N/A: então... VOLTEI! hahahaha é, eu sei, basicamente sumi por muito tempo. Enfim, mas falando isso eu estou basicamente presumindo que vocês já tenham lido alguma coisa minha, o que é bem improvável. Enfim, eu já postei uma ou duas one-shots de James/Lily aqui, e só isso deles. Eu escrevo sobre outros personagens, também, mas...ENFIM, eu estou só enrolando aqui... Bem, essa fic é uma ideia que eu tive há muito tempo, e até comecei a escrever, mas fiquei enrolando um tempão, e só tive tempo de realmente dar atenção a ela agora nas férias.
De uma forma geral, é a história de James e Lily no mundo atual, com internet, filmes, iPhones... e um toquezinho bem original ;)
- Os nomes dos capítulos vão ser sempre nomes de músicas que tenham um pouco a ver com essa parte da história (normalmente, só o nome vai ter a ver, mas, às vezes, pode ser que a letra tenha também hehe), que vocês podem ouvir depois para ver o que acham. #ficaadica :)
Enfim, aqui vai o primeiro capítulo, espero muito que vocês gostem!
Entre Palavras
Capítulo 1 – Cool Kids (Echosmith)
Lily
Levantar da cama definitivamente não parecia uma boa opção naquela manhã. Quer dizer, pode até ser deprimente ter que levantar cedo no verão, quando você sabe que o sol vai estar brilhando lá fora enquanto você vai estar na escola. Mas é ainda mais deprimente ter que acordar cedo no inverno, quando ainda está escuro, sendo que você não pode ficar embaixo dos cobertores até estar um pouco mais de cinco graus, para então levantar e fazer um chocolate quente.
Demorou um pouco até eu perceber que aquela vibração irritante com a música de fundo era, na verdade, o meu celular fazendo seu trabalho de despertador.
Tomei o cuidado de jogar os cobertores na outra ponta da cama antes de fazer o aparelho parar de tocar, ou eu correria sérios riscos de deitar e dormir de novo na minha linda cama quentinha. Depois que consegui tomar coragem suficiente para levantar, não me dei ao trabalho de abrir as cortinas, pois sabia que ainda estaria escuro lá fora.
Estava tentando escolher uma roupa decente com calma quando me lembrei de que as aulas da faculdade de Petúnia ainda não haviam começado, o que significava que ela estava em casa e continuava com a sua mania estranha de acordar às sete da manhã. Em outras palavras, eu lembrei que o banheiro poderia estar ocupado caso eu demorasse. E, considerando o tempo que a minha irmã mais velha demora no banho (até mesmo nas férias), isso não seria legal.
Por isso eu acabei pegando qualquer blusa quente que combinasse com a calça preta que eu tinha usado no dia anterior e fui correndo para o banheiro. O casaco poderia ser um problema para depois.
Considerando a hora em que o meu despertador tocou e lembrando que eu demoro muito pouco tempo no banho, não podiam ser mais de sete e quinze quando Petúnia bateu na porta do banheiro enquanto eu terminava de pentear meu cabelo.
- Lily, você ainda está aí dentro?! – ela gritou, desnecessariamente alto.
Abri a porta depois de pegar meu pijama e o pente para sair do banheiro.
- Eu ainda quero ver o dia em que você vai começar a aproveitar suas férias, Petúnia. – falei, sem alterar a voz, e continuei andando até o meu quarto, sem esperar sua resposta.
Escolhi um casaco branco e simples, mas bem quentinho, já que não estava com paciência para tentar achar um que combinasse com a blusa e a calça de uma forma específica. Sabe como é, branco é branco. Calcei os tênis da mesma cor e já ia descer para comer alguma coisa quando ouvi meu celular vibrar no criado mudo.
Voltei para ver o que era, aproveitando para tirar o carregador da tomada.
