria em fazer algo tão atrevido, mas naquela noite ela era um pessoa diferente. Não se importava com o que as pessoas pensariam dela. Ela estava lisa e arruinada, não tinha para onde ir morar, não tinha emprego, e tinha cerca de três amigos. Conhecer aquele estranho devia ser o melhor que lhe acontecia em quatro ou cinco anos. Como os romanos costumam dizer, carpe diem. Ou seria veni, vidi, vici? Não importava. No fim de contas, ela iria tirar partido das vantagens do dia.

"Claro, porque não?" Ele pegou na garrafa de vodka com o que restava dentro e deitou o seu conteúdo na taça de ponche.

"Nós devíamos prová-lo para ter a certeza de que é seguro." Ginny sugeriu.

"Boa ideia." E tomaram o resto do ponche também. Já mal conseguiam andar. Continuaram a oscilar de um lado para outro e a inclinarem-se um para o outro como apoio. Mantiveram-se a gargalhar à mais simples coisa, o que fez com que as pessoas ficassem a olhá-los. Mesmo Hermione, que andava ocupada a flertar com Justin Filch Fletchey, notou. Estava prestes a puxar Ginny à parte e falar com ela sobre o seu novo amigo, mas nesse exacto momento Ginny decidiu que já era hora de se ir embora.

"Bem, isto foi divertido." O estranho disse.

"Sim, foi. Talvez nos possamos voltar a ver um dia?" Mesmo no seu estado embriagado, Ginny surpreendeu-se ter dito aquilo. Era normalmente muito tímida em volta de membros do sexo oposto.

"Tu estás bêbeda. Eu devia, provavelmente, acompanhar-te a casa." Ele meditou sem dar uma resposta definitiva.

"Ok." Ginny estava feliz por passar mais algum tempo com ele.

Hermione, ao ver que eles saiam juntos, chamou por Ginny."Espera! Ginny, tens a certeza que queres ir embora com ele? Quero dizer--" Ela começou.

"Oh, não te preocupes comigo, Hermione. Diz apenas aos meus irmãos que eu falarei com eles noutra altura. Nós temos de falar. Não os vejo há anos! Oh, como me diverti hoje! Obrigada por me trazeres." Ginny arrastava as palavras. Ela parou de tropeçar com a ajuda do homem ao seu lado, que precisava da parede para suportar o peso do seu corpo.

"Mas Ginny, tu sabes sequer quem ele--" Hermione começou depois dela. Mas era muito tarde. Ginny não estava em lado algum à vista.

"Nós vamos--" Ginny iniciou. Depois, subitamente, aparataram. Ela riu.

"O que foi?" Ele perguntou.

"Eu estava mesmo para te perguntar se nós íamos aparatar." Explicou.

"Devo ter lido a tua mente." Disse com um sorriso.

"Então lê-a outra vez."

"Desculpa?" Ele disse enquanto se dirigia para a sua sala de estar.

"Lê-a outra vez." Repetiu. "O que quero eu neste momento?" Ele pareceu pensar nisso durante um segundo. Depois ele inclinou-se para a beijar. Os olhos de Ginny abriram-se. Ela não estava à espera que ele a beijasse. Tinha-se concentrado em algo como café para clarear as ideias (o que, na verdade, era o que tinha pensado inicialmente), mas aquilo era muito, muito melhor. Não eram aqueles beijos tímidos que Michael Corner, seu primeiro namorado, lhe dava. Nem eram aqueles beijos molhados e descuidados do seu segundo namorado, Dean Thomas. Mesmo os beijos de Harry pareciam uma brincadeira de crianças comparados com aquele. Eram cheios de paixão e, apesar de estar embriagada, conseguia sentir as borboletas a voarem no seu estômago. A pulsação acelerou, o seu corpo aqueceu, e nunca teve tanta dificuldade em respirar. Depois, subitamente, ele parou. Olhou no fundo dos olhos de Ginny e esperou que ela desse o próximo passo.

