Disclaimer: Harry Potter não é meu.
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Bittersweet
O sorriso dele brilhava em meio a multidão como lâmpadas fluorescentes.
E ela queria arrancá-lo com as unhas, com violência. Porque era injusto que houvesse pessoas tão felizes quando ela era tão triste.
Ela tinha a pele branca – pálida – e os ossos salientes, ossos pelos quais ele gostava de percorrer os dedos e senti-la. Porque ao mesmo tempo em que ela parecia real, parecia que iria se esvair há qualquer segundo.
Pansy era assim, como uma brisa de verão.
Ele reconhecia o sorriso que era alegre, e que ela se esforçava para que fosse triste. Ele não entendia, ela não entendia.
Ninguém entendia.
E os olhos verdes dele combinavam com o tecido que farfalhava entre os dois. Separando e amargando. Tão horrível e tão bom e tão triste e tão sólido.
Era como um véu que os juntava.
Os amigos dele e os amigos dela torciam a cara para o que eles tinham e na verdade aquilo não importava. Porque muita coisa deixara de importar há muito tempo. E era somente ela, ele, nós.
E, de noite, quando os lábios se tocassem e a calma finalmente se interpusesse sobre aqueles corpos, eles saberiam que estava tudo bem.
Com sorrisos alegres – tristes – e lágrimas amargas – doces.
Tudo estava bem.
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