A mensagem de cima era apenas uma interrogação, enviada por "Marlene McKinnon". Eu não sei porque no visor as mensagens não aparecem com o nome do contato. Não precisei deslizar muito para baixo para ver que muitas das outras mensagens também eram de Lene, e desbloqueei sem me preocupar, sabendo que ela tinha essa mania de dividir uma só frase em várias mensagens "para dar entonação", nas palavras da própria. Eu sempre achei que isso é apenas mania.
Meu ponto de vista foi confirmado quando as últimas mensagens apareceram na tela:
(7:13) Lily
(7:13) Hj 7:50
(7:13) Na porta da escola
(7:16) Ok
(7:16) ?
Ri sozinha dos exageros de Marlene e peguei minha bolsa. Antes de descer as escadas digitei um "ok" e apertei enviar, para depois bloquear e guardar o celular na sacola.
Meu pai já estava me esperando lá embaixo com nosso café da manhã típico das segundas-feiras: chocolate quente e pão com manteiga. Tudo bem, era o nosso café da manhã de todos o dias. Menos dos fins de semana, quando minha mãe fazia... Bom, alguma coisa bem mais complexa e gostosa.
- Bom dia, pai. – falei.
- Bom dia, Lils. – ele respondeu, com um sorriso – Quinze minutos para sairmos, certo? Tenho que chegar cedo.
Sentei para comer e nós dois começamos a falar sobre coisas aleatórias: política, escola, formatura, a faculdade de Petúnia, o trabalho dele, a loja da mamãe... Eu gostava de conversar com meu pai. Era raro nós dois brigarmos por alguma coisa, e ele me entendia bem.
Minha mãe chegou na cozinha alguns minutos depois, de pijama e com a maior cara de sono do mundo. Foi até o fogão e começou a fazer ovos fritos, mas quando ela sentou na mesa, eu e meu pai já estávamos levantando. Pelo menos Petúnia foi um pouco mais rápida e já estava descendo as escadas quando eu subi para escovar os dentes correndo.
Quando eu cheguei na sala de novo, meu pai já estava no carro, e eu saí de casa vestindo o casaco.
Certo.
Acho que eu acabei deixando algumas coisas pendentes por aqui.
E, considerando que a coisa mais empolgante que tem no caminho da minha casa até a escola é uma árvore grande que fica na casa do vizinho, essa talvez seja a melhor hora para explicar.
Meu nome é Lily Evans. Eu tenho 17 anos e em junho vou terminar o último ano do ensino médio. Em outras palavras, mais quatro meses e então, adeus escola. Marlene, a garota com problemas para enviar mensagens, é a minha melhor amiga desde mais ou menos nossos 11 anos. Meu pai é advogado; ele trabalha na mesma empresa há muito tempo e recentemente conseguiu um ótimo cargo. Minha mãe tem uma padaria que fica bem no centro de Londres. Nós moramos na cidade, e a loja fica bem perto de casa. E minha irmã, Petúnia... Bom, nós nunca nos demos muito bem. Quer dizer, a gente se adorava, quando criança, mas depois que ela fez uns 10 anos, começamos a nos afastar. Digamos apenas que nós temos... opiniões diferentes sobre quase todos os assuntos.
Me distraí olhando as mensagens no celular e nem percebi quando meu pai parou o carro na frente da escola.
- Lily? – ele chamou, quando viu que eu não havia feito movimento algum para abrir a porta do carro – Chegamos, filha. Vá logo ou vão começar a buzinar aí atrás.
- Ahn? – perguntei, levantando os olhos da tela e finalmente percebi que tínhamos chegado – Ah, claro. Desculpe, pai. Até mais tarde. – falei, antes de sair do carro e colocar o celular na bolsa.
Ainda pude ouvi-lo dizendo "tchau" ao bater a porta do carro.
Parei na frente da escadaria do colégio para tentar achar Marlene. Não precisei olhar muito ao redor para achar o casaco vermelho sangue. Bem, aparentemente ser extravagante assim pode ter seus lados positivos. Eu teria demorado séculos para achá-la recostada na placa que dizia "Hogwarts High School" com o brasão do colégio do lado se não fosse pelo casaco nada discreto.
