Katekyo Hitman Reborn © Akira Amano.
Tudo isso é pra lá de irritante, ainda mais quando eu começo a perder meu tempo imaginando possibilidades. Se você está vivo, perdido, morto... Assassinado por aqueles merdas da Millefiore. Algo dentro de mim se retorcia e me causava um tremendo desgosto só em chegar perto de pensar nisso. Maldito Yamamoto.
Já fazia sete dias que eu havia brigado com você. De novo. Seis dias que não nos falávamos. Cinco que havia saído para investigar o inimigo e... Quatro que não dava notícias. Pela primeira vez, você saiu sem dizer "Adeus, Gokudera" com aquele sorriso idiota – como você – no rosto, ainda que não fosse um tão retardado quanto o de anos atrás. Tão sincero como o de anos atrás. Não que na hora isso tivesse me incomodado, porque não é como se eu me despedisse de você toda vez que tinha de fazer alguma coisa pela famiglia.
Acho que até agora não tinha parado para pensar que você também tinha seus próprios problemas e preocupações.
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Caminhava pelas ruas sem rumo, vendo o jeito alegre e despreocupado da maioria das pessoas pelas quais passava. A felicidade delas, por um breve instante, chegou a me incomodar, mas depois me repreendi. Elas não tinham culpa pela nossa situação. Não tinham nada a ver com aquele nosso mundo, então tão hostil, onde não havia qualquer sinal da calmaria que pairava sobre nós há apenas alguns anos. Anos que se passaram como dias e faziam com que eu me sentisse como se visse minha vida escapulir por minhas mãos, como finos grãos de areia.
Olhei para o céu e percebi que estava nublado, cinza-escuro como chumbo. Vai já começar a chover, pensei, e de repente meu telefone tocou. Meu coração, por alguma razão, se acelerou enquanto eu procurava o aparelho no bolso da calça.
– Alô – eu disse. Temia que o pior houvesse acontecido.
– Gokudera... – era a voz do Décimo. – Ele... O Yamamoto está... – Merda. O mau pressentimento realmente estava certo.
– ...Entendo – fui capaz de dizer, após um silêncio um tanto longo. – Estou indo praí.
Acho que eu nunca o odiei tanto em minha vida, Yamamoto. Como pôde se deixar ser pego? Nunca vou perdoá-lo por isso.
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"Então vá se ferrar, imbecil. Ninguém aqui precisa de você. Muito menos eu", lembrei-me de ter dito.
"Se é isso mesmo que você pensa, então tudo bem", foi sua resposta.
Tenho certeza que você me odiava naquele momento por ter dito aquilo. Por não ter olhado para aquela sua cara boba e ter feito o seu papel de idiota pedindo desculpas enquanto pude. A chuva começou a cair e a encharcar o meu terno italiano caro, mas que tudo se danasse.
Não importava mais que eu estivesse arrependido de ter dito o que disse e quisesse me desculpar, porque o idiota já não estava mais lá para me ouvir falar dos meus remorsos.
[N/A] GENTE, ESSA FIC É MUITO, MUITO VELHA. Tipo, tão velha que ainda nem tinha acontecido a luta do Tsuna com o Byakuran na Saga do Futuro quando escrevi /alok Daí a qualidade inferior dela, apesar dos meus esforços pra dar uma recauchutada -q
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