Titulo: Todo Azul do Mar

Shipper: Severo Snape/Harry Potter

Autor: Mazzola Jackson Lupin

Gênero: Amor entre homens.

Resumo: Severo não imaginava que Harry ia curar ele do veneno de Nagini. E agora três anos depois da batalha ele reencontra Potter numa praia de Londres, e o que ele fará quando sentir que Harry esta sozinho? M-preg.

Capitulo um

Snape estava na casa dos gritos agoniando de dor, ele sabia que estava morrendo de vez, mas ele não queria aquilo ainda, ele precisava entregar algo para Potter, mas sentia que a vida estava lhe deixando o mais rápido possível. Snape viu Voldemort saindo da casa dos gritos muito furioso. Logo ele viu Harry Potter em pessoa ali e viu que o garoto estava muito assustado com o que via, sem pensar Harry pediu as poções a Hermione sem que ela contrariasse, mas Rony protestava aquilo, Harry lançou um olhar furioso pra Rony e continuou a cuidar de Snape. Snape não entendia o porquê de Harry estar cuidando de suas feridas, mas agora sentia que tinha mais dividas com Potter e ele não se preocupava com aquilo, apenas ficou quieto para que o garoto terminasse de fazer os curativos.

Logo depois sentia que o garoto forçava uma poção em sua boca, abriu sem protestar, sabia que era a poção repositora de sangue. Logo ele estava sentado na poça de sangue encarando o trio, mas a única pessoa que lhe chamou a atenção foi Harry Potter em pessoa, ele ainda não entendia por que Harry lhe salvaria.

-Potter, devia me deixar morre...

-Nem pense nisso! Eu nunca ia me perdoar se o primeiro amigo de minha mãe morresse! –respondeu interrompendo Snape.

Snape se assustou com aquilo, ficou chocado com aquela resposta afinal tinha perdido a amizade de Lilian Evans ainda no quinto ano dele em Hogwarts. Depois disso ele se odiou tanto por perder a única pessoa que gostava da companhia dele na escola. Agora vendo Harry cuidando dele, para que não morresse foi um ato tão nobre que ele não tinha sequer direito de sobreviver aquilo.

-Eu ainda não entendo isso Potter! –disse um pouco rude, mas calmo.

-Não deixarei que Voldemort mate os amigos dos meus pais, você vai ter que proteger Tonks e Remo, eles tem um filho pra criarem, eu não aceito não como resposta. –disse ao ver que Snape ia protestar diante daquilo tudo.

-Potter, mesmo que fosse proteger esses dois eu ainda preciso ficar deitado. Tem ideia do que me deu pra tomar? –perguntou um pouco irritado com o garoto.

-Poção Repositora de Sangue por que? –perguntou irritado com o ex-professor.

-Devia me deixar morrer em paz, serei preso depois que essa guerra acabar se é que tu vai vencer, eu nunca mais fui amigo de sua mãe. Não depois do que aconteceu no meu quinto ano em Hogwarts. –disse se levantando da poça de sangue e se limpando.

Harry se irritou ainda mais com aquele homem, mas de uma coisa sabia, ele sofria com aquilo.

-Se você quer viver ou morrer é melhor se decidir. Quero que vocês dois saiam. –disse virando para os amigos irritado.

Rony ia protestar que não deixaria Harry ali sozinho com o sebosão, mas Hermione puxou o ruivo para fora do quarto. Assim que os amigos de Harry saíram, o garoto sussurrou um feitiço.

-Abafiato.

Severo ficou assustado com aquilo, ele nunca mais tinha usado aquele feitiço, e vendo que o garoto estava usando aquilo, ele sabia que o garoto não queria que os amigos ouvissem o que estaria acontecendo ali, por isso ele disse tão baixo.

-Eu vou depor a seu favor se você aceitar ficar do meu lado nessa guerra...

-Sempre estive ao seu lado, desde que você nasceu e seus pais morreram, sempre estive ao seu lado. –interrompeu Snape menos rude, pois estava cansado daquilo já.

-Então me conte o que aconteceu pra você matar a única pessoa que confiava em você plenamente? –perguntou com cuidado.

-O voto Perpetuo com Narcisa Malfoy e a promessa que Dumbludore me fez jurar que lhe mataria, mas eu não me sinto legal por ter matado um pai pra mim. –disse e sentou na cama quebrada no fundo do quarto.

-Estaria disposto a me entregar as lembranças, apenas as lembranças do que foi pedido para o que você fizesse naquele dia? –perguntou Harry sentando ao lado do outro.

-Potter o que pretende com minhas lembranças? –perguntou voltando a ficar irritado.

-Nada, apenas entregar para o Conselho dos Bruxos...

-Ninguém vai acreditar nessas lembranças...

-Então é melhor eles usarem veritasserum de vez, é isso quer. Estou sendo seu advogado no momento. O que eu estou pedindo é pra confiar em mim. Só quero o seu bem nesse momento. –disse Harry um pouco rude e irritado ao mesmo tempo.

Severo não sabia o que fazer ali, ele realmente não merecia aquilo e vendo Harry lhe defender daquele jeito lhe parecia estranho.