- Você está atrasada. – ela disse quando eu parei na sua frente.
Verifiquei a hora no relógio para ter certeza antes de responder.
- São 7:46. – falei, erguendo uma sobrancelha e tentando encará-la com o olhar mais desafiador possível.
Depois disso ela começou a rir, mas eu não alterei minha expressão, o que fez com que a risada durasse pouco.
- Ah, calma, eu só tô brincando. – ela tentou, mas eu não me mexi – Ai não, vai. Você sabe que me tortura com a coisa toda da sobrancelha.
Relaxei o rosto e ri um pouco. Marlene detestava quando eu fazia essa cara com a sobrancelha erguida, porque ela era incapaz de fazer isso. E, cá entre nós, há coisas que só se pode conseguir com uma sobrancelha erguida.
- Acordou de mau-humor, foi Lilyzinha? – ela perguntou, provocando, com vozinha de bebê e apertando minha bochecha.
Consegui fazê-la parar rapidamente, dando um tapa em seu braço, não muito forte.
Ela revirou os olhos.
- Na verdade não, Lene.
- Ai, é, esqueci. Você é sempre assim mesmo. – ela provocou.
Dessa vez eu que revirei os olhos.
- Afinal, por que mais cedo hoje, Lene? – perguntei, e começamos a andar em direção às escadas.
Ela deu de ombros.
- É segunda. – respondeu, simplesmente.
- E...?
- A gente podia começar a chegar mais cedo a partir dessa semana, não?
- Lene, o que tá acontecendo? Você não pediria para chegar mais cedo por nada. Você detesta acordar cedo.
Ela suspirou quando percebeu que não iria conseguir esconder.
- Minha mãe estava falando com a mãe do Black...
- Black? – interrompi – Sirius Black?
- Sim, você sabe que elas se conhecem desde o ensino médio e tudo o mais...
- Ah, sim. Certo. – eu disse, no momento em que cruzamos a porta do colégio.
- Enfim, e ela sugeriu que eu viesse pra escola com eles a partir de agora. E, bem, você sabe que eu não conseguiria aguentar, então eu basicamente implorei pra minha mãe que não fizesse isso. Mas ela disse que estava chegando muito atrasada no trabalho, então eu tive que prometer que ia acordar mais cedo para ela me deixar aqui, tipo, 7:40.
- Ah.
- Então, você faria isso por mim, Lil? Chegar cinco ou dez minutos mais cedo? Eu não quero ficar sozinha no colégio.
Não pude deixar de rir, porque ela parecia realmente preocupada com a possibilidade de eu dizer não. Isso sem contar que Marlene era conhecida por basicamente 90% da população da escola, mesmo não sendo uma patricinha metida, então eu não via como ela ficaria sozinha.
- Claro, Lene.
Ela me fez parar de andar basicamente pulando em cima de mim com seu abraço exageradamente empolgado.
- Ahhh, obrigada, obrigada, obrigaaadaa! – ela disse antes de me soltar.
Não consegui evitar rir ainda mais enquanto chegávamos ao meu armário.
Foi fácil achar a chave dentro da minha bolsa porque eu tinha colocado um chaveiro gigante nela.
- Lily, por que exatamente você anda por aí com um Ursinho Pooh de pelúcia na bolsa? – ela brincou quando eu abri o armário.
Ela sabia que o Pooh era meio que meu ponto fraco. Ah, qual é, ele é simplesmente MUITO FOFO.
- Ei, é só o meu chaveiro, tá? E nem é tão grande assim, cabe na minha mão! – falei, para me defender – Bem... Quase.
Ela riu da minha cara, só para não perder o costume, eu diria.
Peguei todos os livros de que precisava e coloquei uma parte dentro da bolsa, junto ao meu caderno (que também era do Pooh, por acaso), deixando alguns para levar na mão. Tranquei o armário, e nós estávamos virando para ir ao de Marlene quando fomos interrompidas por...
