A seguito del cielo
Personagem: Xanxus x O.C.
Tempo: 8 anos após a batalha do anel (com frequentes flash-backs ;D)
Disclaimer: Katekyo Hitman Reborn não me pertence, embora eu adoraria isso.
Summary: Nem todos os membros da Varia estão alí porque temem o chefe ou para satisfazer seu desejo de batalhas.
1.
- Por que mesmo preciso ficar aqui? - ela parecia incrívelmente irritada. Aquelas festas da alta-sociedade italiana não combinavam nem um pouco com ela. Ela detestava aquilo. Definitivamente, aquele não era seu mundo. - Seu pai vai tratar de negócios. E, como sua família, devemos acompanhá-lo. - explicava pacientemente a senhora - Não acha ótimo poder conhecer tantas pessoas influentes? - Eh, claro. - disse a garota, pulando o balaustre assim que a mãe virou as costas. Caiu sobre um telhado e foi deslizando até a beirada, onde se segurou para pular ao chão. - Malditas festas.- murmurou, ajeitando as roupas. O pai sempre ia àquelas confraternizações, onde todas as famílias se reuniam. Mas ele não a enganava, ela sabia que aquela gente não estava alí apenas para exibir seu poder ou conhecer pessoas influentes. Ela sabia bem que tipo de negócios havia ali, e isso não a interessava nem um pouco. Essa vida, essas pessoas. Continuou andando pelo jardim, vazio. Encontrou com alguns seguranças, ou subordinados da família Vongola, como você preferir chamá-los. Deu uma volta ao redor da casa até que encontrou o que queria: a garagem. Carros sempre foram sua paixão. Andou em meio aos carros daquela gente mesquinha e, ela tinha que admitir, de bom gosto incontestável. - Não pense em roubar algum deles, lixo. Ela se assustou com a vóz ecoando através da imensa garagem. O rapaz a fitava, parecia incrivelmente entediado e irritado. - Ha, se eu fizesse isso você nem saberia. - disse observando atentamente um dos carros, como se não estivesse se importando com o intrometido. - Qual deles é o seu? Levarei ele primeiro. - ela sorriu, falsamente, e voltou a observar as máquinas. - Que tipo de ladra idiota é você? - Acredite, comparado com o que aqueles caras lá de cima fazem, roubar não seria nada. - ela disse, apontando para o teto. No andar de cima, todos dançavam e fingiam não saber do que aquela reunião se tratava realmente. - Você deve saber bem disso não? Você é o filho do Nono Vongola. O mesquinho e mimado futuro líder da família. Meus parabéns. Ele a encarava. No mínimo era louca para tratá-lo daquele jeito. Entretanto, a atenção que ela dava aos carros e seu desprezo em relação àquelas pessoas o deixaram curioso. Era evidente que ela não se importava com aqueles imbecis puxa-sacos do Nono, e já havia deixado claro a sua falta de interesse em se juntar àquele mundo. - Além disso, não sou ladra. - ela continuou, interrompendo os pensamentos dele - E, caso esteja imaginando porque eu gosto tantos de carros, eu participo de algumas corridas. - deu um sorriso malandro e fitou-o - A vida de lixos como você não me interessa. - virou-se, deixando-a sozinha - Você é igual aqueles cretinos lá de cima. Não seja idiota de pensar que não faz parte desse mundo.
***
Sentou-se rapidamente, dando uma pancada naquele relógio irritante. Aria definitivamente odiava acordar cedo aos sábados, e o seu ânimo para levantar da cama era tão grande que todos naquele lugar já haviam se acostumado com o barulho incessante do despertador. Felizmente, depois de cinco ou seis minutos ela desistia e aceitava sua derrota.
Foi até o banheiro e jogou um pouco de água fria no rosto. A visão de seus cabelos pretos bagunçados a irritava profundamente. Enquanto os escovava, imaginava como Squalo conseguia ter cabelos tão macios. E ele é um homem, droga! Estou perdendo pra um cara, tsc. Pensou, escovando os cabelos com mais determinação. Entrou em seu uniforme com rapidez, deixando o casaco de lado. Era quente nessa época do ano e desfilar pelo QG com o uniforme da Varia simplesmente não combinava com ela. A camiseta branca, básica, lhe caía bem melhor.
