O lugar estava cheio de velas por todos os lados iluminando o corpo pequeno sobre a cama. A porta se abriu e por ela entrou o rei, a rainha e um homem. Era alto, magro e muito velho a julgar pelo penteado de seus cabelos e de sua barba, suficientemente longos para prender no cinto. Usava vestes longas, uma capa púrpura que arrastava pelo chão e botas com salto alto e fivelas. Seus olhos azuis eram claros, luminosos e cintilantes por trás dos óculos em meia lua e o nariz muito comprido e torto. O nome dele era Alvo Dumbledore.

- Sente-se Draco. -, Disse o pai.

O garoto se sentou, mas logo foi tomado por tosses, e ao tossir no lenço branco ele ficou vermelho. A doença o consumia a cada dia. Ele sabia que iria morrer. Mas o rei se recusava a perder seu único filho.

Alvo Dumbledore se aproximou da cama se aproximou da cama.

- Ele vai morrer - disse ele -, Dou no máximo sete dias.

- Você nos garantiu que pode fazer algo. -, a rainha se aproximou.

- E posso. - suspirou -, Eu vou colocá-lo para dormir - disse apalpando a capa, procurando alguma coisa. - É uma poção. - encontrou o que procurava no bolso interior da capa - Ah.. sim a poção do morto-vivo. Ele pode dormir hoje e acordar quando houver a cura. Talvez não estejam vivos para ver. - De esguelha, lançou um olhar atento ao rei e a rainha, como se esperasse que eles dissessem alguma coisa.

- Só não quero que ele sofra, mas ele ficara perdido quando acordar…

- Não se preocupe, eu estarei aqui quando a hora chegar.

A rainha pegou um lenço de seda e secou com delicadeza os olhos. Dumbledore deu um suspiro ao mesmo tempo em que abria o frasco e levava até os lábios do garoto.

- Não se preocupe. - foi a última coisa que o garoto ouviu quando a bebida dormente violeta e lisa lhe tocando a língua.

Ele sentiu seu corpo todo adormecer. Todos virão o corpo do garoto perder o calor. Ele ainda estava vivo, mas dormindo.

Avo Dumbledore segurou algo parecido com um relógio. - Oh, vejam já esta na minha hora. - e desapareceu tão súbita e silenciosamente.

X

O mundo Bruxo começou a falar, e logo a história do príncipe que dormia no quarto da mais alta torre do castelo ficou conhecida.

Passaram-se anos e com a morte do rei e da rainha, trancaram o quarto do príncipe, talvez ele estivesse morto. Seu corpo foi coberto por finos tecidos, seus pertences todos colocados no quarto. E com o tempo seu nome foi esquecido.

Draco foi guardado como um tesouro.

Passou-se dias, meses, anos, séculos e até mesmo um milênio.