By – Azmaria-chan

Nome – Never Alone in the Dark

Gênero – Shounen-ai, Yaoi, AU, SuperNatural, angst, drama.

Gundam Wing não me pertence.

"O fim da guerra, tempos difíceis, Duo de 24 anos e Heero de 17. Um funcionário e um paciente. Muita coisa pode acontecer."

DUO POV's

Finalmente a guerra acabou, estamos em tempos de paz, não há mais lutas, mortes, medo (pelo menos não tanto). É o fim da guerra. Mas agora entramos em tempos difíceis, muitas reconstruções a fazer, mortes a superar, e desempregos a enfrentar. A escassez de dinheiro é extrema. Muitas pessoas estão passando fome, os hospitais estão sem verbas suficientes para cuidar dos doentes e feridos, e por isso as pessoas continuam morrendo, só que em maior quantidade, se isso é possível.

Para ajudar essas pessoas eu me candidatei a trabalhar lá, devo ganhar pouco, mas pelo menos vou poder ajudar em algo. Não tenho nenhuma especialização profissional, mas vou ajudar. Sei lá o que eles vão me dar para fazer, talvez faxineiro, ajudante, secretário, segurança, eu não sei, tudo o que sei é que quero ajudar. Isso é o que muitas pessoas têm feito hoje em dia. Os tempos estão difíceis, porém todos estão cooperando. E por que motivo, eu, um homem honesto, civilizado, bondoso, que pensa no bem das pessoas (sou convencido), não iria fazer parte desse movimento de assistência para com os necessitados?

Estou eu aqui, sentado no sofá de minha humilde casa, que nem uma tv tem, esperando uma resposta para os vários hospitais os quais me candidatei a ajudar, e o que posso fazer neste momento... Esperar. Pelo menos um ventilador nessa casa tem, pois esta fazendo um calor dos infernos, pobre do carteiro, ganha pouco e ainda tem que enfrentar esse calor infernal que está fazendo.

Ouço alguém batendo a porta, deve ser uma resposta, mas o carteiro não deveria por a carta na caixa de correio das pessoas e vazar? Estranho.

Eu me levanto e vou até a porta, minha casa é pequena; bastam dois passos do sofá e pronto. Abro a porta e vejo um homem de roupas brancas com sapatos de mesma cor, cabelos castanhos claros curtos de olhos também de mesma cor. (Desculpe mina, mas não me lembro muito bem dele.)

- Senhor Duo Maxwell?

- Sou eu. o.O

- Muito prazer, sou Treize Kusherenada, sou médico do Hospital Peacecraft e você se candidatou a ajudar no que for preciso lá certo? - Sim, sim. Na verdade eu esperava receber uma carta como resposta, o que eu não esperava era que a resposta viesse através de um médico.

- Pois é, parece que está havendo uma greve dos correios.

- "foi só eu abrir a minha boca" Nossa, que chato. Como se não já tivéssemos problemas demais. São uns egoístas esses carteiros.

- Com certeza. Então, como não podemos dispensar ajuda, os funcionários estão comparecendo pessoalmente nas casas dos que estão dispostos a trabalhar e muito.

- Sou eu, então.

- Sim, é. Agora se o senhor puder me acompanhar, senhor Maxwell.

- Agora? Mais já?

- Imediatamente, ou nós não nos apresentaríamos nas casas das pessoas pessoalmente, se não fosse para início imediato. Se o senhor não aceita, temos outros...

- Não, não. Eu aceito sim, só vou trocar de roupa e já vamos. Não quer entrar?

- Se o senhor for rápido eu espero aqui mesmo.

- Que seja então.

Não me demorei muito, e nós nos dirigimos para o hospital. Chegamos lá com o local em total confusão, filas por todas as alas. Pessoas com todos os tipos de ferimentos e enfermidades, crianças chorando, ambulâncias saindo e chegando. Um verdadeiro inferno. E eu iria trabalhar naquela balburdia, me dê paciência minha santa bondade. Continuamos andando, andando, andando e andando. A barulhada ia diminuindo juntamente com o tumulto. Até que chegamos em um lugar silencioso, cheio de portas que supus conduziam aos quartos dos pacientes internados. Havia uma bancada no meio do corredor e por trás dela, havia umas quatro mulheres cada uma em seus devidos postos de trabalho.

- Chegamos senhor Maxwell. É aqui que o senhor irá trabalhar. É aqui onde ficam os pacientes internados para o pré e pós-operatório.