- Bom dia, Lily, querida. – disse James Potter enquanto se apoiava com um dos braços no armário atrás de mim e bagunçava o cabelo com a outra mão.
Claro que as palavras foram pronunciadas com um sorriso.
Eu nunca tinha visto esse garoto com uma expressão decente no rosto.
Por alguns segundos fiquei em dúvida se simplesmente o ignorava e dava "bom dia" para os seus três amiguinhos, Remus Lupin, Peter Pettigrew e Sirius Black, que estavam mais afastados. Os dois primeiros estavam entretidos em alguma conversa aparentemente empolgante, enquanto Black parecia não ouvir uma única palavra do que eles diziam por estar ocupado demais basicamente disputando com Marlene quem lançava o olhar mais feio.
Mas acabei decidindo ir pelo bom e velho caminho das respostas sarcásticas:
- O dia estava bom até você chegar, Potter. – fiz questão de frisar o sobrenome.
- Ah, que é isso, Evans, só achei que talvez você precisasse de ajuda para carregar esses livros por aí.
Bem, pelo menos dessa vez ele teve a decência de usar meu sobrenome. Sabe, o problema de ter um nome como Lily é que ele já é basicamente um apelido, então para alguém ser distante ou profissional com você, é altamente necessário que essa pessoa use seu sobrenome. Eu não gosto tanto assim disso.
Segurei os livros com mais força em um braço.
- Se é assim, Potter, então talvez você fique feliz em saber que eu sou forte o suficiente para carregar meus próprios livros.
Dizendo isso, me desvencilhei dele e puxei Marlene pela mão para sairmos dali.
Suspirei assim que não podíamos mais ser ouvidas.
- Sabe, eu ainda não entendo porque o Lupin anda com eles. – comentei.
- Eu também não, Lils.
- Ele é tão diferente... Nunca o vi dispensando uma garota sequer depois de alguma festa, e já encontrei com ele várias vezes na biblioteca. NA BIBILIOTECA.
- Vai que ele vê algum lado bom no Potter ou, que Deus me perdoe por dizer isso, no Black. – ela sugeriu, com uma careta exagerada ao pronunciar as últimas palavras.
Esse era um dos muitos motivos pelos quais eu gostava tanto de Marlene: intencionalmente ou não, ela sempre me fazia rir.
Paramos na frente do armário dela e eu desviei o assunto para tópicos mais agradáveis, sobre os quais fomos conversando animadamente enquanto andávamos juntas para a sala de História.
Bem, acho que agora são necessárias algumas explicações sobre eu, James Potter e o nosso passado. Acho também que essas explicações podem ser divididas em três tópicos, não exatamente na mesma ordem:
1) James Potter
2) Eu (ou o que eu penso sobre James Potter)
3) Nosso passado (que, infelizmente, muito infelizmente mesmo, não pode ser dividido em "meu passado" e "o passado de James Potter")
De certa forma, acredito que essa divisão facilita bastante o meu trabalho de explicar a situação.
Então, vamos ao que interessa:
Tópico 1: James Potter. Ok, esse é fácil. O idiota é, primeiramente, capitão do time de futebol. Por aí já dá para imaginar o resto. 1,90 m de altura, olhos castanhos, cabelo escuro mais espetado que uma vassoura velha. Cabelo esse que, por algum motivo estranho que eu não entendo, ele faz questão de bagunçar ainda mais a cada cinco segundos. A única coisa que danifica a imagem perfeita de "garoto mais popular e desejado da escola" são os óculos. A armação quase quadrada de acrílico preto poderia (e vejam bem, eu disse poderia) fazê-lo parecer menos atraente. Mas, aparentemente, por algum motivo que, mais uma vez, eu desconheço, a população feminina desse colégio acha que esse é um detalhe importante para a suposta beleza do seu ídolo (já que eu suspeito que exista um fã-clube). Sendo assim, eu apostaria que pelo menos metade dos cadernos pertencentes às garotas deste colégio tem "Sra. (alguma coisa) Potter" escrito em alguma página. Os cadernos restantes provavelmente estão preenchidos com " Sra. (alguma outra coisa) Black". Então, conclusão do dia: James Potter não é o garoto mais popular e desejado da escola porque ele divide o posto com... seu melhor amigo, Sirius Black.