-Está bem Potter! –respondeu o homem irritado com o garoto. –Mas duvido que eles acreditaram nessas lembranças. –disse.

-Darei um jeito de acreditarem, ou eu não respondo por mim! Agora vamos, você precisa proteger duas pessoas nesse momento. –disse e puxou o homem mais velho para fora do quarto.

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Snape estava assustado com o jeito que Potter lhe puxava, ele não queria admitir, mas estava gostando daquilo. Antes de sair da casa dos gritos, Harry empurrou o homem contra a parede e pediu o braço da marca. Snape não queria dar o braço, ele não queria que o garoto visse a marca. Mas Harry puxou o braço do homem e disse um feitiço muito antigo, Severo assistiu o garoto removendo a marca negra, ele jamais pensou que o garoto fosse fazer aquilo por ele.

Depois que a marca foi removida do braço do outro, ele queria fazer alguma coisa pelo garoto, mas já estaria fazendo, protegendo Lupin e Tonks, mas aquilo não contava. Abraçou o garoto, Harry se assustou com aquilo, mas se deixou levar pelo momento, Severo se afastou um pouco e beijou o garoto carinhosamente. Harry se afastou assustado.

-Desculpe. –disse Snape sem saber onde enviar a cara por ter feito aquilo.

-Você é gay? –perguntou Harry assustado.

-Sim, sempre fui...

-Achei que amasse minha mãe. –disse interrompendo o outro.

-Sim, amava a amizade dela, pois ela foi a única que me apoiou, mesmo eu sendo gay. Mais nunca tive relações com quase ninguém quando era aluno, alias não tenho relações com ninguém, imagino que não existe esse tipo de amor entre bruxos ou troxas...

-Isso não é verdade. As pessoas só sentem medo em admitir que ama alguém do mesmo sexo profundamente. Confesso também que sou gay, mas eu já sou pai de uma criança que ainda não nasceu, mas quero poder conhecer e cuidar dela, como gostaria que meus tios fizessem comigo. –respondeu Harry se aproximando e beijando o outro com carinho.

-Vamos Harry, temos uma guerra pra vencer! –disse Severo, dando um selinho no outro com tanto carinho.

Harry sorriu com aquilo, e juntos os dois foram em direção ao caos. Severo logo localizou o casal que Harry tinha pedido que protegesse. Lutou ao lado deles, que estavam duelando com Rockwood e Dolov, Severo matou Dolov ao ver que ele estava prestes a usar a maldição da morte em Tonks. Lupin tinha visto Severo protegendo sua esposa, também tinha visto Severo acertar um outro comensal que estava fugindo.

-De que lado você esta? –perguntou Tonks apontando a varinha pra ele.

-Harry mandou eu proteger vocês. Vocês tem um filho certo? –perguntou.

-Sim, e Harry nunca mandaria você nos proteger, você matou Dumbledore. –disse Tonks furiosa.

-Tonks, eu confio em Severo e sim eu mandei ele protegerem vocês, pensem em seu filho sim. –disse Harry aparecendo ao lado de Severo.

Severo sorriu para Harry, não sabia o porquê, mas tinha certeza que queria ter algo serio com ele, mas o garoto deve ter algum compromisso com alguma garota ao se lembrar que ele disse que ia ter um filho. Sabia agora que não tinha chance com ele, mas deixou que o outro visse que estava feliz por ele, Severo não queria que visse a sua tristeza no momento, não queria sofrer mais, já estava cansado daquilo.

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Logo Voldemort foi visto entrando no castelo com Hagrid atrás de si trazendo Harry no colo, todos viram que Harry estava praticamente morto nos braços do gigante. Muitos gritaram, não querendo acreditar naquilo. Severo estava escondido com Tonks e Remo, pediu que nenhum deles fizessem uma loucura. Os três viram dali de onde estavam que Harry se levantou e começou a gritar.

-NÃO QUERO QUE MAIS NINGUEM ME AJUDE!

-Você não quer dizer isso Potter, quem vai ser seu escudo agora? –perguntou Voldemort sarcástico.

-Ninguém seu idiota. Você esta com a varinha errada! –disse Harry malicioso.

-Você também esta Potter! –disse Voldemort rude e bravo, ele não estava gostando daquilo.

-Há... quem dera Tom Riddle...

-Você se atreve...

-Sim me atrevo, pois esse é o seu verdadeiro nome. E você não me assusta com seus ideais de pureza... nada disso importa pra mim, mas você não vai viver pra dizimar o mundo. –respondeu Harry rindo da cara de Voldemort.

Voldemort não estava gostando daquilo, apontou a varinha para o garoto e gritou o feitiço da morte. Harry no entanto foi mais rápido e Voldemort estava no chão morto. Logo depois ele joga as horcruxes em cima do corpo morto.

-Não vai mais renascer, você não sabe ser imortal... Você fez muitas coisas erradas em sua vida macabra. Só se da valor quando perdemos. –disse Harry chutando o corpo mole de Voldemort.