Foi até a cozinha, onde alguns subordinados terminavam de preparar o café-da-manhã do chefe. Cumprimentou-os, pegando uma maçã e sentando-se à mesa.
- A senhorita gostaria de alguma coisa especial para o café-da-manhã? - perguntou uma das cozinheiras, sorrindo enquanto enchia uma xícara com café.
- Não se incomode, por favor. Já deve ter trabalho demais com a "majestade", não? - Aria respondeu rindo, aceitando a xicara de café e pegando um pedaço de bolo. - Não se preocupe, eu me viro aqui.
Todas aquelas pessoas estavam alí em função daquele homem. Não só os responsáveis pela comida, como todos os subordinados e os membros da elite eram ofendidos, maltratados todos os dias e, muitas vezes, atingidos por objetos pesados. E eles ainda seguiam as ordens dele no dia seguinte. Que tipo de sentimento seria esse, que permitia que todos fossem fortes para continuar ao redor daquela pessoa? Ela não tinha muito o que dizer. Seus motivos para estar alí iam além de sua lealdade ou paixão pelas batalhas, e algumas vezes isso a fazia se questionar quanto aos motivos dos outros.
- Está pronto. Fillipo, leve isso até o quarto de Xanxus-sama, por gentileza. - disse a cozinheira sorrindo e entregando uma bandeja ao garoto.
- Sim, senhora. Farei o meu melhor! - ele respondeu, pegando a bandeja com as mãos trêmulas.
Aria, assim como todos os subordinados, observaram enquanto o garoto saía da cozinha. Suas mãos tremiam e era óbvio que suas pernas também, visto que ele andava de forma engraçada. Aria bebeu um gole de seu café, se ele não fizesse nenhuma besteira, tudo ficaria bem.
- VOI, o que estão olhando? - Squalo sentava-se à mesa, observando o que havia alí para comer.
- O garoto vai levar o café pro chefe. - Aria tomava outro gole, observando atentamente os cabelos prateados do espadachim. Já havia decidido investigar o banheiro dele mais tarde e talvez pegasse um ou dois produtos emprestados.
- VOOOI, por que diabos está me encarando? - ele franzia as sobrancelhas, irritadinho
- Não estou. Temos alguma coisa pra hoje?
- Você vai treinar, enquanto os adultos vão em uma missão. - ele sorria, provocando-a e desviando da maçã atirada em sua direção - HAH, me acertar requer mais velocidade que isso.
O som do metal atingindo o solo com muita força era claro, todos levantaram-se rapidamente e foram em direção ao corredor. Fillipo estava caído no chão, a alguns metros da porta do quarto de Xanxus. A bandeja estava partida em duas e havia comida por todo lugar. Aria andou em direção ao garoto. Bom, ele ainda está respirando., pensou enquanto o levantava desajeitadamente. Alguns subordinados foram ajudá-la, carregando-o dalí. Squalo estava quase entrando no quarto, quando a garota o segurou.
- Não, não, não. Quer ser atingido com a cama, ou talvez o guarda-roupas? Do jeito que ele está, se você entrar alí... - ela estava preocupada, segurando a manga do uniforme dele com força.
Depois de muito insistir, ela finalmente conseguiu convencê-lo a evitar uma morte precoce. O quarto do chefe emanava uma espécie de aura assassina e, subitamente, ninguém mais queria que ele de fato levantasse. Dizem que você só vê o chefe da varia realmente irritado uma única vez. E ninguém alí estava disposto a correr o risco.
Não é sentimento algum, é medo. Medo e apenas isso.,pensou a garota, indo para o jardim. Ele não mudou absolutamente nada nesses 16 anos, continua afastando todo mundo.
Espreguiçou-se, observando os arredores do Quartel General da Varia. Mas ela realmente gostava daquele lugar, mesmo que ficar sob o comando dele fosse inevitável alí.
***
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