Estando isso esclarecido... Tópico 2: Eu (ou o que eu penso sobre James Potter e, já que entramos no assunto, sobre Sirius Black). Apenas uma coisa que poderia ajudar a melhorar a imagem dos dois antes de eu começar: de alguma forma misteriosa e suspeita, eles conseguem tirar notas melhores do que a maioria dos alunos de Hogwarts. Eu poderia enumerar muitos adjetivos para descrever James Potter pelo meu ponto de vista: ridículo, convencido, insuportável, retardado, prepotente, etc. Mas a lista demoraria demais, e há mais a ser dito. O fato é que os dois são completos idiotas sem noção que não aguentam estar fora dos holofotes por míseros dois segundos, e que andam pela escola com a noção de que a luz realmente está neles, seguidos de perto pelo seu amiguinho bajulador (Pettigrew) e por... Bem, por Remus Lupin. Um dia eu ainda entendo esse cara. E, nesse mesmo dia eu finalmente descubro quem é pior: Black ou Potter. À favor do Potter: ele pelo menos se dá ao trabalho de saber os nomes das meninas que convida para sair. À favor do Black: bom, pelo menos ele consegue me deixar em paz.
E por último, mas não menos importante e com certeza muito mais complicado... Tópico 3: Nosso passado (que, infelizmente, muito infelizmente mesmo, não pode ser dividido em "meu passado" e "o passado de James Potter"). Esse não é exatamente um assunto do qual eu me orgulhe ou goste de falar. Por isso não vou entrar em detalhes. O importante é que há mais ou menos dois anos, eu era uma garotinha besta de 15 anos que achou que "James Potter poderia não ser tão mau assim" e acabou descobrindo que, na verdade, James Potter era pior do que "tão mau assim". Então a verdade nua e crua é que, sim, houve um tempo em que Lily Evans não odiava James Potter. De fato, ela não tinha nada contra James Potter. E isso não é algo que a Lily Evans do presente admita facilmente, já que, atualmente, ela decididamente tem muita coisa contra James Potter. Exatamente por esse motivo eu decidi que até mesmo o assunto monótono da aula de História estava parecendo mais interessante no momento.
A aula de História era basicamente a única na qual eu sentava no fundo. Era comum eu trocar bilhetinhos aleatórios com Marlene, mas hoje ela estava ocupada demais roncando na sua carteira ao meu lado.
Ela era a única pessoa que eu efetivamente podia perturbar nessa aula, então eu não tinha mais nada para fazer.
O professor estava falando sobre a Guerra dos Cem Anos pela milionésima vez essa semana, e eu simplesmente não conseguia prestar atenção.
Por alguma razão que apenas o meu subconsciente insensível pode responder qual, minha mente começou a recapitular lembranças de mais ou menos dois anos atrás...
Flashback
Eu estava tranquilamente andando pelos corredores a caminho do armário de Marlene quando ele me parou. Não pude deixar de notar que, pelo menos dessa vez, ele estava sozinho, e eu não via nenhum de seus amiguinhos (que se autodenominavam "Os Marotos") andando por perto.
- Oi, Lily. – ele disse, abrindo um sorriso que, devo admitir, era de tirar o fôlego.
Depois de mais ou menos dois anos convivendo com as pessoas desse colégio, eu já tinha aprendido que a vida era muito mais fácil se você fosse gentil e simpático com quase todo mundo. E levando em conta que eu tinha um instinto basicamente incontrolável de ajudar qualquer um que precisasse, essa não era uma tarefa muito difícil.
Então, seguindo meus métodos usuais de iniciar uma conversa agradável com outra pessoa, eu devolvi o sorriso.