Harry pegou a capa de invisibilidade e sumiu no corredor, muitos gritaram querendo saber onde Harry estava indo. Severo deixou o casal irem atrás dos amigos deles. E ficou ali encostado na parede sem ter pra onde ir, ate sentir um corpo em sua frente, sabia que era Harry, agora queria conversar com ele.

Saiu na frente e Harry seguiu sem dizer nada, pois queria conversar com o outro. Harry não sabia o que estava acontecendo com o mais velho, só esperava que ele não fosse desistir de tudo por mera burrice do destino. Ele Harry tinha decidido que queria namorar Severo Snape o seu carrasco. Assim que os dois entraram na sala antiga do professor, Harry tirou a capa e disse:

-Você esta bem?

-Sim. –respondeu com uma voz rouca, ele não queria que Harry visse o sofrimento dele.

-Porque esta chorando? –perguntou abraçando ele em suas costas.

-Vai me deixar...

-Eu não vou te deixar! –disse interrompendo o outro.

-Mas você disse que vai ter um filho. Não me sinto legal destruindo aquilo que você sempre quis. –disse e fez com que Harry se soltasse de si.

-Você não quer ser pai? –perguntou Harry se sentindo um pouco confuso e com medo.

-Não me dou bem com crianças. –respondeu indo para a janela.

-Você daria um ótimo pai pra mim, por sempre me proteger, mas se é isso que quer, acho que vou embora. Não se preocupe mais comigo...

-Harry, só me diga uma coisa. De quantos meses a garota esta? –perguntou com cuidado.

-Já esta pra nascer... eu preciso voltar pra casa, então. –respondeu Harry, ele já estava prestes a chorar de tanta dor.

-Eu me pergunto por que quer ter algo serio comigo?

-Porque você sempre esteve presente em minha vida e sabe do que eu preciso. Eu sempre quis ter um filho, pra fechar o vazio que eu sinto em meu coração, sempre fui gay, mas isso não me impede de ter um filho. A garota disse que tudo bem se eu fizesse um filho com ela, que não ia cobrar nada de mim, mas que continuaria sendo minha amiga, ela não quer ser mãe de jeito nenhum, mas me deu um presente de ser pai. –respondeu deixando que as lagrimas molhasse seu rosto.

Harry ficou de costas para o mais velho, não queria que o outro visse aquilo nele, tinha medo de ser rejeitado, mas com certeza já foi rejeitado, ao ver que o outro não queria ter filhos. Harry decidiu que estava na hora de ir embora dali, quando sentiu os braços do outro lhe abraçando.

-Eu não quero que você fique chateado só por que eu não aceitarei o seu filho, eu preciso ver se vou ficar livre da prisão primeiro Harry, não quero te dar falsas esperanças entende. –perguntou virando o outro.

Emocionado Harry abraçou Severo e começou a chorar. Severo puxou o outro para sentar em seu colo na poltrona da sala. Harry ficou com a cabeça deitada no ombro do outro, sem saber o que fazer ali.

-Harry, você precisa ir. Seus amigos devem estar procurando por você. –disse com carinho e todo cheio de cuidado, não queria magoar o outro ainda.

-Sim e você vem comigo. Quero que todos saibam que você estava ao meu lado na guerra. –respondeu Harry sem deixar que o outro lhe contradissesse.

-Esta bem. –respondeu dando um beijo carinhoso na testa do garoto em seu colo.

Os dois saíram da sala e caminharam em direção ao salão principal. Tonks e Remo logo se juntaram a Harry que vinha de mãos dadas com o mais velho. O ministro e o chefe do conselho dos bruxos vieram correndo com as varinhas apontadas para Severo. Harry ficou com raiva daquilo.

-É melhor abaixarem as varinhas antes que acerte o olho de alguém. E ninguém vai tirar Severo de perto de mim nesse momento!

Severo ficou assustado com aquilo, ele queria rir ao ver a cara de espanto do Ministro, mas ficou calado. Ele não sabia o que aconteceria ali, ele esperava ficar livre para que pudesse formar uma família com Harry. Ele realmente não queria mais sofrer sem ser amado de volta. Severo queria agradecer a Lilian que estava amando pela primeira vez de verdade, antes fosse tudo passageiro quando era aluno de escola, agora ali ao lado de Harry, sentia que tudo era verdadeiro em seu coração.

-Eu tenho provas de que ele é inocente de todas as acusações que tem sobre ele. –disse Harry

Quando ouviu Harry dizendo aquelas palavras, não sabia dizer o que sentiu quando todos ali ao redor deles fizeram uma cara espantada. Harry abraçou Severo na frente de todos, e todos puderam ver que Snape estava retribuindo o abraço de Harry com tanto carinho. O ministro ficou assustado com aquilo que estava acontecendo na frente dele.

-Quero que o julgamento dele aconteça aqui em Hogwarts e agora. –disse Harry olhando para Rufus Scringeor.

Harry depois que falou aquilo conjurou um telão que ficou na frente da mesa dos professores e de frente para todos verem a verdade. Logo depois conjurou uma penseira e pediu que Severo depositasse ali a lembrança do dia em que Dumbledore foi morto pelas mãos de Severo.

Continua...