Queda e Luar

E havia quem a chamasse de louca. Os cabelos louros lhe caíam em cascata pelas costas, quase branco.

E ela caiu. Caiu e ainda continua caindo, e sua risada histérica se mistura ao vento em doce êxtase de uma queda que nunca acaba, e, portanto, nunca amarga.

A garota gostava de cair. A lua brilhava no alto e a escuridão jazia abaixo. Mas não é fato que estava caindo na toca do coelho? Como haveria de ter uma lua? Mas havia. Havia uma lua mas nunca um sol, e assim as coisas eram. Pois o luar não podia e nem queria abandonar Di-Luna Lovegood.

E havia vezes em que o vento trazia seu cheiro. A fragrância que inspirara apenas uma vez em sua vida e que era suficiente para saber que o amava. Junto com o cheiro ela sentia seus beijos salgados, marcando suas maçãs, descendo ao seu pescoço e se intensificando em seus lábios.

Mas mesmo com as memórias dos beijos efêmeros de Draco Malfoy, a queda não podia parar.

O caminho daria no País das Maravilhas, ora essa!