- Oi, James. Tudo bem?
- Tudo ótimo. E você?
- Bem. – respondi, educada, mas começando a suspeitar de que ele queria alguma coisa comigo. Quer dizer, James Potter andando sozinho por aí pra puxar conversa com a minha pessoa? Eu podia conhecer bastante gente, mas não achei que estivesse à altura de ser vista por aí conversando com James Potter, se é que você me entende.
O sorriso dele se abriu um pouco mais.
- Então, Ev-, anh, Lily. Eu estive pensando... Será que você não quer me encontrar no cinema uma hora dessas?
Meu sorriso vacilou.
Espera um pouco. James Potter estava realmente, oficialmente, me convidando para sair?
Oh, Deus, me diga que o mundo ainda faz sentido, porque estou começando a duvidar.
Será que ele achou que eu estava gostando dele? Só porque eu sorria quando passava por ele no colégio? Porque isso eu faço com todo mundo.
Eu demorei um pouco para perceber que estava parada com cara de peixe morto olhando para ele, que me encarava, começando a parecer relutante.
Resolvi que seria bom tentar falar alguma coisa:
- Ahn... Eu...
Na verdade eu não sabia o que dizer.
Então me bati mentalmente por essa confusão toda e me forcei a pensar direito.
Ele até que era bonito, e aparentemente legal.
Mal não podia fazer, afinal, era só um encontro.
Certo, era só um encontro.
Retomei a compostura e pensei rápido para responder.
- Eu não sou muito de cinema. – sorri, e ele se assustou, antecipando que eu iria dispensá-lo. Forcei uma expressão séria e o analisei de cima a baixo duas vezes, estreitando os olhos.
Percebi que não conseguiria manter a expressão por muito tempo e falei de uma vez:
- Sábado, cinco e meia, London Eye. Não se atrase. – completei, enquanto me desviava para continuar meu caminho tranquilo para o armário da minha melhor amiga.
A essa altura, eu não conseguia mais conter um leve sorriso.
N/A: bem, é isso, galerinha. E aí, o que acharam? Bom, obviamente, esse capítulo é como o episódio "Pilot"de uma série, só para vocês conhecerem um pouco dos personagens, a situação deles, um pedacinho da história... Nada demais aconteceu ainda! as eu queria deixar logo aqui alguns avisos sobre a história que vem por aí:
- Esse capítulo foi pelo POV de Lily, por isso que tem o nome dela em negrito lá em cima hahaha. Mas, apesar disso, eu estou escrevendo pelo POV de James também! Ebaaa gostaram da notícia? Sim, vocês vão saber da história de duas formas diferentes. Eu vou tentar fazer bem alternado, tipo Lily/James/Lily/James, etc, mas vai depender de que parte da história eu estou querendo contar. Mas, bem, fiquem bem preparados, e sempre lá no comecinho do capítulo vai ter o nome de quem está narrando.
- Esse capítulo tá bem grandinho, mas eu tô pretendendo usar uma meta de 2.500 ou 3.000 palavras por capítulo.
- A princípio, tô querendo postar um capítulo por semana, mas agora vem Natal e Ano Novo, então pode ser que bagunce um pouco.
- A partir dos próximos capítulos, vocês vão ver que uma parte da história meio que gira em torno de um livro (não vou falar mais nada para não dar spoiler :)). Sobre esse livro, ele realmente existe, e eu amo. Mas vamos falar mais sobre ele quando chegar a hora.
E, por fim, queria pedir pra vocês realmente comentarem na fic :))) Eu adoro receber comentários, mesmo anônimos, e, inclusive, críticas construtivas. E, quem escreve, sabe: é bem desanimador estar escrevendo com tanto carinho e não receber retorno :(. Então, não tenham vergonha, comentem tudo que acharam, e eu até aceito sugestões para os próximos capítulos, e também sempre respondo TUDO!
Enfim, por hoje é isso. Espero que tenham gostadooooo XD