- Entendo, e o que eu farei aqui?

- Para o seu azar, aqui só temos crianças e adolescentes, cada um com seus problemas, e não me refiro somente às doenças e ferimentos.

- Entendi u.u Meu trabalho é tomar conta deles?

- Sinto senhor Maxwell, mas é isso mesmo. Cada uma dessas crianças é problemática. E nós já temos muito que fazer lá fora, como o senhor mesmo viu. Elas ficam aqui para ter mais tranqüilidade, entretanto elas mesmas a espantam. São muito bagunceiras. E só se aquietam por alguns dias após a operação, mas depois começam a brincar de novo. Todas elas são muito amigas aqui, as que podem andar fazem companhia as que as que não podem. São todas companheiras. Só que são muito descuidadas u.u

- Crianças doutor.

- Pois é. Já os jovens, são muito abusados, abusados quero dizer... ¬¬

- Apaixonados n-n

- Isso mesmo. Tem que ficar de olho para não ultrapassarem seus limites, ou o hospital é quem vai arcar com as conseqüências.

- 'Na maternidade'– sussurrei

- Perdão?

- Nada não. Então está tudo certo. Não é tanto trabalho assim.

- Creio que não. u.u Então é isso senhor Maxwell, obrigado pela sua ajuda.

- Não tem de que.

O Dr. Kusherenada foi embora, pronto, agora é hora de encarar as crianças e os abusados também. Por onde começar? Não sei. Só sei que esse lugar é muito tranqüilo. Olho para fora da janela e vejo "um lugar não afetado pela guerra" é um jardim lindo; cheio de flores e árvores e havia bancos também, sinal de que se pode ir lá fora. Quem sabe não dou uma passada por lá. Mas agora é hora de trabalhar. Estou no meio do corredor repleto de portas, resolvo entrar na primeira que apareceu na minha frente. Bato na porta e ninguém responde, abro para tirar minha duvida se existe alguém dormindo ou não.

Quando entro no quarto, eu encontro nada mais nada menos que um jovem belíssimo de cabelos castanhos curtos que dormia tranqüilamente como um anjo. Aproximo-me lentamente dele para não acordá-lo. De perto é mais lindo ainda, parece tão calmo, sem preocupações... Um verdadeiro anjo. Eu afasto seus cabelos de seu rosto para vê-lo melhor. Lindos traços orientais. De repente o garoto acorda alarmado, olhando para todos os lados como se não estivesse me vendo ali. Não compreendo sua reação, mas fico maravilhado com seus olhos de um lindo tom azul cobalto.

- Quem esta aí? – Ele se levanta lentamente com o medo estampado em seu rosto. Faço um barulho com não sei o que, só sei que ele percebeu e olhou para mim, mas senti como se ele estivesse olhando através de mim.

-Quem esta aí?

"Como assim? Não esta me vendo? Por acaso você é..." - Cego? - Digo sem perceber.

-Cego? Não te conheço Cego. Quem é você. "Percebo seu erro e tento logo me consertar"

- Oh não. Não me chamo Cego - Solto uma leve risada, o que pareceu não agradá-lo.

- Quem é você? Também não conheço sua voz.

- Me chamo Duo, Duo Maxwell. Sou novo funcionário daqui.

- O que você quer? "Percebo a indignação em seu rosto".

- Não seja mal educado, eu estou falando direito com você.

- Pois eu não estou. Responda a pergunta que lhe fiz. ò.ó

- Eu não quero nada, seu Cego mal educado. "Noto o erro que cometi ao dizer aquilo por causa da expressão triste nos olhos dele." – Me desculpe, eu não quis...

- Quis, você quis sim. Aliás, não é isso mesmo que eu sou? Saia daqui.

- Tenha calma! Seus pais não lhe deram educação não?

- SAIA DAQUI!

- Hei, não grite, você não é o único paciente aqui não.

- Já disse para você sair.

- Ta certo seu estúpido, eu saio. Fique você aí sozinho nessa escuridão.

- Obrigado pelo elogio. E não se preocupe, acho que você já observou, estou acostumado com a escuridão. "Mais uma vez vi aquela expressão triste que me faz querer me dar um soco na cara".

- Olha! Eu sinto...

- Já falei para você sair. SAIA.

- Já falei para não gritar. "Ele me lançou uma expressão assassina" – Ok, ok. Eu saio. Já saí.

E saí do quarto. Mais estressado do que hoje não posso ficar. Ohhhhhh garoto problemático. Essa coisa tem amigos? Fui andando para fora daquele corredor. Não volto neste corredor tão cedo.