Ginny sorriu e trouxe-o de volta pelo colarinho. Ele sabia a vodka e chocolate. Soava como uma estranha combinação, mas era, na verdade, muito bom. O seu cheiro era intoxicante. Era uma mistura de uma colónia irreconhecível com fumo de cigarro. Outra boa, mas ainda estranha, combinação. Cedo, Ginny não se podia aguentar mais. O beijo não era suficiente. Ela precisava de o tocar. Precisava de sentir a sua pele. Devagar, ela removeu o seu casaco. Ele não resistiu. De seguida, começou a desabotoar a sua camisa. Ginny deu um suspiro de prazer quando enquanto sentia o seu peito bem tonificado. Ele começou a despi-la. Primeiro, tirou-lhe o top. Depois, gentilmente levou-a para a cama. Aí, começou a tirar-lhe os jeans.

"Não conseguiste vestir umas calças mais apertadas?"Ele perguntou enquanto, finalmente, conseguia tirar-lhas. Ginny suspirou.

"Talvez." Ela disse envergonhada. Desejosa de contacto, ela tirou-lhe a camisa. Ele sentiu os braços dela roçarem de cima para baixo, as suas costas. Deus, que músculos, ela pensou.

"Não precisas de estar intimidada. Ambos sabemos o que vai acontecer." Ele disse, ao lhe tirar o sutiã. Ginny, de repente, teve consciência de si. E se ele pensasse que o seu peito fosse demasiado pequeno? Ele deve tê-la apercebido desconfortável porque começou a sussurrar-lhe ao ouvido o quão linda ela era. Aliviou-a da roupa interior, enquanto a beijava no pescoço. Ginny gemeu. Prendeu os braços em volta do seu pescoço e pressionou a sua cara contra o pescoço dele. Inalou o seu cheiro. Era o maior prazer que ela alguma vez tinha sentido em toda a sua vida. Ele depositou beijos por todo o seu peito. Isto fê-la ficar frenética. Ela queria mais. Queria-o todo.

"Despacha-te." Disse. Ele parou de beijá-la e preocupou-se em olhá-la nos olhos. Parecia estar a perguntar-lhe se podia continuar. Para lhe responder, ela tirou-lhe os boxers verdes e fez com que a sua face encontrasse a dela. A sua excitação trespassava-a toda, enquanto ele gemia e estremecia. O seu rosto estava próximo e cheio de sombras, coberto pela noite e indistinto pelo álcool. Ele penetrou-a gentilmente fazendo-a sentir deleite. Deixou sair um grito de choque e prazer. Nunca tinha experimentado nada que tivesse chegado sequer perto do que estava a acontecer naquela noite. Sentiu-se revigorada e revitalizada quando o ouviu gemer. Lentamente, começaram a aumentar o ritmo antes de, finalmente, estarem ambos demasiado cansados para continuar. A última coisa de que ela se lembra antes de fechar os olhos foi de ver a face de pele pálida dele, intimidantemente a pairar acima da face dela…

Na manhã seguinte, ela acordou com um par de braços fortes em volta dela. Não se conseguia lembrar de tudo o que aconteceu na noite passada. Mas de uma coisa tinha certeza, tinha-se definitivamente embriagado. Lentamente levantou a cabeça e gemeu de dor, quando a luz do sol entrou pelo quarto, queimando-lhe os olhos. Pressentiu uma grande dor de cabeça a chegar. Os seus sentidos voltavam vagarosamente. Rapidamente, ela ergueu-se na cama.

"O que--o que--onde é que eu estou?" ela exigiu.

"Podes, por favor, ficar calada? Eu estou a tentar dormir, aqui. E estou com uma enorme enchaqueca--espera um momento, quem és tu?" disse um loiro pálido, de olhos cinzentos, levantando a cabeça. A visão de Ginny clareou e finalmente percebeu quem era o tipo. Começou a gritar.

N/T: Linda de morrer esta fic D

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