- Senhor Maxwell?

- Ah, Dr. Treize.

- Que gritaria foi essa?

- Ah, parece que não comecei muito bem hoje. O primeiro quarto que entrei, logo no primeiro, já me dei de cara com um garoto nada amigável.

- Quem?

- Eu sei lá. Aquele mal educado nem me disse o nome dele. É um cego que...

- O senhor disse cego?

- Sim o.O

- Ah não!. "Não entendi reação dele, quando eu disse que o garoto é cego, o homem ficou alarmado e saiu rápido em direção ao quarto de onde saí". Eu fiquei preocupado e fui atrás dele. Ele parou em frente à porta bateu nela, percebendo que ninguém respondia ele entrou. Quando ele entrou fui logo atrás, e vi que o garoto já estava dormindo.

- Que bom, está dormindo.

- O que acontece doutor? – Ele ficou olhando para o paciente ternamente, e fez um leve carinho e seus cabelos. Senti algo que não consegui identificar com aquela reação dele.

- Este é Heero, Heero Yuy. Quando ele veio para cá estava horrível, todo machucado e com um ferimento em uma região da cabeça que logo vi que afetaria seus olhos dependendo da força do impacto. Ele chegou aqui junto com os pais, porém...

- Porém?

-Porém os pais dele já estavam mortos, ao parece que algum Mobli Suit foi atingido próximo a casa dele e explodiu. Não sei ao certo o que aconteceu. Mas ele chegou nesse estado, e os pais dele já chegaram aqui sem vida, acho que isso já tem quase dois meses, nós conseguimos curar seus ferimentos, mas teríamos que fazer uma cirurgia para tentar recuperar-lhe a visão. Só que o hospital estava passando por uma crise horrível, e tínhamos muitos pacientes em estado muito pior do que o dele, e que precisavam ser operados com urgência. Desde então ele tem estado aqui nesse quarto aguardando. Ele não recebe visitas, e não tem a companhia de nenhuma das outras crianças ou jovens desse hospital.

Eu estava espantado com tudo que o médico disse.

- Nenhuma visita?

- Parece que ele perdeu todos os seus parentes nessa guerra.

- E não fez amizade com nenhuma dessas crianças ou outros de sua idade?

- Bem, teve uma menina que vinha ao seu quarto todos os dias e ficava até altas horas conversando com ele, mas ela só ficou aqui no máximo duas semanas, seus parentes apareceram no hospital e a levaram, e ela não voltou mais.

- Ela não veio mais nenhum dia lhe fazer uma visita?

- Não, ao que parece, seus pais se mudaram e claro, ela foi junto.

- Que pena. Ninguém mais?

- Não, ele não é um rapaz de muitas amizades...

- "Sei bem por que ¬¬"

- Bem, logo, logo ele fará a operação, será difícil, mas vamos fazer de tudo para dar certo.

- E depois? Para onde ele irá?

- ... – Ele não respondeu, sinal de que também não sabia. Tenho pena desse rapaz, para onde ele irá? O que será dele. E eu, que fui tão estúpido com ele. Falei de seus pais, o xinguei.

- Bem, vamos deixar ele dormir. Vamos! Senhor Maxwell.

- Certo – "Amanhã... Amanhã eu falarei com ele e irei pedir-lhe desculpas." Sinto-me um crápula. No final das contas o mal educado fui eu. Mas, amanhã eu irei resolver isso e eu serei seu amigo. Não o deixarei sozinho. "Fique você aí sozinho nessa escuridão" Essas palavras ressoavam como um martelo em minha cabeça. "Já estou acostumado com a escuridão" Pois eu irei te tirar dela. Você não estará mais sozinho. Mesmo que eu tenha que aturar a sua ignorância.

Continua...

oOoOoOoOoOo

Bem pessoal, agora a fic está corretinha e quero lhes dizer algo muito importante.

A fic está corrigida certinha desse jeito por que a Tina-chan se ofereceu a ajudar. Ela disse que gostou muito da fic e queria ajudar a corrigir 'certos' erros. E eu aceitei sua ajuda. Já que não tenho ninguém para ler minhas fics e ver meus erros.

Tina-chan, eu sei que não era sua intenção mas, eu te dou os créditos pela correção da fic. Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitíssimo obrigada pela sua ajuda. Ti love ;

Espero que gostem da fic pessoal.

Beijinhos, até a próxima.